SEGUNDA EDIÇÃO DE 06-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
Todo preso quer um Toffoli para chamar de seu
Brasil Sábado, 06.05.17 07:40
"Toffoli soltou geral".
Foi o que antecipou O Antagonista quando Dias Toffoli mandou soltar Paulo Bernardo em junho de 2016, alegando que "descabe a utilização da prisão preventiva como antecipação de uma pena que não se sabe se virá a ser imposta".
Nas últimas semanas, o ministro contribuiu para a soltura de outros presos, como João Cláudio Genu, José Carlos Bumlai e José Dirceu.
Esta última decisão fez os advogados de Antonio Palocci entrarem com um recurso no STF para que o habeas corpus de seu cliente seja analisado pela Segunda Turma, integrada por Toffoli.
Também fez com que os empresários Flavio Henrique de Oliveira Macedo e Eduardo Aparecido de Meira pedissem – na tramitação do HC de Dirceu – a extensão da ordem de revogar a prisão que lhe foi concedida, alegando situação idêntica.
Por ter sido o autor do voto vencedor naquele julgamento, informou o Estadão, Toffoli passou a ser o relator para a redação do acórdão e também para outras "questões incidentes" no processo, como os pedidos de extensão.
Os empresários já devem estar comemorando.
Minha Controladoria, Minha Vida
Brasil 06.05.17 07:35
Lula comparou sua cobertura no Guarujá a um imóvel do Minha Casa, Minha Vida.
O deboche é particularmente ultrajante quando se considera que os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida pagam por seus imóveis.
A cobertura de Lula, por outro lado, foi paga pelo departamento de propinas da OAS, a chamada Controladoria.
Um salário mínimo em cima do outro
Brasil 06.05.17 05:24
Lula, mais uma vez, zombou de seu triplex.
Ele disse ontem à noite:
“Eu todo santo dia fico esperando alguém dizer 'esse Lula deve ter roubado muito', porque eles falam de um triplex para tentar impressionar vocês. Na verdade, é como se fosse uma casa Minha Casa Minha Vida uma em cima da outra”.
A Lava Jato já reuniu provas de que ele recebeu 80 milhões de reais em propinas.
Na verdade, é como se fosse um salário mínimo em cima do outro.
O marido de Gleisi está em todas
Brasil 06.05.17 07:05
Paulo Bernardo é um dos principais operadores de Lula.
Marcelo Odebrecht havia narrado a Sérgio Moro que, em 2009, a Odebrecht negociou uma linha de crédito de R$ 1 bilhão com o BNDES para obras em Angola.
"Nessa negociação veio o pedido para mim por Paulo Bernardo, por indicação do presidente Lula, para que déssemos uma contribuição de US$ 40 milhões."
Renato Duque acrescentou a Moro que o marido de Gleisi Hoffmann o chamou a Brasília em 2007 para lhe apresentar João Vaccari Neto, "um braço que atuava pro Lula".
Vaccari passaria "a fazer os contatos com as empresas" na Petrobras.
Paulo Bernardo seria solto em 29 de junho de 2016 por Dias Toffoli.
Lula quer prender Sergio Moro
Brasil 06.05.17 05:33
Lula vai mandar prender Sergio Moro.
Foi o que ele disse ontem à noite:
“Se eles não me prenderem logo, quem sabe um dia eu mando prendê-los”.
A frase foi pronunciada em tom de deboche.
Sentada ao seu lado, Gleisi Hoffmann, mulher de um dos principais operadores de Lula, Paulo Bernardo, riu gostosamente.
Mas é claro que Lula quer intimidar Sergio Moro, insinuando que, de volta ao Palácio do Planalto, pretende persegui-lo com a lei do abuso de autoridade.
Fila de delatores contra Lula
Brasil 06.05.17 05:21
Lula já foi delatado pela Odebrecht, pela OAS, por Renato Duque.
Mas há mais gente na fila.
Segundo a Época, “existem outras colaborações decisivas em estágio inicial de negociação. Envolvem crimes no BNDES, na Sete Brasil e nos fundos de pensão”.
Terabytes contra Lula
Brasil 06.05.17 05:14
As provas contra Lula, diz a Época, “envolvem uma ampla e formidável gama de crimes: corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, crime contra a Administração Pública, fraude em licitações, cartel, tráfico de influência e obstrução da Justiça.
O Ministério Público Federal, a Polícia Federal, além de órgãos como a Receita e o Tribunal de Contas da União, com a ajuda prestimosa de investigadores suíços e americanos, produziram, desde o começo da Lava Jato, terabytes de evidências que implicam direta e indiretamente Lula no cometimento de crimes graves. Não é fortuito que, mesmo antes da delação da Odebrecht, Lula já fosse réu em cinco processos – três em Brasília e dois em Curitiba. Também não é fortuito que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, após anos de investigação, acusem Lula de ser o ‘comandante máximo’ da propinocracia que definiu os mandatos presidenciais do petista, desfalcando os cofres públicos em bilhões de reais e arruinando estatais, em especial a Petrobras”.
Provas e mais provas contra Lula
Brasil 06.05.17 05:12
A Época fez um apanhado das provas contra Lula.
Trata-se de “extratos bancários, documentos fiscais, comprovantes de pagamento no Brasil e no exterior, contratos fajutos, notas fiscais frias, e-mails, trocas de mensagens, planilhas, vídeos, fotos, registros de encontros clandestinos, depoimentos incriminadores da maioria dos empresários que pagavam Lula”.
A chicana virou chanchada
Brasil Sexta-feira, 05.05.17 18:40
Os advogados de Lula se eriçaram quando imaginaram que a PF iria fornecer imagens da condução coercitiva de Lula a um filme sobre a Lava Jato.
Agora os mesmos advogados querem ter um cineasta próprio no depoimento de Lula a Sérgio Moro.
A chicana virou chanchada.
Lula está desesperado
Brasil 05.05.17 17:53
A assessoria de Lula, claro, divulgou uma nota para dizer que o depoimento de Renato Duque é "mais uma tentativa de fabricar acusações ao ex-presidente". O texto diz, ainda, que "o desespero dos procuradores aumentou com a aproximação da audiência" do petista a Sérgio Moro.
Quem é o verdadeiro desesperado?

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Juntando as pontas
POR MERVAL PEREIRA
Sábado, 06/05/2017 08:00
De duas, uma: ou todo mundo resolveu contar a mesma história só para incriminar Lula, ou o ex-presidente era mesmo o "chefe, o grande chefe, o nine”, identificado, como revelou ontem o ex-dirigente da Petrobras, Renato Duque, por um movimento passando a mão na barba. Somente com uma santa ingenuidade é possível ainda acreditar que Lula não sabia de nada, não tinha nada com o que acontecia na Petrobras e em outros setores do Estado brasileiro pilhado pela máquina petista e seus aliados.
Trava-se agora uma batalha jurídica, já que a política está liquidada, prevendo que a eleitoral, ainda a ser disputada em 2018, pode reverter o quadro que as pesquisas de opinião revelam no momento. Lula é o líder das pesquisas, especialmente devido à popularidade que ainda mantém no Nordeste, mas é também o campeão de rejeição.
Só ainda não acontece com ele o mesmo que aconteceu com candidatos de outras paragens, especialmente tucanos, por que ele é um líder populista diferenciado, que ainda carrega consigo lembranças de melhores tempos em que ele era o “salvador da pátria”.
Natural que em regiões menos informadas custem a chegar as informações sobre a corrupção que chefiou, segundo relato de vários delatores e denúncia que está sendo processada na Procuradoria-Geral da República.
A denúncia sobre o “quadrilhão”, que o coloca como o chefe do esquema criminoso, já foi feita pelo Procurador-Geral da República Rodrigo Janot que, em 2016, pediu a inclusão do ex-presidente Lula como um dos investigados no inquérito 3.989. Ao descrever o papel do ex-presidente no caso, pedindo ao Supremo uma investigação mais aprofundada, Janot afirmou “Pelo panorama dos elementos probatórios colhidos até aqui e descritos ao longo dessa manifestação, essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dela participasse.”
Desde então, o processo do quadrilhão que, a exemplo do Mensalão é dividido em núcleos e por enquanto tem cerca de 50 investigados, vem sendo acrescido das novas informações que surgem nas delações premiadas e em depoimentos como o de ontem, de Renato Duque.
Não é a primeira vez, por exemplo, que o ex-presidente surge na narrativa orientando seus cúmplices a destruir provas. Segundo Leo Pinheiro, presidente da OAS, Lula perguntou se tinha feito pagamentos no exterior ao PT, e disse que se tivesse provas de encontros de contas com o PT no pagamento de caixa 2, que as destruísse.
Ontem foi a vez de Duque revelar que Lula lhe ordenou que não tivesse contas no exterior das propinas oriundas das sondas da Sete Brasil ou da empresa holandesa SMB. O interessante é que o ex-presidente fez essas perguntas por que disse que a então presidente Dilma Rousseff estava preocupada pois soubera que um dirigente da Petrobras recebera propina da holandesa SMB.
Mas Dilma estava preocupada não com a roubalheira, pois não foi para parar com ela que Lula chamou Duque para conversar. O que preocupava era que os rastros da propina no exterior fossem descobertos.
Os detalhes narrados por Renato Duque, há anos identificado como o homem do PT dentro do esquema de corrupção da Petrobras, nem um bom ficcionista criaria se não fossem baseados em “fatos reais”.
Aliás, se juntarmos todos os relatos já obtidos em delações premiadas na Operação Lava Jato, veremos que eles têm relação entre si e formam uma narrativa coerente que não poderia ser inventada por tantos envolvidos de diferentes empresas. Há uma lógica interna nas narrativas que as confirma, deixando abismados os brasileiros.
O próprio Renato Duque ontem, na sua fase de arrependido, disse que ele mesmo ficava espantado com a ganância de seus pares. Seu parceiro Barusco amealhou U$ 100 milhões, e ele diz que quando alcançou a cifra de U$ 10 milhões, deu-se por satisfeito. Mas tudo indica que não parou de roubar, e promete devolver tudo.
Lula está cada vez mais sozinho na sustentação de que tudo não passa de uma conspiração contra ele. A cada dia fica mais difícil acreditar nas teses de sua defesa. Nada indica que o depoimento do dia 10 em Curitiba desfaça essa impressão.

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