PRIMEIRA EDIÇÃO DE 19-9-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Terça-feira, 19 de Setembro de 2017
Segunda denúncia terá menos votos que a primeira
Líderes na Câmara avaliam que a segunda denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer, bem mais fraca, será rejeitada com margem maior de votos. É o caso do secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), experiente vice-líder do partido, e já no sexto mandato parlamentar. Para Torres, que falou na primeira pessoa, a impressão geral é a que a denuncia foi feita de maneira açodada.
Conexão
Parlamentares apontam como maior problema a tentativa de Janot de misturar supostos fatos do passado com a presidência Temer.
Blindagem
A 2ª denúncia, dizem os deputados, parece ignorar que a Constituição protege o presidente de processos sobre fatos pretéritos ao mandato.
Racha menor
Na primeira denúncia, o PSDB rachou ao meio. Desta vez, deverá se unir mais. E a tendência dos tucanos é rejeitar a nova acusação.
No muro
Os tucanos poderão definir uma posição partidária após o julgamento de recurso da defesa de Temer, na próxima quarta-feira.
Convites de Janot à posse ignoraram lista de Dodge
A ausência de Rodrigo Janot na posse de Raquel Dodge na Procuradoria Geral da República ilustra a animosidade existente entre eles. Segundo fontes ligadas ao episódio, o pretexto para a ausência foi a disputa sobre a emissão de convites para a solenidade. Janot os expediu ignorando a lista de convidados de Dodge. Em contrapartida, ela orientou seu cerimonial a enviar os convites mesmo por e-mail.
Protocolar
Antes de alegar “motivos protocolares” para não ir à posse, Janot deixou vazar que achou “descortesia” receber o convite por e-mail.
Animosidade
Em grupo de colegas no Telegram, Janot se referia a nova PGR como “Bruxa”, segundo revelou à Folha o procurador Ângelo Goulart Villela.
Desafeta pessoal
Villela, que esteve preso por 76 dias, diz que Janot quis usar JBS para “derrubar” Temer e impedir a indicação da “desafeta pessoal” ao cargo.
Prisão, nada
As delações de uma centena de executivos da Odebrecht e OAS ainda não renderam a prisão do ex-presidente Lula. Já a delação de Joesley e seus cúmplices quase derrubaram o presidente Michel Temer.
Lula = seis Geddéis
Na sua delação, Marcelo Odebrecht confirmou que Antonio Palocci fez pedidos de dinheiro vivo à Odebrecht, que era retirado da conta “Amigo”, de Lula. Os R$300 milhões correspondem a seis Geddéis.
Cadeia inevitável
As regras de asilo, em voga em todo o mundo, não beneficiam foragidos. Se Lula pedir asilo em embaixada “amiga”, como defendem petistas, essas regras impedem salvo-conduto para ele deixar o Brasil.
Entulho autoritário
A unidade do IBGE no DF tem enviado cartas ameaçando multar em quase R$10 mil empresas que não respondam imediatamente a uma Pesquisa Anual de Serviços. Pior: a ameaça se baseia em uma lei de 1968, auge da ditadura, assinada pelo general Costa e Silva.
Perdeu, candidato
Dos cinco conselheiros do Tribunal de Contas de MT acusados de dividir propina de R$53 milhões, Antonio Joaquim, o presidente, planejava se aposentar para disputar o governo, em 2018. Planejava.
Olha a malandragem
As propostas de reforma política, uma do PSDB (282/16) e outra do PT (77/03), voltam à pauta da Câmara terça (19) e quarta (20). Deputados têm até 7 de outubro para sancionar a lei para que ela valha em 2018.
Desrespeito
A Copa Airlines deu show de desrespeito, ontem, no Panamá. Com o aeroporto sem energia e voos cancelados, deixou centenas de pessoas na mão. “A funcionária se irritou e foi embora”, relatou um passageiro.
Esses suíços...
O Ministério Público da Suíça investiga a origem – e se houve crime – do entupimento dos banheiros de uma agência do banco UBS e de três restaurantes próximos, com dezenas de milhares de euros em dinheiro.
Pensando bem...
...já tem torcedor do Palmeiras pedindo que o próximo jogo contra o Corinthians seja apitado pelo juiz Sérgio Moro.

NO DIÁRIO DO PODER
Ex-ministro da Fazenda poderá ser o segundo político afastado pelo PT
Palocci enfrenta processo de expulsão por revelar falcatruas

Publicado: segunda-feira, 18 de setembro de 2017 às 18:33 - Atualizado às 00:20
Redação
Após acusar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do recebimento de propina de empreiteiras, Antonio Palocci pode ser afastado do PT. A Comissão de Ética do diretório municipal do partido, em Ribeirão Preto, abriu nesta segunda (18) processo de expulsão do ex-ministro. Caso o afastamento seja confirmado, Palocci será o segundo político que a sigla afasta. Anteriormente, o ex-senador Delcídio Amaral havia sido o único político do PT a ser afastado de suas funções devido a denúncias. Delcídio pediu desligamento do partido antes que o processo chegasse ao fim.
Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Palocci rompeu completamente seu vínculo com o partido ao mentir para comprometer Lula na tentativa de livrar-se da prisão e salvar seu patrimônio. “Acho difícil sua permanência, mas a decisão deverá sair desse processo iniciado em Ribeirão”, afirmou.
O presidente do PT em Ribeirão Preto, Fernando Tremura, comentou que a abertura do processo contra o ex-ministro seguiu orientações do diretório estadual, presidido por Luiz Marinho, um dos principais aliados de Lula.
Os advogados de Palocci não se dizem preocupados com a possível saída do cliente. Por não ocupar cargo público, o processo deve ser conduzido pelo diretório da cidade onde Palocci é filiado.
 
NO BLOG DO JOSIAS
Sem esperança de que Supremo barre a denúncia de Janot, Temer se rearticula
Por Josias de Souza, terça-feira,  19/09/2017 03:33
O Planalto obteve no Supremo Tribunal Federal indicativos de que não será acolhido na sessão plenária desta quarta-feira o pedido da defesa de Michel Temer para que a nova denúncia contra o presidente seja suspensa. Diante disso, Temer intensificou desde o último final de semana os preparativos para enterrar na Câmara a peça em que o ex-procurador-geral Rodrigo Janot o acusa de formação de organização criminosa e obstrução à Justiça
Não há no Planalto nenhuma dúvida de que a denúncia de Janot descerá à cova, para ser exumada pela Justiça apenas depois que Temer deixar a Presidência. Vive-se uma cena repetida — um flashback com direito a balcão fisiológico, chantagens dos deputados e um festival de cargos e verbas.
Na votação que sepultou a primeira denúncia, por corrupção passiva, Temer prevaleceu com 263 votos, muito mais do que os 172 que precisava. A oposição cravou 227 votos, bem menos do que os 342 exigidos para autorizar o Supremo a tocar uma investigação contra o presidente da República.
Temer tenta agora melhorar o seu desempenho. É improvável que consiga. Ficará novamente claro que o governo tem maioria para barrar investigações, mas não dispõe de 308 votos para aprovar reformas constitucionais como a da Previdência. Seja como for, Temer avalia que nem a eventual delação do amigo preso, Geddel Vieira Lima, por demorada, teria o condão de transformar em derrota sua perspectiva de vitória.
A denúncia de Janot, protocolada no Supremo há cinco dias, já deveria ter seguido para a Câmara. Mas o relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, achou mais prudente dividir sua decisão com os outros dez ministros da Suprema Corte. Teve receio de ser descortês com os colegas, já que o recurso de Temer pede que a denúncia seja barrada. Os advogados alegam que convém esperar o resultado da investigação sobre o áudio que virou do avesso a colaboração premiada da JBS, estimulando dúvidas sobre a validade das provas fornecidas pelos delatores. .
A perspectiva dos auxiliares de Temer é a de que a maioria dos ministros do Supremo considere que, nesta fase, não cabe ao Tribunal sustar a denúncia. Antes, a Câmara precisa decidir se vai ou não autorizar a Suprema Corte a julgar se a denúncia de Janot merece o arquivo ou a abertura de uma ação penal.

A banda podre vai vencendo a guerra no Brasil

Por Josias de Souza, terça-feira,  19/09/2017 00:49
A cerimônia de posse de Raquel Dodge ajuda a entender por que o Brasil é o mais antigo país do futuro do mundo. Havia delatados, investigados e denunciados em toda parte, inclusive na mesa reservada aos presidentes dos Poderes. Pelo Executivo, Michel Temer, que já coleciona duas denúncias criminais. Pelo Legislativo, Eunício Oliveira e Rodrigo Maia, cada um com dois inquéritos.
A esse ponto chegamos: dois dos três Poderes são comandados por políticos que têm contas a acertar com a Justiça. Bastava a Raquel Dodge olhar ao seu redor para perceber o tamanho do desafio que tem pela frente. Os procurados faziam festa para a procuradora-geral. A normalidade institucional brasileira é mesmo perturbadora.
Quem assistiu ficou com a impressão de que a banda podre da política está vencendo a guerra. A quantidade absurda de escândalos indica que o Brasil não é mais um país onde pipocam casos de corrupção. Virou um país, em si, corrupto.
A nova procuradora-geral pregou a harmonia entre as instituições. Ótimo. Mas não se deve confundir as instituições com os investigados que as dirigem. A restauração da harmonia depende da punição de todos os que estão em desarmonia com a moralidade.

Sem medo de ser ridículo, o PT esfola Palocci
Por Josias de Souza, segunda-feira,  18/09/2017 23:44
Estalando de pureza moral, o PT abriu nesta segunda-feira processo ético-disciplinar para expulsar Antonio Palocci dos seus quadros. Fez isso por meio do diretório de Ribeirão Preto, cidade natal do companheiro tóxico.
Preso em Curitiba, Palocci cometeu o crime político de confirmar algo que a Lava Jato já revelara a todo o País: a Odebrecht bancou confortos de Lula e despesas do PT. O próprio Palocci, antes visto como um petista de mostruário, cuidava dos detalhes.
Na semana passada, num depoimento em que se revelou capaz de tudo, menos de se defender convincentemente, Lula chamou Palocci de mentiroso. Daí a deflagração da ofensiva para esfolar o herege de Ribeirão.
O PT ainda não se deu conta. Mas poderia ser um partido bem diferente se, de repente, por um milagre, baixasse em suas instalações uma epidemia de ridículo. O problema é que é impossível ser ridículo dentro de uma fábula.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O furacão sem nome que devasta o Rio de Janeiro
"Artistas e intelectuais" nascidos no Rio ou cariocas naturalizados não têm tempo a perder com a cidade sem lei

Por Augusto Nunes
Segunda-feira, 18 set 2017, 20h12 
Graças ao caudaloso noticiário sobre tragédias ocorridas em outras paragens do Planeta — provocadas por fenômenos naturais ou seres tecnicamente humanos —, milhões de brasileiros chamam pelo nome os furacões Irma, Kátia e José, sabem que vem aí o Maria, medem pela escala Richter a força do terremoto no México, atualizam a contagem dos mortos em outro atentado terrorista em Londres e acompanham em tempo real a marcha da insensatez na Coreia do Norte desgovernada por um maluco atômico.
Concentrados nas turbulências internacionais, e também de olho no cortejo de infâmias descobertas pela Lava Jato, esse mundaréu de leitores, espectadores e ouvintes parecem sem tempo para horrorizar-se com tragédias em curso logo ali. No Rio de Janeiro, por exemplo. Entre tantas outras abjeções, bandalheiras, safadezas e patifarias, a quadrilha liderada por Sérgio Cabral — que agiu o tempo todo com as bênçãos e o patrocínio dos presidentes Lula e Dilma Rousseff — incluiu em seu legado maldito um Rio reduzido a zona de exclusão.
O Estado brasileiro deixou de existir nos territórios conflagrados, reafirmaram as trocas de chumbo do último fim de semana. Neste fim de semana, por exemplo, a intensificação da guerra pelo controle do tráfico de drogas na Rocinha produziu centenas de cenas que poderiam ser inseridas sem retoques num documentário sobre a Síria. Os tiroteios foram mais apavorantes que os registrados há sete dias. Serão menos inverossímeis que os da semana que vem.
Que fim levaram as Unidades de Polícia Pacificadora, as festejadas UPPs, a invenção genial do governador canalha? O que restou das modernidades inauguradas com foguetório e discurseira pelo presidente megalomaníaco e pela sucessora afundada na mitomania? Cadê as tropas do Exército que ali pousaram há pouco mais de um mês, prontas para resgatar os incontáveis quilômetros quadrados amputados a bala do mapa do Brasil?
O Rio agoniza sob o olhar distraído do restante do Brasil e sob a cínica indiferença de boa parte da gente que mora lá. Sobretudo dos “artistas e intelectuais” nativos ou cariocas naturalizados. Esses, como se sabe, estão ocupados demais com a preservação da Amazônia para perder tempo com uma cidade sem lei. 
 
NA VEJA.COM
Dinheiro sujo: o mistério dos euros nos banheiros de Genebra
O equivalente a mais de 300.000 reais em notas de 500 euros entupiram os toaletes de um banco e três restaurantes

Por Da redação
Segunda-feira, 18 set 2017, 17h24
Procuradores de Genebra anunciaram nesta segunda-feira que estão investigando o fato de os banheiros de um banco e de três restaurantes da cidade terem ficado entupidos pelo equivalente a mais de 300.000 reais em notas de euro. “Não estamos tão interessados no motivo, mas queremos ter certeza sobre a origem do dinheiro”, disse o porta-voz Vincent Derouand, acrescentando que não é crime jogar dinheiro fora nem entupir um banheiro.
O jornal Tribune de Genève, que noticiou o depósito incomum, disse que o primeiro entupimento aconteceu no banheiro disponível no cofre do banco UBS, situado no distrito financeiro de Genebra, na Suíça. Depois, alguns dias mais tarde, três bistrôs das imediações também encontraram os seus toaletes repletos de notas de 500 euros.
Segundo o The Guardian, os investigadores suíços disseram que o dinheiro seria originalmente de um cofre pertencente a duas mulheres espanholas, que não foram identificadas. O advogado das mulheres teria aparecido em uma delegacia de polícia local e concordado em compensar os restaurantes pelos custos do entupimento. “O dano atingiu vários milhares de francos [suíços]”, disse uma fonte ao jornal, afirmando também que o advogado não explicou como nem por que o dinheiro foi para nos toaletes.
O dinheiro, que estava picado, foi confiscado durante a investigação. Não existe nenhuma razão imediata para se pensar que seja “dinheiro sujo”, disse Derouand, mas acrescentou que as circunstâncias do caso justificam uma investigação mais aprofundada.
No ano passado, o Banco Central Europeu decidiu não imprimir mais notas de 500 euros por causa do temor de que estejam sendo usadas com muita frequência para atividades ilícitas, como a lavagem de dinheiro.
Um porta-voz do UBS não quis comentar.
(com Reuters) 
 
NO O ANTAGONISTA
Radicalismo justiceiro
O Estadão está tão entusiasmado com a posse de Raquel Dodge que hoje publicou dois editoriais sobre o assunto.
No primeiro deles, o editorialista diz:
“Nota-se, nas palavras de Raquel Dodge, um alvissareiro chamamento ao equilíbrio, necessário depois de tanto radicalismo justiceiro. O contraponto entre o primeiro dia da nova procuradora-geral e o último de seu antecessor, Rodrigo Janot, não podia ser mais eloquente.”
Em seu último dia na PGR, Rodrigo Janot fechou um acordo com a Queiroz Galvão, que confessou o pagamento de propinas ao PT e ao PMDB.
Sabe como é: puro radicalismo justiceiro.

Os ratos pariram uma montanha

Em seu último dia de trabalho, Rodrigo Janot enviou a Edson Fachin “uma montanha de processos”, segundo O Globo.
Entre eles, a delação premiada da Queiroz Galvão, uma das maiores do Petrolão, alvo de duas operações da Lava Jato.

O narcotráfico comanda

O Bope está na Rocinha.
Está também nas favelas do Vidigal, do Morro de São Carlos e do Morro dos Macacos.
Há uma guerra pelo comando do narcotráfico no Rio de Janeiro.

STF não vai barrar denúncia contra Temer

O STF, nesta quarta-feira, vai encaminhar para a Câmara dos Deputados a segunda denúncia contra Michel Temer.
Diz O Globo:
“O STF não vai barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer, como quer a defesa (…).
Na avaliação da maioria dos ministros, o Supremo tem o dever de encaminhar automaticamente o caso para a Câmara, sem fazer juízo de valor sobre a denúncia ou as provas nas quais Rodrigo Janot se baseou. Pelo menos não neste momento.”

O último depoimento

O operador de Lula, Roberto Teixeira, será interrogado pelo juiz Sergio Moro, às 10 horas de hoje.
Ele intermediou a compra do prédio do Instituto Lula, com repasses do departamento de propinas da Odebrecht.
Ele intermediou também a compra da cobertura de Lula, registrada em nome do laranja Glaucos Costamarques.
Depois de seu depoimento, Moro já pode bater o martelo.

O boicote do PT

Gleisi Hoffmann disse à BBC Brasil que o PT pode boicotar a disputa de 2018 se Lula for barrado pela Lei da Ficha Limpa:
“O que estamos denunciando é que o impedimento de Lula seria uma fraude nas eleições. O boicote é uma coisa que não está sendo oficialmente discutida ainda, mas vai caminhar para isso se ele for impedido de ser candidato. É um processo que não tem base jurídica”.
É uma farsa, claro.
Gleisi Hoffmann e os demais membros da ORCRIM jamais renunciariam ao foro privilegiado, desistindo de concorrer em 2018.

Venezuela, prato do jantar de Trump

Em seu jantar em Nova York com quatro presidentes da América Latina, incluindo Michel Temer, Donald Trump falou da Venezuela.
Segundo o presidente dos EUA, a ditadura de Nicolás Maduro “desafiou seu próprio povo e roubou o poder de representantes eleitos para preservar seu governo desastroso”, conforme o relato do Estadão.
Trump pediu que os “vizinhos e amigos” da Venezuela ajudem os venezuelanos a recuperar seu país e restaurar a democracia.

Moro pede cooperação internacional para citar foragido

Sergio Moro pediu ao Ministério da Justiça que solicite às autoridades da Espanha citação de Rodrigo Tacla Durán, advogado que operava para a Odebrecht.
Moro pede que Durán compareça a audiência dentro de dez dias, sob pena de a ação penal prosseguir à revelia, informa O Globo. O prazo para a citação do réu é de quatro meses.
Foragido, o operador acusou o juiz federal de vender facilidades a delatores por meio do advogado trabalhista Carlos Zucolotto. Tanto Moro quanto a força-tarefa da Lava Jato repudiaram as acusações.

Dodge vai cancelar a delação da Camargo Corrêa?

A Camargo Corrêa não contou em sua delação premiada sobre a suposta propina de R$ 5 milhões ao então presidente do STJ, César Asfor Rocha, para anular a Operação Castelo de Areia.
Foi Antônio Palocci quem trouxe a informação em sua tentativa de também firmar um acordo. Se Palocci não está mentindo, a PGR deveria cancelar os benefícios concedidos à empreiteira.

Anulação de provas beneficia Temer e… Joesley

A rescisão do acordo de colaboração premiada expõe Joesley Batista a infindáveis ações penais por corrupção ativa – centenas, considerando que o empresário denunciou mais de 1,8 mil políticos.
O único jeito de Joesley se livrar dessas acusações é anulando todas as provas decorrentes do acordo de colaboração, exatamente como deseja a defesa de Michel Temer.
O destino de Temer continua atrelado ao de Joesley.

A primeira saia-justa de Raquel Dodge

Como publicamos na semana passada, Edson Fachin abriu dez dias para a defesa de Joesley Batista e Ricardo Saud se manifestar sobre a rescisão do acordo de colaboração por parte de Rodrigo Janot.
O Antagonista apurou que, além de refutar os argumentos de Janot, os advogados vão pedir a Fachin que, antes de decidir sobre a homologação, submeta novamente o caso à nova PGR.
Raquel Dodge terá, então, que decidir se corrobora a decisão atabalhoada de Janot ou se abre nova apuração para rever os atos do antecessor, o que acabará por desagradar a Michel Temer.
Será o primeiro teste de independência da nova procuradora-geral.

Exclusivo: Mensagens revelam pressa da PGR e cautela dos irmãos Batista em acordo

Mensagens do celular de Wesley Batista, obtidas por O Antagonista, também mostram que havia pressa para fechar a delação, mas só do lado da PGR. Os irmãos Batista estavam mesmo preocupados em garantir a imunidade penal e a negociação da leniência nos EUA.
A pressa de Rodrigo Janot ficou mais evidente depois que Joesley entregou a gravação de Michel Temer, como relata a advogada Fernanda Tórtima no grupo de Whatsapp, sobre uma conversa com Sérgio Bruno, então coordenador da Lava Jato na PGR.
“Eu estava em uma (reunião) agora e ele ficou mandando mensagem sem parar, falando: ‘muito importante, quero ouvir o Joesley, vê se ele pode vir ao Brasil amanhã’ (…) Falei: ‘Sérgio, é meio complicado.’ Não dá para marcar as coisas assim de última hora, não dá para fazer de forma atabalhoada’.”
Em seguida, o diretor-jurídico Francisco de Assis ressalta que o procurador precisava, antes, “por na mesa, a leniência, a imunidade e as demais penas corporais”, além de assumir o protagonismo na conversa com o Departamento de Justiça dos EUA, “conforme o Pelela (Eduardo Pelella) assumiu o compromisso”.
Fernanda então explica: “A preocupação dele é que na semana que vem, em razão da semana santa, não haverá ninguém no STF para determinar a medida da ação controlada. E aí a tentativa de obter a medida ficaria para depois do dia 17, o que, na opinião dele, pode estar muito longe.”
Em outra troca de mensagens, Wesley expõe a Joesley sua preocupação sobre a dinâmica apressada do acordo:
“Claramente eu acho que estão super engajados pela dinâmica e tal, e chamando você. Por outro lado, eu acho que nós temos que, de alguma forma, sem transparecer que nós não estamos abertos e colaborativos, temos que falar: olha, espera aí, nós temos três pontos relevantes, um é os Estados Unidos, um é a grana e o outro são as penas totais. para nós também não ir (sic) tudo, sem saber do outro lado. Em resumo, tirando essa parte, eu acho que estão super engajados, acho que é um sinal positivo do lado do engajamento.”
Joesley concorda com o irmão e avalia que Janot tinha interesse político em fechar logo o acordo. “Esses caras estão com vontade de por isso na discussão logo, a questão nossa, para melar, de uma vez, a viabilidade da turma que está aí. Não sei não, estou com a impressão de que a velocidade está ligada a não dar tempo de deixar a turma que está aí conquistar avanços, tanto do lado do julgamento lá (TSE), que começou anteontem, e como do lado de reformas, essas coisas.”

Jungmann pede explicações sobre fala de general

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, pediu explicações ao comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, sobre a fala do general Antonio Hamilton Mourão, relata a Folha.
Em evento na última sexta-feira, Mourão, secretário de Economia e Finanças do Exército, disse que uma “intervenção militar” poderá ser adotada se o Judiciário “não solucionar o problema político”.
Jungmann declarou, em nota, que foram discutidas “medidas cabíveis a serem tomadas” sobre a manifestação do general, mas não especificou quais.

Professor Luxemburgo, testemunha de Lula/Luleco

A defesa de Lula desistiu do depoimento de 11 pessoas numa das ações penais em que o petista é réu, informa O Globo. O pedido foi aceito pelo juiz federal Vallisney Oliveira, de Brasília.
Na ação, referente à compra de caças suecos pela FAB, Lula e seu filho Luís Cláudio são acusados de envolvimento em organização criminosa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Todas as testemunhas dispensadas são parlamentares: oito senadores e três deputados, entre eles Romero Jucá, Jorge Viana e Vanessa Grazziotin. O depoimento de Vanderlei Luxemburgo, técnico do Sport, está mantido e foi marcado para 2 de outubro.
Luís Cláudio aventurou-se pelo marketing esportivo.


 









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