SEGUNDA EDIÇÃO DE 27-11-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO BLOG DO NOBLAT
Sem espaço para o novo
Sem que se reforme o sistema político brasileiro, não haverá lugar para o novo 

Por Ricardo Noblat
Segunda-feira, 27/11/2017 - 03h37
No fim de semana, ouvi de um observador arguto e longevo da política brasileira: “Quando vejo no Fantástico um goleador pedir música, logo penso com meus botões: mais um que poderá se lançar candidato a presidente ou a qualquer coisa”.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) observou outro dia que a caça ao candidato novo é mais um sinal evidente da falência da política. Faltou acrescentar: do tipo da política feita por ele e por todos os investigados suspeitos de corrupção. Aécio sabe disso. Ou sabia.
A política não é má. É indispensável para construir consensos que possam beneficiar a sociedade. Ela se torna má quando se volta contra os interesses da sociedade. Ou quando os políticos se valem dela unicamente em seu próprio benefício.
A caça ao candidato novo à sucessão do presidente Michel Temer irá até o último dia permitido pela legislação, ali por volta de junho próximo. Não se descarte a hipótese de um novo candidato substituir um velho em meio à campanha. É possível, sim.
João Dória (PSDB), prefeito de São Paulo, envelheceu rapidamente e jogou a toalha. O candidato do seu partido deverá ser o velho Alckmin, quatro vezes governador de São Paulo, uma vez candidato derrotado a presidente da República.
Alckmin é autor de um prodígio: no segundo turno da eleição de 2006 contra Lula teve menos votos do que no primeiro. Deve ter aprendido com os erros que cometeu. Foi vítima de traições dentro do seu próprio partido.
Dória, agora, aspira suceder Alckmin. Que aspira assumir a presidência nacional do PSDB com a esperança de uni-lo em torno de sua candidatura. O PSDB não parece aspirar a grande coisa. Rachado está e assim irá para as eleições de 2018.
Luciano Huck seria o novo. Mas uma vez que desistiu de concorrer à vaga de Temer como anunciou, hoje, em artigo na Folha de S. Paulo, passará à História como o candidato que saiu do páreo às primeiras informações de que poderia vencê-lo.
A deserção de Huck aumentará a pressão para que o ex-ministro Joaquim Barbosa vista a máscara do novo e tente seduzir a parcela crescente do eleitorado cansado das mesmas caras. Mas Barbosa hesita em abrir mão de uma vida confortável.
De resto, não basta ser novo para que se abram as portas do êxito. Novo com partido pequeno não irá a lugar algum. Numa campanha curta como a próxima, com pouco dinheiro em jogo, o tempo de propaganda na televisão continuará fazendo a diferença.
Como o novo se tornará conhecido em pouco tempo? Como suas ideias se tornarão conhecidas? Se eleito, de que maneira imagina que poderá governar com uma base de apoio rarefeita no Congresso? O novo somente pelo novo não garante nada. Nem pode garantir.
Diz-se que Fernando Collor e Lula foram o novo nas eleições de 1989, e Collor chegou lá. Mas Collor era filho de político, fora deputado federal, prefeito de Maceió e governador de Alagoas. E aquela foi uma eleição só para presidente. Uma eleição solteira.
O novo, ali, era Lula que disputou com Collor o segundo turno. Foi o novo em 1994 e 1998 – e perdeu para o Plano Real que elegeu Fernando Henrique Cardoso. Lula ganhou em 2002 quando o Real dava sinais de ir à pique e ele, Lula, já não era tão novo.
Trump não foi o novo nos Estados Unidos. Fez política durante muitos anos antes de se eleger. Na França, Macron foi o novo não por causa de sua idade, mas em razão de suas propostas. Havia sido ministro antes e ocupara outros cargos na administração pública.
Sem que se reforme o sistema político brasileiro, não haverá lugar para o novo. A não ser que os partidários do deputado Jair Bolsonaro queiram acreditar que ele é o novo. Nada mais velho do que Bolsonaro.

Verba gasta por senadores com jatinhos cresce 40%
Segunda-feira, 27/11/2017 - 07h51
Por Júlia Lindner no  Estadão
Mesmo com direito a uma cota de passagens aéreas por mês, senadores usam parte da verba parlamentar para pagar combustível de aviação e fretamento de jatos particulares. De janeiro a outubro deste ano, 14 senadores gastaram R$ 771,6 mil com esse tipo de despesa. No mesmo período, também usaram R$ 896,1 mil para comprar passagens com voos comerciais.
Levantamento feito pelo Estadão/Broadcast mostra ainda que os senadores aumentaram os gastos com jatinhos nos últimos três anos. Em diversas ocasiões, o dinheiro da Casa foi usado para bancar trajetos corriqueiros, como de Brasília ao Estado de origem do congressista.
Recordista na utilização de aviões privativos, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), já consumiu quase R$ 190 mil até outubro deste ano para fretar aeronaves e adquirir combustíveis de aviação. Em 2016, ele gastou aproximadamente R$ 260 mil; no ano anterior, foram cerca de R$ 200 mil.
Saiba mais:
Verba gasta por senadores com jatinhos cresce 40%

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Uma Corrida maluca

Por Merval Pereira
Domingo, 26/11/2017 06:30
A corrida presidencial está mais parecendo aquela corrida maluca dos desenhos animados do Hanna Barbera, cada concorrente às voltas com obstáculos criados por seus próprios problemas. Agora chegou a vez do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que teve um inquérito contra si pedido pela Procuradoria-Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que é o foro especial de governadores para crimes comuns.
O processo diz respeito às acusações feitas por delatores da empreiteira Odebrecht, que acusam o governador de São Paulo de ter recebido R$ 10,7 milhões repassados pelo setor de propinas da empreiteira, com a ajuda de seu cunhado, Adhemar César Ribeiro. O inquérito corre em segredo de Justiça, com Nancy Andrighi como relatora.
Há poucos dias, em evento promovido pelo o Globo, o governador Alckmin foi confrontado com essa possibilidade, que já se antevia, e garantiu que não se considera passível de prejuízo em seu desejo de se candidatar à presidência da República. Garantiu que já há indicações de que não é ele o “Santo” indicado nas planilhas da Odebrecht como destinatário de dinheiro de caixa 2, e defendeu que tudo seja investigado.
Agora que se concretizou o pedido de abertura de inquérito ao STJ, Alckmin terá que correr contra o tempo para que a decisão não interfira na disposição de disputar a presidência. O governador de São Paulo, embora tenha um cacife eleitoral respeitável, pois em 2014 o candidato do PSDB Aécio Neves saiu do Estado com 7 milhões de votos à frente de Dilma, passará a ser mais um envolvido em denúncias.
Além do mais, Alckmin está alinhado ao grupo tucano que defende um afastamento do governo Temer, enquanto seu ex-protegido, o prefeito João Dória, posiciona-se na ala governista do partido. Com a possibilidade de haver uma ampla coligação partidária alinhando todos os partidos da base governista em torno de uma candidatura à presidência, Alckmin ficaria isolado na oposição caso não se reaproxime de Temer.
A possibilidade de a coligação governista ter um candidato único, que poderia ser ou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, do PSD, ou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM, ou o prefeito João Dória, do PSDB, com um amplo tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão, está baseada na hipótese de que a economia melhorará no próximo ano a ponto de ser um trunfo de um governo atualmente dos mais impopulares na disputa ou com o ex-presidente Lula ou com Jair Bolsonaro.
A esperança nessa melhora da economia é tamanha que já existe quem considere que o próprio Temer seria o melhor candidato da aliança governista. Nesse ambiente, e sem ter destaque maior nas pesquisas eleitorais, o governador Geraldo Alckmin estaria em desvantagem até mesmo em relação a Dória, que tem maior capacidade de atuação nas redes sociais e na televisão.
Alckmin encontra ainda um empecilho para montar uma coligação que apoie sua candidatura, pois até mesmo o PSB, de seu vice Marcio França, tem um grupo que prefere apoiar a candidatura de Lula caso o ministro aposentado do STF, Joaquim Barbosa, não queira se candidatar à presidência.
A candidatura de Geraldo Alckmin representaria um ponto de equilíbrio entre os extremos ocupados por Lula e Bolsonaro, que no momento polarizam a disputa. Caso Lula não possa disputar devido à Lei da Ficha Limpa, depois de uma eventual condenação pelo TRF-4 de Porto Alegre, o governador paulista poderia surgir como uma solução para o eleitorado de centro-direita que no momento tende a apoiar Bolsonaro.
A característica de ser anti-Lula perderia a força, e ganharia uma candidatura que representasse o centro político, como se pretende Alckmin. Mas agora ele tem mais esse obstáculo a superar nessa corrida maluca em que se transformou a disputa presidencial em 2018. 

NO BLOG ALERTA TOTAL
Corrupção Brasileira tem "razão"?

Segunda-feira, 27 de novembro de 2017
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Bacana saber que o professor Graham Brooks, pesquisador de Anticorrupção e  Criminologia da University of West London, está estudando a “Propinocracia” brasileira. O acadêmico estuda se os corruptos sistêmicos brasileiros agiram motivados por Dinheiro, por Poder, por Sexo ou pelas três “razões” combinadas.
Uma grande “dúvida” que o teórico britânico deveria tirar é: a corrupção se tornou sistêmica porque: 1) o Crime é Institucionalizado; 2) o brasileiro é corruptível; ou 3) a máquina estatal brasileira é estruturada para operar criminosamente, e não para desenvolver a Nação, garantindo a promoção do bem comum.
A doutrina é clara: o Crime não se organiza sem a “parceria” com a máquina estatal. Outro princípio fácil de perceber: quando o cidadão e, por extensão, a sociedade organizada, não controla o Estado, a tendência é que os agentes estatais cometam abusos e pratiquem a corrupção. Assim, pode-se definir Crime Institucionalizado como a associação delitiva entre bandidos de toda espécie e agentes públicos.
Quais os objetivos dessa associação criminosa? Os ingênuos podem até pensar que a principal intenção do “bandido” é, simplesmente, se locupletar e atender aos seus desejos atávicos por poder, dinheiro e sexo. No entanto, quem estuda um pouquinho o Poder Real Mundial (deve ser o caso do professor Graham Brooks) tem o dever intelectual de saber que a corrupção estruturada cumpre, principalmente, a missão de inviabilizar o desenvolvimento de uma Nação, tornando-a mais fácil de explorar pelos agentes conscientes ou inconscientes dos “controladores” externos.
Por tal explicação, fica lógico compreender que a corrupção brasileira é consequência – e não causa. Assim, não adianta “combater” a corrupção. Ela é uma espécie de “praga natural” produzida e reproduzida pelo modelo dependente a que se submete o Brasil. A corrupção sistêmica é fruto de nossa falta de soberania, independência e civilidade. Ou seja, ela é um problema estrutural. Ajuda, porém pouco,  se resolve com protestos de rua ou virtuais bem intencionados.
A única maneira legal e legítima de conter a corrupção é a inédita Intervenção Institucional – já em andamento, mesmo que pareça um processo lento. A máquina estatal, sua burocracia, regramentos e gastos precisam ser reduzidos e simplificados, ficando sob controle e fiscalização direta de cidadãos tecnicamente habilitados e eleitos para cumprir tal finalidade, em mandatos curtos, sem reeleições.
A Intervenção Institucional só terá sucesso se reduzir, ao máximo, a distância entre o cidadão-eleitor-contribuinte e a gestão de uma máquina estatal local. Por isso é preciso implantar o Federalismo pleno, com o poder operando a partir dos bairros, municípios e regiões – e não a partir de um centralizado poder federal. O aprimoramento institucional só será viável com uma Constituição enxuta e um regramento claro, objetivo e sem excessos.
A Intervenção Institucional precisa ter e cumprir a missão imediata de tirar qualquer “razão” que a corrupção possa advogar a favor dos corruptos. Nossa tragédia é o sistema, o modelo e o mecanismo estatal. A vitória contra a corrupção só ocorrerá quando a maioria dos cidadãos brasileiros tiver capacidade plena de fiscalizar e controlar a máquina estatal, partindo do “poder local”. Aí sim, com sistema distrital, votação com resultado auditável, conferível por recontagem, teremos chance de eleger pessoas honestas e que sejam pressionáveis pela proximidade com o colégio eleitoral.
A prioridade do momento brasileiro é definir e debater que projeto estratégico de nação queremos e podemos implantar. É hora de debater e promover, o mais rápido possível, o Aprimoramento Institucional brasileiro. O fla-flu presidencial já em andamento não soluciona nossos problemas estruturais.
Releia o artigo de domingo: Ineleja bandido! Voto nulo é arakiri!
(...)

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
O dia-a-dia, o sofrimento e as regalias de poderosos na prisão
 
Da Redação
Segunda-feira, 27/11/2017 às 05:58
Uma parte do grupo que dilapidou as finanças do Rio de Janeiro começou a pagar pelo que fez.
Estão todos presos: Cabral, Garotinho, Jacob, Picciani, Adriana, Rosinha, entre outros. Todos acusados de terem se chafurdado nos cofres públicos de maneira insana e sem limites.
Entretanto, o maior castigo contra essa bandidagem, que um dia teve a confiança popular e ocupou cargos importantes e esses empresários abastados, que mesmo presos ainda gozam de regalias, conseguida fundamentalmente pela força do dinheiro ilícito que conseguiram amealhar, é a recuperação do dinheiro que roubaram.
Tomar de volta o dinheiro roubado será indubitavelmente o maior castigo.
Esses pilantras toleram tudo, menos a falta de grana.
Se for necessário, que fiquem na miséria.
Esse será o grande castigo e assim estará se estabelecendo a verdadeira Justiça.
O vídeo abaixo, produzido pela Rede Globo, demonstra que mesmo presos, esse tipo de criminoso ainda goza de regalias.
Afinal, um membro da organização criminosa ainda governa o Rio de Janeiro.
Veja o vídeo:
Todos os “favores” que o PT fez para a Rede Globo vem à tona
Da Redação
Domingo, 26/11/2017 às 01:22
A aparente ira do ex-presidente Lula com a Rede Globo é mera encenação.
Esse papo mais recente de Lula dizendo que adoraria enfrentar o candidato da Rede Globo, é conversa fiada.
Lula tem o carimbo da Rede Globo, e a delação de Antonio Palocci vai esclarecer essa relação promíscua.
Um anexo inteiro da delação do ex-ministro é exclusivamente dedicado a esta questão.
Durante a era petista a Globo foi dadivosamente favorecida com benefícios fiscais de natureza duvidosa. Tudo com a complacência do governo federal.
E isso tudo sem considerar que, durante o período, o PT despejou bilhões de publicidade em favor da Rede Globo.
Foram R$ 6,2 bilhões em publicidade estatal federal durante os 12 anos dos governos Lula (2003 a 2010) e Dilma (2011 a 2014).
Sem dúvida, uma grande parceria.

Viúvo, com medo da prisão, Mantega espalha que tem que cuidar do filho de 12 anos
Da Redação
Sábado, 25/11/2017 às 20:05
Motivos e motivos se aglomeram para uma eventual prisão do ex-ministro Guido Mantega.
Em  rigor, Mantega já deveria estar preso há muito tempo.
Foi salvo em função do câncer que acabou vitimando sua esposa, a psicanalista Eliane Berger.
Sua prisão chegou a ser decretada pelo juiz Sérgio Moro, que a revogou em seguida, assim que tomou conhecimento de que Eliane estava hospitalizada.
No último dia 12 de novembro, porém, a esposa de Mantega foi definitivamente vencida pela doença.
O ex-ministro de dedica agora a espalhar a notícia de que irá se dedicar ao filho de 12 anos.
Para o azar dele, esta semana Adriana Ancelmo voltou para a cadeia.
E olha que ela tem dois filhos menores e um deles ainda é mais novo que o filho do petista.






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