SEGUNDA EDIÇÃO DE 07-7-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Contendo a Sangria
POR MERVAL PEREIRA
Sexta-feira, 07/07/2017 06:30
Pode ter sido uma decisão “de caráter exclusivamente operacional” a desmobilização da força-tarefa da Polícia Federal, incorporada pela Superintendência da PF no Paraná, mas não é possível aceitá-la sem um mínimo de desconfiança.
Mesmo porque não faz o menor sentido a informação do Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no Estado, de que "a nossa demanda hoje de procedimentos em andamento é bem menor do que no ano passado".
Como ressaltaram os Procuradores da Lava Jato em Curitiba, depois das delações dos executivos da Odebrecht naturalmente aumentaram as necessidades de investigação. Além disso, “há farto material ainda não periciado”, resultado de 844 buscas e apreensões em 41 fases. Para se ter uma idéia do volume, só na primeira fase foram 80 mil documentos.
Embora já tenham sido recuperados mais de R$ 10 bilhões, diz a nota do Ministério Público em Curitiba, “há um potencial de muitos outros bilhões, se os esforços de investigação prosseguirem."
Mesmo que a visão administrativa restritiva, em razão dos cortes de verba, tenha que se impor neste momento de dificuldades econômicas do governo, é sintomático que justamente o setor mais delicado das investigações da Lava Jato seja afetado.
Um governo que é acusado de ter interesse em cercear as investigações deveria ter cuidados especiais com as aparências, uma postura que até agora prevaleceu, mas parece ter sido abandonada. A nova visão gerencial da Polícia Federal coincide com a chegada ao Ministério da Justiça de Torquato Jardim, que havia sido acusado de ter sido nomeado justamente para controlar a Polícia Federal.
Em vez de mudar o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, o novo ministro precisou apenas convencê-lo de que era preciso uma reorganização funcional. Essa visão coincide com a da futura Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, que no início do ano apresentara em uma reunião do Conselho Superior do Ministério Público proposta para limitar em 10% a transferência de setor de procuradores no Ministério Público Federal.
Com essa restrição, pois até aquele momento não havia limitação, a Operação Lava Jato seria prejudicada na opinião de Rodrigo Janot, que explicitou publicamente sua divergência, estranhando inclusive não ter sido ouvido pela subprocuradora na pesquisa que havia alegadamente feito para definir um modelo de gestão que considerava mais adequado, sem, como garantia, afetar a efetividade das investigações da Lava Jato.
Com oito dos dez procuradores do CSMP favoráveis à proposta de Raquel Dodge, o Procurador-Geral, Rodrigo Janot, pediu vista, e o assunto ficou adormecido. Ao que tudo indica será retomado a partir de setembro, quando as flechas e a caneta passarão para as suas mãos.
A intenção de controlar as investigações da Lava Jato, restringindo seus efetivos e a verba especialmente alocada para a Operação, coincide com uma disputa de poder entre a Polícia Federal e o Ministério Público, de um lado, e entre os componentes das duas instituições internamente.
Como ponto central das investigações, o Ministério Público de Curitiba ganhou notoriedade nacional, e isso parece ter provocado ciúmes entre os Procuradores que não estão envolvidos na investigação. O episódio da Operação Carne Fraca é um exemplo claro dessa disputa interna nas instituições, levando a conclusões apressadas para ganhar notoriedade que equivalesse à dos envolvidos na Operação Lava Jato, que comemorava naquele dia três anos de atividade.
Tanto que, na nota oficial da Polícia Federal, alega-se que se deve “ressaltar que as investigações decorrentes da Operação Lava Jato não se concentram somente em Curitiba, mas compreendem o Distrito Federal e outros dezesseis estados”.
O governo, com dificuldades de verba e interesse político em neutralizar as investigações, encontrou nas recentes mudanças anunciadas uma maneira de usar as disputas internas da Polícia Federal e do Ministério Público para obter êxito na “contenção da sangria”.
NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Maia não tem mais nenhum constrangimento e negocia ‘golpe’
Por Otto Dantas
otto@jornaldacidadeonline.com.br
Sexta-feira, 07/07/2017 às 03:36
O presidente Michel Temer já admite derrota na Câmara e Rodrigo Maia negocia abertamente e sem qualquer constrangimento um novo governo, em que ele assuma, e na sequência, seja eleito pela via indireta para o mandato-tampão.
Maia chegou a declarar que não está tratando do assunto. ‘O momento é grave e meu papel é garantir a continuação do rito da denúncia e a estabilidade do Brasil’, afirmou o deputado. Pura balela!
Nesta quarta-feira (5) ele recebeu o aceno do PSDB. Tasso Jereissati declarou que o presidente da Câmara ‘tem condições’ de conduzir a transição do País até as eleições de 2018.
A escolha de Sergio Zveiter, amigo pessoal de Maia, como relator da denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi um duro golpe em Temer.
De outro lado, Rodrigo Maia dá todos os seus passos e age como candidato pela via indireta, sem se indispor com ninguém e efetuando reuniões, onde negocia, faz compromissos e promessas.
Mais um crime de Joesley... Gravíssimo!
Sexta-feira, 07/07/2017 às 04:33
Da Redação
A delação premiada de Joesley Batista está melada, praticamente imprestável, porque feita pelo empresário com o claro objetivo de obter vantagem e se livrar de punição pelos crimes cometidos, sem nenhum interesse de efetivamente colaborar com a Justiça.
A cada dia uma nova revelação surge, demonstrando que os irmãos Batista são criminosos irresponsáveis, inconsequentes e ardilosos, sem qualquer espirito patriótico, sem noção de decência e de altíssima periculosidade.
A JBS adquiriu uma empresa nos Estados Unidos, a Pilgrim’s, Pride Corporation, utilizando recursos bilionários do BNDES.
Investiu dinheiro do povo brasileiro nos Estados Unidos e, para tanto, repassou propina para Antonio Palocci no valor de R$ 2,1 milhões.
Na delação, a JBS, criminosamente omitiu a negociação bilionária, que agora vem à tona e ainda sustentou que Palocci não facilitou nenhuma transação da JBS no BNDES.
Mentiu escandalosamente e com extrema desfaçatez.
Dos US$ 2,8 bilhões de dólares utilizados na compra da empresa americana, US$ 2 bilhões saíram dos cofres do BNDES.
Um esquema fortíssimo, engendrado em detrimento do povo brasileiro, investimento no exterior, com enriquecimento absurdo e absolutamente ilícito.
Moro esclarece ao TRF que Vaccari não roubava em proveito próprio. Roubava para o PT
Da Redação
07/07/2017 às 08:53
O ponto crucial da absolvição de João Vaccari Neto, em um dos inúmeros processos que tem contra si, é de que não foram encontradas provas de enriquecimento pessoal.
Nesta quinta-feira (6) o juiz Sérgio Moro esclareceu ao desembargador João Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal Regional de Recursos da 4ª Região (TRF-4), que o meliante na realidade roubava para o partido, para o PT.
De acordo com a manifestação do magistrado, há provas de que os valores desviados eram carreados para o PT.
'Descabe exigir prova material do que aparentemente não ocorreu, o enriquecimento pessoal', disse o juiz.
‘Era ele (Vaccari) o principal arrecadador de vantagens indevidas junto às empresas fornecedoras da Petrobras para a campanha do Partido dos Trabalhadores’, esclareceu Sérgio Moro.
Ao final, Moro ainda explica que o ex-tesoureiro tem mais quatro condenações e outros três processos em andamento, devendo ser mantido preso.
O silêncio sepulcral de Vaccari denota que é realmente um ‘soldado’ do partido, um verdadeiro ‘guerreiro’, do mal.
NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 7 de julho de 2017
Pau na Lava Jato e mantenha o roubo
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Alguma coisa de anormal no País em que feto leva tiro antes de nascer? Era previsível que o desgoverno 'peemedebosta', em aliança com os 'tucanalhas'' e torcida organizada da 'petelândia', faria o que pudesse para sabotar a Lava Jato. Por isso, não causa surpresa a clara sabotagem contra a Força Tarefa em Curitiba, remanejando a equipe da Polícia Federal que atuava exclusivamente com a equipe do Deltan Dallagnol.
Nossos políticos canalhas pensam que são mais malandros que outros bandidos. Como era esperado, a Comissão de Ética do Senado perdoou Aécio Neves. Claro, os outros senadores acusados de falcatruas desejam o mesmo tratamento. O presidente que perdeu totalmente a governabilidade também fez um comentário muito estranho a amigos e aliados próximos. Michel Temer teria dito que, se eventualmente perder na Câmara que tenta cooptar, terminará vencendo no Supremo Tribunal Federal que não vai condená-lo por corrupção passiva ou por organização criminosa (que vem por aí).
Rodrigo Janot prepara o tiro final contra Temer com base nas delações premiadas de Lúcio Funaro e, principalmente, de Eduardo Cunha. A “colaboração” de Cunha com a Justiça promete detonar Michel Temer e aliados próximos dele, como Moreira Franco e Eliseu Padilha. Quem mais vai tomar no Cunha? Em Brasília, aumentou muito a venda de fralda geriátrica para políticos...
Cunha sabe de tudo. Funaro, também. Não foi à toa que Geddel Vieira Lima fez pressão sobre a mulher do Funaro. O troco veio com uma temporada no Presídio da Papuda, em Brasília. Foi ironicamente comovente ver o chorinho de Geddel, cabelinho cortado como presidiário, ao saber que não teria sua prisão preventiva relaxada.
Hoje, nosso Presidente da República é Eunício de Oliveira. Temer foi para a Alemanha para a reunião do G-20. Rodrigo Maia, o substituto eventual de olho nos 180 dias de Presidência com a eventual queda deTemer, foi dar um passeio de trabalho na Argentina. Aliás, pouco importa quem seja o titular do Palácio do Planalto. Quem governa de fato o Brasil é o Crime Institucionalizado e sua corrupção sistêmica entranhada no regime Capimunista Rentista.
A próxima jogada da bandidagem é manjada. O plano é investir o dinheiro roubado no Brasil e escondido lá fora, para ser esquentado no programa de privatizações no setor elétrico que ontem o desgoverno oficializou. Algumas velhinhas de Taubaté acreditaram que o negócio não vai causar aumentos na conta de energia para os consumidores. A turma inocente ou criminosamente burra acreditou que o prometido fim da Conta de Desenvolvimento Energético – subsídio que todos nós pagamos – será compensado pelo que for arrecadado com a privatização, sem gerar aumentos de tarifas. Santa ingenuidade, Batman!
Eis o retrato assustador do Brasil. Políticos nos assaltam usando como arma o regramento excessivo estatal que eles manipulam e interpretam conforme as conveniências. Tem alguma diferença entre eles e os criminosos do Rio de Janeiro, que cada vez mais utilizam armas de guerra para roubar e barbarizar? Claro que tem! Os primeiros são bandidos atuam de forma mais refinada e com o respaldo do voto dos assaltados/roubados.
Por isso, é importante, de imediato, aprofundar nas redes sociais a campanha cívica “#reelejaninguém”. Não resolve totalmente o problema – que só pode ser solucionado com uma Intervenção Institucional. No entanto, já dá um susto na bandidagem de cima, enquanto os marginais do andar de baixo aprimoram o jeitinho de infenizar o cotidiano do brasileiro.
Ainda bem que o quase-caído Presidente Michel Temer declarou, na Alemanha, que “não existe crise econômica no Brasil”... As declarações temerárias dão náusea... Será que os coxinhas que lhe deram sustentação, mesmo sabendo que ele era vice da 'petelândia', sentem o mesmo? Certamente, não. Imbecis e canalhas têm estômago e fígado de aço...
(...)
NO O ANTAGONISTA
Ex-procurador acusado por Temer deixa banca de advocacia
Brasil Sexta-feira, 07.07.17 09:44
O Painel noticia que "o ex-procurador Marcello Miller, que deixou a força-tarefa da Lava Jato em Brasília para atuar no escritório que faz a leniência da J&F, saiu da firma da qual havia se tornado sócio. A saída teria acontecido após acordo entre ele e a direção da banca".
O réu defende a ré
Brasil 07.07.17 10:26
Enquanto Gleisi Hoffmann ataca Temer e Maia, Lula tenta defendê-la na Justiça, em São Paulo.
Lula depõe neste momento, informa o Estadão, como testemunha no processo em que Gleisi e Paulo Bernando são acusados de receber R$ 1 milhão desviados da Petrobras para a campanha de 2010.
Maia equivale a duas, três malas de Rocha Loures
Brasil 07.07.17 08:21
Delatores da Odebrecht disseram que, em 2008, Rodrigo Maia ("Botafogo" nas planilhas) recebeu um repasse de 350 mil reais da empreiteira, em tese destinados a campanhas de candidatos do DEM no Rio de Janeiro.
Em 2010, segundo os delatores, a Odebrecht deu 600 mil reais a Maia, para a campanha do pai dele, César Maia.
Eles também afirmaram que, em 2013, "Botafogo" levou 100 mil reais para ajudar a aprovar uma medida provisória que beneficiou a Braskem.
A PF investiga, ainda, se Maia favoreceu a OAS em troca de contribuições eleitorais.
Comparado a Temer, ele é peixe pequeno. Até onde se sabe, equivale a duas, três malas de Rocha Loures.
Queda de Temer anula a mentira do "golpe" contra o PT
Brasil 07.07.17 08:04
O que os petistas com muita bile não pensam é que, do ponto de vista eleitoral, a queda de Michel Temer anula completamente a mentira do "golpe" contra Dilma Rousseff.
Está aí outra vantagem de tirar Temer do Planalto.
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