REFLEXÃO CRISTÃ ESPÍRITA
Familiares problemas
Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste.
A convivência te arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se fez presente.
Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.
Entretanto,
recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme
disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e
não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.
Se
a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela
que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar,
observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti
quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.
*
Diante
de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para
menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles,
presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos
que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas
por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência
nas trilhas da evolução.
É
provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora
nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser.
Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga.
Atentos
ao princípio de livre-arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro
que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar
dívidas ou delongar compromissos.
O
divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os
cônjuges se confessam à beira da delinquência, conquanto se erija em
moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de
certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a
fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.
Reflete,
porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e
tão só pelo amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos
ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes,
saber perder para realmente vencer.
Do cap. 2 do livro Na Era do Espírito, obra de autoria de Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires e Espíritos Diversos.Da página http://www.oconsolador.com.br de 29-01-2012.
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