PRIMEIRA EDIÇÃO DE 16-9-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sábado, 16 de Setembro de 2017
Mercado teme que JBS peça recuperação judicial
Circularam informações no mercado financeiro de São Paulo, na sexta (18), apavorando bancos credores, de que seria iminente o pedido de recuperação judicial da JBS, empresa controlada por Joesley e Wesley Batista. O grupo J&F acumula dívida de quase R$60 bilhões, e estaria com dificuldades de honrar pontualmente seus compromissos. A prisão dos irmãos agravou dramaticamente a situação da empresa.
Caixa baixo
Credores duvidam que a empresa tenha condições de honrar a dívida de quase R$19 bilhões, com vencimento até meados de 2018.
Acionistas se mexem
Dono de 21% das ações, o BNDES tenta mobilizar todos os acionistas minoritários para afastar os irmãos Batista da gestão da empresa.
Lista secreta
O juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, negou-se ontem a liberar a lista completa de sócios da JBS.
Tudo bem por aqui
O grupo J&F tem negado e até repudiado qualquer informação sobre pedido de recuperação judicial.
Governistas esperam que Dodge reavalie denúncia
A expectativa dos políticos aliados do governo, no Congresso, é que a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que toma posse nesta segunda (18), determine a reavaliação ou revisão da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, apresentada pelo atual ocupante do cargo. A alegação é que seria necessário retirar da denúncia os supostos excessos do texto assinado por Rodrigo Janot.
Sem precedentes
Nos meios jurídicos não há quem aposte em revisão da denúncia. “Não creio que existam precedentes”, diz um ministro aposentado do STJ.
Saia justíssima
Michel Temer prometeu ir à posse de Raquel Dodge, e poderá dar de cara com seu algoz, a menos que Janot ignore o protocolo e não vá.
Fatos requentados
Defensores de Temer estão otimistas. Acham a denúncia de Janot impressiona pelos valores, mas se basearia em fatos “requentados”.
Malas reveladoras
Amigos do ex-ministro Geddel não escondem a preocupação com as relações dele com sua defesa. Ele chorou miséria, quando negociou os honorários, e pouco tempo depois as malas e caixas com R$51 milhões mostraram que na verdade Geddel não tinha motivos para chorar.
Prego no caixão
A cada dia que passa, Antonio Palocci põe um prego a mais no caixão funerário da carreira política do Lula. Ele contou, por exemplo, que o ex-presidente desvia recursos do Instituto Lula para bancar seus luxos.
População descrente
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que a população não acredita que o bilionário Joesley Batista, um dos donos da JBS, venha a ser de fato punido. Só 29% dizem que ele ficará “muito tempo preso”.
Mesma turma
A denúncia de Janot tem o presidente Michel Temer como alvo principal, mas curiosamente, nas acusações ao “quadrilhão do PMDB” o ex-presidente Lula é citado 34 vezes e Dilma Rousseff, 22.
Quase meio século
O Banco do Brasil fecha em Portugal após 45 anos. Suas agências no Marquês de Pombal, em Lisboa, e na avenida da França, no Porto, simbolizavam a presença brasileira naquele país desde 1972.
Excesso de bagagem
Eduardo Cunha desembarcou do avião da Polícia Federal nesta sexta-feira (15) com duas malas grandes. A legislação não permite nem uma mala de graça para o cidadão comum. Alguém cobrou pelas malas?
Fim da crise
Não durou uma só semana a obrigação dos deputados federais de baterem ponto a partir das 14h, às quintas-feiras. Na próxima semana será às 9h. Podem registrar presença logo cedo e “vazar” para seus Estados. Já foi pior: o painel de registro era aberto às 6h da manhã.
Quadrilhão, 50
Se o “quadrilhão do PMDB for condenado à pena máxima pelos crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, evasão de divisas e quadrilha, ficará mais de 50 anos preso.
Pensando bem...
...Batista por Batista, agora até a Igreja Batista está pedindo comprovante de renda para receber doações.
Sábado, 16 de Setembro de 2017
Mercado teme que JBS peça recuperação judicial
Circularam informações no mercado financeiro de São Paulo, na sexta (18), apavorando bancos credores, de que seria iminente o pedido de recuperação judicial da JBS, empresa controlada por Joesley e Wesley Batista. O grupo J&F acumula dívida de quase R$60 bilhões, e estaria com dificuldades de honrar pontualmente seus compromissos. A prisão dos irmãos agravou dramaticamente a situação da empresa.
Caixa baixo
Credores duvidam que a empresa tenha condições de honrar a dívida de quase R$19 bilhões, com vencimento até meados de 2018.
Acionistas se mexem
Dono de 21% das ações, o BNDES tenta mobilizar todos os acionistas minoritários para afastar os irmãos Batista da gestão da empresa.
Lista secreta
O juízo da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, negou-se ontem a liberar a lista completa de sócios da JBS.
Tudo bem por aqui
O grupo J&F tem negado e até repudiado qualquer informação sobre pedido de recuperação judicial.
Governistas esperam que Dodge reavalie denúncia
A expectativa dos políticos aliados do governo, no Congresso, é que a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que toma posse nesta segunda (18), determine a reavaliação ou revisão da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, apresentada pelo atual ocupante do cargo. A alegação é que seria necessário retirar da denúncia os supostos excessos do texto assinado por Rodrigo Janot.
Sem precedentes
Nos meios jurídicos não há quem aposte em revisão da denúncia. “Não creio que existam precedentes”, diz um ministro aposentado do STJ.
Saia justíssima
Michel Temer prometeu ir à posse de Raquel Dodge, e poderá dar de cara com seu algoz, a menos que Janot ignore o protocolo e não vá.
Fatos requentados
Defensores de Temer estão otimistas. Acham a denúncia de Janot impressiona pelos valores, mas se basearia em fatos “requentados”.
Malas reveladoras
Amigos do ex-ministro Geddel não escondem a preocupação com as relações dele com sua defesa. Ele chorou miséria, quando negociou os honorários, e pouco tempo depois as malas e caixas com R$51 milhões mostraram que na verdade Geddel não tinha motivos para chorar.
Prego no caixão
A cada dia que passa, Antonio Palocci põe um prego a mais no caixão funerário da carreira política do Lula. Ele contou, por exemplo, que o ex-presidente desvia recursos do Instituto Lula para bancar seus luxos.
População descrente
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que a população não acredita que o bilionário Joesley Batista, um dos donos da JBS, venha a ser de fato punido. Só 29% dizem que ele ficará “muito tempo preso”.
Mesma turma
A denúncia de Janot tem o presidente Michel Temer como alvo principal, mas curiosamente, nas acusações ao “quadrilhão do PMDB” o ex-presidente Lula é citado 34 vezes e Dilma Rousseff, 22.
Quase meio século
O Banco do Brasil fecha em Portugal após 45 anos. Suas agências no Marquês de Pombal, em Lisboa, e na avenida da França, no Porto, simbolizavam a presença brasileira naquele país desde 1972.
Excesso de bagagem
Eduardo Cunha desembarcou do avião da Polícia Federal nesta sexta-feira (15) com duas malas grandes. A legislação não permite nem uma mala de graça para o cidadão comum. Alguém cobrou pelas malas?
Fim da crise
Não durou uma só semana a obrigação dos deputados federais de baterem ponto a partir das 14h, às quintas-feiras. Na próxima semana será às 9h. Podem registrar presença logo cedo e “vazar” para seus Estados. Já foi pior: o painel de registro era aberto às 6h da manhã.
Quadrilhão, 50
Se o “quadrilhão do PMDB for condenado à pena máxima pelos crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, evasão de divisas e quadrilha, ficará mais de 50 anos preso.
Pensando bem...
...Batista por Batista, agora até a Igreja Batista está pedindo comprovante de renda para receber doações.
NO DIÁRIO DO PODER
Dias Toffoli arquiva inquérito contra o ministro Gilberto Kassab
Processo contra Kassab era do tempo de prefeito de São Paulo
Dias Toffoli arquiva inquérito contra o ministro Gilberto Kassab
Processo contra Kassab era do tempo de prefeito de São Paulo
Publicado em sexta-feira, 15 de setembro de 2017 às 18:50 - Atualizado às 00:14
Redação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli determinou hoje (15) o arquivamento do inquérito que investigava o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab. As acusações eram referentes ao período em que Kassab foi prefeito de São Paulo. Na decisão, Toffoli acolheu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e entendeu que não há indícios suficientes a respeito da participação do ministro nos supostos ilícitos.
O inquérito chegou ao Supremo em março de 2015 e apurava suposto favorecimento à empresa Controlar, responsável, à época, pelos serviços de inspeção veicular na capital paulista.(ABr)
Redação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli determinou hoje (15) o arquivamento do inquérito que investigava o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab. As acusações eram referentes ao período em que Kassab foi prefeito de São Paulo. Na decisão, Toffoli acolheu parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e entendeu que não há indícios suficientes a respeito da participação do ministro nos supostos ilícitos.
O inquérito chegou ao Supremo em março de 2015 e apurava suposto favorecimento à empresa Controlar, responsável, à época, pelos serviços de inspeção veicular na capital paulista.(ABr)
Ex-ministro diz que Lula usava dinheiro do instituto Lula em despesas pessoais
Palocci revela caixa 2 e desvios de Lula para suas despesas
Publicado: sexta-feira, 15 de setembro de 2017 às 18:12 - Atualizado às 00:24
Redação
O ex-ministro Antonio Palocci revelou aos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizava verbas do Instituto Lula com despesas pessoais. A informação é da revista Veja.
Segundo Palocci, Lula usava os recursos que eram doados para o Instituto com despesas pessoais e até de familiares. Para encobrir os desvios havia uma "contabilidade paralela", ou seja, caixa 2, administrada por Paulo Okamoto, o presidente do instituto. Okamoto nega irregularidades durante sua administração.
Palocci revela caixa 2 e desvios de Lula para suas despesas
Publicado: sexta-feira, 15 de setembro de 2017 às 18:12 - Atualizado às 00:24
Redação
O ex-ministro Antonio Palocci revelou aos procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizava verbas do Instituto Lula com despesas pessoais. A informação é da revista Veja.
Segundo Palocci, Lula usava os recursos que eram doados para o Instituto com despesas pessoais e até de familiares. Para encobrir os desvios havia uma "contabilidade paralela", ou seja, caixa 2, administrada por Paulo Okamoto, o presidente do instituto. Okamoto nega irregularidades durante sua administração.
Joesley tem pouco apreço pela autoridade e a lei, diz juíza do TRF3
Magistrada acha que, solto, ele põe em riso a ordem pública
Publicado: sexta-feira, 15 de setembro de 2017 às 16:37 - Atualizado às 17:00
Redação
Ao manter preso, nesta sexta (15), o empresário Joesley Mendonça Batista, da JBS, a juíza Tais Ferracini, convocada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), afirmou que o executivo ‘demonstra pouco apreço pela autoridade e observância da lei’. A magistrada negou liminar em habeas corpus a Joesley e a seu irmão Wesley Batista, alvos da Operação Acerto de Contas, 2ª fase da Tendão de Aquiles.
Os empresários são investigados por suspeita de manipulação do mercado financeiro e da moeda americana usando informações privilegiadas de sua própria delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.
“O paciente, nessa análise perfunctória, demonstra pouco apreço pela autoridade e observância da lei, pelo que não são meras ilações a possibilidade de que, em liberdade, represente risco à ordem pública”, anotou a juíza.
“Os indícios da autoria delitiva do paciente, decorreram da circunstância de Joesley Mendonça ser o emissor de ordens de compra e venda de ativos financeiros no período em que, juntamente a outros executivos, negociava acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República.”
A investigação aponta que Joesley Mendonça foi o responsável por ordenar as operações de venda de ações da JBS, por meio de sua controladora FB Participações, dirigida por ele à época, ‘de forma não usual e concomitantemente ao procedimento de recompra da JBS’.
“Tenho que os elementos dos autos indicam indícios suficientes de autoria e materialidade do delito”, anota a juíza.
Tais Ferracini destacou que sua decisão ‘não leva em consideração a eventual quebra da delação em questão por motivos outros, alheios aos presentes autos’. Os irmãos são delatores na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, perante o Supremo Tribunal Federal.
Joesley perdeu nesta quinta-feira, 14, os benefícios da delação após ter seu acordo rescindido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O motivo foi um áudio de 4 horas no qual o empresário e o executivo Ricardo Saud, do Grupo J&F, mencionam que o advogado Marcelo Miller, ainda enquanto procurador da República, teria atuado para garantir facilidades aos delatores junto à Procuradoria-Geral da República.
No domingo, 11, Joesley e Saud foram presos temporariamente por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, por suspeita de violação de sua delação premiada. Nesta quinta-feira, 14, o ministro decretou a preventiva dos executivos. Joesley tem agora dois mandados de prisão preventiva contra si.
O empresário estava preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Nesta sexta-feira, 15, Joesley foi transferido para São Paulo. Joesley será ouvido em audiência de custódia referente à Tendão de Aquiles. (AE)
Magistrada acha que, solto, ele põe em riso a ordem pública
Publicado: sexta-feira, 15 de setembro de 2017 às 16:37 - Atualizado às 17:00
Redação
Ao manter preso, nesta sexta (15), o empresário Joesley Mendonça Batista, da JBS, a juíza Tais Ferracini, convocada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), afirmou que o executivo ‘demonstra pouco apreço pela autoridade e observância da lei’. A magistrada negou liminar em habeas corpus a Joesley e a seu irmão Wesley Batista, alvos da Operação Acerto de Contas, 2ª fase da Tendão de Aquiles.
Os empresários são investigados por suspeita de manipulação do mercado financeiro e da moeda americana usando informações privilegiadas de sua própria delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.
“O paciente, nessa análise perfunctória, demonstra pouco apreço pela autoridade e observância da lei, pelo que não são meras ilações a possibilidade de que, em liberdade, represente risco à ordem pública”, anotou a juíza.
“Os indícios da autoria delitiva do paciente, decorreram da circunstância de Joesley Mendonça ser o emissor de ordens de compra e venda de ativos financeiros no período em que, juntamente a outros executivos, negociava acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República.”
A investigação aponta que Joesley Mendonça foi o responsável por ordenar as operações de venda de ações da JBS, por meio de sua controladora FB Participações, dirigida por ele à época, ‘de forma não usual e concomitantemente ao procedimento de recompra da JBS’.
“Tenho que os elementos dos autos indicam indícios suficientes de autoria e materialidade do delito”, anota a juíza.
Tais Ferracini destacou que sua decisão ‘não leva em consideração a eventual quebra da delação em questão por motivos outros, alheios aos presentes autos’. Os irmãos são delatores na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, perante o Supremo Tribunal Federal.
Joesley perdeu nesta quinta-feira, 14, os benefícios da delação após ter seu acordo rescindido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O motivo foi um áudio de 4 horas no qual o empresário e o executivo Ricardo Saud, do Grupo J&F, mencionam que o advogado Marcelo Miller, ainda enquanto procurador da República, teria atuado para garantir facilidades aos delatores junto à Procuradoria-Geral da República.
No domingo, 11, Joesley e Saud foram presos temporariamente por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, por suspeita de violação de sua delação premiada. Nesta quinta-feira, 14, o ministro decretou a preventiva dos executivos. Joesley tem agora dois mandados de prisão preventiva contra si.
O empresário estava preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Nesta sexta-feira, 15, Joesley foi transferido para São Paulo. Joesley será ouvido em audiência de custódia referente à Tendão de Aquiles. (AE)
NO BLOG DO JOSIAS
Reação de Lula a Palocci desagrada até amigos
Reação de Lula a Palocci desagrada até amigos
Por Josias de Souza
Sábado, 16/09/2017 05:10
Até amigos de Lula avaliaram que ele errou ao desqualificar tão drasticamente Antonio Palocci no depoimento que prestou a Sergio Moro. No PT, ninguém ignora que Palocci sempre foi um suavizador das necessidades monetárias de Lula. Fora do PT, todos sabem que Palocci era um fiel escudeiro de Lula. Por isso, petistas chegados ao ex-presidente ficaram com a impressão de que, ao pintar Palocci como um mentiroso frio e calculista, Lula condenou-se ao descrédito. De fato, nunca um inocente pareceu tão culpado — ou nunca um culpado pareceu tão inocente.
Petistas que privam da intimidade de Lula acham que, em vez de desqualificar Palocci, o pajé do PT deveria ter recoberto seu ex-ministro de elogios. Na sequência, Lula associaria o desejo de Palocci de se tornar um delator à prisão longeva e a uma hipotética pressão psicológica da equipe da Lava Jato. O efeito seria o mesmo. Com a vantagem de que Lula não precisaria ter cutucado Palocci com o pé, arriscando-se a ser mordido com mais força pelo delator-companheiro.
Apesar do discurso externo, situado em algum lugar entre a vitimização e o triunfalismo, o PT rumina internamente a impressão de que Palocci ficou ainda mais à vontade para contar o que sabe aos investigadores. E ele sabe demais. Já havia declarado diante do juiz da Lava Jato que Lula fizera um “pacto de sangue” com a Odebrecht, que rendeu um pacote de propinas de R$ 300 milhões.
Descobre-se agora, que Palocci já informou em sua proposta de delação que entregou dinheiro vivo a Lula em pelo menos cinco ocasiões. Foram pacotes de R$ 30 mil, R$ 40 mil ou R$ 50 mil. Formalmente, Lula nega. Informalmente, começa a admitir, longe dos refletores, que pode ter subestimado o teor radioativo de uma delação de Palocci. O resultado prático é que a candidatura presidencial de Lula vai migrando rapidamente da condição de “provável” para a de “inviável”.
Até amigos de Lula avaliaram que ele errou ao desqualificar tão drasticamente Antonio Palocci no depoimento que prestou a Sergio Moro. No PT, ninguém ignora que Palocci sempre foi um suavizador das necessidades monetárias de Lula. Fora do PT, todos sabem que Palocci era um fiel escudeiro de Lula. Por isso, petistas chegados ao ex-presidente ficaram com a impressão de que, ao pintar Palocci como um mentiroso frio e calculista, Lula condenou-se ao descrédito. De fato, nunca um inocente pareceu tão culpado — ou nunca um culpado pareceu tão inocente.
Petistas que privam da intimidade de Lula acham que, em vez de desqualificar Palocci, o pajé do PT deveria ter recoberto seu ex-ministro de elogios. Na sequência, Lula associaria o desejo de Palocci de se tornar um delator à prisão longeva e a uma hipotética pressão psicológica da equipe da Lava Jato. O efeito seria o mesmo. Com a vantagem de que Lula não precisaria ter cutucado Palocci com o pé, arriscando-se a ser mordido com mais força pelo delator-companheiro.
Apesar do discurso externo, situado em algum lugar entre a vitimização e o triunfalismo, o PT rumina internamente a impressão de que Palocci ficou ainda mais à vontade para contar o que sabe aos investigadores. E ele sabe demais. Já havia declarado diante do juiz da Lava Jato que Lula fizera um “pacto de sangue” com a Odebrecht, que rendeu um pacote de propinas de R$ 300 milhões.
Descobre-se agora, que Palocci já informou em sua proposta de delação que entregou dinheiro vivo a Lula em pelo menos cinco ocasiões. Foram pacotes de R$ 30 mil, R$ 40 mil ou R$ 50 mil. Formalmente, Lula nega. Informalmente, começa a admitir, longe dos refletores, que pode ter subestimado o teor radioativo de uma delação de Palocci. O resultado prático é que a candidatura presidencial de Lula vai migrando rapidamente da condição de “provável” para a de “inviável”.
Quem se importa com a ‘organização criminosa’?
Por Josias de Souza
Sábado, 16/09/2017 00:30
O Brasil tornou-se um país paradoxal. Em nova denúncia contra Michel Temer a Procuradoria sustenta, com base em indícios consistentes, que o grupo político que governa o País é uma “organização criminosa”. Simultaneamente, o mercado financeiro comemora altas históricas. A Bolsa de Valores está eufórica com a notícia de que não há a mais remota chance de a Câmara autorizar o Supremo Tribunal Federal a investigar a quadrilha que a Procuradoria enxerga no Planalto.
Agarrado à poltrona, Temer alardeia que o pior da crise já passou. Além da alta na bolsa, há a inflação baixa, os juros de um dígito e um ambicioso programa de privatizações — coisa igual não se via há uma década e meia. Quer dizer: exceto pelos 13 milhões de desempregados que não sabem o que é Bolsa de Valores, nenhum brasileiro pode deixar de ser otimista.
É claro que uma delação do Geddel Vieira Lima pode reverter o otimismo. Mas, por ora, ninguém parece se importar com o fato de que os personagens que a Procuradoria denuncia como criminosos são os mesmos que conduzem, a partir do Planalto, os negócios bilionários do Estado.
Denunciados junto com Temer, os ministros palacianos Moreira Franco e Eliseu Padilha têm voz ativa, por exemplo, na venda de estatais e na concessão de aeroportos e rodovias. Mantê-los em posições tão estratégicas sem uma sentença que os redima é mais ou menos como colocar gato para vigiar sardinhas. Mas quem se importa?
O Brasil tornou-se um país paradoxal. Em nova denúncia contra Michel Temer a Procuradoria sustenta, com base em indícios consistentes, que o grupo político que governa o País é uma “organização criminosa”. Simultaneamente, o mercado financeiro comemora altas históricas. A Bolsa de Valores está eufórica com a notícia de que não há a mais remota chance de a Câmara autorizar o Supremo Tribunal Federal a investigar a quadrilha que a Procuradoria enxerga no Planalto.
Agarrado à poltrona, Temer alardeia que o pior da crise já passou. Além da alta na bolsa, há a inflação baixa, os juros de um dígito e um ambicioso programa de privatizações — coisa igual não se via há uma década e meia. Quer dizer: exceto pelos 13 milhões de desempregados que não sabem o que é Bolsa de Valores, nenhum brasileiro pode deixar de ser otimista.
É claro que uma delação do Geddel Vieira Lima pode reverter o otimismo. Mas, por ora, ninguém parece se importar com o fato de que os personagens que a Procuradoria denuncia como criminosos são os mesmos que conduzem, a partir do Planalto, os negócios bilionários do Estado.
Denunciados junto com Temer, os ministros palacianos Moreira Franco e Eliseu Padilha têm voz ativa, por exemplo, na venda de estatais e na concessão de aeroportos e rodovias. Mantê-los em posições tão estratégicas sem uma sentença que os redima é mais ou menos como colocar gato para vigiar sardinhas. Mas quem se importa?
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
#SanatórioGeral: Topa tudo
Ciro Gomes está inconformado com Renan por ter perdido para Lula o cabo eleitoral que sonhava ter a seu lado em Alagoas
Por Augusto Nunes
Sexta-feira, 15 set 2017, 16h21 - Publicado em 15 set 2017, 15h27 more_horiz
“Nós estamos ferindo de morte a narrativa central de que ainda dava a nós alguma respeitabilidade na opinião pública progressista brasileira, que é a ideia de que o Brasil está sob um golpe de estado. Como é que eu posso então assistir na semana passada o Lula abraçado com Renan Calheiros, que era senador e votou pelo impeachment?” (Ciro Gomes, durante um evento no Rio, fingindo que não toparia até passear de mãos dadas com Renan Calheiros na orla de Maceió se o peemedebista prometesse apoiar sua candidatura à Presidência nas eleições de 2018)
Ciro Gomes está inconformado com Renan por ter perdido para Lula o cabo eleitoral que sonhava ter a seu lado em Alagoas
Por Augusto Nunes
Sexta-feira, 15 set 2017, 16h21 - Publicado em 15 set 2017, 15h27 more_horiz
“Nós estamos ferindo de morte a narrativa central de que ainda dava a nós alguma respeitabilidade na opinião pública progressista brasileira, que é a ideia de que o Brasil está sob um golpe de estado. Como é que eu posso então assistir na semana passada o Lula abraçado com Renan Calheiros, que era senador e votou pelo impeachment?” (Ciro Gomes, durante um evento no Rio, fingindo que não toparia até passear de mãos dadas com Renan Calheiros na orla de Maceió se o peemedebista prometesse apoiar sua candidatura à Presidência nas eleições de 2018)
NA VEJA.COM
Sergio Moro falou ‘algo inesperado’ a repórter após julgar Lula?
Blog notório por publicar notícias falsas envolvendo o juiz inventou desta vez que ele deu declarações engrandecedoras sobre o povo brasileiro
Sergio Moro falou ‘algo inesperado’ a repórter após julgar Lula?
Blog notório por publicar notícias falsas envolvendo o juiz inventou desta vez que ele deu declarações engrandecedoras sobre o povo brasileiro
Sexta-feira, 15 set 2017, 20h53 - Publicado em 15 set 2017, 17h40
Dos mesmos criadores de “Passado de Sergio Moro surpreende o Brasil” e “Sergio Moro de debruçou sobre bíblia após condenar Lula”, já desmentidas pelo Me engana que eu posto, a notícia falsa da vez sobre o magistrado relata que ele fez declarações engrandecedoras sobre o povo brasileiro e o combate à corrupção após “o julgamento” do ex-presidente.
Assim como as duas anteriores, a lorota foi criada pelo blog Sociedade Oculta, que tem fixação por Sergio Moro e cria fábulas sobre seus feitos, dando a ele ares de um beato. Segundo o site, o juiz federal já passou noites dos rigorosos invernos em Curitiba distribuindo cobertores a moradores de rua e, quando jovem, foi o autor de um texto que pregava o otimismo. Desta vez, conforme a ficção mambembe do Sociedade Oculta, Moro teria demonstrado ser um homem religioso e de hábitos simples.
Leia abaixo o texto:
"Muito Abatido [sic.] Sergio Moro fala algo inesperado a um Repórter [sic.] na saída do forum [sic.]
Ao fim da longa jornada de Trabalho,Depois [sic.] do Julgamento [sic.] de Lula, Sergio moro [sic.] foi parado por um repórter na saída do fórum em Curitiba, visivelmente cansado, ele responde de forma inesperada a pergunta de um repórter [sic.]
Mesmo cansado e abatido , [sic.] o juiz foi gentil com o repórter, que o parou durante fim do expediente na saida [sic.] do fórum. Ao invés de fazer critica [sic.] a algum politico [sic.], Moro respondeu algo que o Repórter [sic.] não esperava escutar.
Questionado pelo repórter Se [sic.] ainda é possível recuperar a fé do Brasileiro [sic.] no país, Sergio moro [sic.] responde de maneira incrível .. [sic.] Veja no texto abaixo , [sic.] continue lendo [sic.]
Veja abaixo na reportagem oque [sic.] Sergio Moro disse ao reporter [sic.] da CBBN [sic.]
Sergio Moro disse:
O Brasileiro é um povo adorável, e apesar de toda exploração, enganação e dura vida, ele vive com esperança que um dia tudo vai melhorar.
Mas uma coisa me chateá [sic.], influenciado pela grande mídia e por intelectuais modernos, Nosso [sic.] povo esta deixando Deus de Lado [sic.], Não [sic.] podemos viver na lei da vantagem própria, na lei do jeitinho Brasileiro [sic.].
Para o Brasil realmente mudar e dar certo, a reforma que tanto esperamos, [sic.] tem que acontecer primeiro em nossos corações.
Precisamos resgatar aqueles valores antigos, de respeito, amor ao próximo, temor de Deus. Uma sociedade que guarda esses princípios, [sic.] é Abençoada [sic.].
É possível mudarmos nossa sociedade ?? [sic.] sim [sic.] … [sic.] Reprogramemos nossas metas, busquemos o bem e vivermos [sic.] melhor. “Embora ninguém possa voltar ao passado e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim” O poder esta em nossa mão [sic.]
Apesar dos erros [sic.] é possível criar um novo começo e uma nova historia [sic.]. Como diz aquela poesia : [sic.] não diga que a canção está perdida, Tenha fé em Deus, Tenha fé na vida, tente outra vez!
O repórter estrangeiro ainda ficou confuso, flagrou Sergio Moro, Saida [sic.] do forum [sic.] , [sic.] segurando nas mãos uma marmita popular, de 19 reais do restaurante que fica na esquina. Enquanto via os políticos poderosos que dizem representar os pobres irem ao Restaurante [sic.] Luxuoso [sic.] do Hotel Bourbon, onde a refeição custa 350 reais inicial, e aumenta conforme o cardápio. Banquetes em ambientes caríssimos, viagens em jatinhos pagos com o suado dinheiro do povo, [sic.] fazem parte da rotina destes tais políticos.
O repórter ainda finalizou em sua matéria. Sergio Moro só anda com a Melhor [sic.] equipe de Segurança [sic.] do mundo, que é o Pai, Filho e Espírito Santo.
SERGIO MORO – JUIZ FEDERAL – entrevista a CBBN RadioTv e Revista Politica Internacional"
Como toda notícia falsa que se preze, a “reportagem” do Sociedade Oculta
é abarrotada de falhas de grafia e pontuação. Neste texto, em especial,
o escriba alcançou a façanha de cometer mais erros do gênero (45) do
que produzir linhas (36). Uma informação que pudesse ser levada a sério
jamais conteria tantos equívocos, alguns dignos de nota, como “chateá” e
as 17 vezes em que palavras são grafadas com letra maiúscula em meio ao
título e em frases, sem necessidade.Ao fim da longa jornada de Trabalho,Depois [sic.] do Julgamento [sic.] de Lula, Sergio moro [sic.] foi parado por um repórter na saída do fórum em Curitiba, visivelmente cansado, ele responde de forma inesperada a pergunta de um repórter [sic.]
Mesmo cansado e abatido , [sic.] o juiz foi gentil com o repórter, que o parou durante fim do expediente na saida [sic.] do fórum. Ao invés de fazer critica [sic.] a algum politico [sic.], Moro respondeu algo que o Repórter [sic.] não esperava escutar.
Questionado pelo repórter Se [sic.] ainda é possível recuperar a fé do Brasileiro [sic.] no país, Sergio moro [sic.] responde de maneira incrível .. [sic.] Veja no texto abaixo , [sic.] continue lendo [sic.]
Veja abaixo na reportagem oque [sic.] Sergio Moro disse ao reporter [sic.] da CBBN [sic.]
Sergio Moro disse:
O Brasileiro é um povo adorável, e apesar de toda exploração, enganação e dura vida, ele vive com esperança que um dia tudo vai melhorar.
Mas uma coisa me chateá [sic.], influenciado pela grande mídia e por intelectuais modernos, Nosso [sic.] povo esta deixando Deus de Lado [sic.], Não [sic.] podemos viver na lei da vantagem própria, na lei do jeitinho Brasileiro [sic.].
Para o Brasil realmente mudar e dar certo, a reforma que tanto esperamos, [sic.] tem que acontecer primeiro em nossos corações.
Precisamos resgatar aqueles valores antigos, de respeito, amor ao próximo, temor de Deus. Uma sociedade que guarda esses princípios, [sic.] é Abençoada [sic.].
É possível mudarmos nossa sociedade ?? [sic.] sim [sic.] … [sic.] Reprogramemos nossas metas, busquemos o bem e vivermos [sic.] melhor. “Embora ninguém possa voltar ao passado e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim” O poder esta em nossa mão [sic.]
Apesar dos erros [sic.] é possível criar um novo começo e uma nova historia [sic.]. Como diz aquela poesia : [sic.] não diga que a canção está perdida, Tenha fé em Deus, Tenha fé na vida, tente outra vez!
O repórter estrangeiro ainda ficou confuso, flagrou Sergio Moro, Saida [sic.] do forum [sic.] , [sic.] segurando nas mãos uma marmita popular, de 19 reais do restaurante que fica na esquina. Enquanto via os políticos poderosos que dizem representar os pobres irem ao Restaurante [sic.] Luxuoso [sic.] do Hotel Bourbon, onde a refeição custa 350 reais inicial, e aumenta conforme o cardápio. Banquetes em ambientes caríssimos, viagens em jatinhos pagos com o suado dinheiro do povo, [sic.] fazem parte da rotina destes tais políticos.
O repórter ainda finalizou em sua matéria. Sergio Moro só anda com a Melhor [sic.] equipe de Segurança [sic.] do mundo, que é o Pai, Filho e Espírito Santo.
SERGIO MORO – JUIZ FEDERAL – entrevista a CBBN RadioTv e Revista Politica Internacional"
Além disso, ao contrário do que a informação mentirosa afirma, não houve julgamento de Lula, e sim um interrogatório do ex-presidente enquanto réu em um processo sob responsabilidade de Moro. Neste caso, o petista é acusado de receber 13 milhões de reais em propina da Odebrecht por meio da compra de um imóvel que abrigaria o Instituto Lula, em São Paulo, e de um apartamento vizinho ao seu no Edifício Hill House, em São Bernardo do Campo (SP). Lula nega as acusações do Ministério Público Federal.
Após a fase de oitiva dos demais réus, que será concluída no próximo dia 19, quando o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, prestará depoimento ao juiz federal, a acusação e as defesas ainda deverão apresentar suas alegações finais. Só então Sergio Moro poderá proferir uma sentença, condenando ou absolvendo os acusados. Não haverá neste caso, assim como não houve na primeira condenação de Lula por Moro e em nenhum outro processo da Lava Jato, um julgamento com a presença de jurados, o juiz e os réus, como o site faz transparecer.
Não há registro, a propósito, de que exista, no Brasil e no mundo, qualquer veículo de informação de nome CBBN RádioTv. O mais próximo disso seria a Rádio CBN, do Sistema Globo de Rádio, que não produziu conteúdo sobre o assunto.
O marmitex pelo qual Moro teria pagado 19 reais é ilustrado no Sociedade Oculta por uma foto do juiz federal com uma sacola plástica à mão, cujo conteúdo, claramente, não é um prato feito comprado “no restaurante que fica na esquina” (veja abaixo). A imagem, feita na última quarta-feira, dia do depoimento de Lula ao magistrado, mostra Moro deixando o prédio onde vive na capital paranaense, de onde seguiu rumo à sede da Justiça Federal. Dentro da sacola, provavelmente, o juiz federal levava uma refeição preparada em sua casa, assim como fez na data do primeiro depoimento de Lula na Lava Jato, em março (veja abaixo).
Naquela ocasião, a mulher do magistrado, Rosângela Wolff Moro, confirmou na página do Facebook “Eu MORO com Ele” que “Moro levou sua quentinha hoje. Colaborando com a equipe de deslocamento”.
(Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Folhapress/Reprodução)
A comparação entre a franciscana alimentação de Sergio Moro e refeições de políticos a “350 reais inicial” no Hotel Bourbon de Curitiba também é incorreta. O Me Engana que eu Posto apurou que o cardápio na hospedagem tem preços que variam entre 40 reais (opções como talharim, pene e espaguete) e 65 reais (filé mignon acompanhado de risoto cremoso de palmito). A feijoada servida aos sábados no hotel sai por 69 reais.
A notícia publicada pelo Sociedade Oculta, portanto, é uma ficção do início ao fim, assim como tudo que ali é veiculado.
‘Blog de humor’
O Sociedade Oculta, famoso pelos boatos que propaga na internet, passou a se autoclassificar como um site que faz piadas a partir de notícias falsas. As indicações de que se trata de conteúdo humorístico não são nada fáceis de notar, no entanto. No pé da página, em letras miúdas, o blog passou a informar que “é um site de humor com noticias sem meias verdades”. Suas publicações também têm sido acompanhadas de pequenas “tags”, como “Humor Fake News” e “Lendas da Internet”.Embora tenha reconhecido que só publica (péssimas) piadas, o Sociedade Oculta ainda é visto em buscas no Google como “Seu Portal de Notícias em Tempo Real” e “Acompanhe todos os dias as notícias mais impactantes aqui em tempo real, fique por dentro do que esta acontecendo pelo país!”. Ou seja, o leitor mais desavisado pode facilmente se confundir.
NO CEARÁ NEWS 7
Sócio de Ciro envolvido em desvio milionário na coleta de lixo de Maranguape
O escândalo tende a inviabilizar a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República no ano que vem
Últimas Notícias
Quadrinha explode agência do Bradesco do município de Barreira
Nova Russas e Maranguape: Empresas de mesmo nome e na mira da Justiça geram confusão
Bruno Figueiredo assume a Prefeitura de Pacajus após afastamento de Flanky Chaves
Gestão de Maranguape se posiciona sobre aval de Renan Saldanha em licitação polêmica
O advogado Renan Saldanha, sócio de Ciro Gomes no escritório XSVC no Ceará e procurador-geral da Prefeitura de Maranguape, envolveu-se em um escândalo que, inclusive, tende a inviabilizar a candidatura do pedetista à Presidência da República no ano que vem.
Segundo documentos em poder do portal Ceará News 7, a prefeitura de Maranguape autorizou uma dispensa de licitação para a coleta de lixo (licitação 06170111001 realizada no dia 11 de janeiro de 2017, no valor estimado em R$ 1.947.373,58) com a empresa Gold Serviços, de propriedade dos filhos do prefeito de Pedra Branca, Antônio e Lucas Góis.
Confira o documento
Enrolado
Renan Saldanha fez dispensa de licitação e agora sua decisão está sendo contestada judicialmente. A tendência é que esse contrato seja anulado e todos os recursos devolvidos ao Município de Maranguape.
Os donos faz Gold Serviços se entregaram ontem (14) à Polícia Federal. A determinação do Poder Judiciário é mantê-los presos por uma longa temporada até que os dois resolvam entregar tudo que sabem. Assim, a situação do prefeito João Xerez é complicada.
Por sinal, Renan Saldanha gosta de ostentar nas redes sociais sua amizade com o prefeito João Xerez e o outro sócio de Ciro, André Xerez.
Atualizando - após a repercussão da matéria, Renan deletou a foto do Instagram. O que sobrou foi apenas a legenda. Parece que a amizade, agora, está abalada.
Que situação
Se houver delação, ou independentemente dela, o sócio de Ciro Gomes, Renan Saldanha, está enrolado nesse escândalo que gerou prejuízos de R$ 380 milhões aos cofres de 171 municípios cearenses, e o prefeito de Maranguape terá que provar sua inocência sob pena de ser afastado ou até mesmo preso por fraude na coleta do lixo da cidade que administra.
Fotos bônus
Para quem não viu, confira algumas fotos que o Balada In divulgou do lançamento do escritório de advocacia de Ciro no Ceará. Lógico, os sócios Renan Saldanha e André Xerez estavam presentes, e também o prefeito de Maranguape, João Xerez, e o ex-governador Cid Gomes.
Renan Saldanha, Ciro Gomes e André Xerez
Thais Castro e João Paulo Xerez
Cid Gomes, Renan Saldanha, Ciro Gomes e André Xerez
Comentários
Postar um comentário