PRIMEIRA EDIÇÃO DE 06-6-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NO CEARÁ NEWS
SÃO CINCO MANDADOS DE PRISÃO, INCLUSIVE CONTRA EDUARDO CUNHA
Publicado: terça-feira, 06 de junho de 2017 às 06:58 - Atualizado às 07:37
Redação
A Justiça Federal do Rio Grande do Norte determinou a prisão do ex-presidente da Câmara e ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves e o mandado foi cumprido na manhã desta terça-feira (6), em desdobramento da Operação Lava Jato. O ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, é alvo de um novo mandado de prisão preventiva. Ambos são do PMDB e foram presidentes da Câmara dos Deputados.
Batizada de Manus, a operação investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. Segundo PF, o sobrepreço chega a R$ 77 milhões.
São cumpridos 33 mandados, sendo cinco mandados de prisão preventiva (sem prazo), seis de condução coercitiva, quando alguém é levado a depor, e 22 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e no Paraná.
A investigação se baseia em provas da Lava Jato, que apontam o pagamento de propina a Cunha e Alves em troca de favorecimento a duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.
Segundo a PF, foram identificados pagamentos de propina por meio de doações oficiais entre 2012 e 2014 . Além disso, um dos investigados usou valores supostamente doados para a campanha de 2014 em benefício pessoal.
Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
O nome da operação é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, que significa uma mão lava a outra.
FOTOS DESMASCARAM MENTIRAS DO PETISTA PELA 4ª VEZ CONSECUTIVA
Publicado: terça-feira, 06 de junho de 2017 às 00:01 - Atualizado às 00:06
Justiça aceita denúncia e Cid Gomes vira réu em processo por empréstimo no BNB
Ex-governador tem o prazo de 10 dias para apresentar justificativa
O ex-governador do Ceará, Cid Gomes, enrolado na Lava Jato, depois de delação da JBS
Terça-feira, 06/06/2017 1:29
A Justiça Federal aceitou denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-governador Cid Gomes por suposta prática do crime contra o Sistema Financeiro Nacional. Inicialmente proposta na 32ª Vara Federal de Fortaleza, a ação foi encaminhada para a 18ª Vara Federal em Sobral.
De acordo com o processo, Cid Gomes foi beneficiado com empréstimo supostamente irregular realizada na agência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
O que diz a Ação:
No dia 27 de agosto de 2014, os gerentes gerais e de negócios da agência do Banco do Nordeste do Brasil em Sobral/CE, Acy Milhomem de Vasconcelos e Micael Gomes Rodrigues, teriam recebido proposta de financiamento da empresa Corte Oito Gestão e Empreendimentos Ltda, dos sócios Cid Ferreira Gomes e Ricardo Sérgio Farias, para a construção de condomínio de galpões para locação e teriam emitido parecer favorável ao financiamento pleiteado no valor de R$ 1.335.700,00, com 100% do valor financiado pelo BNB, no âmbito do programa FNEMPEServiços (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste Programa de Financiamento às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e Empreendedor Individual), em desacordo com as normas do FNE e com base em previsão de faturamento inexequível da empresa mutuária.
(...)
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 06 DE JUNHO DE 2017
Movido a cliques fotográficos, o ex-presidente Lula sabe que imagem “vale mais que mil palavras”. Deveria saber também que vale mais do que muitas de suas mentiras. Ontem, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-deputado Pedro Corrêa provou com fotos que se reuniu com Lula várias vezes, ao contrário do que ele dissera sob juramento. Lula foi desmentido por fotos, antes, nos casos do tríplex, do sítio em Atibaia e das reuniões com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque.
Até março de 2016, Lula negava qualquer relação com o tríplex, quando aparecerem fotos suas visitando obras de reforma ao imóvel.
Lula negou à Justiça ligação ao sítio em Atibaia, mas fotos o mostram à beira da piscina, no imóvel, reunido com Léo Pinheiro e outros da OAS.
Em depoimento a Sérgio Moro, Lula negou reuniões com diretores da Petrobras. Ex-diretor, Renato Duque mostrou fotos dos encontros.
Veterano nas artes da pilantragem política, Pedro Corrêa foi presidente do PP e diz que tratava com Lula sobre “partilhas” em geral.
O julgamento da chapa Dilma-Temer, nesta terça (6), não ocorreria se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tivesse acolhido, em fevereiro de 2015, o voto da ministra Maria Thereza de Assis Moura, a relatora, pelo arquivamento da ação. Ela foi voto vencido e o TSE a desarquivou. A ministra seria substituída no TSE (e no caso Dilma-Temer) por Herman Benjamin, como ela, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O ministro Herman Benjamin tem entendimento oposto ao da colega do STJ. Seu voto como relator será pela condenação da chapa.
A ministra Maria Thereza será lembrada no TSE, hoje. Lamentarão o não arquivamento, como ela queria. Ou celebrarão o desarquivamento.
Se condenados, Dilma e Temer podem sofrer suspensão, multa ou anulação do registro da candidatura. Neste caso, anula-se a eleição.
Apesar de toda crise política, não se percebe a tendência, em Brasília, de condenação da chapa Dilma-Temer no TSE. Se isso acontecer, será uma enorme surpresa, inclusive em outros tribunais superiores.
A Justiça do Trabalho condenou o órgão público Cia. Habitacional do DF (Codhab) a indenizar servidor obrigado a fazer campanha para o PT em 2014. O contribuinte, que é vítima, pagará R$10 mil ao servidor. Já os pilantras que o obrigavam a se fantasiar de petista, ficam impunes.
O Congresso realiza uma sessão solene às 11h desta terça (6) para promulgar a Emenda Constitucional 96/2017, a PEC da Vaquejada. A partir de amanhã a vaquejada é constitucionalmente um esporte.
O governo do Brasil tem 816 empreendimentos para gerar energia no Brasil, mas só 111 de energia solar. A capacidade de produção de energia solar no Brasil passará de 28 megawatts a 3.000 MW; ou 0,02% de toda a energia, para 1,7% da energia produzida por aqui.
Às 16h desta terça (6), será instalada na Câmara a comissão especial que analisa o fim das coligações partidárias, em campanhas políticas no Brasil. Também serão eleitos presidente e relator da PEC 282/2016.
O senador Pedro Chaves (PSC-MS) pode ser a alternativa para a presidência do Conselho de Ética do Senado Federal. Distante de PSDB, PT ou PMDB, ele é do PSC e admirado por colegas.
A Comissão de Direitos da Mulher da Câmara aprovou proposta que dá auxílio de até R$300 à mãe solteira sem condições de se manter. O problema é que a Constituição obriga indicar de onde sairá o dinheiro.
Esta semana será de importantes definições... na Europa. Na quinta (8), o Reino Unido promove as eleições gerais. No domingo (11), a Itália realiza eleições municipais e a França, as parlamentares.
...muita gente pergunta se o “deputado da mala” Rocha Loures vai delatar, mas ele deve estar se perguntando: “por que não delatar?”
NO DIÁRIO DO PODER
OPERAÇÃO ORUZA
PF DEFLAGRA OPERAÇÃO CONTRA FRAUDES EM BENEFÍCIOS DO INSS
MANDADOS SÃO CUMPRIDOS EM CIDADES DO GOIÁS E EM BRASÍLIA
Publicado: terça-feira, 06 de junho de 2017 às 07:56 - Atualizado às 08:10
A Polícia Federal deflagra a Operação Oruza, que investiga um grupo suspeito de fraudar benefícios previdenciários de pensão por morte e aposentadoria, nesta quinta-feira (6). A quadrilha teria causado prejuízo de R$ 5 milhões ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Os policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva, 76 de condução coercitiva e 26 de busca e apreensão em Niquelândia, Padre Bernardo, Vila Propicio, Porangatu, Trombas, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Colinas do Sul, Formoso, em Goiás, e em Brasília.
Há dois anos, as investigações começaram após a identificação de concessão irregular de benefícios rurais para pagamento de pensão por morte. Os valores eram recebidos com a apresentação de declarações falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos rurais.
São investigados – por crimes de estelionato previdenciário, falsificação de documento público, fraude processual e organização criminosa – na operação cinco advogados, três servidores do INSS, agenciadores, proprietários rurais e beneficiários e representantes legais.
ARENA DAS DUNAS
JUSTIÇA FEDERAL PRENDE HENRIQUE ALVES POR CORRUPÇÃO EM OBRA DE ESTÁDIOSÃO CINCO MANDADOS DE PRISÃO, INCLUSIVE CONTRA EDUARDO CUNHA
Publicado: terça-feira, 06 de junho de 2017 às 06:58 - Atualizado às 07:37
Redação
A Justiça Federal do Rio Grande do Norte determinou a prisão do ex-presidente da Câmara e ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves e o mandado foi cumprido na manhã desta terça-feira (6), em desdobramento da Operação Lava Jato. O ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, é alvo de um novo mandado de prisão preventiva. Ambos são do PMDB e foram presidentes da Câmara dos Deputados.
Batizada de Manus, a operação investiga corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. Segundo PF, o sobrepreço chega a R$ 77 milhões.
São cumpridos 33 mandados, sendo cinco mandados de prisão preventiva (sem prazo), seis de condução coercitiva, quando alguém é levado a depor, e 22 de busca e apreensão no Rio Grande do Norte e no Paraná.
A investigação se baseia em provas da Lava Jato, que apontam o pagamento de propina a Cunha e Alves em troca de favorecimento a duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.
Segundo a PF, foram identificados pagamentos de propina por meio de doações oficiais entre 2012 e 2014 . Além disso, um dos investigados usou valores supostamente doados para a campanha de 2014 em benefício pessoal.
Os investigados responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
O nome da operação é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, que significa uma mão lava a outra.
NÃO VALE NADA
IMAGENS VALEM MAIS QUE MIL MENTIRAS DE LULAFOTOS DESMASCARAM MENTIRAS DO PETISTA PELA 4ª VEZ CONSECUTIVA
Publicado: terça-feira, 06 de junho de 2017 às 00:01 - Atualizado às 00:06
FOTOS DESMENTEM DISCURSOS DO PETISTA PELA QUARTA VEZ CONSECUTIVA
Movido a cliques fotográficos, o ex-presidente Lula sabe que imagem “vale mais que mil palavras”. Deveria saber também que vale mais do que muitas de suas mentiras. Ontem, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-deputado Pedro Corrêa provou com fotos que se reuniu com Lula várias vezes, ao contrário do que ele dissera sob juramento. Lula foi desmentido por fotos, antes, nos casos do tríplex, do sítio em Atibaia e das reuniões com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Até março de 2016, Lula negava qualquer relação com o tríplex, quando aparecerem fotos suas visitando obras de reforma ao imóvel.
Lula negou à Justiça ligação ao sítio em Atibaia, mas fotos o mostram à beira da piscina, no imóvel, reunido com Léo Pinheiro e outros da OAS.
Em depoimento a Sérgio Moro, Lula negou reuniões com diretores da Petrobras. Ex-diretor, Renato Duque mostrou fotos dos encontros.
Veterano nas artes da pilantragem política, Pedro Corrêa foi presidente do PP e diz que tratava com Lula sobre “partilhas” em geral.
NA VEJA.COM
Emílio: Lula pedia doações ao PT, mas não tratava de valores
Empresário cita 'relação cerimoniosa' com o ex-presidente, que escalava Antonio Palocci como interlocutor da empreiteira para assuntos financeiros
Por João Pedroso de Campos
Segunda-feira, 05 jun 2017, 22h26 - Publicado em 5 jun 2017, 22h13
Presidente do conselho administrativo do grupo Odebrecht, Emílio Odebrecht falou ao juiz federal Sergio Moro nesta segunda-feira como testemunha de acusação em um dos processos que têm entre os réus o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O empresário confirmou ao magistrado que Lula lhe pedia ajuda financeira para campanhas do Partido dos Trabalhadores, “como todos os presidentes daqui do Brasil como do exterior”, mas pontuou que o petista não tratava de valores.
“Existia uma relação cerimoniosa, apesar da relação de confiança, que eu diria até de amizade por longa data que nos conhecíamos, não existia efetivamente algo onde a gente conversasse sobre valores. Tanto assim que ele indicava quem seria a pessoa dele e eu indicava quem seria a minha pessoa, para ver como nós ajudávamos”, afirmou Emílio Odebrecht.
O empresário relatou que o interlocutor escalado por Lula para negociar doações eleitorais oficiais e não oficiais com a Odebrecht era Antonio Palocci, enquanto encarregava para tratar com Palocci, em momentos distintos, os ex-presidentes do grupo Odebrecht, Pedro Novis e Marcelo Odebrecht.
Veja também
Brasil Odebrecht comprou imóvel ‘em retribuição’ a Lula, diz executivo 05 jun 2017 - 21h06
Quando a procuradora do Ministério Público Federal, Isabel Cristina Groba Vieira o questionou a respeito da declaração de seu filho, Marcelo, de que havia disponibilizado 300 milhões de reais ao PT em Caixa Dois, Emílio Odebrecht ressaltou que não tratava de valores com o ex-presidente. “Tive conhecimento, Marcelo me trouxe pra eu informar o presidente Lula e eu não levei porque não levava números para ele. O que eu perguntava é ‘você e o interlocutor indicado pelo presidente acertaram? Vocês estão de acordo?’”, respondeu.
O empresário também negou conhecer a conta “amigo”, rubrica que o MPF atribui a Lula dentro da planilha “Italiano”, e relatou os termos em que conversava com Lula sobre a criação de uma entidade para preservar seu legado político.
“Eu sempre procurei, há muitos anos, dizer a ele, da mesma forma que eu tenho perante os meus executivos na organização, um trabalho sobre o “day after”. Ou seja: vocês, quando se aposentarem, precisam se preparar hoje para o dia de amanhã. A mesma coisa eu dizia ao presidente: ‘Presidente, o senhor precisa pensar no day after’. Aí surgiam conversas sobre instituto, sobre fundação, onde eu dizia a ele a experiência que existe, internacional, de vários presidentes”, disse Odebrecht.
O que pesa conta Lula
No processo em que Emílio Odebrecht depôs como testemunha, Lula é acusado pela força-tarefa da Lava Jato dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter sido beneficiado com propinas da Odebrecht na compra de um terreno onde seria construído o Instituto Lula e na aquisição de uma cobertura vizinha à do ex-presidente no edifício Hill House, em São Bernardo do Campo,SP.
Pelo prédio que abrigaria a entidade que leva o nome do ex-presidente, a DAG Construtora, espécie de “laranja” da empreiteira, pagou 12,4 milhões de reais. O imóvel acabou sendo descartado pelo petista. No caso do apartamento, Glaucos Costamarques, primo de José Carlos Bumlai, pecuarista e amigo de Lula, serviu como “laranja”.
O dinheiro teria sido desviado de obras como a terraplenagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná, além da construção de plataformas de perfuração e da montagem de um gasoduto.
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Brasil Banco suíço denunciou supostas contas de Lula e Dilma com a JBS 02 jun 2017 - 09h06
Também são réus neste processo Antonio Palocci, Marcelo Odebrecht, o advogado do petista, Roberto Teixeira, o ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, o ex-executivo da Odebrecht, Paulo Ricardo Baqueiro de Melo, o empresário Demerval Gusmão, dono da DAG Construtora, e Glaucos Costamarques. A ex-primeira-dama, Marisa Letícia Lula da Silva, que também era ré e morreu em fevereiro, teve a culpabilidade extinta por Moro.
Outro lado
Por meio de nota, o advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, afirma que “os depoimentos prestados mostram, mais uma vez, o caráter irreal da acusação, pois o MPF tenta atribuir a Lula ou a pessoa a ele relacionada um imóvel que jamais solicitou ou recebeu. A audiência foi marcada pelo incentivo à exploração de opiniões e juízos de valor por parte das testemunhas, tornando inevitável à defesa lembrar ao Juízo a vedação legal para essa conduta, prevista no artigo 212 do Código de Processo Penal.
Na falta de qualquer prova sobre a acusação veiculada na denúncia, o MPF buscou introduzir questionamentos estranhos à ação penal e baseados em documentos ligados à delações que a defesa somente teve ciência no final da manhã e não teria como analisar até o início dos depoimentos coletados na parte da tarde. Buscou-se um espetáculo midiático com evidentes prejuízos à defesa, que não viu apreciado o seu pedido de suspensão da audiência formulado ao TRF4 ainda no final da manhã”.
NO BLOG DO JOSIAS
Crise do governo Temer não terminará no TSE
Josias de Souza
Terça-feira, 06/06/2017 04:29
A crise que desnorteia o governo de Michel Temer sobreviverá ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral sobre a chapa vitoriosa em 2014. Há 20 dias, a pergunta que incomodava o presidente era: “Será que ele conseguirá aprovar as reformas?” Hoje, a interrogação que persegue Temer é outra: “Será que ele terminará o mandato?” E o espetáculo do TSE, seja qual for o veredicto, não modificará essa realidade.
Na hipótese que o governo considera mais benigna, os prognósticos de Temer se confirmarão e o TSE afastará a lâmina do seu pescoço. Neste caso, Temer continuaria com a cabeça a prêmio no inquérito que responde no Supremo Tribunal Federal. Ali, o presidente está na bica de subir de status: passará de investigado a denunciado até a próxima semana.
Na pior hipótese, o TSE passará o mandato Temer na lâmina. E o presidente lançará mão de todos os recursos judiciais ao seu alcance para tentar reverter a sentença —primeiro, no próprio TSE. Depois, no Supremo. Neste cenário, o presidente ficaria tão absorvido pela crise que não teria tempo nem disposição para tratar de tarefas menores como, digamos, governar.
Noutros tempos, o governo soltaria fogos se alcançasse no TSE a graça divina de um pedido de vista que adiasse o julgamento. Hoje, a fuga já não serve de lenitivo para Temer. O PSDB, principal aliado do governo no Congresso, não parece disposto a acrescentar aos seus incômodos o fardo da cumplicidade em movimentos inexplicáveis.
“Se houver manobras dilatórias no TSE, o PSDB correrá o risco de coonestar o que o povo não quer e a economia não suporta, ajudando o governo a empurrar a situação com a barriga?”, indagou Fernando Henrique Cardoso, o sábio do ninho, em artigo publicado no domingo, 04.
O próprio FHC cuidou de sinalizar a resposta: “…Apoiei a travessia e espero que a pinguela tenha conserto. E se não? E se as bases institucionais e morais da pinguela ruírem? Então caberá dizer: até aqui cheguei. Daqui não passo. Torçamos para que não sejamos obrigados a tal. Se o formos, e o tempo corre, assumamos nossas responsabilidades históricas com clareza diante do povo e das instituições.''
Ao assumir a poltrona de Dilma, há um ano, Temer fazia pose de restaurador econômico. Esforçava-se para imprimir na sua biografia a marca das reformas liberais. Desprezado pelas ruas, adulou o condomínio fisiológico do Congresso e ganhou a simpatia do empresariado. A plutocracia fingiu não ver o rastro pegajoso de PMDB que Temer carregava atrás de si.
Depois que a delação hiper-premiada de Joesley Batista, da JBS, ganhou as manchetes, ficou ainda mais evidente que Temer faz parte da gosma. Fragilizando-se o seu suporte Legislativo, ficará claro também que a reforma da Previdência foi para as cucuias. E a nata do PIB brasileiro não dará a Temer nem bom dia.
No momento, são três as prioridades máximas de Temer: manter fechada a boca de Rodrigo Rocha Loures, o ex-assessor filmado correndo com a mala da propina de R$ 500 mil da JBS, fingir que ainda preside e não cair. Temer enxerga fantasmas em toda parte: no STF, na Procuradoria-Geral da República, na Polícia Federal… Todos são culpados pela crise, menos o presidente.
O que ainda mantém Temer na Presidência é o desentendimento dos seus aliados quanto à escola de um substituto. Antes de responder à pergunta incontornável — ‘Será que ele termina o mandato?’— os protagonistas da eleição indireta terão de decodificar a senha que pode livrar o sistema do beco-sem-saída. Passa pela resolução do seguinte mistério: quem colocar no lugar?
NO O ANTAGONISTA
A lavagem do TSE
Brasil Terça-feira, 06.06.17 06:28
Para absolver Michel Temer e Dilma Rousseff, o TSE precisará descartar todas as provas colhidas pela Lava Jato de que o PT montou o maior esquema de propinas da história do Brasil.
É uma anistia à lavagem de dinheiro por meio das contas de campanha.
6 a 1 para Temer e Dilma
Brasil 06.06.17 06:01
Michel Temer absolvido. Dilma Rousseff absolvida.
O Valor aposta em marmelada no TSE.
Aliás, uma marmelada e tanto: a chapa da ORCRIM, de acordo com a reportagem, deve ser absolvida por 5 votos a 2 ou 6 votos a 1.
As cambalhotas no TSE
Brasil 06.06.17 09:11
Para eliminar as provas de que Dilma Rousseff foi eleita com dinheiro de propina, o TSE terá de dar umas dezoito cambalhotas.
O Globo mostrou que isso sempre fez parte da acusação:
“A tese das defesas de Dilma Rousseff e Michel Temer de que o TSE extrapolou sua competência ao avançar em detalhes sobre o esquema de corrupção investigado na Lava Jato contrasta com o fato de que três das quatro ações do PSDB, que deram início ao processo, tratam de desvio de recursos para financiar a campanha justamente decorrentes do esquema identificado pela Lava Jato.
Na principal delas, o tema é mencionado diretamente: ‘Financiamento de campanha mediante doações oficiais de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas’.
A base dessa acusação é um depoimento dado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa ao juiz Sergio Moro, ainda em 2014, no qual ele fala que o cartel das empreiteiras que atuava na Petrobras pagava propinas a PT, PMDB e PP, partidos que indicaram os executivos para a estatal. Nas ações levadas à Justiça Eleitoral, o PSDB anexou planilhas mostrando repasses feitos a esses três partidos nos anos de 2012 e 2013.
‘Resta evidente, portanto, que o dinheiro desviado da Petrobras financiou direta e indiretamente a campanha dos requeridos, não se podendo olvidar que os dois partidos que mais receberam recursos das empreiteiras envolvidas com o escândalo da Petrobras foram o da candidata a presidente da República, o PT, e o do candidato a vice-presidente da República, o PMDB’, afirma o PSDB na peça inicial”.
Gilmar contra Gilmar
Brasil 06.06.17 08:55
Gilmar Mendes contra Gilmar Mendes.
O Globo reproduziu o discurso que ele fez em 2015, quando defendeu a continuidade do processo contra a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer:
“Imaginem, senhores ministros, que se possa demonstrar, a partir do depoimento do senhor Ricardo Pessoa, que os 7 milhões de reais que sua empresa doou foram claramente fruto de propina, doação eleitoral, portanto, como lavagem de dinheiro. Certamente, ministra Maria Thereza, vossa excelência, como penalista de escol, daria brilhante contribuição ao Brasil esclarecendo este fenômeno sob o ponto de vista jurídico: lavagem de dinheiro na Justiça Eleitoral, corrupção na Petrobras resulta em lavagem de dinheiro na doação. Isso precisa ser esclarecido, com efeito prático para a História do País. E a oportunidade que se tem é nesta ação”.
Sem reformas
Brasil 06.06.17 08:47
A reforma trabalhista, se for aprovada, vai manter o imposto sindical.
A reforma previdenciária foi para o beleléu – na melhor das hipóteses, será editada uma medida provisória estabelecendo a idade mínima para as aposentadorias.
E a reforma política?
Segundo O Globo, ela está paralisada.
Leia aqui:
“Projetos como o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais e a criação da cláusula de barreira estão parados.
Senadores já pressionaram Rodrigo Maia a acelerar as votações. Com perspectiva de ele ser candidato numa eleição indireta, porém, a aposta é que esses projetos não andem, porque atingem os pequenos partidos — essenciais para qualquer candidato numa eleição feita pelo Congresso”.
O custo do PT
Brasil 06.06.17 08:30
O Estadão informa que o motoqueiro de Dilma Rousseff, Carlos Gabas, foi nomeado para cargo comissionado na minoria do Senado.
Salário? R$20.950,16.
O Custo PT é bem maior do que isso.

A turma do terceiro andar
Brasil 06.06.17 08:07
A prisão de Henrique Eduardo Alves elimina mais um parceiro de Michel Temer.
Segundo Andréia Sadi, ele tinha "livre acesso ao Palácio do Planalto, mesmo fora da equipe ministerial.
Alves se reunia com Temer, fora da agenda oficial, assim como outros ex-auxiliares e peemedebistas de confiança do presidente.
Ele foi ministro do Turismo de Michel Temer e caiu na esteira de denúncias em 2016.
Alves é presença constante no terceiro andar do Palácio do Planalto, com acesso livre, inclusive, à sala da chefia de gabinete do presidente, comandada por Nara de Deus".
O ministro doleiro
Brasil 06.06.17 07:53
Henrique Eduardo Alves, preso hoje pela PF, emprestou uma conta para Eduardo Cunha.
Leia a reportagem de Andreza Matais, do Estadão:
"A operação Manus, deflagrada nesta terça-feira, 06 desvendou um mistério que se arrastava desde março deste ano. Na ocasião, investigações revelaram que ele recebeu numa conta na Suíça mais de 2 milhões de reais. Alves disse à época que não tinha ideia de como o dinheiro foi parar na conta. Os investigadores descobriram agora que o dinheiro tinha outro destinatário: o deputado cassado Eduardo Cunha, seu colega no PMDB. Alves emprestou a conta para que Cunha pudesse receber a propina proveniente de contratos em obras públicas".
As 82 perguntas
Brasil 06.06.17 07:37
A PF fez 82 perguntas a Michel Temer.
Camila Bomfim, da TV Globo, reproduziu-as no G1:
1. Qual a relação de Vossa Excelência com Rodrigo da Rocha Loures?
2. Desde quando o conhece? Já o teve como componente de sua equipe de trabalho? Quais os cargos ocupados por ele, diretamente vinculados aos de Vossa Excelência?
3. Rodrigo da Rocha Loures é pessoa da estrita confiança de Vossa Excelência?
4. Vossa Excelência confirma ter realizado contribuição financeira à campanha de Rodrigo da Rocha Loures à Câmara dos Deputados, nas eleições de 2014, no valor de R$200.650,30? Quais os motivos dessa doação?
5. Vossa Excelência realizou contribuições a outros candidatos nessa mesma eleição? Se a resposta for afirmativa, discriminar beneficiários e valores.
6. Vossa Excelência gravou um vídeo de apoio à candidatura de Rodrigo da Rocha Loures à Câmara dos Deputados em 2014. Fez algo semelhante em prol de outro candidato? Quais?
7. Rodrigo da Rocha Loures, mesmo após ter assumido vaga na Câmara dos Deputados, manteve relação próxima com Vossa Excelência e com o Gabinete Presidencial?
8. Vossa Excelência confirma ter estado com Joesley Batista, presidente do Grupo J&F Investimentos S/A em 7 de março de 2017, no Palácio do Jaburu, em Brasília, conforme referido por ele em depoimento de fls. 42/51 dos autos do Inquérito nº 4483?
9. Qual o objeto do encontro e quem o solicitou a Vossa Excelência?
10. Rodrigo da Rocha Loures teve prévio conhecimento da realização desse encontro?
11. Por qual motivo a reunião em questão não estava inserida nos compromisso oficiais de Vossa Excelência?
12. Vossa Excelência tem por hábito receber empresários em horários noturnos sem prévio registro em agenda oficial? Se sim, cite ao menos três empresários com quem manteve encontros em circunstâncias análogas ao de Joesley Batista, após ter assumido a Presidência da República.
13. Vossa Excelência já havia encontrado Joesley Batista fora da agenda oficial? Quando, onde e qual o propósito do(s) encontro(s)?
14. Em pronunciamento público acerca do ocorrido, Vossa Excelência mencionou que considerava Joesley Batista um “conhecido falastrão”. Qual o motivo, então, para tê-lo recebido em sua residência, em horário, prima facie, não usual, em compromisso extraoficial e sem que o empresário tivesse sido devidamente cadastrado quando ingressou às instalações do Palácio do Jaburu (segundo as declarações do próprio Joesley Batista)?
15. Vossa Excelência aventou a possibilidade de realizar viagem a Nova York, no período de 13 a 17 de maio de 2017? Rodrigo da Rocha Loures chegou a comentar com Vossa Excelência sobre o interesse de Joesley Batista de encontra-lo na sede da JBS, naquela cidade?
16. Vossa Excelência sabe se o ex-ministro Geddel Vieira Lima mantinha encontros ou contatos com o empresário Joesley Batista, segundo referido por este às fls. 42/51? Se sim, esclarecer a finalidade desses encontros?
17. Vossa Excelência tem conhecimento se o Ministro ELISEU PADILHA mantinha encontros ou contatos com o empresário JOESLEY BATISTA, segundo referido por este às fls. 42/51? Se sim, esclarecer a finalidade desses encontros?
18. No mesmo depoimento de fls. 42/51, JOESLEY BATISTA disse ter informado Vossa Excelência, no encontro, sobre a cessação de pagamentos de propina a EDUARDO CUNHA e da manutenção de mensalidades destinadas a LÚCIO BOLONHA FUNARO, ao que Vossa Excelência teria sugerido o prosseguimento dessa prática. Em seguida, o empresário afirmou "que sempre recebeu sinais claros de que era importante manter financeiramente ambos e as famílias, inicialmente por GEDDEL VIEIRA LIMA e depois por MICHEL TEMER para que eles ficassem 'calmos' e não falassem em colaboração premiada". Vossa Excelência confirma ter recebido de JOESLEY BATISTA, na conversa havida no Palácio do Jaburu, a informação de que ele estaria prestando suporte financeiro às famílias de LÚCIO FUNARO e de EDUARDO CUNHA, como forma de mantê-los em silêncio? Em caso de resposta negativa, esclareceu a JOESLEY BATISTA, na ocasião, que não tinha qualquer receio de eventual acordo de colaboração de LÚCIO FUNARO ou de EDUARDO CUNHA?
19. Existe algum fato objetivo que envolva a pessoa de Vossa Excelência e seja passível de ser revelado por LÚCIO BOLONHA FUNARO ou EDUARDO CUNHA, em eventual acordo de colaboração?
20. Vossa Excelência sabe de algum fato objetivo que envolva o ex-ministro GEDDEL VIEIRA LIMA e que possa ser mencionado em acordo de colaboração premiada que eventualmente venha a ser firmado por LÚCIO BOLONHA FUNARO ou por EDUARDO CUNHA?
21. Vossa Excelência conhece LÚCIO BOLONHA FUNARO? Que tipo de relação mantém ou manteve com ele? Já realizou algum negócio jurídico com LÚCIO BOLONHA FUNARO ou com empresa controladas por ele? Quais?
22. LÚCIO BOLONHA FUNARO já atuou na arrecadação de fundos a campanhas eleitorais promovidas por vossa Excelência ou ao PMDB quanto Vossa Excelência estava à frente da sigla? Se sim, especificar a(s) campanha(s).
23. JOESLEY BATISTA também aduziu no depoimento de fls. 42/51 que Vossa Excelência se dispôs a "ajudar" EDUARDO CUNHA no Supremo Tribunal Federal, através de dois Ministros que lá atuam? Vossa Excelência confira isso? Se sim, de que forma prestaria tal ajuda? Quais eram esses dois Ministros?
27. Rodrigo da Rocha Loures reportou a Vossa Excelência algum assunto tratado com Joesley Batista? Quais?
28. Vossa Excelência esteve com Rodrigo da Rocha Loures após a conversa mantida com Joesley Batista, em 7 de março de 2017? Se sim, aponte, com a máxima precisão possível, quando e onde se deram tais encontros.
29. Recorda-se de Joesley Batista, na conversa mantida com Vossa Excelência no Palácio do Jaburu, ter feito comentários acerca do comando do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), assim como da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Receita Federal do Brasil? Qual o interesse manifestado pelo empresário acerca desses órgãos?
30. Vossa Excelência teve ciência, através de Rodrigo da Rocha Loures, do interesse do Grupo J&F Investimentos S?A em questão submetida ao CADE, envolvendo o setor de energia? Quais informações foram levadas a Vossa Excelência?
31. Vossa Excelência determinou a Rodrigo da Rocha Loures que interviesse junto ao CADE no sentido de atender a interesses do Grupo J&F Investimentos S/A?
32. Vossa Excelência tomou conhecimento (antes da divulgação jornalística) de encontros mantidos entre Rodrigo da Rocha Loures e Ricardo Saud, diretor do grupo J&F Investimentos S/A? Se sim, soube do encontro antecipadamente? Qual a pauta dessas reuniões?
34. Vossa Excelência soube que Ricardo Saud, em encontros realizados em 24 e 28 de abril de 2017, expôs a Rodrigo da Rocha Loures, em detalhes, um “esquema” envolvendo o pagamento de vantagens indevidas decorrente da suposta intervenção do então parlamentar junto ao Cade, em prol dos interesses do Grupo J&F Investimentos S/A?
35. Em caso de resposta negativa, o que tem a dizer acerca desse episódio, mesmo que dele tenha tomado conhecimento somente por sua veiculação na imprensa?
36. Rodrigo da Rocha Loures chegou a levar ao conhecimento de Vossa Excelência a disponibilidade do grupo J&F Investimentos S/A em fazer pagamentos semanais que girariam entre R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), por conta da resolução da questão que estava em trâmite no Cade?
37. Vossa Excelência soube, também por Rodrigo da Rocha Loures, que tais pagamentos semanais estavam garantidos até dezembro do corrente ano e, a depender da extensão do contrato firmado entre empresa do Grupo J&F Investimentos e a Petrobras, poderiam se prolongar por até vinte e cinco anos?
38. Caso não tenha tomado conhecimento, Vossa Excelência acredita que Rodrigo da Rocha Loures possa ter participado de tais tratativas com o Grupo J&F Investimentos S/A com intuito de obter exclusivamente para si as quantias que, na hipótese da mencionada dilação contratual, chegariam pelo menos à casa dos R$ 600.000.000,00 (seiscentos milhões de reais)?
46. Vossa Excelência, em campanhas eleitorais nas quais foi candidato, recebeu alguma contribuição financeira de empresas pertencentes ao Grupo J&F Investimentos S/A? Discriminar as campanhas, os valores, quem os solicitou e como foram encaminhados (se via diretórios ou diretamente)
47. Vossa Excelência tem alguém chamado "Edgar" no universo de pessoas com quem se relaciona com certa proximidade? Se sim, identificar tal pessoa, mencionando a atividade profissional, eventual envolvimento na atividade partidária, descrevendo, ainda, a relação que com ela mantém.
48. Vossa Excelência conhece Antônio Celso Grecco, proprietário do Grupo Rodrimar, de Santos/SP? Qual relação mantém com ele?
49. Vossa Excelência já recebeu alguma contribuição financeira para fins eleitorais de ANTÔNIO CELSO GRECCO, da empresa RODRIMAR ou de alguma outra empresa a ela vinculada? Quando e qual o valor?
50. Vossa Excelência recebeu alguma reivindicação dessa empresa, ou de outra igualmente atuante no segmento de portos, relacionada à questão do "pré-93"? Se sim, em que termos?
51. Vossa Excelência tem conhecimento se RODRIGO DA ROCHA LOURES recebeu alguma reivindicação da RODRIMAR ou de outra empresa igualmente atuante no segmento de portos, relacionada a esse tema?
52. RODRIGO DA ROCHA LOURES chegou a demonstrar a Vossa Excelência interesse pela questão do "pré-93"?
53. Rodrigo Rocha Loures tem alguma relação com empresas do setor portuário?
54. Vossa Excelência tem relação de proximidade com empresários atuantes no segmento portuário, especialmente de Santos/SP?
55. Vossa Excelência conhece Ricardo Mesquita, vinculado à Rodrimar? Que relação mantém com tal pessoa?
56. Rodrigo da Rocha Loures mencionou a Vossa Excelência o fato de ter encontrado Ricardo Mesquita no mesmo dia (e local) em que esteve reunido Ricardo Saud? Se sim, qual o propósito do encontro com Ricardo Mesquita?
57. Vossa Excelência conhece João Batista Lima Filho, coronel inativo da Polícia Militar de São Paulo? Qual relação mantém com ele?
58. João Batista Lima Filho já teve alguma atuação em campanha eleitoral promovida por Vossa Excelência? Qual a fundação desempenhada por ele?
59. João Batista Lima Filho já atuou na arrecadação de valores a eventual campanha política de Vossa Excelência ou ao PMDB de São Paulo?
60. Joesley Batista afirmou que desde a assunção de Vossa Excelência como Presidente da República, vinha mantendo contatos com o ministro Geddel Vieira Lima. Vossa Excelência tinha conhecimento desses encontros? A que se destinavam?
61. O empresário referiu também que vinha ‘falando’ com o ministro Eliseu Padilha. Vossa Excelência tinha conhecimento desses contatos?
62. Quando Joesley Batista perguntou como estava a relação de Vossa Excelência com o ex-deputado Eduardo Cunha, Vossa Excelência mencionou “o Eduardo resolveu me fustigar”, aludindo, em seguida, a questionamentos que ele havia proposto ao juiz Sérgio Moro, em seu interrogatório realizado na 13ª Vara Federal, em Curitiba/PR. Imediatamente, Joesley Batista, referiu que havia “zerado as pendências” (presumivelmente em relação a Eduardo Cunha) e que perdera o contato com Geddel, “o único companheiro dele”, não mais podendo encontra-lo, ao que Vossa Excelência fez o comentário “é complicado”. A quais pendências se referiu Joesley Batista?
63. Geddel Vieira Lima efetivamente mantinha relação próxima a Eduardo Cunha?
64. Vossa Excelência via algum inconveniente na realização de encontros entre Joesley Batista e Geddel Vieira Lima? Qual o motivo de ter classificado a situação exposta como “complicada?
65. Em seguida, Joesley Batista, em outros termos, mencionou que investigações envolvendo Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima haviam tangenciado o Grupo J&F Investimentos S/A, afirmando, com conotação de prevenção, que estava “de bem com o Eduardo”, ao que Vossa Excelência interveio com a colocação “tem que manter isso, viu?”, tendo o empresário complementado dizendo “todo mês”.
71. Se, no entanto, Vossa Excelência confira ter entendido, naquele momento, o imediato sentido que emana das expressões usadas pelo empresário, explique o porquê de não ter advertido JOESLEY BATISTA quanto à gravidade daquela revelação, e também, por qual razão não levou ao conhecimento de autoridades a ilícita ingerência na prestação jurisdicional e na atuação do Ministério público que lhe fora narrada por JOESLEY BATISTA?
72. Mais à frente, em contexto diverso, Joesley Batista aparentemente procurou estabelecer (ou restabelecer) um canal de contato com Vossa Excelência: “queria falar como é que é, para falar contigo, qual melhor maneira? Porque eu vinha através do Geddel, eu não vou lhe incomodar, evidentemente”. Vossa Excelência confirma ter mencionado Rodrigo de Rocha Loures nesse momento?
73. Qual função ele deveria efetivamente exercer?
74. Joesley Batista já conhecia Rodrigo Rocha Loures?
75. No tocante à menções feitas pelo empresário à nomeação de presidente do Conselho Administrativo de Defesa econômica (CADE), Vossa Excelência sugeriu a Joesley Batista que procurasse o novo Presidente do CADE para ter uma “conversa franca” com ele? Qual o exato significado dessa orientação?
76. Vossa Excelência, naquele momento, tinha conhecimento de algum interesse específico de Joesley no âmbito do CADE?
77. Joesley Batista mencionou também que o Presidente da Comissão de Valores Milionários (CVM) estava por ser “trocado” e que se tratava de “lugar fundamental”. Vossa excelência, então, orientou o empresário para que falasse com “ele. A quem Vossa Excelência se referiu?
78. Qual a legitimidade de Joesley Batista para interceder (ou tentar, ao menos) na nomeação do novo presidente da CVM?
79. Em seguida, Joesley Batista referiu a importância de um “alinhamento” com o ministro Henrique Meirelles, ao que Vossa Excelência manifestou concordância. Qual o sentido da expressão “alinhamento”?
80. Vossa Excelência autorizou que Joesley Batista apresentasse pontos de interesse ao Ministro Henrique Meirelles? Quais? Vossa Excelência tem conhecimento se isso realmente ocorreu?
81. Joesley Batista também mencionou determinada operação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que tinha dado certo, sendo que Vossa Excelência manifestou ter conhecimento do tema, mencionando, inclusive, que havia falado com “ela” a respeito. Qual importância referida pelo empresário?
82. A pessoa aludida por Vossa Excelência no contexto é Maria Silvia Bastos Marques, ex-Presidente do BNDES? O que solicitou a ela?
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