PRIMEIRA EDIÇÃO DE 04-7-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 04 DE JULHO DE 2017
A dívida de nove Estados e 33 municípios citados no levantamento dos mil maiores devedores da Previdência soma mais de R$ 6,9 bilhões, segundo estudo da CPI da Previdência. O maior calote (R$ 727,6 milhões) é do município de Guarulhos (SP), superando a cidade de São Paulo (R$ 616 milhões) e até mesmo a dívida do Estado do Rio de Janeiro, que soma R$433 milhões já inscritos na Dívida Ativa da União.
Os R$ 4,9 bilhões municipais e R$ 2 bilhões estaduais, no calote à Previdência, equivalem a 3,2% do total. A maioria é do setor privado.
Apenas 41% da dívida dos Estados foi negociada com a Previdência e está sendo paga. Entre Municípios, o total negociado equivale a 6,7%.
Não entram na conta as dívidas de concessionárias de serviços como a campeã Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), que deve R$ 1,1 bilhão.
Segundo a CPI da Previdência, os mil maiores devedores aplicaram calote de R$ 211 bilhões, somando CSLL, Pis, Cofins e INSS.
O lobby dos importadores impedirá que em sua reunião desta terça (4) a Câmara de Comércio Exterior da Presidência (Camex) suspenda sua decisão, desde o governo Dilma, de zerar o imposto de importação de álcool de milho dos Estados Unidos. Produtores do Nordeste, por isso, decidiram recorrer à Justiça Federal: sem pagar impostos e subsidiado pelo governo americano, o álcool de milho chega ao Brasil mais barato que o fabricado no Nordeste, que paga impostos e emprega brasileiros.
O crime contra a produção nacional, em vigor desde 2010, tem outro agravante: o milho de álcool americano é altamente poluente.
Com zero de imposto, as distribuidoras de São Paulo ganham muito dinheiro importando álcool americano, em lugar do nordestino.
As distribuidoras, que também têm destilarias, importam álcool de milho dos EUA na entressafra de São Paulo. E no auge da safra no Nordeste.
O juiz Vallisney de Souza mandou prender Geddel Vieira Lima porque se convenceu de que ele tentou impedir acordos de delação de Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro, ambos já presos.
Se no DF lidera, no Pará, como na maioria dos Estados, Jair Bolsonaro está em 2º lugar para presidente. Lá, Lula tem 28,1% e o deputado 16,8%, segundo o Paraná Pesquisas. Marina (Rede) soma 12,7%.
Caso não esteja preso ou inelegível em 2018, Lula terá que suar para ganhar o voto dos eleitores do Pará. A Paraná Pesquisas verificou que 46,5% não votariam nele “de jeito nenhum”. Rejeitam Bolsonaro 20%.
Dos sete integrantes da Comissão de Ética da Presidência, que ontem abriu processos contra ministros e ex-ministros, seis foram nomeados por Dilma Rousseff, incluindo o seu presidente, Mauro Menezes.
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso ontem, é velho conhecido da Comissão de Ética Pública – que o puniu em dezembro com “censura ética”, no caso da construção de prédio em área protegida, na Bahia.
Na lista dos dez maiores devedores da Previdência (R$1,04 bilhão), o grupo Marfrig explicou que nada tem a ver com a J&F, proprietária da JBS/Friboi, apenas “vendeu empresas ao grupo”. De fato: vendeu a Seara por R$6 bilhões, em 2013, e a Moy Park por R$ 4,5 bi, em 2015.
O movimento Vem Pra Rua lançou um abaixo-assinado contrário ao “novo fundo partidário”, que custaria R$3,5 bilhões/ano ao contribuinte brasileiro. Foram coletadas mais de 56 mil assinaturas em só seis dias.
Fazendo a melhor expressão petista “eu não sabia”, o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli disse à Justiça que não investigou o cartel de empreiteiras que roubou a estatal porque “não foi notificado”.
Quando avisou que “enquanto houver bambu haverá flechas”, Janot já havia disparado a flechada no ex-ministro Geddel Vieira Lima?
NO DIÁRIO DO PODER
AINDA SEM DATA
FACHIN LIBERA DENÚNCIA CONTRA COLLOR PARA JULGAMENTO NO STF
AÇÃO PENAL NA LAVA JATO JÁ PODE SER JULGADA NA 2ª TURMA DO STF
Publicado: terça-feira, 04 de julho de 2017 às 00:01 - Atualizado às 00:20
Redação
A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito da Operação Lava Jato, contra o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTC-AL) já pode ser julgada. A decisão é do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que enviou a ação penal para a 2ª Turma do STF julgar se torna réu ou não o senador Collor. Ainda não há data para julgamento.
Collor é suspeito de ter recebido R$ 29 milhões, entre 2010 e 2014, em propina da BR Distribuidora, em um contrato de troca de bandeira de postos com a empresa Derivados do Brasil (DVBR) e responderá por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato e crime de organização criminosa, na ação que tem outras oito pessoas denunciadas.
Segundo a PGR, devido à influência do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) sobre a BR Distribuidora, a suposta organização criminosa atuaria voltada principalmente ao desvio de recursos públicos em proveito particular, à corrupção de agentes públicos e à lavagem de dinheiro.
Os demais denunciados são: Caroline Serejo Medeiros Collor de Melo, esposa do senador; Luís Pereira Duarte de Amorim, tratado como “testa-de-ferro” do senador; Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, na condição de “operador particular” do senador; Luciana Guimarães de Leoni Ramos, esposa de Pedro Paulo; os assessores parlamentares Cleverton Melo da Costa (falecido), Fernando Antônio da Silva Tiago e William Dias Gomes; e Eduardo Bezerra Frazão.
CARRÕES NA DINDA
As investigações levaram a PGR a concluir que a aquisição de veículos de luxo por Collor teria o suposto objetivo de lavar o dinheiro obtido a partir dos eventuais crimes de corrupção. A apreensão dos veículos na Casa da Dinda escandalizou o País, em julho de 2015. Na residência de Collor, em Brasília, foram apreendidos um Lamborghini, modelo Aventador Roadster, ano 2013/2014, no valor de R$ 3,2 milhões; uma Ferrari, modelo 458 Italia, ano 2010/2011, de R$ 1,45 milhão; um Rolls Royce no valor R$ 1,35 milhão e outros dois carros. Havia ainda, em nome da empresa Água Branca Participações, uma lancha de R$ 900 mil.
De acordo com a PGR, como outras formas de lavar de dinheiro, Collor teria forjado empréstimos fictícios, no valor de cerca de R$ 35,6 milhões, e de cerca de R$ 16,5 milhões, a fim de justificar a aquisição de bens pessoais de luxo, em especial os veículos.
O Diário do Poder entrou em contato com a assessoria do senador Fernando Collor, e aguarda um posicionamento do senador. E também tentou contato com Luís Amorim. (Com informações do Estadão)
OBSTRUÇÃO À JUSTIÇA
JUIZ FEDERAL VALLISNEY DE SOUZA MANDA PRENDER EX-MINISTRO GEDDEL
PRISÃO FOI SOLICITADA PELA PF E A FORÇA-TAREFA DA GREENFIELD
Publicado: segunda-feira, 03 de julho de 2017 às 16:48 - Atualizado às 17:15
Redação
O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso nesta segunda-feira (3), na Bahia, por ordem do juiz federal Vallisney de Souza, de Brasília, que atendeu a pedido da Polícia Federal e da Força-Tarefa Greenfield – que também é responsável pelas operações Sépsis e Cui Bono. A prisão é de caráter preventivo e tem como fundamento elementos reunidos a partir de informações fornecidas em depoimentos recentes do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos, em acordo de colaboração premiada.
No pedido enviado à Justiça, os autores afirmaram que o político tem agido para atrapalhar as investigações. O objetivo de Geddel seria evitar que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o próprio Lúcio Funaro firmem acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF). Para isso, tem atuado no sentido de assegurar que ambos recebam vantagens indevidas, além de “monitorar” o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo.
Na petição apresentada à Justiça, foram citadas mensagens enviadas recentemente (entre os meses de maio e junho) por Geddel à esposa de Lúcio Funaro. Para provar, tanto a existência desses contatos quanto a afirmação de que a iniciativa partiu do político, Funaro entregou à Polícia cópias de diversas telas do aplicativo. Nas mensagens, o ex-ministro, identificado pelo codinome “Carainho”, sonda a mulher do doleiro sobre a disposição dele em se tornar um colaborador do MPF. Para os investigadores, os novos elementos deixam claro que Geddel continua agindo para obstruir a apuração dos crimes e ainda reforçam o perfil de alguém que reitera na prática criminosa. Por isso, eles pediram a prisão “como medida cautelar de proteção da ordem pública e da ordem econômica contra novos crimes em série que possam ser executados pelo investigado”.
Com a prisão de Geddel, passam a ser cinco os presos preventivos no âmbito das investigações da Operação Sépsis Cui Bono. Já estão detidos os ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, o doleiro Lúcio Funaro e André Luiz de Souza, todos apontados como integrantes da organização criminosa que agiu dentro da Caixa Econômica Federal (CEF). No caso de Cunha, Alves e Funaro, já existe uma ação penal em andamento. Os três são réus no processo que apurou o pagamento de propina em decorrência da liberação de recursos do FI-FGTS para a construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. Além deles, respondem à ação, Alexandre Margoto e Fábio Cleto.
NO RADAR ON-LINE (VEJA.COM)
Nova medida de Moro pode ser devastadora para o PMDB
Decisão afeta em cheio operadores que abasteciam o partido
Por Ernesto Neves
Terça-feira, 04 jul 2017, 06h02
O juiz Sergio Moro decretou, na noite da última segunda (3), a quebra do sigilo bancário e o sequestro de dinheiro dos operadores Jorge e Bruno Luz.
No total, a medida atinge dez contas bancárias, todas elas localizadas em paraísos fiscais. Moro quer ainda que sejam detalhadas todas as movimentações dos últimos cinco anos.
“Jorge Antônio da Silva Luz e Bruno Gonçalvez Luz teriam, em pelo menos cinco episódios, intermediado o pagamento de vantagem indevida a agentes públicos, incluindo dois diretores e dois gerentes da Petrobras, em valores vultosos e utilizando expedientes sofisticados de ocultação e dissimulação”, diz Sergio Moro.
Pai e filho, Jorge e Bruno Luz foram denunciados no dia 31 de março. São acusados de atuarem para parlamentares, sobretudo do PMDB, e diretores da Petrobras no pagamento de propina em contratos de compra e operação de navios-sonda no exterior.
NO BLOG DO JOSIAS
Profusão de ‘fatos novos’ enfraquece superioridade de Temer no Congresso
Josias de Souza
Terça-feira, 04/07/2017 05:19
O governo de Michel Temer está na berlinda há 48 dias, desde que veio à tona o escândalo da JBS. Nesse período, ministros e aliados do presidente no Congresso repetem que só um fato novo poderia encurtar-lhe o mandato. Produziram-se tantos fatos novos que ficou difícil contá-los. O penúltimo foi a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O próximo deve ser a formalização do acordo de delação premiada em que o doleiro Lúcio Funaro vai aprofundar as acusações contra Temer e todo o seu staff político.
A profusão de fatos novos — os de ontem somando-se aos de hoje, a estes misturando-se às previsões sobre os que estão por vir — provoca uma gradativa erosão no conglomerado governista, debilitando a supremacia legislativa do governo. Em público, Temer declara-se “animadíssimo”. Em privado, seus auxiliares contam votos. E concluem que a situação do governo já não é tão confortável na Câmara, que decidirá se autoriza ou não o Supremo Tribunal Federal a se debruçar sobre a denúncia que pode converter Temer em réu.
Como Temer não consegue fornecer explicações convincentes, a única consequência da onda de fatos novos é produzir outros fatos, e outros, e outros mais, até resultar em algo que começa a ganhar a aparência de um mar de acusações irrespondidas — um imenso lençol freático de suspeitas sobre o qual bóia, inerme, um governo incapaz de esboçar reação à altura.
Os primeiros fatos novos já vão ficando velhos: o áudio com o diálogo vadio do presidente, a delação dos executivos da JBS, a filmagem da mala com propina de R$ 500 mil, as explicações desastrosas de Temer, a prisão de Rodrigo Rocha ‘Homem da Mala’ Loures, a descoberta de que o presidente viajara no jatinho de Joesley ‘Bandido Notório’ Batista, a prisão de Henrique Eduardo Alves, o relatório em que a Polícia Federal conclui que Temer meteu-se mesmo num enredo criminoso, a conversão do presidente de investigado em denunciado por corrupção passiva junto ao Supremo Tribunal Federal…
De repente, quando o Planalto ainda festejava a transferência de Rocha Loures da carceragem brasiliense da PF para uma cana domiciliar, sobreveio a ordem de prisão contra Geddel. Suprema ironia: o ex-coordenador político de Temer virou ‘fato novo’ graças aos seus esforços para evitar o surgimento de outros dois ‘fatos novos’ radioativos. Geddel mexia-se nos subterrâneos para impedir as delações do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro — este último já com a língua em movimento.
A novidade orna com o fato novo original, que está na gênese da encrenca que ameaça o mandato do substituto constitucional de Dilma Rousseff. Na conversa gravada que manteve com Temer no escurinho do Jaburu, o delator Joesley Batista relatou ao presidente os seus esforço$ para preservar o silêncio de Cunha e Funaro. A certa altura, declarou que conquistara um bom relacionamento com Cunha. E Temer recitou para o gravador do visitante a frase que o perseguirá pelo resto da vida: “Tem que manter isso, viu?”
Depois de idas e vindas, Temer confirmou nesta segunda-feira, 03, que participará da reunião do G-20, na Alemanha. Voará na quinta-feira, 06. Não são negligenciáveis as chances de encontrar revelações do doleiro Funaro penduradas nas manchetes quando retornar ao Brasil, no sábado, 08. A essa altura, o governo já não descarta nem a hipótese de ser abalroado por uma delacão de Cunha. Ou de Rocha Loures. Ou do próprio Geddel.
Os deputados governistas observam a conjuntura de esguelha. E com um pé atrás. Sabem que, se ajudarem a enterrar a denúncia que trata de corrupção passiva, logo terão de deter a segunda flechada do procurador-geral da República, que alvejará o presidente com a denúncia sobre obstrução de Justiça. Que será seguida pela flecha da formação de organização criminosa. Os parlamentares começam a se questionar sobre a conveniência de arcar com o custo político de socorrer um presidente hemorrágico, com escassos 7% de popularidade.
Preso, Geddel chegou a Brasília de madrugada
Josias de Souza
Terça-feira, 04/07/2017 03:32
Preso em Salvador, o ex-ministro Geddel Vieira Lima desembarcou em Brasília no início da madrugada desta terça-feira (4), pouco depois da meia-noite. Como previsto, chegou em avião da Polícia Federal. E foi levado para a superintendência do órgão — o mesmo local onde estava preso até o último sábado Rodrigo Rocha Loures, o ex-assessor de Michel Temer que ficou conhecido nacionalmente como “homem da mala”.
Investigado na operação Cui Bono, que esquadrinha desvios de verbas da Caixa Econômica Federal, Geddel foi detido por ordem do juiz federal Vallisney de Oliveira, de Brasília. Os investigadores o acusaram de atrapalhar as investigações, agindo para evitar que o doleiro Lúcio Funaro e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha fizessem acordos de delação. Em depoimento, Funaro contou que Geddel procurou várias vezes sua mulher.
Apontado como operador de negócios ilícitos de Cunha e outros peemedebistas, Lúcio Funaro disse estranhar alguns telefonemas que sua esposa recebia de Geddel. Neles, o amigo e ex-ministro de Michel Temer estava “sondando qual seria o ânimo” de Funaro para se tornar um colaborador da Justiça.
O juiz Vallisney considerou o fato “gravíssimo”. Levou em conta imagens de telas de celular fornecidas pelo doleiro. Exibem horários de ligações e mensagens enviadas pelo “Carainho”, como Geddel era identificado no celular da mulher de Funaro. O juiz concordou com a conclusão dos investigadores de que Geddel continuava agindo para obstruir a elucidação dos crimes.
A prisão tem caráter preventivo, sem prazo para terminar. No seu despacho, o juiz realçou que Lúcio Funaro disse no depoimento que Geddel recebeu propina de cerca de R$ 20 milhões como contrapartida de negócios ilícitos efetuados na Caixa Econômica. O ex-ministro de Temer nega a acusação. Sua defesa considerou a prisão desnecessária.
Staff político de Temer é 100% feito de encrenca
Josias de Souza
Segunda-feira, 03/07/2017 18:50
As estatísticas comprovam que o sucesso do governo de Michel Temer tornou-se uma inviabilidade matemática. Noves fora o fato de que o próprio presidente foi denunciado por corrupção, seu staff político é 100% feito de encrencados — 50% dos operadores de Temer estão presos. Os outros 50%, protegidos pelo escudo do foro privilegiado, aguardam na fila.
Detido nesta segunda-feira, o ex-ministro Geddel Vieira Lima passou a integrar a ala dos amigos do presidente que trocaram os jantares do Jaburu pela quentinha da cadeia. Antes dele foram encarcerados dois ex-presidentes da Câmara: Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves. Ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala, também amargou seus dias de quentinha antes de migrar, no último final de semana, para a prisão domiciliar.
Agarrados ao foro especial do Supremo Tribunal Federal estão o senador e ex-ministro, Romero Jucá e os ainda ministros, Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil).
Cercado de suspeição por todos os lados, Temer assegura ao País que sua presidência é uma ilha de moralidade. Flutuam ao redor Geddel, Cunha, Alves, Jucá, Moreira, Padilha e um enorme etcétera de aliados. Shakespeare devia estar pensando nisso quando disse: “Não há o que ecolher num saco de batatas podres.”
NO O ANTAGONISTA
Padilha e Moreira Franco na mira das flechas
Brasil Terça-feira, 04.07.17 07:22
Depois da prisão de Geddel Vieira Lima, o Planalto está com medo de que Rodrigo Janot invista contra Eliseu Padilha e Moreira Franco, segundo o Estadão...
Há muito bambu para as flechas do PGR? Há.
Mas, se não houvesse alvos, as flechas não serviriam para nada.
Há 33 anos, a primeira denúncia contra Geddel
Brasil 04.07.17 07:27
A primeira denúncia contra Geddel Vieira Lima ocorreu quando ele tinha 25 anos, lembra o Estadão.
Foi acusado de desviar milhões do Banco do Estado da Bahia.
Geddel está com 58 anos.
Lula aposta na amnésia dos brasileiros
Brasil 04.07.17 07:08
Lula disse a petistas paulistas, segundo a Folha, que "o partido deve investir nas classes menos favorecidas, hoje, na sua opinião, saudosas de seu governo. De acordo com participantes, Lula afirmou que, para o brasileiro, o importante é ter três refeições à mesa por dia".
Lula, na verdade, aposta que os brasileiros já esqueceram que foi o PT que tornou o feijão mais ralo.
Dilma não sabia de nada?
Brasil 04.07.17 07:04
O esquema de Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e Fábio Cleto na Caixa Econômica Federal funcionou no governo Dilma Rousseff.
Fábio Cleto só foi exonerado pela petista depois da deflagração do seu processo de impeachment, aberto por Cunha.
Dilma não sabia de nada?
A festa nacional
Brasil 04.07.17 06:59
O Globo informa que o PT "já prepara protestos caso Lula seja condenado pelo triplex".
Essa gente não entendeu nada.
O Brasil vai explodir de felicidade quando Lula for condenado. A festa seria ainda maior se ele fosse preso.
Como funcionava o esquema de Geddel e Cunha
Brasil 04.07.17 06:59
A Folha fez um bom resumo do esquema de Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha na Caixa Econômica Federal, descoberto pela Operação Cui Bono? e revelado por Fábio Cleto, ex-vice-presidente do banco:
"1. Empresas apresentavam projetos para pleitear recursos do FGTS, gerido pela Caixa;
2. Cleto passava ao ex-deputado Eduardo Cunha os projetos em tramitação;
3. Com o intermédio do corretor Lúcio Funaro, Cunha negociava com as empresas o pagamento de propina;
4. Após a negociação, Cleto atuava para convencer conselheiros do Fundo a escolher as empresas que pagaram a propina.
Geddel estava em todas, segundo os investigadores.
Sempre com o nosso dinheiro
Brasil 04.07.17 06:48
Michel Temer tem quantos votos na CCJ da Câmara contra a denúncia de corrupção feita por Rodrigo Janot?
Por volta de 30, na conta dos jornais. Ele precisa de 34.
É sempre com o nosso dinheiro, lembre-se.
O golpe é contra a honestidade
Brasil 04.07.17 06:44
De um observador da cena política:
"Desde o processo de impeachment de Dilma Rousseff, a palavra "golpe" entrou para o cotidiano da política. Mas o golpe mesmo é contra a honestidade."
Esqueceram o Sétimo Mandamento
Brasil 04.07.17 06:40
O Painel publica que "A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima será usada por aliados de Michel Temer para inflar o discurso de que o Judiciário trava uma luta política para apear o presidente do poder. Para o Planalto, a detenção revela mais uma cena do enredo que situa Temer como o eixo central de um grupo criminoso".
Para evitar a "conspiração", bastaria que se seguisse o Sétimo Mandamento.
E foi assim que Rocha Loures substituiu Geddel
Brasil Segunda-feira, 03.07.17 21:03
No áudio da conversa clandestina entre Joesley Batista e Michel Temer, o empresário cita Geddel Vieira Lima como intermediário entre ele e o presidente. Mas que estava complicado -- porque podia parecer obstrução de Justiça, completa Temer.
E foi assim que Rodrigo Rocha Loures substituiu Geddel.
Fachin nega mais um pedido de Lula
Brasil 03.07.17 18:57
Edson Fachin negou o pedido de Lula para suspender a ação do triplex.
Diz O Globo:
"A defesa de Lula reclamava que Moro rejeitou pedido da defesa para ter acesso a informações sobre negociações de acordo de colaboração premiada entre os réus José Aldemário Pinheiro Filho, mais conhecido como Léo Pinheiro, e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, ambos ligados à OAS. Isso porque tais informações poderiam influenciar diretamente a ação penal na qual ele é réu. Fachin, no entanto, em decisão tomada em 12 de junho, não viu nenhuma ilegalidade na decisão de Moro. A defesa recorreu, mas Fachin negou o pedido novamente".
Não há nada que impeça a condenação de Lula.
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