PRIMEIRA EDIÇÃO DE 14-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 14 DE MAIO DE 2017
Pela primeira vez desde quando esse tipo de falcatrua floresceu no Congresso, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, ordenou a retirada de nove artigos “enxertados” na MP 766, medida provisória que institui o Programa de Regularização Tributária, o “Novo Refis”. Os “jabutis”, sem qualquer ligação ao tema original da MP, foram incluídos pelo relator do projeto, deputado Newton Cardoso Filho (PMDB-MG).
Dentre os “jabutis” da MP 766 estava o perdão de dívidas tributárias de empresas da família do relator, Newton Cardoso Jr (PMDB-MG).
Irritados, os donos dos “jabutis” excluídos ameaçam apresentá-los como destaques na votação da MP 757, que expira em 28 de maio.
Mônica Moura, a mulher de João Santana, o marqueteiro de Lula e Dilma, deixou transparecer mágoa com o grupo que ajudou a eleger: “Nunca [alguém do PT me procurou após a prisão]. Nem nossos filhos”, revelou. Mônica disse que não fala com nenhum deles “há mais de um ano”. E que “nem Lula, nem Dilma, ninguém do PT” mandou “nem recadinho de apoio, nem recadinho de ameaça. Nem de medo. Nada”.
Tentando ser elegante, Mônica atribui ao “medo” a falta de contato de Lula e Dilma após as prisões dela e do marido.
Indagada sobre se “existia a possibilidade de ingerência [de Dilma] em tribunais, tribunais superiores”, Mônica Moura negou.
Na delação, Mônica mostra desapreço pela petista: “Numa campanha como a da Dilma...era impossível, era um poste para eleger”.
Os devastadores depoimentos de Mônica Moura e João Santana, comprometendo de uma vez Lula e Dilma, acabaram por relegar a plano secundário a Operação Bullish, da Polícia Federal.
As relações do BNDES com a Friboi são investigadas há muito tempo pela PF e o Ministério Público Federal. O futuro de liberdade do ex-presidente do banco, Luciano Coutinho pode ser considerado incerto.
A capa da revista IstoÉ, que circula neste fim de semana, resume o sentimento geral de operadores da Justiça, em Brasília. Mostra Lula de cabeça baixa e o título “Lula não é inocente”.
PSDB, PP, DEM e PMDB querem agilizar a reforma política. Decisão de líderes dos partidos esta semana pode fazer com que a PEC, de Aécio Neves, venha a ser votada pelos deputados em até um mês.
O ministro Osmar Serraglio (Justiça) tem lá um jeitão discreto, mas até em particular não esconde o entusiasmo pela Lava Jato. Até considera “crime de lesa-pátria” qualquer tentativa de interferir na operação.
A loja Marisa não informou quem criou a propaganda “Se sua mãe ficar sem presente, a culpa não é da Marisa”, que “bombou” nas redes sociais, após Lula atribuir à falecida mulher as acusações contra ele.
... muitos ladrões torceram para que o “cyber-ataque” em computadores de todo o mundo destruísse os arquivos da Lava Jato.

NO BLOG DO JOSIAS
Lava Jato levará à Renascença ou à Idade Média
Josias de Souza
Domingo, 14/05/2017 04:47
Quando Lula explica para Sergio Moro que os nomes indicados pelos partidos para ocupar diretorias da Petrobras tramitaram “normalmente” no governo, quando Michel Temer diz em entrevistas que considera “adequado” manter em sua equipe oito ministros investigados na Lava Jato, quando o tucanato trata com naturalidade a permanência de um Aécio Neves crivado de inquéritos na presidência do PSDB… Quando tudo isso acontece sem que nada aconteça, o Brasil é invadido pela luz de uma revelação. É normal! Sempre foi assim. É natural! Espanta que queiram questionar o que nunca foi considerado inadequado.
Uma pequena palavra petrificou-se como lema do homem público brasileiro: Realpolitik. Trata-se do nome de fantasia da hipocrisia que domina a política nacional desde a primeira missa. Os chatos que infestam o cenário — procuradores, magistrados e certos repórteres — querem subverter práticas seculares sem levar em conta a solidez das tradições que Lula, Temer e o tucanato evocam quando proclamam: “É normal, é adequado, é natural!” Não é despudor, mas solidez. Não é cinismo, mas pragmatismo.
Se as delações da Lava Jato revelam alguma coisa além de crimes, é que o oportunismo cínico alavancou muitas carreiras políticas no Brasil. Mas o trágico, o essencial mesmo na lição das mazelas expostas pela investigação é que tudo foi feito com a melhor das intenções. A safadeza encontra sempre uma justificativa absolvedora. Lula não tem culpa se os técnicos apadrinhados pelos partidos viraram larápios do dia para a noite. Temer não pode afastar ministros que ainda nem viraram réus. O tucanato tampouco pode destronar um dirigente que ainda usufrui do sacrossanto benefício da dúvida.
O sistema político brasileiro não protelou os seus crimes. Apenas se esforça para protelar as suas culpas. Não há inocentes no palco, só culpados e cúmplices. Alheios à estética imunda da conquista, os desbravadores das fronteiras morais prometem presentear o País no final com um futuro radiante. Ah, nada como o passado para fazer o brasileiro desacreditar do futuro. Ele sempre parece estar ali na esquina, mas acaba tropeçando. E nunca chega. Escândalos que explodem em ritmo epidêmico ajudam a explicar o por quê de o Brasil ter virado o mais antigo país do futuro de todo o mundo.
A Lava Jato pode conduzir o Brasil à Renascença ou à Idade Média. Não há por que temer o futuro. Ele nunca roubou ninguém. Terrível mesmo é o passado ou, pior, o presente. Ou o Brasil aproveita a oportunidade para adotar o regime de tolerância zero com a corrupção ou as futuras gerações recordarão, com nostálgica melancolia e um certo fascínio antropológico, das palavras pronunciadas na época do encontro do sistema político nacional com os seus limites, o sangrento rompimento desses limites e a sobrevivência dos velhos valores depois do rompimento: “É normal, é natural, é adequado!”

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 13 de maio de 2017
Que banqueiro teme a deduragem de Palocci?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Quem será a “importante figura do mercado financeiro” que atuava no financiamento de campanhas eleitorais – agora tremendo de medo de ser denunciada na “colaboração” premiada do temido Antônio Palocci Filho? Até agora alvo de dois processos que correm na 13ª Vara Federal com o juiz Sérgio Moro, o poderoso “consultor” Palocci tem tudo para ser o mais importante delator da Lava Jato. Chamado de “Italiano” na delação da Odebrecht, Palocci foi responsável por administrar repasses aos esquemas do PT no valor de R$ 128 milhões, entre 2008 e 2013.
Por ter sido ministro da Fazenda de Lula, ministro da Casa Civil de Dilma, coordenador de arrecadação para campanhas do PT e membro do Conselho de Administração da Petrobras, Palocci é o arquivo-vivo do maior escândalo de corrupção “nunca antes visto na História desse País” – como diria o cada vez menos poderoso chefão $talinácio. Palocci vai partir para a delação que pode ser a danação definitiva da petralhada. Quem teme a deduragem de Palocci? Todos os principais controladores do “mecanismo” do Crime Institucionalizado.
Por enquanto, o troféu de melhores delatores foi roubado da turma da Odebrecht pelo casal de marketeiros das campanhas eleitorais petistas. João Santana e Mônica Moura estão arrasando com as reputações dos ex-Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Vana Rousseff. A baiana Mônica escancarou geral: “Minha garantia era Lula”. O casal confidenciou que se referia a Dilma pelo apelido de “Tia” e Lula tinha o codinome de “Pavarotti” (por causa da barba parecida com a do tenor italiano).
Além de revelar como Lula ajudou na arrecadação de campanha para o falecido presidente venezuelano Hugo Chavez (companheiro do Foro de São Paulo), João Santana se disse “profundamente arrependido de tudo” e resumiu que “todos violam a democracia com a prática generalizada do caixa dois eleitoral”. Santana até citou uma espécie de “cartel” entre os partidos para manter gastos de campanhas semelhantes, para não chamar atenção da fiscalização (que, comprovadamente, é falha).
A mulher de João Santana acabou com aquela questionável imagem da “Dilma Honesta” (vendida pelos acusadores do “golpe” contra a “Presidenta”. A delatora revelou alguns crimes que comprovam como Dilma tentou obstruir a “justiça” na Lava Jato. Mônica Moura citou que Dilma: 1) avisou ao casal quanto eles seriam presos; 2) batizou de “Iolanda” (em homenagem à esposa do general-presidente Costa e Silva) o e-mail secreto com o qual ambas trocavam mensagens operacionais; 3) sugeriu a mudança das contas de propinas da Suíça para Cingapura; 4) foi beneficiada pelo pagamento de R$ 170 mil em gastos pessoais, principalmente de beleza e estética; 5) além de ter agido por orientação da Odebrecht para anular provas da Lava Jato. 
As inconfidências de Mônica Moura aumentaram ainda mais a importância do delator Palocci. Segundo a marketeira, Palocci cuidava da arrecadação, porém a decisão final sobre valores acertados era sempre de Luiz Inácio Lula da Silva. Mônica contou que Palocci até “pechinchava”, mas o acerto final da grana era decidido pelo “chefe, que era Lula”. João Santana também confirmou que todas as decisões sobre pagamentos dependiam da “palavra final do chefe”. Se Palocci confirmar o que confidenciaram os marketeiros, Lula será definitivamente arrasado na Lava Jato.
Até agora, Lula e seus advogados negam que Palocci seja o intermediador de pagamentos que teriam o PT e Lula como beneficiários diretos. Palocci era defendido até ontem por um dos estrategistas da defesa de Lula. No entanto, o advogado criminalista José Roberto Batochio decidiu abandonar a defesa de dois casos de acusação contra Palocci na vara do Moro. Batochio seguirá na defesa de Lula – que divide com o escritório de Roberto Teixeira (um dos melhores amigos do ex-Presidente desde os tempos de sindicalista).
Quem assume a defesa e vai negociar a temida delação de Palocci é o escritório do advogado Adriano Bretas, de Curitiba, cujo sócio é o também advogado Tracy Reinadeti. Ambos são especialistas em “transação penal”. Palocci quer reduzir suas previsíveis condenações a 30 anos de prisão, fornecendo nomes, endereços e operações realizadas com sua participação. Palocci puxa cadeia desde setembro, quando foi pego pela Operação Omertá da Polícia Federal. Palocci divide a cela com Renato Duque – outro delator que ferrou Lula recentemente... Por ironia, a “famosa lei do silêncio no linguajar mafioso italiano” será quebrada se Palocci realmente soltar a língua para a Força Tarefa da Lava Jato...
Uma das condições prioritárias para aceitar a conversa com Palocci é que ele desista do pedido de habeas corpus que o ministro Luiz Edson Fachin decidiu passar para decisão final dos 11 ministros que formam o plenário do Supremo Tribunal Federal. Palocci deve ter se convencido a partir para a delação em função da inevitável danação com as revelações do casal João e Mônica, bem como a recente Operação Bullish contra o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e os irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS e até o Banco Original (criado por Henrique Meirelles).
Eis o motivo do cagaço de banqueiros e empresários que trabalharam com o “consultor” Palocci. Aliás, que excelente nome de remédio para prisão de ventre... Palocci tem poder de desarranjar a máfia tupiniquim do Crime Institucionalizado que escraviza os brasileiros. A confirmação da delação de Palocci é uma benção simbólica no Dia 13 de Maio - data da Libertação da Escravatura, pela Princesa Izabel, em 1888.
(...)

NO O ANTAGONISTA
Talvez no desespero, Dilma esclareça JEC
Brasil 13.05.17 19:31
Em Londres, JEC negou que tivesse passado a informação de que Feira e Xepa seriam presos a Dilma Rousseff:
"Talvez no desespero de conseguir redução de pena, ela (Mônica Moura) tenha inventado situações. Eu nunca dei para a presidenta Dilma Rousseff qualquer informação privilegiada, jamais. Nem recebia. Essa informação não o menor amparo na realidade e quem pode responder isso é a Polícia Federal e o Ministério Público."
Talvez no desespero, Dilma esclareça esse ponto sobre JEC.
Delação de Eike: Lula e Cabral no cardápio
Brasil 14.05.17 09:13
O Antagonista organiza o cardápio da delação de Eike Batista, com base em informações de Lauro Jardim.
Lula – Fernando Baiano procurou Eike como intermediário do PT e de Lula para oferecer facilidades na Sete Brasil.
Sérgio Cabral – Eike pagou-lhe propinas para liberações de seus projetos nos órgãos ambientais.
Eduardo Cunha e Lúcio Funaro – Eike pagou-lhes propinas para que o FI-FGTS investisse R$ 750 milhões na LLX (atual Prumo).
Congressistas – Eike pagou-lhes propinas para que a lei que legaliza os cassinos seja aprovada.
Paulo Mendonça e Marcelo Torres (seus ex-executivos) – Comandaram um esquema de manipulação na bolsa com ações de empresas do grupo X.
É o que Eike, por enquanto, promete contar.
Os procuradores querem mais. O Antagonista, também.
Lula é um sobrepreço ao Brasil
Brasil 14.05.17 08:39
Em R$ 8,6 bilhões de contratos da Petrobras analisados pelo TCU em 2009, o sobrepreço alcançava R$ 4,04 bilhões, segundo O Globo, sendo R$ 140 milhões só no Comperj, por exemplo.
"O cálculo do sobrepreço permite concluir que esse valor (da obra) pode ser reduzido à metade. A economia da metade desse valor seria seis bilhões de reais", dizia o relatório.
Mesmo assim, Lula ignorou o alerta e liberou verbas para as obras superfaturadas.
No fim da matéria, o jornal cita o discurso do comandante máximo no ano seguinte, exibido no sábado por O Antagonista.
"Todas as suspeitas, questionadas diretamente à empresa, não influenciavam o julgamento de Lula, que, em 2010, dizia conhecer bem as contas da companhia, a ponto de discursar, no batismo da plataforma P-57 da Petrobras, em Angra dos Reis.
— Houve um tempo em que a diretoria da Petrobras achava que o Brasil pertencia à Petrobras, e não a Petrobras ao Brasil. A ponto de ter presidente que dizia que era uma caixa preta. No nosso governo é uma caixa branca e transparente, nem tão assim, mas é transparente. A gente sabe o que acontece lá dentro e a gente decide muitas das coisas que ela vai fazer — afirmou o presidente.
A defesa de Lula não quis se manifestar."
Quem dera que fosse sempre assim.
Lava Jato flagrou três das quatro obras protegidas por Lula
Brasil 14.05.17 07:49
Lula sabia de tudo – e interveio para manter.
O comandante máximo liberou recursos para quatro obras da Petrobras com preços muito acima dos inicialmente orçados, mesmo após alerta oficial do TCU em 2009.
Dessas quatro obras, segundo O Globo, três foram flagradas na Lava Jato.
"Uma é a Refinaria Abreu e Lima, uma espécie de ícone da corrupção na estatal: de um custo inicial de US$ 2,4 bilhões, já ultrapassou US$ 23 bilhões; mesmo que opere à plena capacidade durante toda sua vida útil, deve ser deficitária. As outras duas são o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a modernização da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. A quarta obra da lista era a implantação de um terminal em Barra do Riacho, no Espírito Santo, que, até agora, não apareceu nas investigações."
Mais uma para a lista da Lava Jato.
Lula foi oficialmente alertado sobre petrolão em 2009
Brasil 14.05.17 07:43
"Se, em algum momento, um dos 204 milhões de brasileiros chegasse ao presidente da República e dissesse 'tem um esquema de propina na Petrobras', seria mandada embora a diretoria inteira da Petrobras".
Foi o que respondeu Lula ao procurador Roberson Pozzobon no interrogatório da última quarta-feira (10).
Mas houve avisos, inclusive oficiais, como informa O Globo neste domingo (14).
"Em 2009, quatro obras da petroleira foram incluídas pelo Congresso numa lista de 24 projetos que deveriam ficar fora do Orçamento de 2010, sem verba, por terem sido flagradas com indícios de graves irregularidades em auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU). Em todos os casos, a suspeita era a mesma: preço muito acima do inicialmente orçado. Mas, no lugar de aceitar a decisão da Comissão Mista de Orçamento e determinar investigação na estatal, Lula vetou a inclusão das obras da Petrobras na lista e liberou os recursos. O ex-presidente alegou que a paralisação acarretaria em prejuízos e desemprego."
A desculpa é sempre a mesma.
O custo do cabelo de Dilma
Brasil 14.05.17 07:07
Dilma Rousseff mandou Mônica Moura pagar o cabeleireiro Celso Kamura porque ela "não tinha rubrica" para isso.
Foram 40 mil reais em dinheiro, como noticiou O Antagonista na sexta-feira (12).
Isto porque a vazadora seletiva ganhou um descontinho.
Segundo o Painel da Folha, "as diárias de R$ 1.500 que Mônica Moura diz ter pago a Celso Kamura para fazer cabelo e maquiagem de Dilma Rousseff representam 16% do valor que o cabeleireiro cobra por um dia de trabalho exclusivo: R$ 9.600. O desconto, costuma dizer Kamura, foi dado 'por consideração'.
Petistas dizem que João Santana e Mônica se ofereceram para arcar com os custos da preparação de Dilma depois que Antonio Palocci deixou o governo, em 2011. Quando chefe da Casa Civil, era ele quem pagava a diária de Celso Kamura."
Palocci era mesmo um negociador.
Fachin reforça segurança contra ORCRIM
Brasil 14.05.17 07:01
"É perigoso ser um homem honesto", já dizia Michael Corleone sobre o recém-eleito Papa João Paulo I no filme "O poderoso chefão III".
Ser relator da Lava Jato, também.
O ministro Edson Fachin teve de mudar não só seus hábitos pessoais, segundo o Painel da Folha, como também o esquema de compartilhamento de informações dentro de seu gabinete.
"O ministro, famoso pelos costumes simples, não almoça mais com a mesma frequência no bandejão do Supremo. A segurança da corte também ampliou o esquema de proteção a Fachin em áreas públicas, como aeroportos.
O magistrado agora só embarca em aeronaves direto na pista de decolagem, sem circular pelos saguões. Seu apartamento em Brasília e sua residência em Curitiba também tiveram os serviços de proteção revisados e ampliados."
Todo cuidado é pouco contra a ORCRIM.
Finalmente, a Lava Toga da Odebrecht
Brasil 14.05.17 06:47
"Delação da Odebrecht sem pegar Judiciário não é delação. É impossível levar a sério essa delação caso não mencione um magistrado sequer."
Foi o que disse a jurista baiana Eliana Calmon, em agosto de 2016.
Agora é melhor levar a sério.
Os termos da delação da Odebrecht ainda sigilosos, sob a guarda do ministro Edson Fachin, envolvem, sim, integrantes de diversas esferas do Judiciário.
Segundo o Painel da Folha, "as informações prestadas por delatores da empreiteira sobre nomes da Justiça e de alguns de seus parentes estão entre os 25 pedidos de inquérito formulados pela Procuradoria-Geral da República que ainda não foram divulgados pelo relator da Lava Jato no STF. Os documentos já despertam insegurança no STJ e no TCU, por exemplo."
E no STF, não? O Antagonista quer uma Lava Toga completa.
O ensaio da J&F
Brasil Sábado, 13.05.17 14:50
O grupo J&F, dono da JBS, ensaia fazer delação premiada. De acordo com a Folha, "um dos passos mais recentes da empresa nesse sentido foi o contato com o advogado e ex-procurador da República, Luciano Feldens para encabeçar as conversas - ele foi o responsável pela colaboração premiada de Marcelo Odebrecht".
O que a J&F entregaria?
Esquemas no BNDES e nos fundos de pensão.
Segundo o jornal, Joesley Batista quer assumir toda a culpa, para deixar Wesley livre para comandar a empresa.
Os procuradores não querem saber desse arranjo.
A J&F disse ao jornal que não comenta "rumores".
É sempre assim.
Os rastros de Iolanda
Brasil 13.05.17 14:29
Enquanto os "especialistas" da Folha pedem cautela com delação premiada, um especialista ouvido pelo Globo confirmou a autenticidade, antecipada por O Antagonista, do e-mail clandestino de Dilma Rousseff, 2606iolanda@gmail.com, e lembrou que mensagens não enviadas permanecem salvas pelo Google no rascunho, podendo ser descobertas com mandados de busca e apreensão.
Coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio, Pablo Cerdeira explicou também o procedimento necessário para rastrear redes e computadores a partir dos quais os acessos foram feitos.
"O Ministério Público pede uma ação cautelar para o Google dizer quais IPs estavam vinculados a essa conta (de e-mail). IP é o número único de conexão para internet, que é mais ou menos igual ao CEP. O Google vai informar isso. Depois, para saber qual computador estava conectado, vão precisar de outra ordem contra provedores de conexão."
Como comentou Paulo Celso Pereira em outra matéria do jornal:
"O Google certamente teve por algum período os registros dos IPs que acessaram a fatídica conta de e-mail, com dia e hora em que ela foi utilizada. Se for verdade o que está na delação, provavelmente entre esses endereços estão os usados pelas redes que atendiam aos palácios da Alvorada e do Planalto. E o serviço de processamento do governo, por sua vez, pode saber inclusive qual máquina foi usada."
Dilma deve estar mesmo bolada.

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