PRIMEIRA EDIÇÃO DE 18-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 18 DE JUNHO DE 2017
Aldo Rebelo saiu do Ministério da Defesa, ao final do governo Dilma, mas deixou muitos admiradores nas Forças Armadas. Seu fã-clube impressiona porque o seu Partido Comunista do Brasil (PCdoB) protagonizou a Guerrilha do Araguaia, um dos principais conflitos armados nos tempos de chumbo do regime militar. A filiação partidária foi usada para mantê-lo longe do cargo para o qual parecia destinado.
Aldo Rebelo ampliou o número de admiradores nas Forças Armas ao se revelar grande conhecedor História Militar do Brasil.
Alagoano de Viçosa como Teotônio Viela, jeito de mineiro, o jornalista Aldo foi eleito cinco vezes deputado federal pelo PCdoB de São Paulo.
No Comando do Exército são frequentes os elogios a Aldo Rebelo, do comandante aos oficiais que conviveram com ele quando ministro.
Já sem motivação para disputar mandatos, Aldo Rebelo deverá deixar o PCdoB, que ajudou a tornar relevante em décadas de militância.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, não menciona isso publicamente, mas torce pela permanência do presidente Michel Temer no cargo. A torcida já foi manifestada em conversas reservadas com políticos mineiros e reflete um pouco a solidariedade de um político que nos últimos anos tem enfrentado pressões e incerteza idênticas, em razão de investigações da Operação Acrônimo, da Polícia Federal.
Temer recebeu diversos recados de Fernando Pimentel desejando-lhe boa sorte e recomendando serenidade, no enfrentamento da crise.
Na reunião-jantar com os governadores, na terça, o presidente fez questão de agradecer a Pimentel e conversar com ele reservadamente.
O governador de Minas sempre manteve diálogo com adversários, até com Aécio Neves, com quem chegou a fazer aliança eleitoral.
Experiente cientista político de Brasília aposta em três previsões para o governo Temer, após o julgamento no TSE: o acirramento de choques entre Poderes e nos conflitos na base de apoio ao governo; fatos novos da Lava Jato; e o avanço das reformas econômicas no Congresso.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso completa 86 anos neste domingo (18). Atualmente ele preside o Instituto FHC, e também é um dos ‘imortais’ da Academia Brasileira de Letras.
Apesar de toda a crise política e as promessas de novas denúncias contra o presidente Michel Temer, aliados do governo no Congresso garantem que o peemedebista tem ao menos 238 votos na Câmara.
O Poder Executivo, o maior e mais caro dos Três Poderes, custa – apenas com a folha de pessoal e aposentadorias e benefícios de servidores – R$ 211,4 bilhões por ano ao contribuinte brasileiro.
A Presidência da República – que inclui a Vice-Presidência e também outras secretarias e agências reguladoras – custa ao contribuinte R$ 5,45 bilhões/ano apenas com a folha de pessoal. Dados são do Siape.
Agora que o TSE contrariou a vontade de muita gente, discute-se até o que era considerado ‘absurdo’ meses atrás: o fim da Justiça Eleitoral. Há abaixo-assinado com 33 mil assinaturas na plataforma Change.org.
As comissões de Fiscalização Financeira e de Finanças e Tributação da Câmara realizam audiência pública na terça (20) para analisar operações do BNDES na aquisição de ações do grupo JBS e o ganho de R$ 700 milhões com o uso de informações privilegiadas de delação.
Apesar de aliados do ex-presidente comemorarem resultados recentes em pesquisas, a maior parte dos votos de Lula vem do público mais velho. Em RS, PR e MG, Lula lidera apenas público acima de 45 anos.
A semana em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vai governar o País interinamente vai servir de “teste” para PT e oposição?

NO BLOG DO JOSIAS
Feitiços de Loures e Aécio viraram urucubacas
Josias de Souza
Domingo, 18/06/2017 05:34
No Supremo Tribunal Federal, pequenas mandracarias advocatícias podem resultar em grandes urucubacas. Voltaram-se contra os defendidos, por exemplo, as últimas petições dos defensores de Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala de Michel Temer, e Aécio Neves, presidente licenciado do PSDB.
Sob o pretexto de que Rocha Loures corria risco de vida na cadeia da Papuda, seus advogados pediram que ele passasse a arrastar uma tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, transferiu o preso. Não para casa, como desejavam os doutores, mas para uma sala na Polícia Federal, em Brasília.
Na Papuda, Loures tinha banho de Sol, tevê e companhia. Na PF, foi isolado numa sala sem banheiro e sem tevê. Perdeu também o acesso ao Sol. Em nova petição, os defensores do ex-assessor de Temer pedem sua transferência para um quartel da PM de Brasília. No limite, informam que Loures prefere voltar para a Papuda. De repente, as supostas ameaças e o alegado medo de morrer ficaram em segundo plano.
No caso de Aécio, Fachin aceitou a tese de que a mordida de R$ 2 milhões que o grão-tucano deu em Joesley Batista, da JBS, não tem nada a ver com Lava Jato. Por sorteio, os autos foram parar na mesa de Marco Aurélio Mello. Com a troca, Aécio saiu do purgatório da Segunda Turma do Supremo, generosa na concessão de habeas corpus, para o inferno da Primeira Turma, que administra com parcimônia a chave da cadeia.
Na semana passada, por 3 votos a 2, a Primeira Turma manteve atrás das grades Andrea Neves, a irmã de Aécio. Nesta terça-feita (20), o colegiado apreciará pedido do procurador-geral da República Rodrigo Janot para que o próprio Aécio seja passado na chave. Os doutores que defendem o tucano pediram que o julgamento fosse transferido da turma, com cinco ministros, para o plenário do Supremo, onde se reúnem as 11 togas da Corte. O relator Marco Aurélio disse “não”.
Considerando-se o resultado dos últimos feitiços, os encrencados do escândalo JBS deveriam recomendar aos respectivos advogados mais parcimônia na administração dos feitiços.

Briga de Temer e Joesley não pode ser apartada
Josias de Souza
Domingo, 18/06/2017 02:56
O presidente da República e o dono da JBS decidiram trocar insultos na frente das crianças. Joesley Batista disse que Temer é “o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”. Em resposta, Temer declarou que Joesley é “o bandido notório de maior sucesso na História brasileira.” Atônita, a platéia observa o espetáculo em silêncio. Não convém discutir com peritos no assunto, pois ambos podem ter razão.
Muita gente está preocupada em Brasília com com os desdobramentos políticos do arranca-rabo. A turma do deixa-disso ameaça entrar em cena. A interrupção da desavença é o pior que poderia acontecer. A multidão vaiaria. E talvez gritasse, em uníssono: “Tem que manter isso, viu?”
Arranca-rabo nascido de um encontro fraternal do “chefe da quadrilha” com o “bandido notório” no escurindo do Palácio do Jaburu é um tipo de briga que pede para não ser apartada. Há um enorme interesse dos brasileiros pela continuidade do rififi. Estão todos ávidos para saber até onde os contendores permitirão que o melado escorra.
O espetáculo ficaria muito melhor se Lula e Aécio Neves —que Joesley acusa, respectivamente, de ter “institucionalizado a corrupção” e de ser “tão corrupto quanto os outros”— entrassem na confusão com a mesma disposição de cuspir fogo exibida por Temer.
As crianças na faixa etária de 5 a 90 anos ficariam escandalizadas. Mas uma briga generalizada talvez ajudasse a esclarecer esse estranho período da História brasileira em que um governo em decomposição do PT foi substituído por uma administração podre do PMDB e a alternativa a ambos, representada pelo PSDB, não consegue demonstrar a diferença entre tucanos e protozoários.

NO O ANTAGONISTA
Fundos de pensão 4 x 1 Petrolão
Brasil Domingo, 18.06.17 08:54
O rombo causado pelas fraudes nos fundos de pensão investigadas na Operação Greenfield é quatro vezes maior que o rombo causado pelo esquema de corrupção na Petrobrás, segundo a Polícia Federal.
Placar revelado pelo Estadão: R$ 53,8 bilhões a R$ 13,8 bilhões.
ORCRIM dá prejuízo de R$ 123 bilhões ao Brasil
Brasil 18.06.17 08:46
A Polícia Federal deflagrou, em quatro anos, 2.056 operações contra organizações criminosas que provocaram prejuízos estimados em R$ 123 bilhões ao País.
Os dados são da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), da PF, e foram obtidos pelo Estadão por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
O dinheiro era dos brasileiros.
MPF mira compra de voto por Olimpíada no Rio
Brasil 18.06.17 08:34
Em 3 de março, o jornal francês "Le Monde" noticiou que o empresário brasileiro Arthur Cesar Menezes Soares Filho, ligado ao ex-governador Sérgio Cabral, pagou US$ 1,5 milhão a Papa Diack, filho de Lamine Diack, um membro senegalês do Comitê Olímpico Internacional (COI), três dias antes da votação para escolha da sede da Olimpíada de 2016.
Como Lamine Diack votou no Rio de Janeiro, que venceu a eleição e sediou os Jogos, a Justiça francesa investigava se o pagamento foi realmente propina para a compra do voto.
Agora, segundo O Globo, o MPF pediu à Justiça francesa o compartilhamento dos dados sobre a investigação.
Os hermanos da Odebrecht
Brasil 18.06.17 08:19
A relação da Odebrecht com os governos Kirchner, da Argentina, será exposta em uma das delações da empreiteira ainda mantidas em sigilo, segundo Guilherme Amado, do Globo.
Pessoas ligadas a Julio de Vido, ministro do Planejamento de Néstor e Cristina Kirchner, teriam negociado uma propina de US$ 25 milhões para que a Odebrecht tocasse um bilionário projeto de extensão das redes de distribuição de gás no país.
FHC anima o PT
Brasil 18.06.17 07:42
Como comentamos em Reunião de Pauta, o PT se animou com a posição de FHC em defesa da antecipação das eleições diretas.
Segundo o Painel da Folha, "integrantes da recém-lançada frente suprapartidária pelas Diretas, Já querem um encontro com o tucano" e "há integrantes no grupo que defendem que o ex-presidente Lula faça a interlocução".
O PT sempre se esconde atrás de bandeiras populares, geralmente com a ajuda da imprensa. A mais recente é esta frente "suprapartidária" que, além do próprio PT, reúne os mesmos grupos petistas de sempre e suas linhas auxiliares: CUT, MST, MTST, Fora do Eixo/Mídia Ninja, PSOL, PCdoB, UJS, UNE...
FHC se ofereceu a essa gente, que parece ter entendido o recado.
Somos o oposto de Lula (sempre)
Brasil 18.06.17 07:36
Dois anos atrás, O Antagonista foi bombardeado porque denunciou o esquema de propinas de Eduardo Cunha.
O site, na época, foi acusado de estar sendo manipulado pela PGR petista para barrar o impeachment.
Como se sabe, o impeachment ocorreu e Eduardo Cunha foi preso.
A Lava Jato continuou seu trabalho e Lula está prestes a ser condenado pela primeira vez.
A guerrilha virtual financiada pela ORCRIM atrapalha o funcionamento do site, emporcalhando nossa caixa de comentários, mas nunca deixaremos de ser o oposto de Lula.
Leia o que publicamos em 15 de outubro de 2015:
Os antilulistas de Lula
Brasil 18.06.17 07:15
Os antilulistas que atacam o acordo da PGR com Joesley Batista devem saber que a PGR está fechando acordos também com uma série de delatores que acusam diretamente Lula.
Lula apoia os antilulistas.
Temer é igual a Lula
Brasil 18.06.17 07:08
Michel Temer engana os otários dizendo que é perseguido pela PGR porque Rodrigo Janot e Edson Fachin querem proteger Lula e o PT.
Enquanto isso, peemedebistas e petistas articulam juntos medidas para evitar a cadeia.
O modelo defendido pela ORCRIM é aquele do TSE, em que juízes indicados por Michel Temer destruíram todas as provas coletadas pela Lava Jato para absolver Dilma Rousseff e o próprio Michel Temer.
A “guerrilha virtual” de PT, PSDB e PMDB contra O Antagonista
Brasil Sábado, 17.06.17 21:57
Uma das medidas para verificar a influência — e a independência — de um meio de comunicação é a intensidade dos ataques que ele recebe de todos os lados. Ataque é diferente de crítica, bem entendido. Ataque significa caluniar e difamar quem incomoda porque é independente e influente.
O Antagonista vem sendo atacado por três lados. O primeiro é o dos petistas. Eles inventam que somos pagos por Aécio Neves para atacar Lula. O segundo é o dos tucanos. Eles inventam que a Empiricus é uma corretora e nós queremos desestabilizar o País para que a nossa sócia especule com as más notícias. O terceiro lado é o dos peemedebistas. Eles inventam que nos aliamos ao PT e à Rede Globo, para derrubar Michel Temer e eleger Lula.
Para além de blogueiros sujos, essas três frentes lançam mão da "guerrilha virtual" nas redes sociais e na área de comentários de O Antagonista — "guerrilha" paga com dinheiro público, para variar. Na área de comentários, os três lados utilizam simultaneamente três táticas: a) calúnia e difamação do site e dos jornalistas que o fazem. É a maneira mais tradicional, por assim dizer; b) textos pretensamente equilibrados que nos esculhambam. É uma forma mais civilizada de tentar convencer os leitores de que somos imbecis; c) disparos incessantes de parágrafos sobre sexo, ou com repetições de sinais gráficos, ou com linhas non sense em Inglês. É um meio desesperado de tentar desestimular o acesso aos comentários.
Visto que nascemos com a intenção de dar voz aos leitores, não estabelecemos barreiras. Isso, evidentemente, torna tudo fácil para os mercenários dos três partidos que infestam a área reservada à opinião dos leitores. O problema de estabelecer barreiras num site de política é que muitos cidadãos de bem não querem fornecer os seus dados, por medo de serem patrulhados ou mesmo retaliados no trabalho, principalmente. Num país feroz como o Brasil, trata-se de receio compreensível.
É preciso ter paciência até que encontremos um caminho para diminuir a quantidade de lixo produzido pela "guerrilha virtual", sem afugentar comentaristas de verdade. Sugiro que se sintam lisonjeados por incomodarmos tanto. Sim, lisonjeados, porque só existimos graças a vocês, leitores. Vocês é que nos fazem influentes. Sem vocês, não seríamos nada. Se não tivéssemos tantos leitores, ninguém estaria preocupado em nos atacar. Os influentes são vocês.
Muito obrigado.
MPF é contra soltar Cunha e Alves
Brasil 17.06.17 18:06
O Ministério Público Federal da 5ª Região emitiu pareceres contrários à concessão de habeas corpus para o ex-ministro Henrique Eduardo Alves e o ex-deputado federal Eduardo Cunha, ambos do PMDB.
Para o MPF, como informou O Globo, a manutenção da prisão preventiva de ambos é necessária para evitar a continuidade de práticas ilícitas e assegurar a efetividade da aplicação das leis penais.
No caso de Alves, também se quer evitar uma possível fuga para fora do Brasil, já que ele realizou viagens internacionais nos últimos anos e “tem a seu favor a logística necessária para ausentar-se do País”.
No caso de Cunha, o MPF concluiu também que a soltura implicaria em um risco efetivo à ordem pública.
Os dois ex-parlamentares são réus pela prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro de forma continuada.

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