TERCEIRA EDIÇÃO DE 05-7-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
No vídeo, Lula garante que Geddel é um exemplo a seguir
Caso se reencontrem no mesmo pátio de cadeia, o ex-presidente e seu ex-ministro saberão que são ligados por laços indissolúveis
Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 05 jul 2017, 13h53 - Publicado em 5 jul 2017, 13h52

lula-e-geddel (Reprodução/Reprodução)
'Preso ex-ministro de Temer', noticiaram os grandes jornais nesta terça-feira, 04. A informação é incompleta: Geddel Vieira Lima foi ministro-chefe da Secretaria de Governo do atual presidente, mas também foi ministro da Integração Nacional do governo Lula, entre 2007 e 2010, e vice-presidente da Caixa Econômica Federal de março de 2011 a dezembro de 2013, quando a presidente era Dilma Rousseff. Mais: a transferência para a gaiola ocorreu com o amigo Michel Temer alojado no Planalto. Mas as bandalheiras descobertas pela Polícia Federal foram praticadas no cargo que Geddel ganhou da amiga Dilma por ordem do amigo Lula, um entusiasta dos dotes administrativos do político baiano cuja gula por dinheiro lhe valeu o apelido de Jacaré.
Em 2010, ao saber que Geddel deixaria o primeiro escalão para ser surrado na disputa pelo governo da Bahia, Lula lamentou em vários comícios a perda irreparável. O vídeo (no link ) registra um dos momentos da cerimônia do adeus a um servidor da Nação. “Você foi um cumpridor de tarefa extraordinário”, derrama-se o orador de olhos postos no ministro que se vai. “E isso eu tenho ouvido não apenas da minha boca, que viajo com você, mas da companheira Dilma, que conviveu contigo”. Enquanto o motivo da choradeira retórica capricha na pose de estadista sertanejo, Lula contempla a plateia amestrada e segue em frente. “Eu disse ao Geddel outro dia: é uma pena que você deixa o governo, você poderia continuar no governo (…) pela grandeza do teu trabalho".
Não era pouca coisa. Mas não era tudo, informou a continuação do espetáculo da pieguice demagógica. “Eu acho que o Temer deveria pegar os deputados aqui, de todos os partidos, e levar pra ver algumas obras que estão acontecendo no Nordeste brasileiro, pra saber o que que tá acontecendo no Nordeste brasileiro”, viaja na redundância. Todas as obras tinham como parteiros o presidente e o ministro. Por exemplo, a transposição das águas do Rio São Francisco. “O canal da integração é uma obra que vocês vão perceber por que que Dom Pedro II queria fazer essa obra em 1847, e eu espero que até 2012 a gente conclua ela inteira. Então, Geddel, meus agradecimentos por todo o teu trabalho nesses três anos e meio de governo”.
Passados mais de sete anos, a promessa não desceu do palanque, o ministro insubstituível está na cadeia e o falastrão fantasiado de Pedro III tem sucessivos pesadelos que misturam celas, grades, catres e camburões com placas de Curitiba. Separados politicamente pelo impeachment, os dois prontuários ambulantes continuam atados por laços indissolúveis. Lutaram juntos pela institucionalização da corrupção impune, assaltaram juntos milhares de cofres públicos, conviveram fraternalmente na organização criminosa disfarçada de aliança partidária. Caso se reencontrem no mesmo pátio de presídio, Lula e Geddel imediatamente entenderão que nasceram um para o outro.
NA VEJA.COM
Cade autoriza e Lava-Jato abre frente em obra monumental no Rio
Acordo fechado nesta quarta, 05
Por Ernesto Neves
Quarta-feira, 05 jul 2017, 14h13 - Publicado em 5 jul 2017, 13h27
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou, nesta quarta (5), acordo de leniência da OAS para investigar as obras do Arco Metropolitano do Rio.
A colaboração da empreiteira resultou em inquérito que irá se debruçar sobre pelo menos 31 empresas. Elas teriam formado cartel para as obras de construção e manutenção da rodovia.
Entre as empreiteiras sob investigação do Ministério Público Federal estão Delta, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão.
Segundo o material entregue pela OAS, as violações consistiram em acordo para fixação de preços, vantagens indevidas, acordos de divisão de mercado entre concorrentes, subcontratação e compartilhamento de informações com a finalidade de frustrar a competição nas licitações.
Como punição, as empresas podem sofrer multas de até 20% do seu faturamento e pessoas físicas envolvidas no esquema terão de pagar multas de até R$ 2 bilhões.
O projeto do Arco Metropolitano tem cerca de 140 km de extensão. O trecho já implantado, de 70 km, custou R$ 2,1 bilhões.
NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 05 de julho de 2017
O maçom Zveiter será fatal para o ex-maçom Temer?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O maçom “adormecido” Michel Temer não confia na escolha do maçom ativo Sérgio Zveiter para ser o relator, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, da inédita denúncia, por corrupção passiva, feita pelo Procurador-Geral da República contra o Presidente da República?
Deputado estadual pelo mesmo PMDB de Temer no Rio de Janeiro, advogado e ex-presidente da OAB no Rio de Janeiro, o “irmão” Zveiter causa desconfiança no Palácio do Planalto porque se votou contra o impeachment de Dilma e, agora, se define como “independente”, apesar de peemedebista.
A defesa de Michel Temer entrega logo mais a defesa dele. Temer tem feito uma maratona de reuniões com parlamentares. O objetivo é barrar a denúncia de Rodrigo Janot. Ontem, Temer tricotou com vários membros da CCJ, que avaliará o caso antes de a denúncia seguir para votação no plenário da Câmara. Imagina o teor “republicano” dos conchavos...
Enquanto trabalha para que o Executivo faça a cooptação do Legislativo, o pavor imediato de Temer é que o Ministério Público e o Judiciário façam alguma coisa contra alguns de seus homens de confiança: Moreira Franco e Eliseu Padilha – investigados na Lava Jato. Novos delatores premiados estão prontos para detonar a turma do Presidente.
Enquanto se implode o presidencialismo de coalizão e colisão, o Brasil se apavora com a explosão de violência - perigoso reflexo da injustiça e da impunidade viabilizadas pelo regramento excessivo de um modelo estatal acostumado a tutelar e explorar a sociedade. É fundamental observar o que acontece em grandes centros urbanos, especialmente o paradigma da degradação institucional: o Rio de Janeiro.
Vale prestar atenção no relato do publicitário Zeca Borges, gestor do importantíssimo “Disque Denúncia”, sobre as notícias mais recentes da guerra no balneário mais famoso do Brasil. O fenômeno no território administrado pelo padrão Sérgio Cabral é recorrente no resto do Brasil sob refém do Crime Institucionalizado. Nada anormal no País em que um mesmo ministro do Supremo mantém presa uma mulher que roubou uns frascos de detergente, mas que ordena a soltura do homem da mala com R$ 500 mil em propinas. Vamos ao alerta do Zeca Borges, nos três próximos parágrafos:
“Após o racha entre o PCC e o CV ocorrido em 2015, lideranças do PCC passaram a aliciar traficantes da ADA e do TCP, para que estas duas facções se unissem a eles com o objetivo de reaver comunidades que foram tomadas pelo CV. E também de outras que sejam consideradas estratégicas para a nova facção denominada TCA (Terceiro Comando dos Amigos, criada após a união de TCP e ADA)”.
“Relatos anônimos cadastrados no Disque-Denúncia revelam a presença de traficantes do PCC na Rocinha, no Caju e na Pedreira, que são controladas pela ADA. Na Vila do João e na Vila dos Pinheiros, controladas do TCP, também existIria a presença de traficantes do PCC”.
”PCC e TCA parecem ter dado o primeiro recado de que o início dos ataques em comunidades controladas pelo CV ocorresse na Maré. No início da noite de ontem, traficantes da Vila do João e Vila dos Pinheiros, controladas pelo TCP, atacaram a da Nova Holanda, controlada pelo Comando Vermelho.
(Obs.: No Complexo da Maré, as duas comunidades controladas pelo CV são Nova Holanda e Parque União. Todas as outras são controladas pelo TCP e pela ADA.)”.
Resumindo: As facções criminosas tocam o terror muito além de Brasília... E tudo fica melhor para elas, já que Michel Temer corta a verba da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal – crime que nem a petelândia ousou cometer...
(...)
NO O ANTAGONISTA
Olha a foto!
Brasil Quarta-feira, 05.07.17 14:38
A coluna de Lauro Jardim diz que "é tenso o clima no Itamaraty com a viagem de Michel Temer para a Alemanha, para participar do G-20". O temor é de que o presidente passe por constrangimentos, como na Noruega.
Um diplomata da cúpula do Itamaraty questionou: "Quem vai querer aparecer na foto com o Temer?"
PEC que muda escolha dos ministros do STF passa pela CCJ
Brasil 05.07.17 14:25
A CCJ do Senado aprovou hoje aquela PEC que muda a forma de escolha dos ministros do STF.
Entre as propostas, destaque para o mandato fixo de 10 anos, com proibição de recondução ao cargo. Os nomes seriam escolhidos a partir de listas tríplices.
Com a aprovação no colegiado, agora Eunício Oliveira pode pautar a PEC em plenário quando quiser.
"Mapa Afasta Temer"
Brasil 05.07.17 14:19
O 'Vem Pra Rua' lançará às 17h de hoje o "Mapa Afasta Temer", com acompanhamento diário do posicionamento dos deputados sobre a admissibilidade da denúncia contra o presidente por corrupção passiva.
Exclusivo: Os repasses da JBS para Palocci
Brasil 05.07.17 13:39
Joesley Batista também entregou à Polícia Federal planilha com os pagamentos feitos ao ex-ministro Antonio Palocci, entre dezembro de 2008 e junho de 2010. Foram R$ 2,1 milhões em consultorias.
Em sua delação, Joesley disse que contratou Palocci para lhe ensinar sobre política e fazer avaliações de mercado, identificando oportunidades de investimento para o grupo JBS.
O delator garantiu que não houve ilegalidade na atuação de Palocci e que os serviços foram prestados. Rodrigo Janot acreditou.
"Esquema amazônico de corrupção"
Brasil 05.07.17 12:47
Do desembargador João Pedro Gebran Neto, ao manter Antonio Palocci na cadeia:
"As diversas fases da Operação Lava Jato já revelaram um quadro perturbador de corrupção sistêmica, envolvendo diretores da maior estatal nacional, detentores de mandatos eletivos e empresas e contratos de fachada, esquema este organizado, em sua essência, para pagamento de propinas. Neste esquema amazônico de corrupção, diante do envolvimento de centenas de investigados e denunciados, certamente a quantidade de medidas cautelares restritivas de liberdade – em números absolutos – talvez impressione, contudo mostra-se bastante proporcional ao contexto investigado."
Exclusivo: Os repasses da JBS para Guido Mantega
Brasil 05.07.17 12:39
Joesley Batista contou em sua delação que entrou no BNDES via Victor Sandri, amigão de Guido Mantega, a quem pagava um mensalinho de R$ 50 mil para intermediar interesses do grupo JBS.
Para confirmar o que disse, o delator entregou à Polícia Federal a planilha abaixo com os registros dos pagamentos feitos entre fevereiro de 2007 e fevereiro de 2009, num total de R$ 5,4 milhões, à Gran Tornese Administração - empresa de Sandri.
Em 2008 e 2009, a JBS remunerou Sandri pelo "sucesso" na liberação de aportes bilionários do BNDES. Foram R$ 4,2 milhões - duas parcelas de R$ 1,69 milhão num ano e outra de R$ 840 mil no ano seguinte.
Segundo Joesley, a propina foi dividida com Guido Mantega e o advogado Gonçalo Sá, que apresentou Sandri ao dono da JBS. A PF ainda não recebeu as provas da propina de Lula.

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