PRIMEIRA EDIÇÃO DE 17-11-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sexta-feira, 17 de Novembro de 2017
Reforma será ao estilo Temer: em suaves prestações
Quase todos os 17 ministros candidatos em 2018 fizeram chegar ao presidente Michel Temer o desejo de continuarem até abril, prazo para desincompatibilização. A tendência de Temer é acatar esse desejo: ele reconhece que os ministros foram leais nas crises, inclusive pagando o preço do desgaste político. E a reforma terá seu estilo: será em “suaves prestações”, até a entrega das chaves dos ministérios, em abril.
Safadeza grande na compra de aviões de combate
O bloqueio de R$24 milhões em contas do ex-presidente Lula e do seu filho Luiz Cláudio revela a convicção do Ministério Público Federal quanto ao envolvimento de ambos no tráfico de influência para a compra bilionária de aviões de combate suecos Gripen. O Brasil está pagando US$5,4 bilhões por 36 caças (US$ 150 milhões cada), mas a Suíça rejeitou a oferta do mesmo caça a US$140 milhões por cada um deles.
Grana pretíssima
O suposto superfaturamento de US$10 milhões em cada avião levanta a suspeita de propina próxima dos US$360 milhões (R$1,2 bilhão).
Vox Populi, Vox Dei
A maioria dos suíços (53,4%) rejeitou, em referendo, a compra dos caças Gripen dois anos e meio após o Brasil do PT fechar a compra.
Primeira parcela garantida
A compra dos caças Gripen custou ao Brasil R$ 1,5 bilhão apenas este ano, no pagamento das parcelas previstas no contrato.
Dilma se enrola
Após ter sido mantida a condenação do marqueteiro João Santana e sua mulher Mônica Moura pelo TRF-4, aumentou o temor da defesa de Dilma no caso do propinoduto dos contratos de sondas da Petrobras.
Preconceito contra Huck
O deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS, gostou do que ouviu na conversa com Luciano Huck, a quem define como um socialdemocrata, mas vê certos setores com uma visão preconceituosa sobre o apresentador. “É preciso superar isso”, recomenda.
Tem bicho muito pior
Após esta coluna informar que “passam bem” os mais de 100 escorpiões encontrados na Câmara dos Deputados nos últimos dias, a hashtag #ForçaEscorpiões ganhou força nas redes sociais.
Triste papel
Após liderar um dos governos mais tristes da História, Dilma Rousseff acha pouco e continua falando mal do próprio País no exterior. Em Berlim, discutiu em evento a “parcialidade” da Justiça do Brasil.
Abuso continuado
No DF, a estatal de energia CEB, onde marajás ganham acima do teto, terá de pagar (ordem da Justiça do Trabalho) metade dos dias parados na greve selvagem que provocou mais de 3 mil apagões em cinco dias.
Fatura dos cartões
O ex-presidente Lula gastou R$102,3 milhões em 8 anos com cartões corporativos, contra R$ 95,9 milhões de Dilma em 5 anos e meio. Mas 98% dos gastos são “secretos”, em razão de decreto assinado por Lula.
É aritmética, rapazes
As transmissões esportivas continuam ignorando a diferença entre matemática e aritmética, insistindo na história de que o Corinthians é “matematicamente” campeão. É aritmeticamente campeão.
Benefício para poucos
Roberto Jefferson, presidente do PTB, esclarece que contribuiu como deputado com a previdência por 24 anos, e 20 anos como profissional, e isso explica sua aposentadoria no valor de R$24 mil mensais.
Pergunta diante da urna
O que será pior, em 2018, um candidato a presidente inexperiente ou um experiente político querendo governar o País?

NO DIÁRIO DO PODER
Salários de R$13 mil para enfermeira levaram PF a rombo de R$ 18 milhões
Maranhão: amiga de secretário ganhou 4 vezes mais que colegas
Publicado quinta-feira, 16 de novembro de 2017 às 22:38 - Atualizado às 00:33
Da Redação
O desvio de R$ 18 milhões dos cofres da pasta Saúde do Governo de Flávio Dino (PCdoB), no Maranhão, foi descoberto a partir da investigação dos salários de R$ 13 mil pagos à enfermeira Keilane Silva Carvalho. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (16), por delegados federais integrantes da Operação Pegadores, durante entrevista coletiva, na sede da Polícia Federal, em São Luís.
A enfermeira que ganhava, desde março de 2015, quatro vezes mais que outras enfermeiras da UPA de Imperatriz seria amiga do secretário estadual de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry. Ela foi contratada pelo governo do Maranhão por meio da organização de sociedade civil de interesse público (Oscip) Bem Viver.
Os delegados confirmaram ainda que uma das cabeças do esquema criminoso de contratação de mais de 420 funcionários fantasmas para as Oscips do Estado era Rosângela Curado, que já foi subsecretária estadual de Saúde disputou e perdeu a eleição para comandar a Prefeitura de Imperatriz.
Rosângela Curado foi uma das 18 pessoas presas pela PF nesta quinta-feira. E foi indiciada pelo crime de corrupção passiva.
O governador Flávio Dino emitiu nota atribuindo os desvios de recursos ao governo de Roseana Sarney. Mas a PF informou que as investigações identificaram as ilegalidades entre 2015 e 2017.
Investigadores afirmam que, nesse intervalo, uma empresa com atividade de sorveteria transformou-se em uma firma especializada em gestão de serviços médicos, emitindo mais de R$ 1,2 milhão em notas frias para desviar recursos públicos.

NO BLOG DO JOSIAS
Bretas: STF pode criar ‘pessoas imunes’ às leis

Por Josias de Souza
Sexta-feira, 17/11/2017 03:46
Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro fez uma avaliação ácida da decisão do Supremo Tribunal Federal que transferiu para o Poder Legislativo a palavra final sobre punições cautelares impostas a parlamentares. A despeito de toda a cautela que seu ofício impõe, o magistrado declarou: “Não posso comentar decisões do STF. Mas faço uma análise política do dia a dia das investigações criminais. A impressão que tenho é que essa situação, aliada ao foro privilegiado, poderia criar categorias de pessoas imunes ao Direito Penal.”
As declarações de Bretas foram feitas em entrevista publicada na edição desta sexta-feira (17) de O Globo. A conversa ocorreu antes da deflagração da operação Cadeia Velha, que resultou na prisão de três cardeais do PMDB fluminense: os deputados Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Edson Albertassi e Paulo Melo. Sem saber, o juiz soou premonitório, pois o Legislativo estadual ameaça anular a ordem de prisão e a suspensão do mandato dos três parlamentares. Solicitadas pela Procuradoria, as providências foram deferidas pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região nesta quinta-feira (16).
Para atenuar os constrangimentos, Picciani, Albertassi e Melo entregaram-se à Polícia Federal pouco depois do veredicto do TRF-2. Passaram a noite no xadrez em que está preso o ex-governador Sérgio Cabral, da mesma facção partidária. Mas não devem permanecer por muito tempo atrás das grades. Conforme já noticiado aqui, os colegas do Legislativo começaram a tramar a anulação das sanções impostas aos três antes mesmo do término da sessão do TRF-2. Embalada pelo exemplo do Senado, que anulou sanções impostas a Aécio Neves (PSDB-MG), a Assembleia do Rio equipou-se rapidamente para tentar deliberar sobre a matéria ainda nesta sexta-feira.
Ficou surpreso com o tamanho do esquema de corrupção no Rio?, perguntou-se a Bretas. E ele: “Posso falar sobre o processo da Operação Calicute, que já foi julgado. O que me assustou, naquele caso, foi a extensão e a capilaridade. Parece que tem mais gente envolvida. É uma metástase. A cada hora surgia um personagem novo.”
Bretas considerou “um absurdo” a hipótese de aprovar no Congresso uma nova lei restringindo as delações. Projeto de lei em tramitação na Câmara proíbe, por exemplo, réus presos de negociarem acordos de colaboração judicial. “Restringir a delação é um absurdo”, disse o juiz. “Para quem está colaborando, é um direito de defesa. Não se pode restringir esse direito a pretexto de proteger investigados.”
Para o juiz, há uma reação política à Lava Jato. “Tem e sempre terá”, declarou, antes de fazer uma distinção entre dois tipos de encrencados: “O empresário que se corrompe, que tem uma unidade produtiva, sabe que pode se reerguer. Mas o político corrupto não tem vida própria, é um parasita. Se tirar o poder dele, vai morrer de fome. Grande parte dos colaboradores, normalmente, são empresários. Quem está lutando contra, normalmente, é agente público envolvido com corrupção.”
Instado a comentar os diversos habeas corpus concedidos pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo, para rever decisões suas, Bretas soou como se quisesse realçar sua consciência tranquila: “Sou proibido de fazer comentários sobre decisões de tribunais superiores. Mais importante do que receber decisão contrária de instância superior, é ter a tranquilidade de que se trata de uma decisão puramente técnica e imparcial.”
Bretas comentou também a tese do ministro Luís Roberto Barroso, desafeto de Gilmar no Supremo, segundo a qual está em curso uma ‘operação abafa’ da Lava Jato. “Confio na percepção dele e concordo plenamente. Exemplos disso são as leis aprovadas na madrugada. Desconfio que, na véspera dos feriados de fim de ano, haja tentativa de aprovar mais leis que dificultem as investigações.''
Sobre a possibilidade de o Supremo rever a regra que abriu a porta da cadeia para corruptos condenados em segunda instância, Bretas afirmou: ''Respeito qualquer decisão, porque o Supremo é digno de todo o meu respeito e obediência. A prisão após condenação em segunda instância foi um golpe muito grande na corrupção. Quando o Tribunal confirma a sentença condenatória, os recursos disponíveis à defesa já não têm efeito suspensivo, então a decisão tem que ser aplicada…”


Pedidos de bloqueio realçam a fortuna de Lula

Por Josias de Souza
Sexta-feira, 17/11/2017 00:48
O maior problema político de Lula não é o fato de ele ter ficado parecido com os políticos que atacava. Seu principal drama é a evidência de que Lula ficou muito diferente do que diz ser. Num instante em que Lula percorre o País como defensor dos pobres, a Procuradoria pede, em Brasília, o sequestro de seus bens e de seu filho Luís Cláudio no montante de R$ 24 milhões. A defesa de Lula contestou o pedido. Sustentou não haver provas contra ele na Operação Zelotes. Mas não disse nenhuma palavra sobre o valor requerido pelo Ministério Público Federal.
Lula atravessou ileso o escândalo do Mensalão. Sobreviveu à ruína produzida por sua criatura, Dilma Rousseff. Alvo de diversos inquéritos e ações penais, mantém a pose de perseguido. Condenado a 9 anos e meio de cadeia, conserva-se no topo das pesquisas. Mas deve tornar-se inelegível. E já perdeu aquela aura de político imbatível. Seu prestígio diminuiu na proporção direta do aumento do seu patrimônio.
Este não foi o primeiro pedido de bloqueio de bens. Sérgio Moro mandara sequestrar R$ 10 milhões em julho. Quando o Banco Central achou R$ 600 mil numa conta corrente de Lula, o PT disse em nota que seu líder supremo morreria de fome. No dia seguinte, descobriram-se mais de R$ 9 milhões em planos de previdência privada. Lula dizia ser um palestrante de sucesso. Mas delatores da Odebrecht informaram que as palestras eram mero truque para bancar com dinheiro sujo os confortos de um benfeitor. A fortuna de Lula não combina com os valores morais que ele acha que representa.


Campanha de Temer ataca privilégios de Temer

Por Josias de Souza
Quinta-feira, 16/11/2017 19:43
Michel Temer decidiu torrar R$ 20 milhões do contribuinte numa campanha publicitária sobre reforma da Previdência. A campanha é cínica, inútil e desrespeitosa. O cinismo está no fato de que a peça critica privilégios dos quais Temer é beneficiário. A inutilidade decorre da evidência de que os parlamentares não condicionam seus votos a nenhuma propaganda, mas a tenebrosas transações. O desrespeito salta da constatação de que, sob Temer, o governo queima verba pública como se fosse dinheiro grátis.
O repórter Bruno Bhogossian informa que o mote da campanha será o ataque a privilégios dos servidores públicos. ''Tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo'', diz o comercial. A carapuça ajusta-se perfeitamente ao cocuruto de Temer. Sua reforma propõe que a idade mínima para a aposentadoria dos homens seja 65 anos. Em 1996, aos 55 anos, Temer requereu sua aposentadoria como promotor do Estado de São Paulo. Recebe há mais de 20 anos uma pensão que, hoje, soma R$ 45 mil. A cifra precisa ser rebaixada para não ultrapassar o teto do funcionalismo, regulado pelos vencimentos dos ministros do SFT: R$ 33,7 mil.
Temer aposentou-se precocemente na mesma época em que atuava como relator de outra reforma da Previdência, trançada no governo de Fernando Henrique Cardoso. Sobre sua atuação, FHC escreveu no livro Diários da Presidência: “…Ganhamos na Câmara, uma vitória de Pirro, ou seja, 352 votos contra 134, mas para ganhar o quê? A proposta Michel Temer. Muito pouco avanço. Trinta por cento do necessário…”
Noutro trecho, FHC anotou: “Temos que ir fundo na reforma fiscal, o que é difícil com o Congresso que aí está. A reforma da Previdência foi desfigurada, o Temer cedeu além de todos os limites, porque ele tem o voto de um ou de outro. Agora, eu vejo com espanto que os líderes pediram que o Abi Ackel redija o seu texto sobre estabilidade [dos servidores]. Ou seja: não querem enfrentar as questões reais. É muito difícil obter a modernização do País com este Congresso tão preso a coisas do passado.”
Na sua época, FHC mandou às favas a fama de político diferente. Escorando-se em Max Weber, trocou a moeda da “convicção” pela da “responsabilidade”, tapou o nariz e pagou o preço pelos 30% de reforma que o relatório de Temer foi capaz de produzir. Hoje, Temer não precisa fingir que é diferente. Ao contrário, torna-se cada fez mais igual a si mesmo para agradar aos aliados. À frente de um governo loteado e convencional, ele escancara os cofres por uma reforma que não sabe se terá. Se obtiver 10%, soltará rojões.
Mario Henrique Simonsen costumava dizer: muitas vezes sai mais barato para o contribuinte pagar a propina e cancelar a obra. No caso da publicidade sobre a mexida na Previdência, o governo deveria considerar a hipótese de pagar a comissão e esquecer a campanha cínica, inútil e desrespeitosa.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Ciro merece a presidência do clube dos veteranos velhacos
Algum amigo precisa dizer-lhe que o papel de moleque boquirroto, que passou a vida desempenhando, já não combina com o Ciro sexagenário

Por Augusto Nunes
Quinta-feira, 16 de novembro de 2017, 22h56
A caminho do terceiro fiasco numa disputa pela Presidência da República, Ciro Gomes mantém intocados o vocabulário de bordel e a argumentação tão rasa que, na imagem definitiva de Nelson Rodrigues, qualquer formiga pode atravessá-la com água pelas canelas.
A cada campanha de Ciro, o que muda é o partido que lhe serve de coiteiro. No momento é o PDT, de Carlos Lupi, o bizarro ex-ministro do Trabalho de Dilma. Também mudam, claro, os alvos da discurseira de esgoto berrada com sotaque de coronel nordestino.
Quando foi ministro de Lula, por exemplo, Ciro enxergava no chefe o maior presidente da História. Hoje vê na mesma figura “um merda”, como revelou num palavrório recente.
Diretores de redação que antes bajulavam para mendigar entrevistas e reportagens – eu fui um deles – agora se tornaram “jornalistas alugados que precisam garantir o emprego na idade provecta”. Eu seria um deles.
Para essa caricatura degenerada do Menino Maluquinho, envelhecer é crime. Ele nem desconfia que, nascido num clã de oligarcas, já era velho ainda nos trabalhos de parto. É compreensível que o cérebro grisalho tenha ordenado ao caudilho com pouco mais de 20 anos que começasse a carreira política no PDS.
Permaneceu até 1983 no partido que surgira das cinzas da Arena, concebido para dar sustentação parlamentar ao regime militar. Um ano antes da redemocratização, filiou-se ao PMDB para ampliar as chances de virar deputado estadual.
Foi o começo da romaria partidária que o levaria a alugar-se, arrendar-se ou vender-se ao PSDB, ao PPS, ao PSB e ao PROS antes de homiziar-se no PDT. É hora de algum amigo misericordioso dizer-lhe que o papel de moleque boquirroto, que passou a vida interpretando, já não combina com um sexagenário.
Desde 06 de novembro último, Ciro Gomes desfruta os privilégios concedidos aos idosos: filas preferenciais, meio ingresso em cinemas e circos, viagens rodoviárias gratuitas, estacionamento cativo — tudo isso está ao alcance do jurássico oportunista que se imagina jovem.
Queira ou não, ele foi incorporado à grande tribo dos provectos. Se criar juízo, deixará de chamar eleitores de “burros”, afirmar que o papel da mulher de um político é dormir com o candidato ou qualificar Fortaleza de “um puteiro a céu aberto”.
Caso mantenha o estilo, o sessentão idiotizado pela certeza de que o Brasil é uma imensa Sobral ficará alguns anos-luz mais longe do Planalto. Em contrapartida, estará cada vez mais perto da presidência perpétua do clube dos veteranos velhacos.

NO O ANTAGONISTA
A saúde de Tasso
Brasil Sexta-feira, 17.11.17 07:54
Tasso Jereissati está em Houston para realizar exames médicos, diz a Veja.
“Dependendo dos resultados, ele pode sair da disputa pelo comando do PSDB”.
Se isso se confirmar, o partido cai no colo de Michel Temer.
O Brasil explode
Brasil 17.11.17 07:44
O Brasil pode explodir.
É o temor de Carlos Ari Sundfeld, professor de Direito da FGV.
Ele disse no Estadão que a soltura de Jorge Picciani e seus comparsas “pode ser a fagulha a incendiar a luta contra as imunidades e os políticos. O País parece estar sendo destruído e o Direito não ajuda. A insatisfação pode explodir.”
Um dia acaba
Mundo 17.11.17 07:33
Totò Riina morreu, Robert Mugabe foi deposto.
Os piores criminosos parecem eternos, mas um dia eles acabam.
O STF mata
Brasil 17.11.17 06:11
Ricardo Lewandowski quer “matar” as delações premiadas.
A acusação foi feita por Rodrigo Janot, entrevistado por O Globo:
“É inacreditável, é um absurdo. Vão matar o instituto da colaboração”.
Ele explicou que a pena a ser cumprida pelo delator tem de ser negociada pelo Ministério Público:
“A acusação pede tudo ao colaborador e diz que, em retribuição, não pode oferecer nada. Que o colaborador aguarde o juiz para ver se ele terá algum benefício. Isso não pode ser sério. A troca é: ‘você me dá o que eu quero e, depois, veremos o que fazer por você’? Em que país de carochinha vivemos? E estamos falando de negociação penal. É como entrar numa loja e dizer: ‘vou levar essa televisão e depois vamos ver quanto pagamos por ela’. Não pode ser sério”.
Temer e Segovia fora da agenda
Brasil Quinta-feira, 16.11.17 21:20
Michel Temer e Fernando Segóvia se reuniram hoje à tarde. O encontro não constava da primeira agenda do Planalto, informou Andréia Sadi no seu blog e no Jornal Nacional.
A reunião do presidente com o diretor-geral da PF e o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, começou às 13h30.
Só às 18h15 – depois de o encontro ter sido noticiado – a Presidência divulgou nova versão da agenda, confirmando que ele acontecera.
A Secretaria de Comunicação do Planalto disse que Segóvia foi ao palácio apenas para convidar pessoalmente Temer para sua posse, no dia 20. A assessoria da PF negou que Gustavo Rocha tenha presenciado o encontro.
Temer sem cerimônia
Brasil 16.11.17 21:47
Quanto ao encontro fora da agenda com Michel Temer, Fernando Segóvia repete o script de Raquel Dodge antes de sua própria posse.
Considerando as visitas informais de Gilmar Mendes e até o encontro subterrâneo com Joesley
Dodge se manifesta contra pedido de Rodrigo Maia
Brasil 16.11.17 20:43
Raquel Dodge enviou ao STF manifestação contra um pedido de Rodrigo Maia, que quer novo relator para um dos inquéritos em que é investigado com base nas delações da Odebrecht.
O inquérito, no qual Rodrigo e César Maia são investigados, foi mantido com Edson Fachin por decisão de Cármen Lúcia, mesmo sem ter relação com a Petrobras (alvo da Lava Jato, cujo relator no Supremo é Fachin).
O presidente da Câmara recorreu, e a procuradora-geral da República endossou a decisão da presidente do Supremo.
O motivo do sumiço do ministro Picciani
Brasil 16.11.17 20:06
Como já registramos, Renato Pereira delatou Leonardo Picciani, atual ministro dos Esportes, que cancelou suas agendas públicas após as prisões do pai e do irmão.
O marqueteiro da Prole contou em sua delação que Leonardo cobrou propina para entregar a conta de publicidade do Ministério dos Esportes, no ano passado, e também no Ministério da Saúde, na gestão de Marcelo Castro – indicado por ele ao cargo.
No caso do Esportes, Pereira disse que se reuniu com Picciani em seu gabinete em Brasília e acertaram que a Prole seria a vencedora do contrato de R$ 55 milhões – a agência venceu, mas desistiu e foi substituída pela agência Calia, do irmão de Elsinho Mouco, marqueteiro de Temer.
O marqueteiro contou que, normalmente, falava com o ministro por meio do aplicativo Wickr, que destrói mensagens após envio.
Sobre a conta da Saúde, ele disse:
“A princípio, sinalizei a Leonardo Picciani via Wickr que não tínhamos interesse. Posteriormente, no entanto, em conversa com meus sócios, ponderamos que o Ministério da Saúde seria importante, principalmente pela incerteza das eleições municipais no Rio de Janeiro.
“Assim, entrei em contato com Paulo de Tarso, dono da Agência Nacional, e Fernando Barros, da Propeg, para demonstrar interesse na continuidade das tratativas e, ao mesmo tempo, demonstrar insatisfação com o pagamento de 4,5% do valor da contratação para Picciani, visto que esses valores praticamente anulavam a margem de lucro da agência.”

Barros, segundo Pereira, explicou que a Propeg pagou 4,5% para garantir um lote de trabalhos. Segundo ele, nos contratos federais há distribuição desigual da verba de publicidade, de acordo com o direcionamento político. “Havia um leilão de propina do qual participavam as agências vencedoras da licitação, a fim de que os jobs fossem efetivamente encomendados.”
“Ato continuo, através do Wickr, marquei um encontro com Leonardo Picciani em seu apartamento, na Península, Barra da Tijuca. Acordamos o pagamento de 3% sobre o valor da contratação. Com o impeachment e as consequentes alterações no Ministério da Saúde, isso acabou não se concretizando.”
Juiz nega, de novo, homologar acordo que evitaria prisão de Mantega
Brasil 16.11.17 19:04
Ricardo Leite, juiz da 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília, negou pela segunda vez homologar o acordo que Guido Mantega assinou com a Procuradoria da República no DF.
É o notório acordo do procurador Ivan Marx, que evitaria a prisão do ex-ministro da Fazenda sem que ele precisasse admitir crimes.
A defesa de Mantega recorreu da primeira decisão de Leite. O juiz respondeu o óbvio: só é permitido benefício quando se admite infração ou se possibilita desmantelar uma organização criminosa.
Lula diz não ter 24 milhões de reais
Brasil 16.11.17 18:52
A assessoria de imprensa de Lula também divulgou nota sobre o pedido do MPF para bloquear R$ 24 milhões de Lula e Luleco.
“Nenhuma testemunha confirmou a tese da acusação de que ele teria influenciado na compra dos caças suecos, e o patrimônio de Lula não é de 24 milhões de reais. Todo o patrimônio de Lula tem origem legal, registrada e rastreada e já se encontra bloqueado por decisão do juiz Sérgio Moro”, diz a nota.

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