PRIMEIRA EDIÇÃO DE 21-8-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO  
SEGUNDA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2017
O número de sindicatos no Brasil passou dos 17,2 mil este ano, no governo Michel Temer. Em setembro de 2015, antes do impeachment de Dilma, o total já era impressionante: 15,9 mil entidades. Quando Lula foi reeleito, o Brasil virou campeão no número de sindicatos, com mais de 90% do total mundial. Foi autorizada a criação de 9.382 sindicatos em 2006, mais da metade dos 17.289 de hoje.
O Ministério do Trabalho confirmou terem sido autorizadas as criações de 112 novos sindicatos, de um total de 391 solicitações só este ano.
São 11.867 sindicatos de trabalhadores, 5.408 de empregadores, sem contar federações, centrais, associações, conselhos de classe etc.
A África do Sul e Estados Unidos têm cerca de 190 sindicatos; Reino Unido, 168, Dinamarca, 164 e a Argentina, apenas 91.
Os sindicatos brasileiros tiraram compulsoriamente de trabalhadores e empregadores brasileiros mais de R$ 3,5 bilhões, apenas em 2016.
A conta do fundão eleitoral de R$ 3,6 bilhões, costurado por políticos no Congresso para bancar as campanhas do ano que vem, será paga pelos trabalhadores mais pobres. O valor estipulado para o fundo público de campanha é exatamente o mesmo que será “economizado” com o corte no valor do salário mínimo previsto para 2018 na Lei de Diretrizes Orçamentárias e anunciado semana passada pelo governo.
O governo reduziu o valor do salário mínimo de 2018 de R$ 979 para R$ 969. Esses R$10,00 a menos serão a garantia de campanhas ricas.
Em vez de fundo eleitoral, os R$ 3,6 bilhões poderiam ser usados pelo governo para construir 65 hospitais bem equipados para a população.
Após a proibição da doação empresarial, o fundão com dinheiro público é o único ponto de consenso no Congresso sobre a reforma política.
Teve gente que passou o fim de semana deletando declarações de apoio de Cândido Vaccarezza, nas eleições municipais de 2016. Em São Paulo, ele pediu votos para Celso Russomano (PR).
O governo federal é uma das maiores imobiliárias do País, com 2.659 imóveis. O Ministério das Relações Exteriores tem 983, até pelas embaixadas e os consulados, mundo afora.
Relator do projeto que prevê a demissão de servidores incompetentes, o senador Lasier Martins (PSD-RS) parece ter predileção pelas corporações que, claro, são contra. Deveria dar ouvidos à população.
A empresa pública TERRACAP, do governo do DF, ficou muito fragilizada, porque teve de bancar os R$2 bilhões do custo de construção do estádio Mané Garrincha. Hoje a Terracap vende patrimônio para pagar despesas, inclusive a folha salarial de mais de R$300 milhões este ano.
A Câmara dos Deputados agendou sessões de debates, as chamadas não deliberativas, para esta segunda às 14h e sexta às 9h. Como quem falta às sessões não tem o salário cortado, não há com quem debater.
A caravana de Lula, o réu e condenado na Lava Jato, pelo Nordeste pretende visitar 23 cidades entre a Bahia e o Maranhão, até 5 de setembro. Ele aposta que a “pressão popular” o livrará da cadeia.
O chefe da Casa Civil do governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), Sérgio Sampaio, avalia que somente após uns três governos “muito austeros” o Distrito Federal poderá equilibrar suas contas.
Mais bem pagos do País, os 24 deputados distritais (DF) custam R$ 73,2 milhões ao ano. O valor supera os R$ 71,4 milhões gastos pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina, que tem 40 deputados.
Após deixar o PT para se filiar ao Avante, Vacarezza desabafou: “Estamos revoltados com a política...”. Imagine o povo, excelência.

NO DIÁRIO DO PODER
JBS OBTEVE MAIOR PARTE
FRIGORÍFICOS LEVARAM 80% DAS VERBAS EXTERNAS DO BNDES
TURMA DE JOESLEY LEVOU MAIS DA METADE DOS R$ 11,7 BILHÕES
Publicado no domingo, 20 de agosto de 2017 às 13:03 - Atualizado às 22:17
Redação
Dos quase R$ 14,5 bilhões liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para internacionalização de empresas brasileiras, de 2005 até 2017, R$ 11,7 bilhões – 80% do total – foram para os frigoríficos. Os dados são do próprio banco, principal instituição de fomento das empresas brasileiras. O levantamento foi feito pela área técnica do banco, a pedido do jornal O Estado de São Paulo, por meio da Lei Acesso à Informação.
Ainda segundo o levantamento, no total, o banco contribuiu com a internacionalização de 16 empresas de setores como bebidas, petroquímica, mineração, mas apenas uma delas, a JBS, ficou com mais da metade dos recursos durante o governo do PT, no que se refere a ganhar o mercado internacional.
Somando financiamento, aportes via debêntures e ações, a JBS recebeu 56% de tudo que o sistema BNDES investiu ao longo de uma década em favor de todas as empresas que se lançaram na internacionalização de suas operações.
Segundo o Estadão, o levantamento considerou operações via Finem, uma modalidade de financiamento, e do BNDESPar, braço do banco que compra participações nas empresas. Há uma importante diferença entre as modalidades. Compras de participações equivalem a ganhar um “sócio capitalista”, que coloca dinheiro no negócio e fica esperando a empresa crescer para poder vender sua fatia com lucro – ou prejuízo, se o investimento der errado.
BNDESPar
A concentração de recursos no caso do BNDESPar chama a atenção. A partir de 2007, ele praticamente se dedicou à internacionalização do setor de carnes. Dos R$ 12,7 bilhões que investiu na globalização de empresas nacionais, R$ 11,5 bilhões – 90% do total – ficaram com três empresas da área. O destaque foi a JBS. A empresa recebeu R$ 5,5 bilhões. Se for levado em consideração que o banco injetara R$ 2,5 bilhões na internacionalização do frigorífico Bertin, comprado pela JBS, a empresa da família Batista acabou ficando com 63% dos aportes do BNDESPar voltados à globalização das empresas brasileiras no período. A cifra soma R$ 8 bilhões.
Polêmicas
A forma como foram feitos os investimentos nos frigoríficos, em particular na JBS, sempre foi fonte de polêmicas. Soava como favorecimento. Consolidou-se a percepção de que o governo petista adotara a política de injetar recursos para a criação de conglomerados globais brasileiros, apelidados de “campeões nacionais”.
A delação do próprio empresário Joesley Batista adicionou um novo componente à discussão. Joesley contou ter pago caro pelo dinheiro do BNDES – e não se referia aos juros, que estavam entre os mais convidativos do mercado na época. A pedido de Guido Mantega, ex-presidente do banco e ex-ministro da Fazenda, contou ter desviado 4% dos recursos liberados pelo BNDES para o PT. Mas Joesley isenta o banco e seus funcionários. Garante que o “por fora” foi acertado só com Mantega.
O Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal tentam estabelecer uma relação mais ampla entre as quantias destinadas à JBS e o pagamento de propinas. As autoridades contabilizam que o BNDES liberou R$ 20 bilhões ao grupo dos Batistas. Investigam em particular os R$ 8 bilhões que o BNDESPar injetou na JBS e os R$ 180 milhões que a empresa obteve por meio do Finem.

'ROXINHO'
SUPREMO DÁ MAIS 60 DIAS PARA INVESTIGAÇÃO SOBRE R$ 800 MIL DA ODEBRECHT A COLLOR
SENADOR TERIA RECEBIDO PROPINA POR APOIO À PRIVATIZAÇÃO DOS ESGOTOS DE ALAGOAS
Publicado no domingo, 20 de agosto de 2017 às 16:23
Redação
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux esticou em mais 60 dias o prazo para a Polícia Federal concluir as investigações sobre suposto repasse de R$ 800 mil da Odebrecht Ambiental ao senador Fernando Collor (PTC/AL), em 2010. Neste caso, o parlamentar foi delatado por executivos da empresa de saneamento da maior construtora do País, que disseram pagar os valores ao senador em troca de apoio à privatização dos esgotos de Alagoas.
A decisão de Fux foi tomada no dia 14. “Na sequência, tendo em vista que o procurador-geral da República manifestou-se favoravelmente ao pedido de dilação do prazo para conclusão das diligências, encaminhem-se os autos à Policia Federal, pelo prazo de 60 dias”, anotou Fux.
Roxinho 
O ex-presidente Fernando Collor de Mello – ‘roxinho’ na lista da Odebrecht, em razão da célebre frase ‘eu tenho aquilo roxo’, proferida nos anos 1990 – teria sido beneficiário de caixa dois da Odebrecht Ambiental em razão do lobby pela privatização do saneamento de Alagoas, segundo o ex-presidente da empresa de saneamento do Grupo. Os valores teriam sido operacionalizados entre os executivos e o primo do senador, Euclydes Mello, de acordo com a delação da empreiteira.
Fux é o relator do caso desde o dia 10 de agosto, após a presidente do STF, Cármen Lúcia, decidir que os fatos narrados pelos colaboradores da construtora não estão relacionados com a operação Lava Jato, que apura desvios na Petrobras e outras estatais.
Esgoto da Odebrecht 
Em 2009, a maior construtora do País tinha em seus planos pleitear a concessão à iniciativa privada do sistema de saneamento do estado de Alagoas, de acordo com o ex-presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis.
“O investimento era chamado Sistema Adutor do Agreste, que tinha como objeto o abastecimento de água aos municípios de Arapiraca, Coité do Nóia, Igaci e Craíbas dos Nunes e a Mineração Vale Verde. Chegamos a participar de um processo público de Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) e apresentamos estudo de viabilidade em setembro de 2009. Em duas ou três visitas à Maceió, percebi que havia no estado uma enorme oportunidade para investimentos privados no setor de saneamento, que tem os piores índices de cobertura do Brasil, chegando até a estudar a privatização da Companhia Estadual Casal”, afirmou o executivo Fernando Reis.
A fim de viabilizar o projeto, os representantes da empreiteira disseram se reunir com o ex-presidente no aniversário dele, em seu apartamento pessoal.
No encontro, estavam os executivos Alexandre Barradas, Fernando Reis, Euclydes Mello e Fernando Collor.
Após ouvir a proposta de privatização da Companhia Alagoana de Saneamento, Collor disse que era favorável à iniciativa privada e chegou a afirmar que queria que a Odebrecht ‘fizesse obras’. Na mesma reunião, ficou definido o repasse, via caixa dois.
Segundo o ex-executivo da Odebrecht, Alexandre Barradas, Collor foi “propositivo”.
“Quero que você faça as obras”, teria dito. “E nós: ‘senador, nós não fazemos obras. Nosso negócio é investimento, é gestão. Inclusive quem faz a obra não somos nós. Nós contratamos as obras’. E ele: ‘Quero, quero, quero. Preciso ganhar’”, relatou Barradas. (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES 
No Princípio Era o Verbo (não a verba)
Só para nossos parlamentares é que a primeira preocupação é a verba. E a segunda é o foro privilegiado
Por Deonísio da Silva (De Onde Vêm as Palavras)
Domingo, 20 ago 2017, 11h27
(Reprodução/Reprodução)

“Quem não fez hoje, amanhã também não faz, um dia é muito”, diz o empresário ao poeta no Fausto, obra dramática do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, referência das letras alemãs e da Literatura Universal.
Mas quando começar? No princípio. E o princípio é quando? Estas dúvidas não impedem a certeza de que tudo começa com o Verbo, não com a verba.
Faz dois milênios que a frase “no princípio era o Verbo” tomou conta do mundo. Escrita originalmente em Grego, chegou ao Português depois de uma escala no Latim, Língua igualmente rica de significados e precisa em suas definições, mas incapaz de expressar numa palavra só o complexo semântico do “lógos“, categoria filosófica de raro vigor.
Até o grandioso Goethe, depois de inseri-la no seu Fausto, fez com que o personagem duvidasse de que a palavra alemã “Wort” seria boa tradução para o Grego “lógos”, muito mais densa e sutil do que o Latim “verbum”, conforme assinalou em indispensável nota de pé de página o professor português Frederico Lourenço ao traduzir o Evangelho Segundo João.
Para muitos parlamentares brasileiros, entretanto, não existe Verbo ou pelo menos eles não lhe dão importância nenhuma. Na verdade, estão interessados na verba. E também para seus adeptos ou deles dependentes em regime de condomínio, a falta de verba, não o Verbo, tornou-se desculpa, mas evidentemente não argumento, para tudo.
Só para nossos parlamentares é que a primeira preocupação é a verba. E a segunda é o foro privilegiado, em razão do modo como operam a primeira. Afinal, aprenderam o que acontece aos passarinhos que comem pedra.
Precisamos restaurar o costume de dar às coisas os nomes que as coisas têm. Isto é, privilegiar o Verbo. Não há verba que resolva a erva daninha que hoje grassa como praga nos pastos da República, que é a incapacidade de usar o Verbo. Nem a conclusão do curso superior, dependendo onde ele fez o curso, dá a garantia de que o brasileiro tenha aprendido ao escrever. Quanto ao ensino médio, faz tempo que não ensina nem a ler nem a escrever.
Isto é, nossa próxima bandeira educacional será restaurar os poderes do Verbo e chegar pelo menos ao trívio, dominando a Lógica, a Gramática e a Retórica, para chegar pelo menos à Idade Média.
Sem o uso adequado e competente do Verbo, iremos de volta às cavernas. Podemos nos comunicar com emoticons e grunhidos, mas escrever obras como o Fausto ou a Bíblia, não!

NO BLOG DO JOSIAS
PSDB é ninho de víboras, não mais de tucanos
Josias de Souza
Segunda-feira, 21/08/2017 05:02
O PSDB sempre foi uma agremiação de amigos 100% feita de inimigos. Mas o ninho já não é o mesmo. Virou um serpentário. Antes, eram tucanos trocando bicadas. Agora, são víboras que se envenenam entre si. Por mais que divergissem, os tucanos acabavam deslocando sua massa na correnteza e esperneando da mesma maneira. Na atual fase viperina, porém, a viscosidade da secreção venenosa indica que a coisa pode acabar num sinistro afogamento coletivo.
Parceiros de escândalo, Aécio Neves e Michel Temer viraram a sombra um do outro. Só na semana passada, encontraram-se três vezes. Em nota divulgada neste domingo, o diretório do PSDB paulistano escreveu que Aécio, afastado da presidência do partido, provoca “desconforto e embaraços”, pois apenas Tasso Jereissati está autorizado a falar pela legenda como seu presidente interino.
Signatário da nota, o vereador Mario Covas Neto, que preside o PSDB na cidade de São Paulo, caprichou na peçonha: ''Prove sua inocência, senador, e aí sim retorne ao partido'', escreveu, jogando no ventilador o autogrampo de Joesley Batista, no qual a voz de Aécio soa pedindo R$ 2 milhões — repassados posteriormente pela JBS em malas e mochilas.
As víboras paulistanas suspeitam que Aécio tricota com Temer para armar uma emboscada contra Tasso. Temer plugou-se no Twitter para desmentir. Disse ter conversado com Aécio sobre usinas hidrelétricas da Cemig, que a União cogita levar ao martelo. “Senadores tratam dos assuntos de interesse de seu Estado. Nada mais normal”, escreveu Temer. “Teorias da conspiração são assunto de quem não tem o que fazer.''
Em outra nota, Aécio ecoou a versão de Temer sobre a Cemig. Expressou-se como se ainda estivesse no volante, não no banco do carona de uma legenda pilotada por Tasso: ''O PSDB tem responsabilidade para com a estabilidade política e a recuperação econômica do País, o que torna natural que lideranças do partido tenham conversas com o presidente e membros do governo. Estranho seria se isso não ocorresse.''
Quando tudo já parecia bem confuso, o presidente PSDB no Estado de São Paulo, Pedro Tobias, atravessou no noticiário uma nota em que diverge parcialmente de Covas Neto, o mandachuva do tucanato na capital paulista. Embora também não enxergue em Aécio autoridade para falar pelo PSDB, Tobias sustenta que, “como senador eleito por Minas Gerais”, ele “tem o dever de exercer na plenitude o seu mandato.”
Com tanta nota voando, o deputado Domingos Sávio, que preside o PSDB de Minas Gerais, também deu asas a um texto. Nele, chamou de “lamentável oportunismo” o ataque de Covas Neto. Em vez de defender Aécio, usou o veneno do agressor como antídoto. Sávio tachou o neto de Mario Covas de figura “pouco expressiva”. Realçou que ele já foi alvejado por “acusações extremamente graves.” Pendurou um ponto de interrogação no pescoço do seu alvo sem esmiuçar as “acusações.”
A gincana de notas torna mais densa a crise inaugurada na semana passada, com a veiculação da propaganda partidária na qual o PSDB fez uma “autocrítica” mal recebida pela banda governista do serpentário. Em 2014, quando Aécio Neves bateu na trave na vitória apertada de Dilma Rousseff, o tucanato julgava-se fadado a retornar à Presidência da República. Os tucanos não imaginavam naquela época que seriam governo antes de 2018, com Temer no comando e a Lava Jato nos calcanhares de vidro de Aécio, Geraldo Alckmin e José Serra.
Em apuros, o serpentário revela-se capaz de quase tudo, menos de articular meia dúzia de propostas para retirar o País do buraco em que se encontra. Dividido em duas grandes alas — uma ávida por redescobrir o gosto pelo fisiologismo e outra receosa de perder a castidade presumida —, o PSDB parece condenado à separação. Um grupo deve ficar com o PMDB de Temer e com a má fama do Aécio. O outro, com a certidão de nascimento social-democrata e com o FHC. Que as víboras governistas só poderão visitar uma vez por mês.


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