PRIMEIRA EDIÇÃO DE 13-10-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sexta-feira, 13 de Outubro de 2017
Imbassahy vira mosca morta no núcleo do poder
Desprestigiado, até porque é acusado de não honrar o que combina, e cada vez mais isolado, o ministro Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) mal é cumprimentado pelos líderes de partidos governistas. E quase todos seguem o exemplo do líder do PP, deputado como Arthur Lira (PP-AL): se têm algo a tratar com o governo, procuram despachar diretamente com o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), que resolve.
Até os tucanos
Se antes apenas os tucanos eram os únicos a falar bem de Imbassahy, hoje em dia nem mesmo os políticos do PSDB poupam-lhe desaforos.
Estabilidade
Michel Temer se afeiçoou a Imbassahy, por isso não o demite. Mas o ministro baiano já não joga papel relevante na articulação política.
Ministro quem?
Antonio Imbassahy vive o pior dos mundos, segundo fonte do Planalto: seus auxiliares não o respeitam e até tomam decisões sem consultá-lo.
A Bahia é o meu país
Imbassahy se empolgou no cargo e priorizou seu projeto de disputar o governo da Bahia, em 2018. Irritado, o “centrão” rompeu com ele.
Em meio à tragédia, Janaúba reclama seu museu
Janaúba (MG), que vive a tragédia na creche, marcou a vida de três presidentes. Em 1988, ao final de uma visita presidencial, pediu a José Sarney o seu par de sapatos para o Museu de Janaúba. Sarney voltou para Brasília usando meias. Dois anos depois, um ciclista de Janaúba interrompeu a corrida do então presidente Fernando Collor para pedir seu par de tênis. No ano seguinte, Itamar Franco cederia sua gravata.
O prefeito dos sapatos
Dirigente de cooperativa do Vale do Gorutuba, Edilson Brandão obteve os sapatos de Sarney. Eleito prefeito 4 anos depois, morreu no cargo.
O homem da bike
Os tênis de Collor e a gravata de Itamar foram conquistas do ciclista José Carlos Pereira Braga, de Janaúba, que viajou de bike até Brasília.
Cadê o museu?
O Museu de Janaúba jamais foi construído. E a cidade ainda quer saber onde foram parar os sapatos, o par de tênis e a gravata ilustres.
Nada a reclamar
O governo federal pagou R$406,8 milhões em diárias a servidores, fora o salário, nos primeiros nove meses de 2017. Quase 200 mil dos mais de 630 mil funcionários receberam um pagamento de diária.
‘Podemos’ gastar
Os 18 deputados da bancada do antigo PTN, atual “Podemos”, já pediram o ressarcimento de 27.025 notas fiscais na atual legislatura, desde 2015, correspondentes a R$18,6 milhões. Tudo por nossa conta.
Tem para todos
Foram 555.426 funcionários federais beneficiados com algum tipo de vantagem ou verba este ano. O número equivale a 94,5% do total de todos os mais de 635 mil servidores. Em média, cada servidor recebe R$750 a mais, em seus salários, livres de quaisquer descontos.
Senado atrasado
Ao contrário da Câmara, o Senado não possui controle digital de presença dos parlamentares. Não é possível ao cidadão saber quantos senadores estão no Senado em determinado momento.
Governo sossegado
Segundo pesquisa FGV, 47,7% das pessoas concordam: “os protestos contra o atual governo federal são necessários, mas eu não tenho intenção de ir às ruas”. Apenas 19,7% discordam completamente.
Novo rejeita fundo
O partido Novo, cuja principal estrela é o técnico de vôlei Bernardinho, é o único que não se utiliza dos recursos do fundo partidário, aquele que tasca do contribuinte mais de R$ 800 milhões por ano. Há mais de R$ 2,3 milhões na conta do partido, aguardando solução jurídica.
Saco sem fundos
O gasto com “vantagens eventuais” do governo federal foi estimado em R$5,4 bilhões no início de 2017. Isso representa mais que a soma dos orçamentos do Senado Federal e Supremo Tribunal Federal.
Longe e caro
As maiores verbas da famosa “cota parlamentar” no Congresso são dos deputados federais dos estados de Roraima (R$ 45.61,53) e do Acre (R$ 44.632,46). Quanto mais longe, mais caro custam.
Pensando bem...
...as decisões do STF serviram ao menos para uma coisa: evitar que Aécio Neves e Eike Batista se encontrem na balada.

NO BLOG DO JOSIAS
PT agora ameaça votar contra retorno de Aécio

Por Josias de Souza
Sexta-feira, 13/10/2017 03:53
A bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado ensaia uma meia-volta. Duas semanas depois de aderir ao mutirão suprapartidário que se formou para restituir o mandato a Aécio Neves, os senadores petistas ameaçam votar contra o retorno do grão-tucano. Num universo de 81 senadores, o PT tem nove votos. Aécio precisa de pelo menos 41 aliados para prevalecer no plenário do Senado.
Em entrevista ao Jornal Nacional, o senador petista Humberto Costa (PT-PE) declarou: “Eu vou defender na nossa bancada que nós votemos pela execução dessas sanções contra Aécio Neves — o afastamento do mandato principalmente. E eu acredito que será a tendência do voto do PT.”
A nova posição do PT, esboçada nas palavras de Humberto Costa, contrasta com o conteúdo de uma nota divulgada pela legenda há 15 dias. Nela, a Executiva Nacional do PT tachou de “esdrúxula” a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que impôs sanções cautelares a Aécio, entre elas suspensão do mandato.
“Não existe a figura do afastamento do mandato por determinação judicial”, escrevera o PT em sua nota. “O Senado Federal precisa repelir essa violação de sua autonomia.” Estava decidido até então que os nove senadores petistas ajudariam a trazer Aécio de volta ao convívio dos seus pares. Mas o que parecia certo evapora rapidamente.
O petismo se reposiciona em cena a quatro dias da votação do caso Aécio, marcada para esta terça-feira (14). Se não faltar quórum, a sessão ocorrerá nas pegadas do julgamento em que o plenário do Supremo decidiu, por 6 votos a 5, que cabe às duas Casas do Legislativo dar a palavra final sobre eventuais punições cautelares impostas a parlamentares.
O PT cogitava socorrer Aécio porque há petistas com a corda no pescoço, a começar pela presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann. O partido recua porque a ideia de estender a mão para o adversário tucano rendeu críticas internas e uma avalanche de ataques nas redes sociais.

Caso Aécio vai tirar bancada arcaica do armário
Por Josias de Souza
Sexta-feira, 13/10/2017 01:39
No jogo de cartas marcadas que se estabeleceu entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal, o próximo lance será executado no plenário do Senado. Diante da submissão do Supremo, os senadores decidirão se as sanções cautelares impostas a Aécio Neves devem ou não ser mantidas. Não é preciso ser vidente para prever o resultado: suspenso pela Primeira Turma do Supremo, o senador tucano terá o mandato restituído pelos colegas.
É possível antever os discursos. Estalando de pureza moral, personagens como Renan Calheiros e Romero Jucá dirão que defendem acima de tudo a Constituição, não Aécio Neves, um senador que pediu e recebeu R$ 2 milhões a um corruptor. Dedicarão meia dúzia de desaforos ao ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O líder tucano Paulo Bauer afagará Aécio com sua retórica.
O ruim de tudo isso é odor. Mas é possível enxergar um lado bom, mesmo que seja necessário procurar um pouco. O bom é que você ficará sabendo qual é o tamanho da bancada do atraso no Senado. É a maior agremiação da Casa. Reúne a banda que deseja salvar Aécio e o bloco que quer salvar o próprio pescoço. Convém imprimir a lista de votação. Depois que o Supremo virou ex-Supremo, não resta ao brasileiro senão fazer justiça com o próprio dedo, na urna eletrônica.

Coordenador da Lava Jato ironiza STF: ‘Parlamentares sob suprema proteção’
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 12/10/2017 15:19
O procurador Deltan Dallagnol ironizou na internet a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre sanções cautelares contra deputados e senadores investigados: “Não surpreende que anos depois da Lava Jato os parlamentares continuem praticando crimes: estão sob suprema proteção”, escreveu o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Por 6 votos a 5, o Supremo decidiu que sanções que afetem “direta ou indiretamente” o exercício do mandato parlamentar precisam ser submetidas em 24 horas à apreciação da Câmara ou do Senado. Na prática, a Suprema Corte transferiu para os próprios congressistas a palavra final sobre sanções como a suspensão do mandato.
“Parlamentares têm foro privilegiado, imunidades contra prisão e agora uma nova proteção: um escudo contra decisões do STF, dado pelo próprio STF”, acrescentou Deltan, antes de enaltecer o comportamento de ministros que ficaram vencidos no plenário do Supremo: “Fica o reconhecimento à minoria que vem adotando posturas consistentes e coerentes contra a corrupção, especialmente os ministros Fachin e Barroso.”

NO GLOBO.COM
Com 2018 na mira, Maia se afasta de Temer em prol do DEM
Integrantes da base aliada já veem cenário para rompimento com o governo com vistas à eleição

Por Catarina Alencastro
Quinta-feira, 12/10/2017 4:30 / Atualizado 12/10/2017 13:47
Últimas de Brasil
PT recua e Aécio fica com margem apertada para voltar ao mandato 13/10/2017 4:30
Decisão do STF não encerra choque entre poderes, avaliam juristas 13/10/2017 4:30
Análise: Ficaram perguntas sem resposta 13/10/2017 4:30
Se você ainda não viu: a repercussão da decisão do STF e as vaias aos políticos em Aparecida do Norte 12/10/2017 21:19

BRASÍLIA — Embora negue qualquer movimento para derrubar o presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adotou um comportamento diferente do que teve durante a tramitação da primeira denúncia contra o presidente, entre julho e agosto. Se naquele período Maia, que é o primeiro na linha sucessória do presidente, ajudou o governo a conquistar votos para barrar as investigações, agora ele se sente liberado da tarefa.
A mudança pouco tem a ver com o conteúdo da nova denúncia, que começou a ser apreciada na semana passada pela Câmara, na qual Temer e dois ministros são acusados de formação de quadrilha e obstrução da Justiça. Sua insatisfação com o Planalto foi causada, principalmente, pela abordagem que o partido de Temer, o PMDB, faz sobre quadros políticos que vinham sendo cobiçados pelo DEM.
Devido ao poder que ganhou na presidência da Câmara e, posteriormente, como sucessor natural de Temer, combalido por denúncias que podem afastá-lo do Planalto, Maia assumiu a tarefa de aumentar o tamanho de seu partido. O principal alvo do DEM era o grupo de parlamentares da ala dissidente do PSB. O PMDB atravessou o caminho e já conseguiu levar o senador Fernando Bezerra Coelho e o filho dele, o ministro Fernando Coelho Filho. A líder do PSB na Câmara, Tereza Cristina (MS), teve várias conversas com Maia sobre mudança para o DEM, mas também tem sido cortejada pelo PMDB.
No último dia 20 de setembro, uma semana após Rodrigo Janot apresentar a segunda denúncia contra Temer, Maia tornou público o que vinha falando nos bastidores:
— Se nós somos aliados, nós temos que ser aliados. A gente não pode ficar levando facada nas costas do PMDB. Principalmente dos ministros do Palácio e do presidente do PMDB.
Apesar das seguidas demonstrações de Maia de que a relação com o presidente azedou, interlocutores seus afirmam que não partirá dele a iniciativa de se movimentar para afastar o presidente.
— O Rodrigo puxou para si a tarefa de fazer o DEM crescer. E o PMDB está atropelando. Isso o tem deixado indignado. Ele sente que não tem mais compromisso com o governo. Mas não quer fazer o gesto de agir contra o presidente porque não acha correto. Se alguém quiser fazer, ele não vai impedir — disse um deputado amigo.
Líderes de partidos da base aliada veem as atitudes de Maia como um movimento irreversível para o rompimento do DEM com o governo. A avaliação é que o projeto político do partido para 2018 inclui o afastamento imediato do governo Temer. O projeto prevê as candidaturas de Cesar Maia ao Senado, de Rodrigo ao governo do Rio e de ACM Neto ao governo da Bahia. Mas não está descartada a presença do partido na chapa presidencial.
— Quem vai decidir esse rompimento é o Rodrigo Maia e o ACM Neto. Quem ainda segura é o ministro Mendonça Neto. O Rodrigo tem dado avisos muito claros, está arrumando desculpas para justificar o rompimento — avalia um dirigente de um dos partidos da base do governo.
A ordem no Planalto é não alimentar o confronto com o presidente da Câmara, para não dar mais importância ao embate do que ele realmente tem. Assessores dizem que o governo não vai fingir que os problemas não existem, mas evitará o embate direto. (Colaboraram Leticia Fernandes, Maria Lima e Patrícia Cagni)

NO O ANTAGONISTA
A democracia secreta
Brasil Sexta-feira, 13.10.17 06:53
O Senado vai soltar Aécio Neves.
Mas o plano, segundo o Estadão, é que o voto seja secreto.
Os palpiteiros da imprensa, que festejaram a decisão covarde do STF, vão trombetear mais essa vitória da democracia.
O delator X
Brasil 13.10.17 06:37
Eike Batista continua a negociar seu acordo com a Lava Jato.
Segundo a Veja, ele agora promete “entregar contratos firmados com construtoras encarregadas de mascarar pagamento de propinas do Grupo X”.
Se isso se confirmar, Sérgio Cabral está lascado. E Lula está lascado junto com ele.
Lula: “Vou enfrentar”
Brasil 13.10.17 06:14
Lula decidiu se candidatar mesmo que seja condenado pelo TRF-4.
Ele avisou, segundo o Valor:
“Vou enfrentar”.
E por que não?
O STF, como vimos na quarta-feira, 11, se curva para a ORCRIM.
Em vídeo, executivo da Odebrecht confirma US$ 35 milhões para Maduro
Brasil Quinta-feira,12.10.17 19:30
A ex-PGR venezuelana, Luisa Ortega Díaz publicou em seu perfil no Twitter vídeo do depoimento de Euzenando Azevedo, presidente da Odebrecht Venezuela, que admite ter pago a Nicolás Maduro o valor de US$ 35 milhões em propina.
Maduro queria US$ 50 milhões.
“Eu fui procurado por um dos representantes do sr. Nicolás Maduro, um sr. chamado Américo Mata”, disse Azevedo.
“Eu já o conhecia porque circulava no governo e quando o presidente Chávez estava doente, o vice-presidente (Maduro) ia visitar nossas obras e sempre ia acompanhado do sr. Mata.”
“Então esse sr. Américo Mata me procurou e fechou um encontro comigo. Ele me pediu uma contribuição. Ele sabia de nosso negócio e do tamanho de nossas operações. Ele pediu um valor grande para a época. Eu aceitei dar US$ 35 milhões.”
Luisa Díaz publicou o vídeo horas depois de Tarek William Saab, o novo PGR de Maduro, informar que pediu à Interpol a difusão de um alerta vermelho contra o executivo da Odebrecht.
Joesley: Mantega e Coutinho também abriram as portas dos fundos de pensão para a JBS
Brasil 12.10.17 16:51
Joesley Batista contou à PGR, em depoimento complementar obtido por O Antagonista, que Luciano Coutinho e Guido Mantega também lhe abriram as portas dos fundos de pensão.
Joesley queria R$ 1 bilhão do BNDES para comprar os frigoríficos National Beef, Smithfield Beef e Tasman.
Ao conversar com Coutinho sobre o plano, o então presidente do BNDES lhe disse que a quantia era elevada, mas poderia coordenar conversas junto a alguns fundos de pensão estatais.
Coutinho colocou diretores do próprio banco para fazer a ponte com Petros, Funcef, Previ e Valia. O BNDES entraria com 50% e os fundos com os outros 50%.
Os diretores do BNDES até viajaram com Joesley. O dinheiro do BNDES e dos fundos foi liberado mesmo sem a aprovação do negócio pelo DOJ americano.
Joesley pagou 4% de propina a Victor Sandri, o operador de Mantega, a partir da conta Valdarco para as offshores Lirium e Orquídea.
Como o DOJ acabou vetando, o BNDES deveria ter exercido cláusula de PUT option para que Joesley devolvesse o dinheiro investido. Mas não foi necessário, como contou o empresário à PGR.
“Eu liguei diretamente para o superintendente da área de mercados de capitais do BNDES, Caio Melo.” O empresário alegou que o dinheiro teria de ser pago pela holding J&F que não estava operacional e, portanto, não tinha como pagar.

Não tem Teixeira, mas tem o contador no Sírio-Libanês
Brasil 12.10.17 16:14
A defesa de Lula alardeia na imprensa que o fato de o Hospital Sírio-Libanês não ter encontrado registro de uma visita de Roberto Teixeira a Glaucos da Costamarques, contraria o depoimento do laranja à Lava Jato.
Mas o hospital, como noticiado ontem, forneceu o registro de três visitas do contador João Muniz Leite a Costamarques. Foi o contador que levou os “recibos do aluguel” do apartamento em São Bernardo para o laranja assinar.
É o que importa.
O Direito achado na Flórida
Brasil 12.10.17 15:35
Lauro Jardim noticia que Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso desembarcaram hoje em Miami.
De acordo com o jornalista, foram vistos em papo animado na imigração americana.
É o Direito achado na Flórida.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA