PRIMEIRA EDIÇÃO DE 26-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 26 DE MAIO DE 2017
Na véspera do protesto que virou badernaço em Brasília, um grupo de senadores do PT foi ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, pedir ao governador Rodrigo Rollemberg para que a Polícia Militar não vistoriasse ônibus chegando a Brasília com manifestantes. Rollemberg respondeu aos senadores Paulo Rocha (PA), Lindbergh Farias (PE) e Humberto Costa (PE) que não poderia atender o pedido.
Segundo fonte do governo do DF, o senador Lindbergh foi o mais “enfático” no pedido para a PM não revistar ônibus de manifestantes.
Após a destruição em Brasília, a suspeita agora é de que a cúpula do PT sabia que haveria o badernaço, marcado para o dia seguinte.
Apesar da decisão do governador de manter a vistoria, porretes, armas brancas, bombas, escudos etc. passaram pela “peneira” da PM.
A assessoria de Lindbergh confirmou a reunião com o governador do DF, e não comentou a acusação de tentar impedir a revista dos ônibus.
Depois da cassação pelo Ministério da Defesa das Medalhas da Vitória dos mensaleiros condenados José Genoino e Valdemar da Costa Neto, apenas o Exército mantém as honrarias concedidas. Apesar de condenados, José Dirceu e Roberto Jefferson ainda ostentam a Ordem do Mérito Militar recebida durante os governos Lula, e em grau superior ao que foi concedido por exemplo, em abril, ao juiz federal Sérgio Moro.
Do Exército, Jefferson recebeu o grau de Comendador, e Dirceu, condenado na Lava Jato, é Grande Oficial. Moro, apenas Oficial.
Aeronáutica e Marinha cassaram as honrarias concedidas a mensaleiros condenados, após esta coluna revelar o assunto.
As honrarias reconhecem os serviços às Forças Armadas, e preveem cassação de condenado por crime contra a administração pública.
O senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) já definiu a primeira iniciativa na CPI do BNDES: convocar para depor os irmãos Batista. Depois, ele quer tirar a limpo como eles conseguiram acordo tão benéfico, livrando-os de qualquer punição. “Não penso em outra coisa”, disse ontem.
O advogado e jurista Modesto Carvalhosa está mesmo disposto a disputar a presidência da República pela via indireta, diante de eventual vacância do cargo ocupado pelo presidente Michel Temer.
A ideia de lançar Modesto Carvalhosa à presidência da República foi de três juristas igualmente respeitados: Hélio Bicudo, José Carlos Dias e o ministro aposentado do Superior Tribunal Militar, Flávio Bierrenbach.
Cerca de 900 ônibus levaram 40 mil a Brasília. De Brasília mesmo, apenas 5 mil. “Mortadela” ferido pelos próprios manifestantes contou no Hospital de Base de Brasília haver embolsado cachê de R$360.
Quando esteve no governo, o PT chegou a anunciar, com pompa e circunstância, que a dívida externa brasileira havia sido zerada. Lorota. O Banco Central atualizou o montante ontem: US$ 351 bilhões.
O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, é destaque de Sábado, importante revista semanal portuguesa, apresentado como “o 112 dos poderosos”. É o número do telefone de emergência de lá.
A suposta pré-candidatura presidencial do apresentador Luciano Huck deixa de ser piada. Segundo a Paraná Pesquisas, em Sergipe ele já aparece em 4º, com 7,6%. Lula lidera, seguido de Bolsonaro e Marina.
O vídeo mostrando o primo de Aécio embolsando parte da propina da JBS e a mala de Rocha Loures faltando R$ 35 mil, fazem parecer que “homem da mala” sempre cobra uma espécie de taxa de “transporte”.
Não está fazendo política um candidato que se apresenta como “não político”?

NO DIÁRIO DO PODER
NAS MÃOS DE TOFFOLI
PGR PEDE PARA SUPREMO INVESTIGAR JUCÁ POR SUSPEITA DE DESVIOS NOS CORREIOS
A DECISÃO SOBRE ABERTURA DO INQUÉRITO CABE AO MINISTRO DIAS TOFFOLI
Publicado: quinta-feira, 25 de maio de 2017 às 20:01
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra o senador Romero Jucá (PMDB-RR), apontando indícios de que o peemedebista possa ter recebido verba pública desviada de contrato de publicidade dos Correios com a Confederação Brasileira de Tênis (CBT). O relator, a quem caberá autorizar ou não a abertura do inquérito e as providências já pedidas, é o ministro Dias Toffoli.
A suspeita da prática de peculato e corrupção passiva por parte do senador surgiu durante uma investigação em São Paulo sobre ilícitos na Confederação Brasileira de Tênis, após uma ex-contadora da CBT, Katia Maria Freitas Mueller, apresentar aos investigadores, no fim de 2014, uma folha de papel onde se lia: “contato em Brasília: – 1 verba que vai direto para um senador”.
A anotação havia sido feita por Marisa de Souza Alija Ramos, advogada da ex-contadora da CBT. Procurada na investigação para esclarecimento, a advogada disse, em 2016, que o senador em questão é Romero Jucá, que teria sido beneficiado por meio de um ex-assessor chamado Alexandre Jardim – que trabalhou com Jucá no Ministério da Previdência Social, no governo Lula, e também no Senado, de 2005 a 2009. Devido à citação a um parlamentar, o caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.
De acordo com relatos que a PGR buscará apurar, Alexandre Jardim teria sido procurado por Sérvio Opreá e Bruno Ferreira, sócios de empresas que trabalham com tênis, para ajudar o então presidente da CBT, Jorge Lacerda Rosa, a conseguir o contrato de patrocínio dos Correios em favor da CBT. Em virtude da autorização desse contrato, o assessor de Jucá teria recebido repasse de 10%. A suspeita é que esse porcentual iria para pagamento direto ao senador Romero Jucá pelo lobby que teria feito.
“Vê-se, portanto, que a advogada afirma que o senador Romero Jucá foi o destinatário de recursos desviados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, indicando valores e testemunhas que poderiam confirmar os fatos”, disse o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Imprescindível, portanto, a instauração de inquérito sob supervisão desta suprema corte para apuração dos fatos que, acaso efetivamente tenham acontecido, configurariam o delito tipificado no art. 312 parágrafo 1, c/c art. 317 do Código penal”, disse Janot, citando os crimes de peculato e corrupção passiva, respectivamente.
O patrocínio dos Correios à Confederação Brasileira de Tênis começou em 2008, segundo a investigação. Na época, Alexandre Jardim era assessor de Jucá.
Procurada, a assessoria de imprensa do senador afirma que Jucá nega as irregularidades e aguarda ter informações mais detalhadas sobre o inquérito para se colocar à disposição da Justiça.
Romero Jucá é alvo de uma série de inquéritos no Supremo Tribunal Federal, incluindo na Operação Lava Jato e nos novos casos revelados nas delações da Odebrecht. Ele nega qualquer irregularidade.
Pedidos
Janot já pediu a autorização do STF para colher o depoimento do ex-assessor de Romero Jucá, Alexandre Jardim e de outras pessoas que foram citadas no curso da investigação na primeira instância: Sérgio Opreá e Bruno Ferreira, que seriam sócios em algumas empresas que trabalham com tênis, Anderson Rubinatto filho, ex-diretor financeiro da CBT, Ricardo Marzola Filho, proprietário da Brascourt Pisos Esportivos, que constrói quadras de tênis.
A PGR também quer ouvir o ex-presidente da Nike, Chris Kypriotis, que, após sair da Nike, coordenou o departamento financeiro da CBT por algum período.
Outra providência que Janot pediu ao Supremo é autorização para obter junto aos Correios cópias dos processos referentes às contratações de patrocínio da CBT, bem como uma relação detalhada dos repasses feitos à confederação, além de cópias das respectivas prestações de contas.
Fora do STF, há investigações sobre outros casos de irregularidades na CBT em São Paulo, que estão subdivididas em nove inquéritos conduzidos pela Polícia Federal e por procuradores da República.
Em um deles, foi aceita uma denúncia em outubro passado contra Jorge Lacerda Rosa, ex-presidente da CBT, Ricardo Marzola e o ex-tenista e comentarista de TV, Dácio Campos.(AE)

DELAÇÃO BOMBA
JOESLEY DIZ QUE REPASSOU R$ 30 MILHÕES A PIMENTEL EM ESQUEMA NO MINEIRÃO
EDINHO SILVA TERIA INTERMEDIADO PEDIDO, COM AVAL DE DILMA
Publicado: Quinta-feira, 25 de maio de 2017 às 18:58
Redação
O empresário Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS, disse em seu acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) que teria repassado R$30 milhões em propina para o governador mineiro, Fernando Pimentel (PT). A transação teria ocorrido em outubro de 2014 e envolveria o estádio Mineirão. Na época, Pimentel era candidato ao governo de Minas Gerais e venceu a eleição.
Segundo Joesley, o pedido do montante foi feito por intermédio de Edinho Silva (PT), que na ocasião era o tesoureiro da campanha de reeleição de Dilma Rousseff à presidência da República. O empresário disse que também tratou do assunto com Dilma, que teria confirmado a necessidade do repasse e recomendado que Pimentel fosse procurado.
Joesley e o atual governador mineiro teriam se encontrado no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. O dono da JBS disse em depoimento ter recebido a orientação de fazer o pagamento dos R$30 milhões por meio da compra de participação de 3% na empresa que detém a concessão do Mineirão. Ele teria sido apresentado ainda no aeroporto ao dono de uma construtora. "Nos contratos, agora nós somos donos de 3% do estádio. E eu acho que esse rapaz de alguma forma passou o dinheiro para o Pimentel", disse o empresário em seu depoimento à PGR.
Segundo documentos entregues por Joesley à PGR, a construtora mencionada é a HAP Engenharia. Ela é acionista da Minas Arena, concessionária responsável pela reforma do Mineirão para a Copa do Mundo de 2014 e atual administradora do estádio.
Investigado na Operação Lava Jato, Joesley Batista teve seu acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada. Ele e seu irmão, Wesley Batista, prestaram depoimentos que comprometem políticos de diversos partidos e entregaram também gravações de conversas com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e com o senador mineiro Aécio Neves (PSDB). Por decisão do STF, Aécio teve seu mandato suspenso.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
A caminho do hexa, Lula quer ensinar a combater a corrupção
Em pouco mais de 13 anos de governo, foram 26 ministros envolvidos em escândalos de corrupção
Por Augusto Nunes
Quinta-feira, 25 maio 2017, 19h17 - Atualizado em 25 maio 2017, 19h21
Denunciado pela força-tarefa da Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, desta vez cometidos durante as obras no sítio em Atibaia que lhe pertence, mas não é dele, Lula tem tudo para virar réu pela sexta vez. Consumada a façanha do ainda penta, ele vai alcançar o status de hexa com que a Seleção Brasileira de Futebol continua sonhando. Em homenagem à proeza, a coluna recorda algumas façanhas que enfeitam a trajetória campeã:
Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, compraram quase 2 mil políticos e dezenas de partidos durante os governos do PT ─ graças aos bilhões de reais que ganharam do BNDES por determinação de Lula e Dilma Rousseff.
O Mensalão aconteceu no governo Lula.
O Petrolão aconteceu no governo Dilma.
A corrupção foi institucionalizada durante os governos do PT.
José Dirceu, Antonio Palocci, Guido Mantega, João Santana, Gleisi Hoffmann, Fernando Pimentel e outras celebridades do submundo do crime são coisa do PT.
Michel Temer é coisa do PT.
Em pouco mais de 13 anos no poder, o governo lulopetista teve três ministros da Fazenda. Joaquim Levy caiu fora depois de 11 meses. Antonio Palocci permanece preso em Curitiba. Guido Mantega, graças ao desempenho relatado nos depoimentos colhidos nas delações premiadas da Odebrecht e, agora, nas da JBS, pode em breve fazer companhia ao antecessor. Os sete chefes da Casa Civil estão submersos em bandalheiras. Tudo somado, já são 26 os ex-ministros envolvidos em escândalos de corrupção.
Deve ser por isso que, neste 20 de maio, durante a cerimônia de posse dos novos integrantes do diretório municipal de São Bernardo do Campo, Lula disse que “o PT pode ensinar a combater a corrupção”. Sem dúvida. Pelo menos de corrupção ele entende como ninguém. Lula poderia começar a aula inaugural dando voz de prisão a ele mesmo.

#SanatórioGeral: O golpe do neurônio
O amigo mais velho de Justin Bieber resolveu arriscar-se no ofício de comediante
Por Augusto Nunes
Quinta-feira, 25 maio 2017, 16h03 - Atualizado em 25 maio 2017, 16h51more_horiz
“Urge que um governo legitimado por 54,5 milhões de votos, e indevidamente afastado do mandato que lhe foi outorgado pela população brasileira, retome as rédeas do País para buscar a normalidade institucional”. (José Eduardo Cardozo, na ação impetrada no Supremo Tribunal Federal para revogar o impeachment de Dilma Rousseff, provando mais uma vez que, quando o Brasil está em má situação, sempre aparece alguém com uma ideia capaz de tornar tudo muito pior)

NA VEJA.COM
Moro diz que conta tinha dinheiro sujo, mas absolve Cláudia Cruz
Juiz afirma em sentença que mulher de Cunha foi "negligente" quanto a fontes de renda do ex-deputado federal
Por João Pedroso de Campos
Quinta-feira, 25 maio 2017, 18h52 - Atualizado em 25 maio 2017, 19h19
O juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância em Curitiba, absolveu nesta quinta-feira a jornalista Cláudia Cruz, mulher do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dos crimes de corrupção passiva e evasão fraudulenta de divisas. A força-tarefa da Lava Jato acusava Cláudia por ela ser a titular de uma conta no banco suíço Julius Baer, denominada Kopek, recheada com dinheiro de propina paga a Cunha e utilizada para bancar gastos de luxo.
Apesar de dizer que o 1,275 milhão de dólares transferido por outras contas do ex-deputado na Suíça à conta Kopek tenham “origem e natureza criminosa”, Moro absolveu a jornalista por falta de dolo, ou seja, falta de provas da intenção em cometer o crime, e porque o montante repassado à conta controlada por Cláudia não fazia parte do 1,5 milhão de dólares pago em vantagens indevidas a Cunha referentes à compra, pela Petrobras, de um campo de petróleo no Benin, na África, único acerto de propina ao peemedebista já rastreado no exterior.
“Embora esta prova estivesse presente, em abundância, na ação penal na qual condenado Eduardo Cosentino da Cunha, ela não se encontra presente em relação a sua esposa, ora acusada”, lembra Moro, que em março condenou o ex-presidente da Câmara a 15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela propina envolvendo o campo de Benin.
O magistrado também determinou o confisco de 176.670 francos suíços sequestrados na conta de Cláudia Cruz “uma vez que materialmente constituem produto de crime”.

NO BLOG DO JOSIAS
Alckmin flerta com a eleição presidencial indireta
Josias de Souza
Sexta-feira, 26/05/2017 05:25
O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) analisa a hipótese de participar da eleição indireta à Presidência da República se Michel Temer for apeado do cargo. Ele ainda não tomou uma decisão. Mas executa uma coreografia de candidato. Após consultar juristas, concluiu que pode entrar na disputa sem renunciar à poltrona de governador. Bastaria pedir licença do cargo. Recebeu estímulos de outros governadores. E trocou ideias com membros do seu grupo político.
A briga pela poltrona de Temer ganhou novos contornos. Alckmin e os apologistas do seu projeto presidencial concluíram que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), tornou-se franco favorito na corrida pelo trono. Perceberam que não está em jogo apenas o mandato-tampão do substituto constitucional de Dilma Rousseff. Na prática, disputa-se uma prévia de 2018. O escolhido do Congresso se converterá num candidato automático à reeleição.
Obcecado pelo Planalto, Alckmin passou a considerar que o melhor protagonista do PSDB nesse enredo talvez seja ele próprio, não o senador Tasso Jereissati (CE), que substituiu Aécio Neves no comando do partido e foi alçado à lista de opções presidenciais. Tasso esteve em São Paulo nesta quinta-feira. Reuniu-se com Alckmin, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o prefeito João Doria.
Operadores políticos de Alckmin atribuem o favoritismo de Rodrigo Maia a quatro fatores:
1) Como presidente da Câmara, ele leva vantagem no jogo de sedução dos 513 deputados, um “eleitorado” mais de seis vezes maior do que os 81 votos disponíveis no Senado;
2) Além de ter bom trânsito na maioria das bancadas, Rodrigo Maia alarga a banda esquerda do seu cesto de votos atraindo o ex-presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para ocupar o posto de vice na sua chapa.
3) Genro do ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Maia desfila nos bastidores como uma espécie de Plano B do próprio Temer, cacifando-se para receber parte dos votos do PMDB.
4) Na hipótese de afastamento de Temer, Rodrigo Maia assumirá a Presidência da República para convocar as eleições indiretas em 30 dias. Nesse intervalo, colocaria a máquina federal a serviço de sua permanência no cargo.
Pelas contas do grupo de Alckmin, Rodrigo Maia estaria muito próximo de colecionar algo como 300 dos 513 votos da Câmara. Alckmin entraria na briga com cerca de 150 votos. E teria de molhar a camisa para alcançar o rival. Imagina que, além dos votos do tucanato, arrastaria o grosso do PSB e do PPS, além de pedaços de legendas como PV, PP, PR, PTB e assemelhados.
A despeito de todas as dificuldades, os partidários de Alckmin avaliam que sua hipotética candidatura presidencial teria mais chances de êxito do que a de personagens como Tasso e o ex-ministro Nelson Jobim. Resta saber se Alckmin terá disposição para comprar a briga. Alckmin e Rodrigo Maia têm algo em comum além do desejo de sentar na cadeira de presidente: ambos frequentam as planilhas do departamento de propinas da Odebrecht. Na lista de beneficiários da construtora, Maia é o ''Botafogo''. Alckmin, o ''Santo''. Mas isso não parece fazer diferença numa eleição que será definida pelos votos dos clientes de caderneta da Lava Jato e de outras encrencas criminais.

Temer agora trama adiar o julgamento do TSE
Josias de Souza
Quinta-feira, 25/05/2017 18:45
Michel Temer e seus operadores políticos alteraram a estratégia para lidar com o julgamento que pode resultar na cassação do mandato presidencial no Tribunal Superior Eleitoral. Antes da delação da JBS, o Planalto tinha pressa. Agora, leva o pé ao freio. Trama-se o adiamento da decisão. Para que o plano dê certo, será necessário que um dos sete ministro da Corte Eleitoral se disponha a pedir vista do processo, a pretexto de analisar melhor uma causa já bem conhecida.
O julgamento está marcado para 6 de junho. Questiona-se a utilização de verbas sujas no financiamento da chapa Dilma-Temer. Estima-se que o veredicto sairá em três dias. Prevalecendo a tática de Temer, o desfecho pode ser jogado para as calendas, pois não há prazo para a devolução do processo. Deve-se a tentativa de fuga à reversão do placar. Conforme já noticiado aqui, o Planalto contava com uma vitória apertada: 4 a 3. Passou a recear uma derrota pelo mesmo placar.
Resta saber se haverá no TSE um ministro com disposição para entrar num jogo de empurra que permitirá a Temer voltar a confiar no amanhã, desde que não se descubra mais nada contra ele durante à noite.

NO O ANTAGONISTA
URGENTE: 41° FASE DA LAVA JATO
Brasil Sexta-feira, 26.05.17 07:13
Lava Jato nas ruas! 41° fase!
Temer apela
Brasil 26.05.17 07:11
O plano de Michel Temer para permanecer no cargo inclui o pedido de vista de um dos ministros do TSE indicados por ele: Admar Gonzaga ou Tarcísio Vieira.
Além disso, segundo a Folha de S. Paulo, "a equipe do presidente trabalha com uma série de recursos que podem ser apresentados no próprio TSE e no STF caso a defesa do seja derrotada”.
Temer acorrentado
Brasil 26.05.17 07:02
Michel Temer cumpriu a promessa de sua companheira de chapa, Dilma Rousseff, e acorrentou-se à poltrona presidencial.
O Antagonista antecipou que ele estava disposto a paralisar o processo no TSE. Hoje todos os jornais confirmam esse fato.
Diz a Folha de S. Paulo:
“Aliados de Michel Temer enviam um recado claro aos que apostam num desfecho rápido para a ação que pode cassar seu mandato no TSE. Dizem que o presidente está disposto a usar ‘todos os recursos jurídicos possíveis’ para prolongar o julgamento. O governo afirma que não haverá folga no ‘embate’ e calcula: se o caso se arrastar até outubro, Herman Benjamin, relator do processo, terá que deixar a corte”.
Outubro?
A revisão do acordo de Joesley Batista
Brasil 26.05.17 06:53
O STF pode – e deve – revisar os termos do acordo de Joesley Batista com a PGR.
Mas isso será feito mais tarde.
Como disse o Estadão, a revisão “não é de consenso entre os integrantes Corte, mas tem sido defendida por alguns magistrados e até mesmo pelo relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin (…).
Integrantes do Supremo ouvidos ressaltaram que isso se aplica a qualquer acordo de delação premiada. Se a investigação não confirmar os fatos revelados em razão de problemas na delação, o delator pode ficar sem os benefícios previstos. O que foi dito e produzido em termos de provas continua sendo aproveitado pelo Ministério Público Federal”.
Notas plantadas pela Casa Civil
Brasil 26.05.17 06:25
Leia o que diz Lauro Jardim:
"Pessoas próximas de Edson Fachin foram informadas de que têm partido de um subchefe da Casa Civil as informações relacionando o ministro à JBS, com o objetivo de desqualificá-lo como relator do caso".
O Antagonista não entrou nessa campanha imunda contra Edson Fachin porque conhece os objetivos da turma de Michel Temer.
A campanha contra a Lava Jato deu certo
Brasil 26.05.17 06:24
A ORCRIM está aproveitando a campanha contra Rodrigo Janot e Edson Fachin – que se espalhou pela imprensa e pela internet – para atacar a Lava Jato.
O plano é desmoralizar as denúncias da JBS, impedir o surgimento de novos delatores e, em setembro, nomear um procurador-geral da República que engavete os processos.
Gilmar rebate Janot
Brasil Quinta-feira, 25.05.17 23:17
Gilmar Mendes se manifestou sobre o pedido de seu impedimento no caso Eike Batista, protocolado no STF por Rodrigo Janot. Em sua resposta, o ministro diz que "ministros não escolhem suas causas".
"É o aleatório, o andar do bêbado, representado pela distribuição processual, que define os relatores dos processos nesta Suprema Corte. Por isso mesmo, foi o acaso – e não minha vontade – que trouxe o habeas corpus em questão à minha relatoria."
Segundo ele, "é excepcional a recusa de magistrados".
"O trabalho do juiz é julgar. Aceitar que as partes usem a recusa como meio para manchar a reputação do julgador é diminuir não só a pessoa do juiz, mas a imagem do Supremo Tribunal Federal e o ofício judicante como um todo."
Gilmar rebate ainda a alegação de que sua esposa Guiomar seria credora de honorários de Eike por ser sócia do escritório de Sérgio Bermudes, que defende Eike em causas cíveis.
Ele usa uma nota do próprio Bermudes para se defender e partir para cima de Rodrigo Janot.
"Conforme nota à imprensa assinada pelo advogado Sérgio Bermudes, só participa da remuneração o advogado que efetivamente presta o serviço. Ou seja, de acordo com a informação, a esposa do signatário não é credora do paciente. Se o argumento do crédito fosse levado à última instância, talvez a atuação do Procurador-Geral da República pudesse ser desafiada, visto que sua filha pode ser credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava Jato."
Confira AQUI a íntegra do documento.
Rocha Loures: "Quando chegar, entre na garagem"
Brasil 25.05.17 22:18
Nas mensagens de celular entregues por Joesley Batista à PGR e obtidas com exclusividade por O Antagonista, consta a conversa dele com Rocha Loures na noite do encontro com Michel Temer no Palácio do Jaburu.
Joesley envia a placa do carro para obter a liberação na portaria. Rocha Loures, então, diz ao empresário que entre na garagem, "passando a porta principal da casa, fica logo à direita".
Depois de uma hora, Rocha Loures pergunta se foi tudo bem e Joesley responde com sinal positivo e agradece.
EXCLUSIVO: O CELULAR-BOMBA DE JOESLEY BATISTA
Brasil 25.05.17 21:30
Joesley Batista entregou à PGR prints de centenas de mensagens de seu celular. Uma delas traz a conversa com Elsinho Mouco, o marqueteiro de Michel Temer, para a contratação de serviço de guerrilha virtual.
O empresário pediu ajuda a Elsinho para enfrentar na internet a onda negativa contra a JBS deflagrada pela Carne Fraca.
Joesley pergunta - Elsinho, lembra aquele serviço na internet que vc fez pro Temer antes dele assumir? Como funciona aquilo? Vc poderia fazer igual pra mim?
Elsinho responde - Lógico. Voltando vamos falar.
Joesley conclui - blza. t mando notícias.
Em sua delação premiada, Joesley conta que pagou R$ 300 mil a Elsinho, a pedido de Temer, para fazer a defesa do peemedebista na internet durante o impeachment.
Na semana passada, Elsinho divulgou nota em que fala do contato com Joesley, mas não admite o pagamento pelo trabalho para Temer.
Aécio também questiona áudio
Brasil 25.05.17 17:40
Aécio Neves apresentou à Polícia Federal uma lista de 27 perguntas a serem respondidas por peritos sobre a gravação da conversa que teve com Joesley Batista.
Assim como a defesa de Michel Temer, a do senador afastado questiona a qualidade do áudio, conforme trecho do pedido registrado pelo G1:
"Realizar transcrição completa do conteúdo de todas as falas presentes nos arquivos periciados, com foco em metodologia pericial forense. Registrar todas as ocorrências onde pode haver: (i) incompreensão de palavras ou segmentos; (ii) inteligibilidade duvidosa; (iii) múltiplas hipóteses do que foi dito; (iv) alternâncias auditivas que possibilitam mais de uma transcrição; (v) sobreposição ou simultaneidade de falas; (iv) outros de interesse pericial”, diz um dos pedidos feitos."

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