TERCEIRA EDIÇÃO DE 07-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO DIÁRIO DO PODER
SUBMARINOS DA CORRUPÇÃO
EXECUTIVO REVELA PROPINAS MILIONÁRIAS PARA O PT NA CONSTRUÇÃO DE SUBMARINOS
PETISTAS LEVARAM R$17 MILHÕES DE SUBORNO EM ANO NÃO ELEITORAL
Publicado: sexta-feira, 07 de abril de 2017 às 10:17 - Atualizado às 10:49
Redação
O executivo Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-presidente da Construtora Norberto Odebrecht e principal braço do setor de infraestrutura do grupo, confessou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que repassou R$ 17 milhões em propinas, entre 2012 e 2013, ao PT no contrato de construção de 5 submarinos – um deles movido à energia nuclear – para a Marinha. O negócio de R$ 31 bilhões foi fechado em parceria com a francesa DNSC, que tem como principal acionista o governo da França, em 2008.
O delator foi ouvido no dia 2 de março como testemunha da ação movida pelo PSDB, que pede a cassação da chapa presidencial Dilma Rousseff (PT), presidente, Michel Temer (PMDB), vice, de 2014. 
“Ele (Marcelo Odebrecht) me alocou R$ 17 milhões ao longo da vida do submarino”, afirmou Benedicto, que é um dos 78 nomes da mega delação da Odebrecht, fechada com a Operação Lava Jato. “Ficou uma deliberação para o Partido dos Trabalhadores ao longo das suas necessidades. Foi feito como caixa 2, mas não era campanha.”
A grana era para que as liberações de dinheiro do governo federal no contrato de construção dos submarinos do Programa de Desenvolvimento de Submarino (Prosub) não parassem. O programa foi lançado no governo do ex-presidente Lula, que assinou a “parceria estratégica” com o então mandatário da França, Nicolas Sarkozy. A DCNS ficou responsável pela transferência de tecnologia ao País e escolheu a Odebrecht como parceira nacional no projeto, sem realização de licitação.
Alvo de investigação da Operação Lava Jato, o Prosub foi inicialmente orçado em 6,7 bilhões de euros. O pacote previa a construção de um estaleiro, localizado em Itaguaí, no Rio, a operação e manutenção dos submarinos e a construção de quatro submarinos convencionais e o projeto e a construção do submarino com propulsão nuclear.” Segundo a Marinha, o valor estimado até o final do programa é de cerca de R$ 31,85 bilhões.
Um dia antes de Benedicto depor ao ministro Herman Benjamin, relator da ação contra a chapa Dilma/Temer, foi Marcelo Odebrecht quem foi ouvido. O empresário afirmou que controlava uma “conta corrente” de valores a serem pagos para as campanhas presidenciais do PT (Dilma Rousseff) de 2010 e 2014. A conta era gerida no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht – o chamado departamento da propina, por investigadores -, em nome de “Italiano” e “Pós-Italiano”, que eram os codinomes usados para os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega, seus interlocutores com o PT e o governo federal nessas tratativas.
Segundo Odebrecht, o grupo tinha acertado em 2014 um total de R$ 150 milhões a serem repassados oficialmente e via caixa 2 para a campanha presidencial do PT. Desse valor, ele afirmou que R$ 50 milhões ele pediu que fossem bancados pela área de infraestrutura do grupo, em especial, pelo interesse de que as liberações de recursos do Prosub não parassem.
Orçamento fictício
Benedicto era um dos principais homens do setor de infraestrutura da Odebrecht no Brasil. Ele afirmou ao TSE que sua área se afastou de contratos do governo federal, a partir de 2013, por problemas nas liberações dos recursos, tendo executado principalmente negócios de parcerias, no formato de Parcerias Público Privada (PPPs).
“A gente tinha, no meu caso, uma aversão ao governo federal por uma questão óbvia. O governo federal nos obrigava a trabalhar com o OGU (Orçamento Geral da União). O OGU era uma peça de ficção científica, apesar de terem criado o PAC para tentar sistematizar os pagamentos, organizar os pagamentos e fazer uma coisa mais clara…”, explicou Benedicto, sobre os grandes projetos que a construtora tinha com o governo federal, a partir de 2013.

R$ 10,5 MILHÕES
PRF APREENDE JOIAS DE EMPRESA INVESTIGADA POR PARTICIPAR DE ESQUEMA DE CABRAL
AS JOIAS ESTAVAM EM OITO ESTOJOS E NÃO TINHAM NOTAS FISCAIS
Publicado: sexta-feira, 07 de abril de 2017 às 13:34
Redação
A Polícia Rodoviária Federal apreendeu R$ 10, 5 milhões em joias, na noite de quinta-feira, 6, na Rodovia Presidente Dutra, próximo a Itatiaia. As joias estavam armazenadas em oito estojos compactos e não tinham notas fiscais. O motorista do veículo, um homem de 50 anos, que não teve o nome revelado, informou que tanto o carro quanto as joias pertencem à empresa Sara Joias. A joalheria é citada na Operação Calicute, que investiga o esquema de propinas chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral, segundo denúncia do Ministério Público Federal. O ex-governador e a mulher, Adriana Ancelmo, são acusados de comprar joias sem nota fiscal como forma de lavar o dinheiro desviado.
A PRF fazia uma fiscalização de rotina, no km 319 da Rodovia Presidente Dutra, quando o motorista de um carro Jetta foi parado. As joias foram encontradas escondidas na blindagem do veículo. Aos agentes, o condutor do carro disse que apresentaria a documentação comprovando a propriedade das joias, mas isso não ocorreu. Nos estojos, havia gargantilhas, brincos, pulseiras e cordões. Uma das joias tinha etiqueta com valor de R$ 1 milhão. O condutor do veículo foi enquadrado por crime contra a ordem tributária. Procurada, a Sara Joias informou que não se manifestaria sobre a apreensão.
As joalherias Sara Joias, Antonio Bernardo e H. Stern são investigadas por vender joias à Cabral e Adriana Ancelmo sem notas fiscais. As empresas chegaram a criar um sistema de compensação paralela, em que cheques do casal eram trocados por dinheiro, como forma de não deixar rastros das compras. A direção da H. Stern fechou acordo de delação premiada, conforme adiantou o Estado, na quinta-feira, 6. Os diretores vão prestar serviços à comunidade, além de pagar multa de R$ 18,9 milhões. (AE)

NO O ANTAGONISTA
Fora da piscina
Brasil Sexta-feira, 07.04.17 14:38
O promotor Roberto Liviunu avisa que o cartola Coaracy Nunes pode ser solto nas próximas horas:
"O presidente da Confederação Brasileira de Desporto Aquático há 27 anos foi preso ontem na operação Águas Claras por diversas fraudes.
O investigado já havia sido afastado do cargo em ação de improbidade de administrativa e retornou graças a uma liminar concedida pelo Desembargador Federal Nery da Costa Jr. em quatro horas.
Este mesmo Desembargador estará de plantão neste final de semana e apreciará eventual pedido de soltura feito durante o período".
FEIRA E DONA XEPA INTERROGADOS PELO TSE NO DIA 17
Brasil 07.04.17 14:11
"O ministro Herman Benjamin marcou para o dia 17 de abril os depoimentos de João Santana e Mônica Moura", informa Andréia Sadi.
Maria do Sedex
Brasil 07.04.17 14:29
O Antagonista sabe que, na era petista, a deputada tinha prioridade nas indicações para cargos da estatal no Rio Grande do Sul. Ela também usa os serviços da empresa para espalhar seus panfletos em época de campanha.
Defensoria de bandido
Sociedade 07.04.17 14:04
A Defensoria Pública do Distrito Federal entrou com ação contra o governo para que indenize 15 mil presos que vivem em celas superlotadas. Resultado da decisão do STF de que o governo é responsável por zelar pelas condições dos internos.
Alguma ação indenizatória para famílias que não conseguem vagas para seus filhos em creches e escolas públicas, ou para aqueles que morrem na fila do SUS?
"A grande revolução é acabar com o desperdício de dinheiro público"
Brasil 07.04.17 10:36
A gestão petista deixou sobre a mesa do IBGE um orçamento de 1,6 bilhão de reais para realizar o Censo Agropecuário. Paulo Rabello assumiu a presidência do instituto e estranhou o valor estrondoso, com base em longos questionários.
Em entrevista ao O Antagonista, o economista anunciou que o censo começará em outubro deste ano, e terá um custo total de cerca de 700 milhões de reais, menos da metade do previsto inicialmente.
"Nós salvamos o Censo Agropecuário. O Brasil pode melhorar fazendo mais com menos. O Brasil precisa se repaginar, se redescobrir."
Para Rabello, o mau aproveitamento dos recursos públicos provoca um impacto no orçamento do país que pode ser considerado ainda maior do que o protagonizado pelos escândalos de corrupção.
"Do ponto de vista de impacto orçamento-financeiro, a grande revolução é acabar com o desperdício de dinheiro público", reforçou.

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