PREIMEIRA EDIÇÃO DE 15-9-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sexta-feira, 15 de Setembro de 2017
‘Quadrilhão’ afanou R$ 587 milhões, acusa PGR
De acordo com a denúncia apresentada ontem pela Procuradoria-Geral da República, a estimativa do total de propina levada pelos integrantes do “quadrilhão do PMDB” chega a R$ 587.101.098,48. O esquema envolve fraudes em contratos nas empresas federais Petrobras, Furnas e Caixa e também nos ministérios da Agricultura e Integração Nacional, além da Secretaria da Aviação Civil e Câmara dos Deputados.
Exemplo prático
Só da Petrobras em 2011, por exemplo, a PGR estima que o PMDB da Câmara repartiu US$ 11,55 milhões em apenas um contrato.
Executivo
São acusados pela PGR o presidente Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco e ex-ministros que foram deputados.
PMDB da Câmara
Os ex-deputados Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Henrique Eduardo Alves são réus no “quadrilhão do PMDB”.
Núcleo político
Para Janot, o “núcleo político” da suposta organização criminosa era composto por Temer, Padilha, Moreira Franco, Rocha Loures e Cunha.
Lula ataca, mas Palocci foi seu homem de confiança
Antônio Palocci, de quem Lula fala mal pelas malfeitorias reveladas, foi seu homem de confiança na campanha presidencial de 2002, que coordenou. Não fosse Lula, Palocci jamais voltaria à cena política, após o caseiro Francenildo derrubá-lo do Ministério da Fazenda. Em 2010, Lula impôs Palocci e o marqueteiro João Santana à campanha da Dilma, que os detestava. Com respaldo de Lula, Palocci atropelou Fernando Pimentel, antigo aliado de Dilma, hoje governador de Minas.
O grande irmão
O objetivo de Lula, impondo Palocci, era manter controle total sobre a campanha de Dilma, em 2010. Inclusive na arrecadação de dinheiro.
Compensação
Para contrabalançar o avanço de Lula, Dilma chamou José Eduardo Cardozo (odiado por ele) para dividir o comando da campanha.
Rédea curta
Dilma eleita, Lula impôs Palocci para chefiar a Casa Civil e Gilberto Carvalho a Secretaria-Geral, mantendo Dilma na rédea curta.
Prejuízo de R$29 bilhões
Na denúncia contra Temer & Cia, Rodrigo Janot lembra a estimativa do TCU apontando que a atuação do “quadrilhão do PMDB” implicou em prejuízos que podem ter chegado a R$29 bilhões à estatal Petrobras.
Prêmio concorrido
Joesley Batista et caterva e o Banco Santander concorrem ao Prêmio Unanimidade Negativa do mês de Setembro. Eles são fortíssimos na disputa pelo Prêmio Anual, mas existem outros candidatos.
Lição de seriedade
É tão grande a cautela da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, positiva nos tempos atuais, que o marido, conceituado professor particular de Inglês, sequer aceita alunos que atuem na área jurídica. Tudo para evitar constrangimentos e impedimentos.
A que título?
Faltou o ex-presidente Lula explicar ao juiz Sérgio Moro por que recebeu Emílio Odebrecht na véspera de deixar o cargo, quando o filho Marcelo assumia o comando da empresa. Recebeu a que título?
Tarja preta
Na versão para os jornalistas, pela primeira vez, a denúncia da PGR contra o “quadrilhão do PMDB”, menciona todos, mas protege com tarja preta os dados pessoais dos acusados, tipo CPF, RG, endereço etc.
‘Greencard’ pra quê?
O bilionário Marcelo Odebrecht passou 10 meses em prisão preventiva, antes de ser condenado a primeira vez. E continua preso. A dupla Joesley e Wesley Batista teve decretada sua prisão preventiva, ontem. Têm tudo para perder as Olimpíadas em Los Angeles... em 2028.
Propina em moeda forte
Dos R$587 milhões estimados pela Procuradoria-Geral como o total do produto do faturamento do “quadrilhão do PMDB”, R$194,3 milhões teriam sido pagos em dólares (US$62 milhões) no exterior.
Melhor que governo
Para a PGR, o “quadrilhão do PMDB” agiu de “vontade livre e consciente, de forma estável, profissionalizada, preordenada, com estrutura definida e com repartição de tarefas”. Melhor que o governo.
Pergunta no tribunal
Se Emílio e Marcelo Odebrecht estão mentindo, quando afirmam tê-lo subornado com um pacote de propinas, por que Lula não os processa?
 
NO DIÁRIO DO PODER
Fachin torna preventiva a prisão de Joesley e Saud, que devem ir para Papuda
Sob prisão preventiva, Joesley e Saud devem acabar no presídio

Publicado: quinta-feira, 14 de setembro de 2017 às 21:40
Redação
A prisão temporária de Joesley Batista e seu cúmplice Ricardo Saud, que se encerraria à meia-noite desta quinta-feira (14), foi convertida em prisão preventiva, sem prazo para acabar, por decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Presos na carceragem da Polícia Federal em Brasília, o mais provável agora é que a dupla venha a ser transferida para o presídio da Papuda.
Fachin levou em conta a possibilidade de os executivos destruírem provas e voltarem a cometer crimes. “A aparente prática reiterada de crimes que pesa contra os representados confere plausibilidade ao risco de prática de novos delitos”, escreveu o ministro.
Com a transformação da prisão em preventiva, está descartada a transferência de Joesley para a Policia Federal em São Paulo, onde seu irmão Wesley está preso. Contra Joesley, agora, há dois mandados de prisão preventiva. 
 
Palocci conta que ele mesmo entregou dinheiro sujo de propina a Lula
Remessas eram descontas da conta-propina de Lula na Odebrecht

Publicado: quinta-feira, 14 de setembro de 2017 às 21:20 - Atualizado às 22:34
Redação
O ex-ministro Antonio Palocci entregou pessoalmente maços de dinheiro vivo ao ex-presidente Lula, segundo ele próprio confessou na proposta de delação que negocia com os procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
Palocci conta que ele próprio fazia entrega de pacotes de R$30 mil a R$50mil, mas quando os valores eram superiores a isso, seu braço direito, o sociólogo Branislav Kontic, era encarregado de fazer a entrega.
A revelação é da revista Veja, que teve acesso à proposta de delação apresentada pelo ex-ministro da Fazenda do governo Lula e ex-ministro da Casa Civil do governo Dilma, ambos do PT.
Palocci diz que fez entrega de dinheiro sujo a Lula pelo menos cinco vezes distintas e, segundo relatou, os pacotes de propina eram usados por Lula para bancar despesas particulares.
A entrega de dinheiro em maiores volumes era feito por Branislav no Instituto Lula, em São Paulo. O ex-ministro ressaltou que tanto as pequenas entregas a Lula quanto as grandes eram descontadas da contra-propina que o ex-presidente mantinha na Odebrecht.
 
 PGR invalida acordos de delação premiada de executivos da JBS
Janot defende preservação das provas e confissões da dupla

Publicado: quinta-feira, 14 de setembro de 2017 às 19:03 - Atualizado às 19:30
Redação
Na noite desta quinta-feira (14) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação dos acordos de delação premiada de Joesley Batista, um dos donos da JBS, e de Ricardo Saud, executivo do Grupo J&F.
Sobre a rescisão Janot alegou que “Houve omissão deliberada, por parte dos referidos colaboradores, de fatos ilícitos que deveriam ter sido apresentados por ocasião da assinatura dos acordos”.
Entretanto, o PGR defendeu que as provas obtidas pelos executivos devem ser mantidas. “Havendo rescisão de acordo de colaboração premiada por descumprimento das cláusulas as quais, por exemplo, proíbem a omissão deliberada, a má-fé, o dever de transparência dos colaboradores, perde o colaborador os benefícios auferidos, mas mantêm-se hígidas e válidas as provas já produzidas”. Inclusive a confissão de crimes que ambos fizeram, certamente.
Está mantido, por enquanto o acordo de colaboração do diretor jurídico da J&F, Francisco de Assis, pois o PGR espera por explicações sobre uma investigação de uso de informação privilegiada que envolve a delação.
Rodrigo Janot também solicitou ao ministro Edson Fachin que as prisões de Joesley e Saud sejam alteradas de temporárias para preventivas. 
 
PMDB apoiou o impeachment para tentar barrar a Lava Jato, diz PGR
Peemedebistas acreditavam que Dilma queria prejudicar o partido

Publicado: quinta-feira, 14 de setembro de 2017 às 18:58
Redação
Na denúncia contra o presidente Michel Temer e integrantes do PMDB por formação de uma organização criminosa, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, relaciona a saída do partido da base aliada da ex-presidente Dilma Rousseff ao avanço das operações Lava Jato.
“A crise dentro do núcleo político da organização criminosa aumentava à medida que a Operação Lava Jato avançava, desvendando novos nichos de atuação do grupo criminoso. Nesse cenário, os articuladores do PMDB do Senado Federal, em especial o Senador Romero Jucá, iniciaram uma série de tratativas para impedir que a Operação Lava Jato continuasse a avançaram. Como não lograram êxito em suas tratativas, em 29.03.2016, o PMDB decidiu deixar formalmente a base do governo e, em 17.04.2016, o pedido de abertura de impeachment da Presidente Dilma Rousseff foi aprovado pela Câmara dos Deputados”, escreveu Janot, na denúncia encaminhada nesta tarde ao Supremo Tribunal Federal.
Segundo o procurador-geral, as campanhas eleitorais de 2014 tiveram a maior arrecadação histórica de dinheiro repassado por empresas o que, segundo ele, “certamente é fruto do vasto esquema criminoso montado nos mais diversos órgãos e empresas estatais”. Ele apontou que só o PMDB teve incremento, em 2014, de R$ 122,7 milhões em relação aos valores recebidos em 2010.
“Embora a organização criminosa tenha conhecido o ápice da sua arrecadação de propina no ano de 2014, foi neste ano também que teve início a Operação Lava Jato”, escreveu Janot. O procurador-geral apontou que a princípio a operação era focada na Petrobras, mas verificou-se um “verdadeiro loteamento” entre as diretorias da estatal entre os partidos aliados do governo.
Janot argumenta que em 2015 a relação dos integrantes do PMDB da Câmara com a presidente Dilma Rousseff estava “fortemente abalada”, em razão da exoneração do então ministro Moreira Franco da Secretaria de Aviação Civil. “No meio deste clima de descontentamento, no início de 2015, Eduardo Cunha decidiu não observar o acordo de alternância entre PT e PMDB e lançou-se candidato à Presidência da Câmara dos Deputados numa disputa com o candidato do PT Arlindo Chinaglia. Esse episódio marcou uma virada importante no relacionamento entre os integrantes do núcleo político da organização criminosa do ‘PMDB da Câmara’ e do PT”, escreveu Janot.
Segundo ele, os “caciques do PMDB” achavam em 2015 que o governo “não estava agindo para barrar a Operação Lava Jato em relação aos ‘aliados’ porque queriam que as investigações prejudicassem os peemedebistas”. “Já os integrantes do PT da organização criminosa desconfiavam que aqueles queriam fazer uma manobra política para afastar a então presidente Dilma do poder e assumir o seu lugar”, escreveu Janot. As desconfianças, segundo ele, cresceram em razão da instauração no STF de inquéritos da Lava Jato.
Eduardo Cunha, do PMDB, foi um dos primeiros da lista de inquéritos da Lava Jato instaurada a pedido de Janot que foi denunciado. Para o PGR, o grupo do PMDB avaliava que apenas os inquéritos dos ‘aliados’ e não os de integrantes do PT avançariam. “A tensão originada entre os integrantes do núcleo político da organização criminosa, em especial integrantes que pertenciam ao PT e ao ‘PMDB da Câmara’, ocasionou uma forte crise política”, escreveu Janot, mencionando a carta escrita por Temer, então vice-presidente, a Dilma.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu ao Supremo Tribunal Federal nesta tarde nova denúncia contra o presidente Michel Temer. O peemedebista é acusado agora pelas práticas de organização criminosa e obstrução de justiça. Em junho, Janot ofereceu denúncia contra Temer por corrupção passiva, mas a Câmara dos Deputados barrou a acusação.
Também foram denunciados por organização criminosa os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco; o ex-ministro Geddel Vieira Lima; e os ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures.
Por obstrução de justiça foram denunciados Temer, e os executivos Joesley Batista e Ricardo Saud. (AE)
 
NO BLOG DO JOSIAS
Em férias, Janot não verá o funeral da denúncia   
Por Josias de Souza 
Sexta-feira, 15/09/2017 03:13
A três dias de deixar o posto de procurador-geral da República, Rodrigo Janot festeja, nesta sexta-feira, seu aniversário de 61 anos. A segunda denúncia contra Michel Temer e a “organização criminosa do PMDB” foi, por assim dizer, um presente que Janot se autoconcedeu, para marcar o encerramento de sua gestão.
Embora cheia de vida, a denúncia está jurada de morte. Janot não deve testemunhar o funeral. Na segunda-feira, 18, dia da posse da sucessora Raquel Dodge, o algoz de Temer voará para o exterior, em férias. Não esperará nem pela sessão em que o STF discutirá, na quarta-feira, 20, o curto-circuito da delação da JBS. E não deve retornar ao País antes da votação em que a Câmara lançará evidências vivas na cova. 

Resgate de Temer será pago pelo déficit público
Por Josias de Souza 
Quinta-feira, 14/09/2017 23:15
Começa a ser escrita em Brasília a segunda edição da crônica de um enterro anunciado. Os aliados do governo na Câmara ainda não leram a segunda denúncia de Rodrigo Janot contra Michel Temer. Mas já detestaram a peça. A exemplo do que aconteceu com a primeira, a nova denúncia será sepultada viva no plenário da Câmara. Ficará no freezer até que Temer vire ex-presidente da República.
A conta a ser feita é muito simples: há na Câmara 513 deputados. Para que o Supremo Tribunal Federal fosse autorizado a dar andamento às investigações, seriam necessários 342 votos. Assim, fica fácil para Temer livrar-se de Janot. Atraindo para sua infantaria 172 deputados, ele impede que seus rivais alcancem os 342 votos.
O discurso do governo e dos seus aliados está pronto. Alega-se que a economia se recupera lentamente e não é hora para se preocupar com detalhes insignificantes como uma denúncia por formação de organização criminosa e obstrução de Justiça. No Brasil o limite entre o que deve e o que não deve ser investigado é a capacidade que o presidente tem de descobrir o valor dos seus apoiadores na Câmara. No momento, os deputados estão em liquidação. E a compra será financiada pelo déficit público.

Temer descumpre promessa de afastar denunciados: Padilha e Moreira ficam
Por Josias de Souza 
Quinta-feira, 14/09/2017 20:35
Virou pó o compromisso assumido por Michel Temer de afastar os ministros alvejados por denúncias da Procuradoria-Geral da República. Incluídos na segunda denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) permanecerão nos respectivos cargos. Com isso, Temer rasga uma regra que criara em fevereiro deste ano.
Na época, acossado por notícias que o acusavam de blindar auxiliares tóxicos, Temer criou um sistema de exoneração a prazo: Denunciado, o ministro deixaria o cargo temporariamente, preservando o salário e o escudo do foro privilegiado. Convertido em réu, seria enviado ao olho da rua. Agora, na primeira oportunidade que tem para aplicar seus autocritérios, Temer decidiu dar o dito por não dito. (reveja no vídeo abaixo o pronunciamento que Temer fizera em fevereiro)
https://tv.uol/15ia0
Padilha e Moreira foram incluídos na denúncia de Janot porque uma investigação da Polícia Federal apontou-os como membros da “organização criminosa” formada pelo chamado PMDB da Câmara, grupo 100% feito de correligionários de Temer.
Além do presidente e dos dois ministros, há outros quatro denunciados. Sem mandato, todos estão presos. Encontram-se atrás das grades os ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves. Está em prisão domiciliar o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, o ‘homem da mala’.  
 
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
#SanatórioGeral: Chegou o camburão
Locutor substituto culpa o médico, Deus e a mulher do titular do programa pela dor

Por Augusto Nunes
Quinta-feira, 14 set 2017, 11h46
“Nosso Garotinho até tentou, você viu, até tentou fazer o programa hoje, mas a voz foi embora, e a orientação médica é que ele pare de falar. Agora ele tem que se cuidar. O marido que pertence à Rosinha vai se cuidar para amanhã estar de volta, se Deus quiser, quando estiver bom. Já falei com ele, volta quando estiver bom. Eu cuido aqui do programa com muito carinho”. (Cristiano Santos, radialista, informando que Anthony Garotinho precisou interromper bruscamente o programa que apresenta na Rádio Tupi do Rio de Janeiro por “orientação médica”, novo codinome da viatura da Polícia Federal que chegou para recolher um velho freguês do banco traseiro)
 
NA VEJA.COM
EXCLUSIVO: Palocci admite ter entregue dinheiro vivo a Lula
Ex-ministro entregou pessoalmente ao ex-presidente pacotes de 30 000 reais, 40 000 reais e 50 000 reais

Por Robson Bonin
Quinta-feira, 14 set 2017, 20h47
Na proposta de delação que negocia com os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato, o ex-ministro Antonio Palocci revela em detalhes como se dava a entrega de propina em dinheiro vivo ao ex-presidente Lula. Segundo o ex-ministro, ele próprio era encarregado de fazer pequenas entregas de propina pessoalmente a Lula.
O ex-presidente recebia das mãos de Palocci pacotes de 30.000 reais, 40.000 reais e 50.000 reais. O ex-ministro narra pelo menos cinco episódios em que entregou dinheiro sujo diretamente a Lula. Segundo Palocci, os pacotes de propina eram usados por Lula para bancar despesas particulares.
O ex-ministro também detalha entregas de dinheiro sujo em quantias maiores. Segundo Palocci, quando o pedido de Lula envolvia cifras mais elevadas, o encarregado de fazer o transporte dos recursos era o sociólogo Branislav Kontic. Espécie de “faz-tudo” do ex-ministro, Branislav levava as remessas de dinheiro ao Instituto Lula, em São Paulo.
Tanto as pequenas entregas de Palocci a Lula quanto as grandes remessas transportadas por Branislav eram descontadas da contra-propina que Lula mantinha com a Odebrecht
(Leia esta reportagem na íntegra assinando o site de VEJA ou compre a edição desta semana para iOS e Android).
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Fachin vai esperar STF antes de enviar à Câmara denúncia de Janot
Ministro atende defesa do presidente Michel Temer (PMDB) e vai esperar até quarta-feira (20) quando o plenário da Corte deve decidir sobre delação da JBS

Por Da Redação
Quinta-feira, 14 set 2017, 22h45
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu acolher o pedido feito pelo presidente da República, Michel Temer (PMDB), e decidiu, na noite desta quinta-feira, que irá aguardar a reunião do plenário da Corte, na quarta-feira (20) para enviar à Câmara a denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
No despacho proferido no inquérito 4327, Fachin argumenta que, ainda que “o procedimento previsto pela Constituição Federal seja o envio da denúncia contra o presidente para apreciação da Câmara dos Deputados, pende julgamento de questão de ordem sobre a possibilidade de sustar esse encaminhamento”.
Em uma questão de ordem suscitada em outro inquérito contra Temer, o 4483, o STF ainda discute pedido da defesa do presidente sobre a suspensão do envio da denúncia à Câmara, tendo em vista a possibilidade de rescisão do acordo de colaboração premiada celebrado com executivos da JBS. O julgamento teve início na quarta-feira (13), com apresentação do relatório e sustentações orais, e deverá ser retomado no dia 20.
De acordo com Fachin, a questão de ordem não possui formalmente efeito suspensivo, portanto em princípio não impediria o envio da denúncia à Câmara. “Mesmo assim, em homenagem à colegialidade e à segurança jurídica, emerge razoável e recomendável aguardar o julgamento da citada questão de ordem, previsto para o dia 20 de setembro próximo”, diz.
Veja aqui a íntegra da decisão de Fachin.  
 
 
NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 14 de setembro de 2017
O verdadeiro Lula ataca novamente, e Temer aguarda a hora da verdade com flechada final de Janot
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
“Eu jamais mentiria para vocês. Prefiro a morte do que passar para a História como mentiroso”. Esta foi a mais espetacular frase de Luiz Inácio Lula da Silva no comício realizado ontem, no centro de Curitiba, logo após o depoimento ao juiz Sérgio Moro. Alvo de nove denúncias do Ministério Público Federal, e já condenado em uma delas em primeira instância, Lula voltou a insistir que disputará o Palácio do Planalto em 2018: “Se eles estão com medo de que eu possa voltar a me candidatar, é bom eles terem medo porque eu vou provar que a gente vai consertar este País”.
O mais curioso da festinha curitibana de Lula é um fato dificilmente perceptível pela análise midiática convencional. A maior parte da infraestrutura do ato público para uma mini plateia de 3 mil seguidores profissionais foi fornecida pela Copel – a companhia estatal de energia paranaense. Qual teria sido o motivo da cortesia fornecida pelo governo do Estado comandado pelo PSDB? Teria sido um gesto de solidariedade a Lula do governador Beto Richa – um tucano que é alvo de várias suspeitas de corrupção, incluindo o crime hediondo de mal uso dos recursos para a merenda das crianças? Mistério...
Sentado pela segunda vez na 13ª Vara do Moro, Lula foi patético na vã tentativa de desqualificar as denúncias de Antônio Palocci Filho contra o PT e seu líder máximo: “Ouvi atentamente o depoimento do Palocci, uma coisa quase que cinematográfica, quase que feita por um roteirista da Globo. 'Você vai dizer tal coisa, os lides são estes'. Prepararam alguns lides para ele dizer, e ele foi dizendo, falando, lendo alguma coisa. Eu conheço o Palocci bem. Se o Palocci se não fosse um ser humano, ele seria um simulador. Ele é tão esperto que é capaz de simular uma mentira mais verdadeira que a verdade. É médico: calculista e frio”.
Por falar em frio e calculista, o Rodrigo Janot lança hoje a sua flechada final contra Michel Temer e o PMDB. Animado porque o Supremo Tribunal Federal, por unanimidade de nove votos, negou a suspeição do Procurador-geral de saideira para processar o Presidente da República, Janot fará nova denúncia contra Temer por crimes de organização criminosa e obstrução da Justiça. A cúpula do PMDB também será atingida pela flechada derradeira. As flechas são a delação premiada do doleiro Lúcio Bolonha Funaro. Mas a “colaboração” questionada da J&F também poderá servir de munição, já que o STF resolveu adiar, para semana que vem, o julgamento sobre a validade do uso das delações.
Ontem, na goleada de 9 a zero contra Temer, o decano ministro Celso de Mello chamou atenção para dois fatos importantíssimos. Primeiro que a Constituição Federal garante a presunção da inocência até o trânsito em julgado de todos os recursos de uma ação penal – o que pode indicar uma tendência do STF em modificar o entendimento sobre a autorização para prisão após sentença de órgão colegiado em segunda instância (que é inconstitucional). Segundo, Celso Mello ressaltou que “colaborações premiadas” não são provas, mas instrumentos para buscar provas, o que pode abrir uma brecha para salvar, futuramente, a pele de muitos corruptos profissionais do setor público brasileiro...
Como será que o polêmico Gilmar Mendes votará em tal questão? Ontem, ele resolveu não aparecer para votar a arguição de suspeita contra Janot feita pela defesa de Temer. O motivo da ausência não ficou claro... O certo é que, segunda-feira que vem, Gilmar se livra do desafeto, com a posse de Rachel Dodge no comando da PGR. Gilmar foi um dos ardorosos defensores da escolha de Dodge por Michel Temer... Mas isto quer dizer nada. Não será fácil para Dodge interromper o ritmo de “flechadas” contra corruptos, pois ainda há muita coisa para apurar e denunciar nas lava jatos da vida.
O relevante é que a hora da verdade se aproxima no Brasil. De tanto levar flechada do operador, o peito de Temer parece sabe o quê? Que ele é um Presidente da República desmoralizado e que pode ser descartado, assim que o Congresso cumprir a promessas das reformas que os deuses do mercado tanto desejam. A coisa segue em ritmo de incerteza... Por isso, não vai ser fácil Temer resistir... A não ser que Rachel Dodge puxe o freio – o que maioria da sociedade brasileira não deseja que aconteça...
A única coisa certa é que a guerra de todos contra todos continua e tende a se agravar... Quem vai sobreviver? Lula, Temer & Cia tentarão o milagre... A maioria do povo brasileiro está perdendo a paciência... E a História recomenda que nunca é bom brincar com o fogo da insatisfação popular em ritmo de revolta... As precondições para a inédita Intervenção Institucional vão amadurecendo... Os "Geddeis" da vida que se cuidem...
(...)

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