PRIMEIRA EDIÇÃO DE 23-12-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sábado, 23 de Dezembro de 2017
Temer se emociona lembrando sofrimento da família
O presidente Michel Temer se emocionou ao revelar o sofrimento da sua família com as denúncias de que foi alvo a partir de maio, após a divulgação das gravações de Joesley Batista. Em entrevista exclusiva a este colunista para a rádio Bandeirantes, ele disse que, no sofrimento, a família lhe deu apoio e insistiu para que não renunciasse. Hoje “os detratores estão presos ou desmoralizados e foram desmascarados por vários depoimentos, até deles próprios”, diz, sentindo-se compensado.
‘Não foi fácil’
“Todos da minha família se angustiaram muito com tudo isso, mas estavam amparados pela verdade”, lembra Temer, “mas não foi fácil”.
Força familiar
O presidente cita quem lhe deu “muito amparo, muita força” na família: “minha mulher, meu filho, minhas filhas, meu irmão”.
Resistência
“Eles diziam ‘você tem de resistir, conhecemos você’”, lembra Temer com emoção, “mas na intimidade sofreram muito com as injustiças”.
Convívio com filhos
Temer se orgulha do convívio com o filho de 8 anos, mas lamenta que não pôde ser tão assim com os outros, de cuja amizade se orgulha.
Itamaraty vai recorrer de juiz que presenteou diplomata com... Paris
O chanceler Aloysio Nunes achou “esquisita” a interferência da Justiça, que pretende obrigar o Itamaraty a transferir o diplomata Sóstenes Macedo de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) para o consulado em Paris. Nunes orientou a área jurídica a recorrer dessa decisão. O primeiro-secretário Macedo chegou a ser criticado por sair da Costa do Marfim, alegando doença, e deixar lá a embaixadora Maria Auxiliadora Figueiredo “debaixo de balas”, na guerra civil. Ficou meses no Brasil.
Diplomacia sob vara
No Brasil, até remoção de diplomatas para o exterior está judicializada. O precedente preocupa os profissionais da carreira.
Decisão irrecorrível
Sóstenes Macedo, que também é padre, tentou ser vereador no Recife pelo PSOL. E não foi à Justiça para ganhar mandato negado pelo povo.
Pistolão com caneta
Tem gente que tenta usar amigos de fora do Itamaraty para obter bons postos no exterior, mas usar a Justiça como pistolão foi a primeira vez.
Sociedade de castas
Impressiona o alheamento de pessoas esclarecidas em relação ao fim dos privilégios no serviço público. Somente os beneficiados não rejeitam a opção brasileira por uma sociedade de castas.
Destino certo
O caso do “quadrilhão do PMDB” ficará a cargo da 12ª Vara Federal, em Brasília, que cuidará dos processos de crimes de organização criminosa por designação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Landau livre
Elena Laudau, economista brilhante, muito jovem, encantou-se com a pregação do então governador cearense Tasso Jereissati, e acabou no PSDB. Agora, 25 anos depois, ajuda a rapaziada do Livres a voar.
Lei da selva
Apesar da reforma, a Justiça do Trabalho ainda faz das suas. No Piauí, condenou o moribundo Correios, este ano, que sequer se recuperou do prejuízo bilionário de 2012, a pagar “participação no lucro de 2013”.
Ato falho
A frustração de ver Michel Temer no cargo deixou marcas profundas em coleguinhas, especialmente em grandes redes de TV. Nesta sexta-feira, repórter se referiu a Temer, por duas vezes, como “ex-presidente”.
Prévia 2018
Enquete do site do Diário do Poder mostra Bolsonaro à frente com 23%. Alckmin é o segundo (16%), seguido Álvaro Dias, com 14%. Lula e Henrique Meirelles somam 9% cada. Ciro tem 7% e Marina 6%.
Ele é o cara
O deputado Marcus Pestana (MG) atribuiu a si mesmo, no Twitter, as decisões da nova Executiva do PSDB. Virou gozação de tucanos num restaurante: “Se não convidara o Pestana a comida é servida gelada!”.
Parece que foi ontem
O INSS comprou 27 mil computadores e 9 mil impressoras por R$22,7 milhões. A gestão anterior, de Carlos Bezerra, queria arrendar os mesmos equipamentos por R$ 130 milhões, mas o TCU anulou a compra. (Publicado originalmente em 19 de dezembro de 2005).
Pensando bem...
...após anular leis, criar outras e até designar diplomatas para o exterior, só falta alguém obter liminar suspendendo a Lei da Gravidade.

NO DIÁRIO DO PODER
PF descobre até ‘caixa 3’ em contratos do Banco do Nordeste com cervejaria
Operação Caixa 3 apura fraudes na gestão do Banco do Nordeste

Publicado sexta-feira, 22 de dezembro de 2017 às 18:33 - Atualizado às 19:38
Da Redação
A Polícia Federal e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram nesta sexta-feira, 22, a Operação Caixa 3 que investiga ‘indícios de gestão fraudulenta em operações de crédito firmadas entre o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Grupo Petrópolis’. A investigação também mira desvio dos recursos obtidos pelo grupo empresarial para pagamento de despesas de campanhas eleitorais via empreiteira Odebrecht.
A Operação Caixa 3 tem origem em revelações de delatores da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. A operação mobiliza 72 policiais federais e 10 auditores da Controladoria para cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão nos Estados do Ceará, Rio, Bahia, Pernambuco e São Paulo.
Os contratos do BNB de Fortaleza com a cervejaria compreendem o montante de, aproximadamente, R$ 827 milhões. O desvio pode chegar a R$ 600 milhões, segundo análise preliminar.
O esquema caixa 3, segundo a PF, ficou caracterizado pela triangulação Banco do Nordeste, cervejaria e empreiteira culminando em doação oculta para as eleições de 2014.
A investigação teve início com a delação de executivos da Odebrecht. A empreiteira decidiu colaborar com as investigações e fechou acordo envolvendo 78 executivos do grupo.
O objetivo da Operação Caixa 3, segundo a Controladoria, ‘é a obtenção de provas sobre a ocorrência de má-fé e dolo, por parte de funcionários do BNB, na concessão e acompanhamento dos financiamentos investigados’.
As transações do BNB e o grupo empresarial foram submetidas a uma auditoria da Controladoria. A investigação mostra que as fraudes teriam ocorrido por meio de operações de crédito para a construção de duas fábricas de bebida na Bahia e em Pernambuco.
Um ex-executivo da Odebrecht revelou aos investigadores da Lava Jato que houve um ‘conluio’ da empreiteira com a cervejaria. Parte do dinheiro liberado pelo BNB para o Grupo Petrópolis foi desviada para financiamento de campanhas eleitorais em 2014, segundo a investigação.
A auditoria da CGU apontou irregularidades na avaliação, concessão e acompanhamento das operações de crédito do BNB sob exame, financiadas com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
“Dentre as constatações, está a substituição da garantia fiança bancária (avaliada com rating AA) por hipoteca de parque industrial (avaliada com rating B) autorizada pela direção e posteriormente aprovada pelo Conselho de Administração do banco após parecer técnico favorável – em desacordo com os normativos internos e de compliance da estatal”, destaca a CGU, em nota.
Com a palavra, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB)
Em nota de esclarecimento, o Banco do Nordeste destacou que o financiamento para a Cervejaria Petrópolis da Bahia, em 2013, ‘foi objeto de auditoria, inclusive com vista à avaliação de eventual conduta funcional, tendo sido seu resultado compartilhado com os órgãos de fiscalização e controle’.
“Dentre as constatações da Auditoria, o Banco destaca que:
1) O Banco do Nordeste recebeu de boa-fé documento lavrado pelo cartório pertinente, que comprovava a desoneração do bem objeto da troca de garantia;
2) Posteriormente, identificado o equívoco por parte do cartório, o Banco adotou as medidas para regularização da insuficiência da garantia apresentada;
3) Com relação à avaliação de risco, a análise baseou-se nos procedimentos dispostos em norma, considerando os documentos disponíveis e admitidos como suficientes;
4) O procedimento de análise de substituição de garantia foi realizado conforme normas e alçadas decisórias pertinentes.”
Segundo o BNB, ’em relação a eventos que extrapolam os processos internos do Banco, não há como a Instituição se manifestar’.
“As prestações referentes ao financiamento estão sendo pagas no prazo estipulado e os empreendimentos se encontram em situação de absoluta normalidade.”
Com a palavra  o grupo Petrópolis
O Grupo Petrópolis afirma que está à disposição para qualquer esclarecimento, a fim de auxiliar nas investigações e elucidar os fatos.(AE)

Marin é considerado culpado pelo júri em NY em 6 das 7 acusações
Ex-presidente da CBF vai direto para a prisão, após condenação

Publicado sexta-feira, 22 de dezembro de 2017 às 18:18 - Atualizado às 01:20
Da Redação
A juíza Pamela Chen, da Corte do Brooklyn, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, aceitou o pedido dos promotores e decidiu nesta sexta-feira pela prisão imediata do ex-presidente da CBF, José Maria Marin, de 85 anos.
Marin foi considerado culpado em seis das sete acusações de corrupção: conspiração para recebimento de dinheiro ilícito, conspiração para fraude relativa à Copa Libertadores, conspiração para lavagem de dinheiro relativa à Libertadores, conspiração para fraude relativa à Copa do Brasil, conspiração para fraude relativa à Copa América e conspiração para lavagem de dinheiro relativa à Copa América. O dirigente brasileiro foi absolvido apenas da acusação de lavagem de dinheiro da Copa do Brasil. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira.
A magistrada não aceitou os argumentos dos advogados de Marin, que pediram que o brasileiro aguardasse a sentença em prisão domiciliar nos EUA. Os advogados tentaram interceder, alegando que o réu já se encontrava em prisão domiciliar e não oferecia risco à sociedade. Marin é dono de um apartamento de luxo na Trump Tower, em Nova Iorque, onde estava recluso em prisão desde sua extradição para os EUA, em novembro de 2015. Ele pode pegar até 20 anos de prisão. A juíza, no entanto, justificou que precisa ter certeza de que Marin estará no país para aguardar a sentença, que deve ser determinada em breve. A Corte dos Estados não tem recesso de uma semana.
Marin foi acusado pela promotoria de aceitar mais de US$ 6,5 milhões (R$ 21,6 milhões) em troca de subornos de direitos televisivos de torneios de futebol, como Copa do Brasil e Libertadores. Parte desse dinheiro teria sido depositado em uma conta bancária em Nova Iorque que Marin usaria para pagar despesas pessoais.
Os jurados foram instruídos pela juíza, ouviram os argumentos finais e se reuniram para deliberar por um período de seis dias. Como o caso é muito complexo, dúvidas sobre evidências e as instruções da juíza acarretaram na demora de um consenso. Isolados por vários dias, os membros do júri foram instruídos a não ler notícias sobre o caso, tampouco emitir comentários fora do tribunal.
Nos Estados Unidos, em casos criminais, quando não houver unanimidade no veredicto, cabe ao juiz convocar um novo júri. Havendo a concordância da promotoria, ele também pode absolver os réus - o que dificilmente aconteceria nesse julgamento. Embora haja um veredicto sobre os culpados, as sentenças ainda devem demorar alguns dias, pois o júri não determina a penalidade. De acordo com a praxe, os juízes costumam entregar a sentença no prazo de 30 a 60 dias. O prazo para que a juíza Pamela Chen delibere a sentença é indeterminado, podendo ocorrer na próxima semana ou num prazo de até dois meses. Nesse intervalo a promotoria deve estipular os prejuízos causados pelos réus para que a juíza estipule o valor das multas e da pena.
O paraguaio Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol, foi considerado culpado em três de cinco acusações e também será levado para a prisão. (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O doutor Kakay transformou Maluf em paciente terminal
Advogado do mais idoso preso do Brasil informa que o cliente tem poucas chances de sobrevivência

Por Augusto Nunes
Sexta-feira, 22 dez 2017, 20h33
Forjado por Antônio Carlos de Almeida Castro, vulgo Kakay, o diagnóstico seria desesperador se o advogado de Paulo Maluf fosse formado em Medicina. Caprichando na pose de especialista em todas as doenças, conhecidas ou por descobrir, Kakay resumiu os problemas que acossam o cliente enfim anexado à população carcerária.
Além da “idade avançadíssima”, pesam sobre Maluf “um câncer de próstata; uma hérnia de disco em estágio grave, com limitação severa de mobilidade; problemas cardíacos, todos em tratamento”. Até saber que a temporada na gaiola iria começar, o parlamentar de 86 anos esbanjava saúde. Virou paciente agonizante minutos depois de contratar os serviços de Kakay.

O Brasil decente precisa deter o general de toga
No escurinho da noite, Gilmar aproveitou o começo do recesso do Judiciário para presentear Garotinho com um habeas corpus

Por Augusto Nunes
Sexta-feira, 22 dez 2017, 16h45 - Publicado em 22 dez 2017, 16h44
Na segunda-feira, 18-12-2017, Gilmar Mendes abriu a última semana da primavera de 2017 mandando soltar Adriana Ancelmo, primeira-dama da organização criminosa chefiada pelo maridão Sérgio Cabral. No dia seguinte, o ministro da defesa de culpados socorreu o quadrilhão do PMDB com a transferência do processo para Brasília. Assim, com a ajuda de seus cúmplices no Tribunal, Gilmar livrou da competência de Sérgio Moro os delinquentes Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Rodrigo Rocha Loures.
Na mesma terça-feira, Gilmar algemou a condução coercitiva. Assim, enquanto o plenário do Supremo não ressuscitar a sensatez assassinada, o Ministério Público, a Justiça Federal e a Polícia Federal estão proibidos de acordar um bando de meliantes às seis da manhã, levá-los para o confronto com pilhas de provas e vê-los enredar-se em contradições e mentiras. Ainda na terça-feira, o general de toga mandou para casa os empresários Miguel Schin e Gustavo Estellita, ambos envolvidos no esquema criminoso de Sérgio Cabral.
Na quarta-feira, 18, Gilmar superou-se. No escurinho da noite, aproveitou o começo do recesso do Judiciário para acionar a fábrica de habeas corpus em favor de Anthony Garotinho e do presidente do PR, Antonio Carlos Rodrigues. Mas o que tem o ministro do Supremo a ver com o caso do ex-governador?, perguntaram-se milhões de brasileiros. É que Gilmar ainda é presidente do Tribunal Superior Eleitoral e, pior, está de plantão por causa do recesso. Como perder a chance de decidir monocraticamente a pendência antes que o ministro Jorge Mussi pudesse examiná-la?
Está claro que o libertador de gatunos e seus parceiros no STF comandam uma ofensiva cada vez mais selvagem contra a Operação Lava Jato. Só a mobilização dos brasileiros decentes, fartos da corrupção impune e agora abençoada pelo grupo liderado por Gilmar, poderá deter a tropa togada. As bofetadas na cara do País que presta passaram da conta. Ou o povo mostra nas ruas que apoia a Lava Jato ou os bandidos seguirão controlando o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

NA VEJA.COM
Juiz nega prisão domiciliar para Paulo Maluf
Decisão é provisória e vale até o próximo dia 26, quando o ex-prefeito deve ser submetido a exames; defesa se diz 'apreensiva com a saúde' de Maluf 

Por Guilherme Venaglia
Sexta-feira, 22 dez 2017, 22h09 - Publicado em 22 dez 2017, 21h03
A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal negou provisoriamente a prisão domiciliar para o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). Em sua decisão, o juiz Bruno Macacari considerou que o quadro clínico de Maluf “não demanda tratamento ou acompanhamento médico que não possa ser adequadamente prestado pelo serviço de saúde da unidade prisional”
O advogado do ex-prefeito, Antonio Carlos de Almeida Castro, havia apresentado o pedido de prisão domiciliar com base em uma questão humanitária, argumentando que o político tem 86 anos e quadro delicado de saúde. O magistrado concordou que é “inegável que o sentenciado ostenta idade avançada, além de estar acometido de doenças graves”, mas citou pedido de informações respondido por José Mundim Júnior, diretor da unidade em que se localiza Maluf, para responder que as necessidades médicas do ex-prefeito podem ser atendidas dentro do presídio.
Bruno Macacari anotou que Mundim Júnior ainda observou “que dispõe de ambulância de pronto atendimento e que, em casos graves, se houver necessidade de internação, dispõe de leitos na rede pública de saúde”. O ex-prefeito foi transferido para o Centro de Detenções Provisórias (CDP), do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
O juiz da Vara de Execuções reiterou o pedido para que o Instituto Médico Legal (IML) faça um laudo sobre a real condição médica de Paulo Maluf. Com isso, fica possível que a decisão seja revista a partir do próximo dia 26, quando encerrar o recesso de Natal e a avaliação puder ser feita.
Em nota, a defesa do ex-prefeito afirmou que “segue apreensiva com a saúde do Dr. Paulo e espera que, após esta analise acurada, a domiciliar seja concedida por ser de direito e de Justiça”.
Nesta sexta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou a suspensão do pagamento dos salários e da cota parlamentar de Maluf e de Celso Jacob (PMDB-RJ), que também está preso. O deputado federal foi condenado a sete anos e nove meses de prisão por lavagem de dinheiro, por crimes relacionados a sua passagem pela Prefeitura de São Paulo, entre 1993 e 1996.
A defesa questionou, também, o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado, uma vez que ainda tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) embargos infringentes, decisões que pretendem reverter a sentença a partir de um voto minoritário. Considerando os recursos como protelatórios, o ministro Edson Fachin determinou que Paulo Maluf começasse a cumprir pena. Almeida Castro ainda apelou para a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, que ratificou a decisão de Fachin.

Gilmar Mendes libera Rosinha Garotinho do uso de tornozeleira
Presidente do TSE suspendeu as medidas cautelares impostas à ex-governadora

Por Estadão Conteúdo
Sexta-feira, 22 dez 2017, 23h51 - Publicado em 22 dez 2017, 23h50
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, mandou nesta sexta-feira retirar a tornozeleira eletrônica de Rosinha Garotinho. Ele também suspendeu o recolhimento noturno da ex-governadora do Rio de Janeiro e a exigência de ela não poder ter contato com outros investigados na operação que a levou à prisão.
A decisão suspendeu as medidas cautelares impostas a Rosinha, mulher do também ex-governador Anthony Garotinho.
Na decisão, Gilmar afirma que as medidas cautelares concedidas são “desproporcionais”, acrescentando não haver indícios de “reiteração delituosa” que possa ser atribuída à ex-governadora. Com o recesso do Judiciário, o ministro está de plantão no TSE.
Garotinho
Na última quarta-feira, 20, Gilmar já havia mandado soltar Anthony Garotinho e o presidente do PR, Antonio Carlos Rodrigues, presos na mesma operação que investiga supostas irregularidades na campanha eleitoral do político ao governo do Rio em 2014.
Nesta operação são apurados os crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais. Anthony e Rosinha Garotinho negam as acusações.

O que Madre Teresa de Calcutá não tinha de santa?
Sua biografia não é tão limpa como se pensa

Por Duda Teixeira
03 jul 2017, 16h35 - Publicado em 16 mar 2016, 09h34
A freira de família albanesa Agnes Gonxha (1910-1997), conhecida como Madre Teresa de Calcutá, que atendia doentes terminais em Calcutá, na Índia, ganhou o Nobel da Paz em 1979 e será canonizada pelo Vaticano no dia 4 setembro. Mas sua biografia não é tão limpa como se pensa. Alguns dos seus trechos podem incomodar seus admiradores. São eles (as fontes estão nos links):
Negligência com doentes terminais -
Dentro da instituição Missionárias da Caridade, as pessoas ficavam deitadas em colchões no chão o tempo todo, sem acesso a antibióticos e analgésicos. Médicos não eram autorizados a examinar os pacientes para fazer um diagnóstico. Os doentes não podiam ser levados a um hospital para tratamento adequado. Seringas eram usadas em vários doentes e lavadas na torneira.
Sadismo -  O atendimento ruim não era uma consequência da falta de dinheiro. A organização de Madre Teresa acumulou centenas de milhões de dólares e abriu unidades em mais de 100 países. A questão é que ela nutria uma fascinação pelo sofrimento dos mais humildes. “Eu acho muito bonito para o pobre aceitar o seu destino, dividir isso com a paixão de Cristo. Eu acho que o mundo tem sido muito ajudado pelo sofrimento das pessoas pobres”, disse ela em uma coletiva de imprensa. Em outro momento, ela diz para um paciente terminal: “você está sofrendo como Cristo na cruz, Então Jesus deve estar te beijando”.
Amizades tenebrosas - Madre Teresa visitou a esposa de Jean Claude Duvalier, o Baby Doc, ditador do Haiti. Sobre o encontro, ela disse que nunca tinha visto pobres tão familiares com o seu chefe de Estado. “Foi uma linda lição para mim”, disse. Estima-se que Baby Doc e seu pai, Papa Doc, tenham desviado 100 milhões de dólares em obras sociais no Haiti.
Batismos disfarçados - Quando bebês, crianças ou adultos estavam à beira da morte, as freiras e os religiosos os batizavam com discrição. Às vezes, jogando água na testa. A prática revoltou muitos familiares muçulmanos e hindus, que não deram autorização para tal.
Descaso com dinheiro alheio - Madre Teresa recebeu 1 milhão de dólares do americano Charles Keating, que foi condenado por montar um esquema fraudulento para se apropriar do dinheiro de pequenos investidores nos Estados Unidos. Em seu julgamento, Madre Teresa mandou uma carta ao juiz pedindo clemência. O promotor enviou uma carta a ela solicitando que ela devolvesse o dinheiro das doações, pois esse tinha sido obtido de maneira fraudulenta. Não recebeu resposta.

NO O ANTAGONISTA
A foto que Lula não perdoa de verdade
Brasil Sábado, 23.12.17 09:00
João Domingos, no Estadão, escreve sobre Lula ter dito que se arrependia da foto feita com Maluf:
“Não há nada demais no acordo político que Lula fez com Maluf. Todo mundo faz esse tipo de acordo, mesmo que não seja ideológico ou programático, mas oportunista, baseado no toma lá, dá cá. Não precisaria dizer que não se perdoa. A política permite esse tipo de pecado.
Mas Lula quis aproveitar a notícia de que Maluf tinha sido preso para anunciar seu profundo arrependimento. Ou, como o ex-presidente disse, revelar para os jornalistas com os quais se reuniu na quarta-feira que não se perdoa por ter se deixado convencer a tirar a fotografia. E se o encontro não tivesse sido registrado por fotógrafos e testemunhado por muitas pessoas, não seria motivo de arrependimento? Parece que o não perdoar a fotografia, aqui, só foi cogitado porque alguém viu, alguém fotografou.”

A foto que Lula não perdoa de verdade é aquela da sua visita ao triplex do Guarujá, juntamente com Léo Pinheiro, da OAS.

Garotinho e a escala de honestidade
Brasil 23.12.17 08:20
Livre outra vez, Anthony Garotinho disse que é muito diferente de Sérgio Cabral.
“As diferenças entre nós são absurdas. Nele você encontra sinais contundentes de riqueza: barras de ouro, joias, mansões, iates. Em mim, não.”
A honestidade é uma questão de escala.
Leia o processo: Lula só será absolvido por excesso de provas Brasil 23.12.17 08:13
Ao contrário do que alardeia Lula, ele só será absolvido no TRF-4 por excesso de provas.
Faça como O Antagonista, leia o processo do triplex.
A nossa cozinha Kitchens está lá.
Lula usa STF e STJ para pressionar TRF-4
Brasil 23.12.17 07:51
Lula, como publicamos ontem, está tentando dividir o TRF-4, pressionando os desembargadores, em particular Victor Laus, porque os outros dois já liberaram seus votos.
Leia um trecho da coluna de Merval Pereira:
“As últimas horas foram marcadas por pressões sobre os desembargadores de Porto Alegre, públicas como as de Lula quase que exigindo o reconhecimento de uma inocência que ele alardeia, e privadas, com tentativas de aproximações com membros do Judiciário, abrangendo até mesmo o STF e o STJ.
A tentativa é, já descrentes de uma absolvição, conseguir uma condenação não unânime, que permita alongar o prazo de apelação. Embora o TRF-4 tenha rejeitado a grande maioria dos embargos infringentes, esse processo leva bastante tempo, o que daria chance a Lula de chegar à convenção do PT em 20 de julho para ser declarado oficialmente candidato à presidência da República.”

Feliz Natal, Aécio
Brasil 23.12.17 07:12
Odebrecht e Andrade Gutierrez confirmaram o pagamento de 50 milhões de reais em propinas para Aécio Neves.
A Odebrecht, diz O Globo, “sustenta a acusação com comprovantes bancários, entregues nos últimos meses, que, segundo a empresa, comprovam depósitos para o senador tucano, por meio de uma conta de offshore em Cingapura, que havia sido citada por um de seus ex-executivos, Henrique Valladares, em depoimento à PGR. A identificação do titular da conta ainda não foi revelada, mas Valladares diz que está vinculada ao empresário Alexandre Accioly”.
A Andrade Gutierrez, por sua vez, “confirmou o repasse de 20 milhões de reais a Aécio por meio de um contrato com a Aalu Participações e Investimentos, empresa controladora da rede de academias Bodytech que pertence a Accioly”.
O TCU do PMDB agora tenta o golpe da honestidade
Brasil 23.12.17 07:00
Como já alertamos, o TCU dominado pelo PMDB, a pretexto de salvaguardar o dinheiro público, tenta hoje anular os acordos de leniência firmados entre empreiteiras e Lava Jato.
O objetivo é claro: impedir que a Lava Jato continue o seu trabalho, mostrando eventuais podres que porventura não vieram à tona. E evitar que, no futuro, possam existir outras operações do gênero.
É o golpe da honestidade, para que nada mude de verdade neste País infeliz.
Não, Okamotto, não
Brasil Sexta-feira, 22.12.17 20:15
Do site do STF:
“O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento (julgou inviável) ao Habeas Corpus (HC) 145901, no qual a defesa do ex-presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, pedia o trancamento de ação penal por suposta prática do delito de lavagem de dinheiro.
O ministro relator observou em sua decisão que o trancamento de ação penal em curso por meio de habeas corpus constitui medida excepcionalíssima, conforme jurisprudência do próprio STF e que essa excepcionalidade não foi demonstrada no caso. ‘Não verifico, nesse particular, constrangimento ilegal capaz de representar coação à liberdade de locomoção’,
disse Fachin.
Paulo Okamotto foi denunciado por ter, na qualidade de presidente do Instituto Lula, tratado do pagamento de R$ 1,3 milhão pela construtora OAS, referente a despesas para depósito de bens do acervo particular do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.”
Operação Caixa 3: sem prisões nem conduções coercitivas
Brasil 22.12.17 18:15
Os investigadores que deflagraram a Operação Caixa 3 hoje disseram, em coletiva mais cedo, que as provas colhidas até aqui revelam o esquema de gestão fraudulenta envolvendo o Banco do Nordeste, o Grupo Petrópolis e a Odebrecht para o financiamento de campanhas.
O coordenador da operação, delegado Cláudio Carvalho, comentou, inclusive, que um dos funcionários do banco usufrui de um patrimônio incompatível com seus rendimentos.
Questionado por jornalistas sobre a ausência de pedidos de prisão temporária, a reposta foi:
“Dependendo do material colhido hoje e a partir da análise desse material, outras medidas cautelares poderão ser solicitadas.”
Gilmar Mendes proibiu — em liminar na última terça-feira — as conduções coercitivas para interrogatório.
Operação Caixa 3: prejuízo ainda incalculável
Brasil 22.12.17 17:10
A Controladoria-Geral da União informou que ainda não é possível estimar o prejuízo aos cofres públicos provocado pela gestão fraudulenta em operações de crédito firmadas entre o Banco do Nordeste do Brasil e o Grupo Petrópolis.
A Operação Caixa 3, deflagrada hoje, certamente contribuirá para “a obtenção de provas sobre a ocorrência de má-fé e dolo, por parte de empregados do BNB, na concessão e acompanhamento dos financiamentos investigados”, destacou a CGU.
Também em nota, a Controladoria deixou claro que a investigação apura “a ocorrência de desvio dos recursos obtidos pelo grupo empresarial para pagamento de despesas de campanhas eleitorais”.
Os leitores de O Antagonista conhecem essa história.



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