PRIMEIRA EDIÇÃO DE 31-7-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2017
O inchaço resultante do aparelhamento do Estado brasileiro na última década elevou os gastos com pessoal em cerca de 120% entre 2007 e o ano passado, passando de R$ 126,8 bilhões para os atuais R$284 bilhões por ano para bancar Executivo, Legislativo e Judiciário. O problema é que o número de funcionários cresceu apenas 10%, passando de 1,99 milhão em 2007 para os atuais 2,2 milhões.
O Executivo, o mais inchado dos Poderes, gastava R$ 96,7 bilhões em 2007 e aumentou gastos para R$ 213,7 bilhões (descarados 121%).
O Legislativo federal, além do menor número de servidores, elevou os gastos menos (56%). Passou de R$ 5,9 bilhões para R$ 9,2 bilhões.
No Judiciário, o gasto com folha aumentou 106% desde 2007, quando era de R$ 18,9 bilhões. Atualmente, a Justiça nos custa R$ 39 bilhões.
O custo de servidores aumentou 10 vezes mais que o número deles por reajustes e o “crescimento vegetativo” da folha, diz o Planejamento.
João Dória, e não o petista Lula, ganhou o status de “maior adversário” da pré-candidatura presidencial de Geraldo Alckmin, em 2018. É simples a estratégia da turma de Alckmin para tentar neutralizar o rival: declarar sua confiança nas garantias do prefeito de que não disputará a candidatura presidencial do PSDB. A ideia é caracterizar Dória como “traidor” ou “sem palavra”, caso o prefeito resolva disputar a eleição.
Alckmin não pensa em outra coisa: quer ser presidente. E lembra na intimidade que perdeu para Lula em 2006 porque era o auge do petista.
O problema de Alckmin é que, nas pesquisas para presidente, o novato Dória sempre registra pelo menos o dobro das intenção de votos.
Por onde anda, Dória repete a lorota de que é “candidato a ser bom prefeito”. Mas o discurso é de postulante à presidência da República.
Não será surpresa se ao final da sua presidência, em setembro de 2019, a ministra Cármen Lúcia deixe também o Supremo Tribunal Federal. Com residência em Brasília, ela pretende voltar a dar aulas.
Apesar das juras de amor e de que não há alternativa a Lula na eleição presidencial, petistas da própria facção do ex-presidente articulam um “plano B” chamado Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.
O ex-senador Sérgio Machado (PMDB-CE), cuja delação a Polícia Federal considerou imprestável, só dorme com ajuda de ansiolíticos. Teme que a anulação do seu acordo leve à cadeia o filho Expedito, o “Did”, seu principal operador, e que o neto cresça com o pai preso.
O governo mantém estatais dispensáveis, como a Valec, estatal criada para “construir ferrovias”, mas só produz escândalos. Só a folha de pessoal da Valec custa ao contribuinte R$ 67 milhões por ano.
Quando algum político do PSDB fala com entusiasmo sobre Armínio Fraga assumindo o Ministério da Fazenda, há sempre quem lembre sua frase, sobre o atual governo: “Nunca participe de um governo em cuja companhia você se sinta constrangido em ser fotografado.”
Em 2014, a confraternização de fim de ano do Banco do Brasil virou festa de aniversário de Aldemir Bendine, agora preso na Lava Jato, com direito a participação da cantora Daniela Mercury no que ela chamou de “serenata do Dida”. Tem até vídeos da festança.
Ex-presidente da Petrobras preso na Lava Jato, Aldemir Bendine quase presidiu o BNDES, também enrolado no esquema de corrupção petista. Dilma chegou a convidá-lo para o cargo, mas mudou de ideia.
Era de R$ 0,41 o aumento médio previsto para a gasolina, após a alta de impostos. Mas em Brasília houve posto, como o Ipiranga da 111 Norte, que aumentou de R$ 2,94 para R$3,71, ou sejam, 26%.
...não se sabe quem inventou a propina, já quem recebeu...

NO DIÁRIO DO PODER
VENEZUELA
VENEZUELA ELEGE CONSTITUINTE SOB VIOLÊNCIA EM PROTESTOS E DESINFORMAÇÃO
VOTAÇÃO DE CONSTITUINTE É MARCADA POR MORTES E DESINFORMAÇÃO
Publicado: domingo, 30 de julho de 2017 às 22:19
Redação
A votação da Assembleia Nacional Constituinte, na Venezuela, neste domingo (30), foi marcada por uma guerra de informações entre apoiadores do herdeiro de Hugo Chávez, Nicolás Maduro, e sua oposição.
Há desinformação sobre o grau de participação do eleitorado convocado pelo presidente venezuelano, o tamanho dos protestos realizados pela oposição e número de mortos e feridos de ambos lados.
A eleição dos representantes constituintes, que serão encarregados de reescrever as regras do país, começou as 7h (horário de Brasília) e deveria ter durado doze horas. Mas às 19h (Brasília) foi adiada por uma hora porque, segundo as autoridades eleitorais, ainda havia eleitores na fila para votar.
A oposição boicotou o processo, que considera “uma fraude” e não apresentou candidatos, nem votou. Mas desafiou o governo, que proibiu manifestações de rua até esta segunda-feira (31). Desde cedo, os opositores denunciavam o plano governista para manipular os dados.
O presidente do Parlamento, controlado pela maioria opositora, Júlio Borges, disse que o Conselho Nacional Eleitoral iria ampliar o prazo de votação, na tentativa de mostrar uma grande participação do eleitorado. E que já tinha pronto um boletim anunciando que 8,5 milhões de eleitores tinham ido às urnas, quando o número verdadeiro não passava de três milhões.
Às 19h (horário de Brasília), a presidente do CNE, Tibisay Ramirez, de fato anunciou a extensão do prazo de votação, devido às grandes filas. Mas disse que os resultados, antecipados por alguns, deveriam ser ignorados, já que os números oficiais só seriam anunciados três horas depois do fechamento da última urna.
Votação
Em algumas mesas eleitorais, os venezuelanos fizeram longas filas para votar. Alguns empregados públicos disseram que temiam represálias, caso não comparecessem às urnas, como pedia o governo. Outros eleitores manifestaram esperança com a reforma constitucional, que Maduro assegura ser a única saída pacifica para a crise.
Nas redes sociais, entretanto, os opositores divulgaram as fotos de centros de votação, quase vazios – prova, segundo eles, do sucesso do boicote e de fracasso da convocação governamental.
Ao longo do dia, as autoridades eleitorais e as forças de segurança informavam que a eleição transcorria “normalmente e em paz” – salvo em “alguns focos de problemas”. Já o jornal El Nacional, de tendência opositora, noticiava na capa de sua versão online que o número de mortes nos protestos do final de semana já chegava a 13. O Ministério Publico reconheceu a morte de sete pessoas. “É mentira”, disse o politico governista Jorge Rodriguez, em uma entrevista em que fez um balanço da eleição. “Quem disse isso? A futura ex-procuradora-geral?”, perguntou. 
Desde marco, quando criticou abertamente o crescente autoritarismo do presidente Nicolás Maduro, a procuradora-geral Luiza Ortega passou a ser a voz dissidente dentro do governo. Tanto Maduro quanto vários de seus aliados já deram a entender que o primeiro passo da Assembleia Nacional Constituinte será retirá-la do cargo.
Segundo o analista politico, Edgar Gutierrez, a reforma constitucional não poderá resolver os problemas da Venezuela - inflação anual superior a 700%, recessão e desabastecimento. “Nesse clima de instabilidade e falta de confiança no governo, é impossível endireitar a economia”, disse. “A Constituinte é apenas um mecanismo do governo para controlar e eliminar seus adversários”.
Os opositores estão apostando no apoio da comunidade internacional – e nas sanções de países como os Estados Unidos - para resistir à Assembleia Nacional Constituinte. E o governo voltou a criticar o que chama de ingerência externa e imperialista nos assuntos venezuelanos. (Com informações da Agência Brasil)

CONSTITUINTE ILEGAL
PARA O BRASIL, GOVERNO DA VENEZUELA JÁ ROMPEU COM A DEMOCRACIA
BRASIL CONDENA GOVERNO MADURO, QUE 'ROMPEU' COM A DEMOCRACIA
Publicado: domingo, 30 de julho de 2017 às 23:59 - Atualizado às 00:02
Redação
De acordo com a nota emitida neste domingo pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo de Nicolás Maduro rompeu com a "ordem Constitucional na Venezuela". Assinada pelo ministro Aloysio Nunes, a nota também registra que o governo do herdeiro de Hugo Chávez "viola o direito de sufrágio universal e desrespeita o princípio da soberania popular" já que a atual Assembleia Constitucional foi legitimamente eleita.
Leia a nota na íntegra:
"O governo brasileiro lamenta profundamente a decisão do governo da Venezuela de rejeitar os pleitos da comunidade internacional pelo cancelamento da convocação de uma assembleia constituinte nos termos definidos pelo Executivo. A iniciativa do governo de Nicolás Maduro viola o direito ao sufrágio universal, desrespeita o princípio da soberania popular e confirma a ruptura da ordem constitucional na
Venezuela.
A Venezuela dispõe de uma Assembleia Nacional legitimamente eleita. Empossada, a nova assembleia constituinte formaria uma ordem constitucional paralela, não reconhecida pela população, agravando ainda mais o impasse institucional que paralisa a Venezuela.
O governo brasileiro manifesta a sua grave preocupação com a escalada da violência em face do acirramento da crise, agravada pelo avanço do governo sobre as instâncias institucionais democráticas ainda vigentes no país e pela ausência de horizontes políticos para o conflito.
O governo brasileiro condena o cerceamento do direito constitucional à livre manifestação e repudia a violenta repressão por parte das forças do Estado e de grupos paramilitares, como a que aconteceu ao longo do dia de hoje.
Diante da gravidade do momento histórico por que passa a Venezuela, o Brasil insta as autoridades venezuelanas a suspenderem a instalação da assembleia constituinte e a abrirem um canal efetivo de entendimento e diálogo com a sociedade venezuelana, com vistas a pavimentar o caminho para uma transição política pacífica e a restaurar a ordem democrática, a independência dos poderes e o respeito aos direitos humanos."

FRACASSO
REPATRIAÇÃO TROUXE DE VOLTA SÓ 20% DOS IMPOSTOS QUE O GOVERNO PREVIA
GOVERNO PREVIA ARRECADAR R$13 BILHÕES, MAS SÓ FATUROU R$2,8 BI
Publicado: domingo, 30 de julho de 2017 às 11:31 - Atualizado às 11:42
Redação
Prevista para terminar nesta segunda-feira (31), a regularização de ativos no exterior, também chamada de repatriação, arrecadará menos que o previsto. A estimativa do governo é arrecadar R$ 2,852 bilhões com a segunda etapa do programa, o que representa pouco mais de 20% da estimativa inicial de R$13 bilhões.
O valor foi divulgado pelo Ministério do Planejamento no último dia 21, no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas. O novo número leva em conta a arrecadação bruta do programa. Ao considerar a partilha do Imposto de Renda e das multas com os Estados e os Municípios, a União ficará com R$1,34 bilhão.
No início do ano, a equipe econômica previa arrecadar R$13 bilhões, dos quais R$6,1 bilhões ficariam com a União. Segundo o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, até o último dia 17, o governo tinha obtido apenas R$900 milhões, mas ele não explicou o motivo de a entrada de recursos ter ficado abaixo da expectativa.
“Nós estamos tendo frustração de adesões. Até agora, elas implicaram arrecadação de R$ 900 milhões. A duas semanas do fim do período de adesão, não poderíamos manter a previsão de R$13 bilhões, sendo que nem atingimos R$ 1 bilhão. Aguardamos ainda o prazo”, disse Rachid, no último dia 21, ao explicar a última edição do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas.
O fraco desempenho da segunda versão do programa foi um dos motivos que levou a Receita Federal a revisar para baixo - em R$5,79 bilhões - a estimativa de entrada de receitas primárias para este ano.
A frustração de receitas poderia ter sido mais ampla não fossem a entrada adicional de R$ 5,8 bilhões da renegociação de dívidas de contribuintes da União, o ingresso de R$ 10,2 bilhões de precatórios devolvidos ao Tesouro Nacional e o aumento de tributos sobre os combustíveis, que deverá render R$ 10,4 bilhões ao governo.
Anistia
A regularização de ativos no exterior envolve o perdão do crime de evasão de divisas sobre recursos não declarados ao Fisco e mantidos em outros países em troca do pagamento de 15% de imposto de Renda (IR) e 20,25% de multa. Na primeira versão do programa, no ano passado, a Receita havia cobrado 15% de Imposto de Renda e 15% de multa.
Aprovada em março pelo Senado, a nova etapa do programa de repatriação foi regulamentada pela Receita Federal no início de abril. A partir de então, começou a contar o prazo de 120 dias de adesão.
Para fazer parte do programa, o contribuinte deve preencher a Declaração de Regularização Cambial e Tributária (Dercat), que está disponível em formato eletrônico no Centro de Atendimento Virtual da Receita Federal (e-CAC). Ao entregar a declaração, o sistema emitirá automaticamente a guia de pagamento do Imposto de Renda e da multa.

ALAGOAS HOMENAGEIA A CORRUPÇÃO
Por Jorge Oliveira
Domingo, 30-7-2017
Rio - O reitor Jairo José Campos, da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), está em maus lençóis depois que anunciou uma notícia que parecia brincadeira, mas que se confirmou como verdadeira pela sua própria boca. Ele vai dar o título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Filiado ao PCdoB, Campos foi ameaçado de morte se de fato realizar tal proeza a um cidadão condenado por chefiar uma organização criminosa. A decisão dele deixou o meio acadêmico do Estado estarrecido. Outros agraciados advertem que cogitam devolver os títulos indignados com a homenagem a esse senhor condenado pela Justiça.
O reitor está com medo e já foi à Polícia prestar queixa. Avisou também ao governador Renan Filho que corre risco de vida, mas mesmo assim ele mantém a decisão de condecorar Lula. No Estado, a revolta é geral, a notícia caiu como uma bomba. Fala-se inclusive em protesto de rua para evitar que a universidade cometa essa excrescência, indecência. Essa extravagância extrema de bajulação utilizando-se de um órgão sustentado com o dinheiro público para cometer um ato de absoluta submissão.
Depois dessa atitude de servilismo explícito, o reitor deveria fazer uma nova proposta ao seu conselho: a criação de uma cadeira que iria ensinar aos seus alunos a teoria da corrupção em um dos Estados mais miseráveis da Federação. Quem sabe se num futuro próximo Alagoas não estaria exportando essa matéria prima brasileira para o resto do mundo.
Até agora ninguém se responsabilizou por essa ideia esdrúxula e pusilânime de condecorar o ex-presidente Lula. O reitor, depois das ameaças de morte, vive igual a barata tonta com medo de ser emboscado em um Estado que tem fama de cumprir o que promete. E o telefonema não deixa dúvidas: “Se você fizer essa homenagem, no outro dia você morre”, disse a voz cavernosa, do outro lado da linha, para a secretária do reitor que repassou o recado abusado ao chefe.
E mais: o matador anônimo já avisou também que vai caçar um por um todos que fazem parte do Conselho Superior da Uneal e que acataram a sugestão do reitor para aprovar a tal honraria que estaria marcada para agosto, quando o ex-presidente faz uma viagem de campanha pelo Nordeste e um pit-stop em Maceió para visitar alguns de seus aliados. Se isso de fato acontecer, o reitor não terá mais sossego, pois vai precisar de segurança diariamente para evitar que alguém atente contra a sua vida. E o governo terá que disponibilizar policiais 24 horas por dia para protegê-lo com ônus para os cofres públicos, consequência de um ato despirocado de um professor trapalhão.
Na terra de Graciliano Ramos, Jorge de Lima, Aurélio Buarque de Holanda, Nise da Silveira, Audálio Dantas, Cacá Diegues, Ledo Ivo e outros nomes, que honram o Estado onde nasceram, é difícil engolir essa decisão da universidade que vai de encontro ao que pensam os alagoanos éticos e honestos sobre os seus personagens que fizeram história na Arte e na Literatura mundo afora. Uma das solenidades de títulos Honoris Causa da universidade ocorreu em 2014, quando notáveis do Estado que contribuíram para a cultura foram homenageados:
O jornalista e escritor José Marques de Melo; Audálio Dantas, ex-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas; a antropóloga Luitgarde Cavalcante; Moacir Palmeira; o historiador Moacir Sant’Ana; os advogados e ex-presidentes da OAB, Marcello Lavenère e Hermann Assis Baeta; o poeta José Geraldo Marques; o antropólogo e historiador Dirceu Acioli Lindoso; e o professor Douglas Apratto.
No futuro, na parede da faculdade, esses notáveis vão aparecer ao lado de Lula, o ex-presidente condenado por corrupção e indiciado em mais outros quatro processos. Como todos os agraciados normalmente marcam sempre encontros casuais, pode se imaginar desde já que lá na frente a confraria agende o próximo convescote para um dos presídios de Curitiba.
Acorda, Alagoas!

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Deonísio da Silva: Na Boca do Sapo
O sapo é tido como catalisador de energias negativas. Não faz mal ao ambiente. O ambiente é que lhe pode fazer mal
Por Augusto Nunes
Domingo, 30 jul 2017, 10h23
O presidente Michel Temer está com o nome na boca do sapo. E nos próximos dias será julgado por sapos dos quais até recentemente foi confrade na Câmara dos Deputados.
O sapo tem defesa passiva. Quem pisa sobre ele recebe o veneno que dali só sai espremido pelo agressor.
É um animal anfíbio e vive na terra ou na água, tanto faz. Criatura admirável, mas símbolo de feiura, está presente em muitas expressões populares, a começar pelo título desta coluninha e pelo famoso dito de que às vezes temos de “engolir sapos”.
Há milênios os homens são comparados a animais com o fim de que se possa entender melhor a condição humana a partir da condição dos bichos.
Desde tempos imemoriais, o sapo é tido como catalisador de energias negativas. Não faz mal ao ambiente. O ambiente é que lhe pode fazer mal. O ambiente e a maldade humana, pois muitas pessoas acreditam nos prejuízos que se pode causar a outrem costurando seu nome na boca de um sapo.
O escritor grego Esopo, que viveu entre os séculos VII e VI a.C., foi quem mais falou dos homens ao contar histórias de animais. Como a fábula da cegonha que aceitou o pedido do lobo e enfiou a cabeça na boca da fera para retirar-lhe um osso da garganta. Afinal, o lobo lhe dissera: “Saberei mostrar minha gratidão”.
Quando a ave pernalta concluiu o benefício, perguntou: “Qual será, então, a minha recompensa?”. O lobo respondeu: “Você colocou a cabeça dentro da minha boca e eu não te devorei. Já estás recompensada”. Esopo queria ensinar com suas fábulas, e a lição de vida que deu com esta é não esperar gratidão dos maus.
O sapo é feio, mas é referência solar e personagem de vários poemas e narrativas. Os brasileiros foram acalentados por versos simpáticos e até misericordiosos de Sapo Cururu: “Sapo Cururu/ Na beira do rio/ Quando o sapo grita, maninha/ É porque tem frio”.
A namorada do sapo tampouco é maltratada, e pelo que se depreende, se não é bela, é recatada e do lar na canção infantil: “A mulher do sapo,/ Que está lá dentro,/ Está fazendo renda, maninha,/ Para o casamento”.
O poeta Manuel Bandeira aproveitou a figura consuetudinária do sapo para insurgir-se contra os parnasianos, tidos por inimigos dos modernistas: “Enfunando os papos,/ Saem da penumbra,/ Aos pulos, os sapos,/ A luz os deslumbra”.
O grande vate pernambucano até parecia falar de deputados, senadores, ministros e outras figuras públicas, muitas das quais por demais deslumbradas com a luz da mídia de uns tempos para cá.
Que os sapos brasileiros de todos os banhados se entendam porque à la Manuel Bandeira, de novo, segmentos consideráveis da população foram embora para Pasárgada e outros estão prometendo ir: eles querem ser amigos do rei.


NA VEJA.COM
O que é o Sarahah e como funciona o app do momento
O aplicativo ultrapassou Instagram e YouTube em quantidade de downloads na Apple Store dos Estados Unidos
Por Da Redação
Sexta-feira, 28 jul 2017, 18h19 - Publicado em 28 jul 2017, 11h34
O aplicativo gratuito mais popular do momento da Apple Store do Brasil e dos Estados Unidos não é o Instagram nem o YouTube , muito menos o Facebook. A nova febre do momento se chama Sarahah.
Nesse aplicativo o usuário pode criar um perfil e enviar mensagens anonimamente a amigos e até desconhecidos. A premissa é que a pessoa será mais honesta ao fazer uma crítica sem que o receptor da mensagem saiba quem ele é.
O Sarahah foi criado pelo árabe Zain al-Abidin Tawfiq. O site oficial do aplicativo diz que um de seus benefícios é melhorar “sua amizade ao descobrir seus pontos fortes” e “deixar seus amigos serem honestos com você”.
Na loja virtual do Android no Brasil, o Sarahah (uma palavra árabe que em Português significa franqueza ou honestidade) já tem mais de 1 milhão de downloads e está em primeiro lugar no ranking de “tendências”.
O aplicativo está disponível tanto para celulares com sistema operacional Android quanto para iOS. Há, também, uma versão web.
É necessário criar uma conta com e-mail e nome de usuário para mandar e receber mensagens. Ao entrar na rede social, basta buscar o nome da pessoa para então fazer o comentário. Não é possível fazer buscas por e-mail ou por rede social, tampouco responder aos recados respondidos.
Caso queira, o usuário poderá bloquear a pessoa que fez um comentário, de modo que ela só poderá dar um novo feedback para tal usuário se criar outra conta.
Não há muitas funcionalidades no aplicativo. A tela inicial é dividida em quatro tópicos. No primeiro deles é possível ver os recados recebidos, os favoritos e os enviados. Na aba seguinte há o campo de procura de pessoas. No terceiro tópico há o espaço “explorar”, que diz apenas que as ferramentas vão estar disponíveis na próxima atualização. Por fim, é possível ver o seu perfil, com o nome de usuário e sua foto.
O aplicativo funciona nos mesmos moldes do Secret, que também permitia o envio de mensagens anônimas, mas foi encerrado em 2015 por estimular o cyberbullying.
No Twitter, as pessoas (adolescentes, em grande maioria) se divertem com alguns recados recebidos(...)

Maduro passa por saia justa ao usar certidão inválida para votar
Aparelho que registra a presença de eleitores na Assembleia Constituinte apontou um erro ao ler a cédula de identidade do presidente venezuelano
Por Da Redação
Domingo, 30 jul 2017, 20h46 - Publicado em 30 jul 2017, 20h25
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, passou vergonha ao votar na Assembleia Constituinte que convocou para este domingo. O chavista, que fazia um discurso para conclamar as pessoas a irem às urnas, teve a sua cédula de identidade rejeitada pelo aparelho que comprova a presença dos eleitores. O sistema eletrônico indicou que o cartão pertencia a uma pessoa inexistente ou que o registro estava expirado.
A saia justa foi transmitida ao vivo pela rede de televisão nacional. Maduro disse que faria o registro “para ficar marcado por toda a vida” como um eleitor da Constituinte. Uma funcionária do governo, então, se aproximou para ler o chip da cédula de identidade do presidente. A transmissão focou na tela do aparelho, que transmitiu a mensagem: “a pessoa não existe ou o cartão foi anulado”.
Maduro, que não percebeu a gafe, perguntou se o processo estava concluído. A funcionária fingiu que nada havia acontecido e sinalizou positivamente.
O deslize de Maduro foi um prato cheio para a oposição. Como o voto na Venezuela não é obrigatório, há o temor de que o governo chavista poderá usar as informações dos cartões de identidade — chamados de carnê da pátria — para cancelar os benefícios sociais de quem se ausentar do pleito. Funcionários públicos também sofreram ameaças de que seriam demitidos caso não votassem na Constituinte.
O opositor Julio Borges, presidente da Assembleia Nacional, usou a gafe para convocar a população para novos protestos. “Querem te fazer crer que o cartão funciona para te controlar, mas o sistema não funciona nem com Maduro. Não se intimidem”, postou o político no Twitter.


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