PRIMEIRA EDIÇÃO DE 15-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO,15 DE ABRIL DE 2017
A força-tarefa rastreia o destino do dinheiro roubado no governo de Sérgio Cabral, no Rio, e por isso investiga o papel do ex-secretário Sérgio Côrtes, preso esta semana, na rede D’Or de hospitais, da qual era diretor. A rede controla três dezenas de hospitais. A suspeita é que Côrtes seria sócio ou investidor do Fundo Soberano de Cingapura (GIC), que pagou US$1 bilhão por 14% de participação na rede D’Or.
A compra de participação do fundo de Cingapura na Rede D’Or foi fechada em maio de 2015, e Sérgio Côrtes passou a representá-lo.
A entrada do GIC Private na Rede D’Or ocorreu poucos meses após a aprovação da legislação que permite capital estrangeiro em hospitais.
Procurado, o fundo GIC Private informou que não pode se pronunciar sobre o assunto Sérgio Côrtes sem receber instruções de Cingapura.
Procurada, a Rede D'Or limitou-se a dizer, por meio de sua assessoria, que “não procede”a informação sobre Côrtes como sócio da empresa.
O ex-ministro de Dilma, Edinho Silva, então tesoureiro de campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, procurou a Odebrecht em nome do candidato para pedir “doações”, em 2010. O ex-executivo Benedicto Júnior autorizou a propina pessoalmente, no caixa 2, segundo confessou. Edinho pediu R$1 milhão a Carlos Armando Paschoal, ex-executivo, mas a empreiteira só deu R$ 750 mil. Por fora.
O codinome do ex-senador Aloizio Mercadante (PT-SP), na lista de propineiros da Odebrecht, era “Aracaju”. A cidade não merece.
A expectativa da Odebrecht era que Aloizio Mercadante poderia vencer a disputa contra Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Aposta errada.
Os pagamentos das propinas para Mercadante, segundo o delato, foram no bairro de Moema, tudo combinado por Edinho Silva.
Segundo avaliação de Benedicto Júnior, ex-executivo da Odebrecht, o sonho do ex-senador e ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) era ser ministro da Fazenda, mas “o partido nunca aceitou que ele fosse”.
No remodelado Piantella, em Brasília, antigo frequentador observou que as paredes do restaurante agora estão forradas de dezenas de fotos de políticos. E observou: “Estão todos na lista do Fachin...”.
Guido Mantega utilizou R$ 50 milhões da Odebrecht para o PT & cia., a partir de 2010. Em 2014, o então ministro da Fazenda pediu de Marcelo uma nova contribuição de R$100 milhões para a reeleição de Dilma.
Uma das revelações mais graves de Marcelo Odebrecht é que ele tratava de propina com Guido Mantega quando ele era ministro da Fazenda. Ou seja, o sujeito que tomava conta da chave do cofre.
Ao criticar o foro privilegiado e a impunidade, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF): "O poder tem que ser um instrumento do bem e da justiça. Não pode servir para ajudar amigos e perseguir os inimigos. Esta é a virada ética que precisamos no Brasil".
A Odebrecht entrou de gaiata na compra suspeita de cinco submarinos franceses, no governo Lula. Foi subcontratada por R$ 3,3 bilhões para algo que jamais havia feito antes: construir um estaleiro de submarinos.
Marcelo Odebrecht disse que Guido Mantega pediu R$ 1.599.000 para a revista Brasileiros. Ao contrário do caso da Carta Capital, onde Odebrecht bancou patrocínios, ele mandou a Braskem fazer anúncios e deduziu o custo do patrocínio do “saldo” do PT com a Odebrecht.
...não há horas suficientes no dia para assistir aos depoimentos da megadelação da Odebrecht.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
MARINA TAMBÉM RECEBEU SUA PARTE NA DISTRIBUIÇÃO DA PROPINA: R$1,25 MILHÃO
DELATOR FALA EM 'DOAÇÃO' DE R$1,25 MILHÃO, ELA ADMITE R$598,5 MIL
Publicado: sexta-feira, 14 de abril de 2017 às 21:26
Redação
Marcelo Odebrecht manteve reunião com a então candidata a presidente Marina Silva no Hotel Pullman, próximo ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e acertou pagar a ela R$1,25 milhão a titulo de “doação” para sua campanha, em 2014. Os recursos foram declarados à Justiça Eleitoral. A história foi contada pelo ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, em depoimento à força-tarefa da Lava Jato.
Alencar contou em depoimento que a partir dessa reunião no hotel, houve uma conversa de Marcelo com ela, “onde foram colocados posicionamento e valores, valores culturais, não monetários, e estratégias". Segundo Alexandrino Alencar, “não teve compromisso [com alguma contrapartida]. Nem Marcelo, nem eu [falamos disso]. Foi muito mais uma conversa de aproximação.”
Em 2014, o executivo teve "atuação bem específica nas doações para as candidaturas da Presidência da República das duas candidatas", Marina Silva e Dilma Rousseff (PT). Marina não é investigada na Lava Jato. Dilma é alvo de inquérito em primeira instância. 
A assessoria de Marina Silva confirmou a reunião com Marcelo Odebrecht, afirmando ter sido a pedido dele, quando falaram das "principais propostas para o desenvolvimento sustentável do país".
A ex-senadora diz que não tratou de "nenhum assunto referente a financiamento de campanha". E que o grupo doou R$ 598,5 mil à candidata, além de R$ 600 mil ao diretório do PSB, não direcionados à campanha.

TROCA DE FAVORES
EX-MINISTRO DE DILMA RECEBEU R$ 12 MILHÕES EM PROPINAS E RELÓGIO DE US$ 20 MIL
JAQUES WAGNER ERA 'APOLO' NA PLANILHA DE PROPINA DA ODEBRECHT
Publicado: sexta-feira,14 de abril de 2017 às 17:47 - Atualizado às 18:17
Redação
Delatores da Odebrecht revelaram ao Ministério Público Federal que a empreiteira presenteou o ex-ministro do governo Dilma, Jaques Wagner, com relógios de luxo, propinas de R$ 12 milhões em dinheiro vivo e caixa dois. Nas planilhas do departamento de propinas da Odebrecht, o petista era o Polo, segundo os executivos, por ter trabalhado no polo petroquímico de Camaçari, como técnico de manutenção, nos anos 70.
De candidato desacreditado pela maior empreiteira do País, em 2006, Jaques Wagner, que também governou a Bahia, alcançou, por meio de trocas de favores usando o governo estadual baiano, não apenas apoio político a ele e a aliados, mas também relação pessoal com os donos e diretores da construtora, segundo relataram delatores da Odebrecht – entre eles, Marcelo, o ex-presidente.
A primeira campanha ao governo do Estado de Jaques Wagner financiada pela empreiteira foi em 2006. À época, o diretor Cláudio Melo Filho diz ter recebido um pedido do petista para marcar um almoço, que teria acontecido no restaurante Convento, em Brasília, com a presença de Marcelo Odebrecht. Na ocasião, o candidato pediu apoio financeiro ao então presidente da empreiteira. De acordo com o delator, Marcelo concordou, embora tenha demonstrado incômodo por não acreditar no sucesso de sua candidatura.
“Esta ajuda financeira foi direcionada por Marcelo Odebrecht para o Diretor Superintendente da Bahia à época, Alexandre Barradas. Acredito que tenham ocorrido pagamentos de até R$ 3 milhões de forma oficial e via Caixa 2. O meu apoio interno foi essencial para que esse pagamento ocorresse”, afirmou Cláudio Melo Filho.
Durante o mandato entre 2006 e 2010 à frente do governo da Bahia, delatores da Odebrecht apontaram trocas de favores entre o governador e a empreiteira.
Uma das tratativas foi sobre créditos pendentes do ICMS do governo do Estado da Bahia com a Braskem, pertencente ao grupo Odebrecht. De acordo com delatores, o acúmulo do valor a ser ressarcido chegou aos R$ 620 milhões em 2008. Em delação premiada, Carlos José Fadigas relatou que o então presidente da Braskem negociou sobre o tema diretamente com Jaques Wagner.
Segundo o executivo, o governador concordou em reduzir o ICMS sobre matérias primas da Braskem, permitindo na prática, que a companhia pudesse reaver o crédito de ICMS que ela tinha com o Estado. Um decreto sobre o benefício fiscal à empresa foi assinado pelo próprio Jaques Wagner.
A Odebrecht ainda teria se comprometido, no primeiro mandato de Jaques Wagner, a pagar um litígio trabalhista com o sindicato da indústria química.
De acordo com Carlos José Fadigas, em delação premiada, a Braskem teria financiado a candidatura do governador do estado à reeleição, em 2010. Ele relatou ter encontrado no sistema “Drousys”, por meio do qual se controlava os repasses do “departamento de propinas” da empreiteira, um pagamento de R$ 12 milhões em nome de um codinome “OPAIÓ”.
Ao fim do primeiro mandato, segundo o executivo Cláudio Melo Filho, Jaques Wagner foi qualificado como beneficiário de melhores recebimentos financeiros da empreiteira pela atenção demonstrada a assuntos de interesse da Odebrecht.
“O próprio Jacques Wagner fez questão de encaminhar esse pedido de apoio financeiro mais qualificado, apoiando-se na cuidadosa atenção que demonstrou aos nossos pleitos ao longo do seu primeiro mandato como governador da Bahia”, relata o delator.
Somente entre 2010 e 2011, Jaques Wagner teria recebido, por meio do codinome Polo, R$ 12 milhões do departamento de propinas da Odebrecht.
As vantagens indevidas pagas pela Odebrecht a políticos eram operacionalizadas pelo Setor de Operações Estruturadas. O diretor do “departamento de propinas”, Hilberto Mascarenhas, confirmou ao Ministério Público Federal pagamentos de R$ 1 milhão dinheiro vivo ao ex-governador da Bahia, em 2010. A primeira parcela, de R$ 500 mil, teria sido enviada à casa da mãe de Jaques Wagner. “Por algum problema dele com a mãe, ele não queria mais que fosse usada a casa da mãe dele. Fizemos um esforço grande e conseguimos pagar por meio de um preposto dele, Carlos Dalto. Ele me ligou, marcamos a data, o local e eu mandei o preposto pagar”, afirmou o executivo.
Tamanha era a amizade entre o governador e a empreiteira, que, no segundo mandato, quando fazia aniversário, Jaques Wagner recebia presentes de luxo. Em delação premiada, o diretor da Odebrecht, Cláudio Melo Filho afirmou que executivos da empreiteira deram um relógio de US$ 20 mil e outro de US$ 4 mil.
“Quando do aniversário de Jacques Wagner em março de 2012, foi dado um relógio Hublot, modelo Oscar Niemeyer. Em outro aniversário, que não me recordo o ano, também foi enviado relógio da marca Corum, modelo Admirals Cup. Esses presentes foram entregues junto com um cartão assinado por Marcelo Odebrecht, eu e André Vital”.
Reeleito em 2010, Jaques Wagner teria continuado a rotina de tratativas com a Odebrecht. Durante este mandato, foi construída na Bahia a Arena Fonte Nova, para receber a Copa do Mundo. O estádio sofreu com atrasos e foi inaugurado somente no dia 7 de abril, quando o prazo inicial para a entrega era 28 de fevereiro de 2013. Diante das cobranças da Fifa a respeito da Arena, o consórcio, formado por OAS e Odebrecht, teve de acelerar as obras, o que gerou gastos extras.
Delatores apontaram que Jaques Wagner teve receio de fazer um aditivo de contrato para cobrir os gastos, para evitar atrair atenções ao preço da obra, mas teria sugerido uma solução heterodoxa. Após tratativas, a Odebrecht teria acertado, em reuniões com Wagner, que o governo estadual poderia compensar a empreiteira por meio do pagamento de uma dívida judicial do Estado com a empreiteira.
O valor pendente, de mais de R$ 1 bilhão, em valores atualizados, segundo os delatores, envolvia uma ação contra a Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia.
Sem solução até as vésperas das eleições de 2014, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo, afirmou ao Ministério Público Federal que já havia concordado em não financiar o então candidato apadrinhado por Jaques Wagner, Rui Costa, do PT. No entanto, o assunto acabou sendo resolvido pouco antes das eleições. A empreiteira teria aceitado receber R$ 290 milhões, dentre os quais R$ 30 milhões seriam posteriormente destinados ao PT nas três eleições seguintes, segundo os delatores da Odebrecht.
“Como decorrência da solução deste problema, foi feita contribuição à campanha do Governo da Bahia em 2014, acertada por Claudio Melo Filho, em alinhamento com André Vital”, relatou Marcelo Odebrecht.
O Diretor Superintendente da Odebrecht na Bahia, André Vital, confirmou ao Ministério Público Federal que a empreiteira teria se utilizado da Cervejaria Itaipava para fazer uma doação de R$ 5 milhões à campanha de Rui Costa, do PT, ao governo da Bahia, após o acerto de contas.
O ex-ministro do governo Dilma e ex-governador da Bahia tem reiteradamente negado envolvimento em qualquer ato ilícitos.

R$ 5,1 MILHÕES
ODEBRECHT PAGOU PROPINA PARA DESTRAVAR TRANSPOSIÇÃO DO SÃO FRANCISCO
SEGUNDO DELATORES, FORAM R$ 5,1 MILHÕES EM SUBORNO E CAIXA 2 A QUATRO POLÍTICOS
Publicado: sexta-feira,14 de abril de 2017 às 17:39
Redação
A Odebrecht pagou R$ 5,1 milhões em suborno e caixa dois a quatro políticos nordestinos para destravar as obras do Canal do Sertão, trecho da Transposição do Rio São Francisco. Conforme os depoimentos de seis delatores, os valores foram repassados ao ex-governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (R$ 2,8 milhões), do PSDB; ao senador e ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (R$ 1,05 milhão), do PSB; e ao senador Renan Calheiros (R$ 500 mil), do PMDB.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também considera que uma doação oficial de R$ 829 mil à campanha do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), em 2014 foi propina envolvendo os interesses da empreiteira no projeto.
O Hotel Radisson, à beira-mar de Maceió, foi o palco de alguns dos encontros para acertar os pagamentos, segundo o relato dos depoentes. Ali Renan Calheiros se reuniu com o funcionário da Odebrecht Ariel Parente. “Relatei a ele que a empresa estava destinando R$ 250 mil, em duas parcelas, fazendo o total de R$ 500 mil. Não me recordo se ele indicou alguma pessoa da confiança dele para receber. Me recordo que ele não ficou satisfeito com o valor. Me transmitiu essa insatisfação achando que estava pouco”, relatou o executivo, em depoimento à Procuradoria-Geral da República.
Parente explicou que os R$ 500 mil seriam pagos como caixa dois, por fora de doação oficial ao então candidato ao Senado. Contou que Renan “queria mais” e cobrou “1 milhão e tanto”. Diante da reclamação, submeteu o problema para seus superiores. O senador alega que nunca participou de nenhum encontro com Parente. O ex-diretor da Odebrecht no Nordeste João Pacífico confirmou o pagamento, em duas parcelas, em agosto e setembro de 2010, dos R$ 500 mil. Ele apresentou planilhas como comprovação. Pacífico explicou que o caixa dois a Renan naquele ano visava à ajuda dele para liberar a obra do Canal do Sertão, um dos trechos da Transposição do Rio São Francisco.
Pacífico afirmou que, embora Renan estivesse rompido com o então governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), o peemedebista era um político nacional e tinha influência no Ministério da Integração Nacional. “Se, porventura, a gente precisasse de apoio dele, a gente poderia utilizá-lo”, justificou. A quantia foi disponibilizada pelo Grupo Odebrecht por intermédio de operação não contabilizada e registrada pelo Setor de Operações Estruturadas no sistema “Drousys”.
O executivo explicou que a Odebrecht obteve o contrato na transposição em 2010, mas a execução ficou suspensa até 2013, por falta de recursos. O “agrado” a Renan, segundo ele, também objetivava conquistar o apoio dele em eventuais pleitos futuros. “Era mais para que a gente pudesse dar a notícia, primeiro em nome da companhia, e também porque poderia haver uma demanda. Então, a gente se antecipou”, comentou.
Bezerra
Em outro trecho de sua delação, João Pacífico afirmou ter acertado, numa conversa em 2013, pagamento de R$ 1 milhão para a campanha do então ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
“Quando eu fui saber do ministro Fernando Bezerra qual era a dotação orçamentária, ele disse: ‘vou me candidatar em 2014 ao Senado e preciso de uma ajuda de campanha”, afirmou. “Eu fui lá para saber o orçamento referente à obra. Depois que ele me disse que o valor de 2013 não seria significativo, porque a obra só começou no meio do ano, mas em outros anos deveria ter, foi quando disse ‘eu vou me candidatar e preciso de um valor em contribuição: R$ 1 milhão'”, acrescentou.
No pedido de abertura de inquérito, o procurador-geral Rodrigo Janot diz que a solicitação de Bezerra Coelho “foi atendida por meio de pagamentos viabilizados pelo Setor de Operações Estruturadas”. O montante, em espécie, segundo os colaboradores, foi entregue a um intermediário de Bezerra. O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior confirmou os repasses.
Segundo os delatores, os valores pagos a Teotônio Vilela Filho e a dois de seus auxiliares somaram R$ 2,8 milhões, em 2014. Pacífico contou que os repasses foram acertados pelo próprio governador e sua equipe no hotel, que teriam ameaçado rescindir o contrato, caso os valores não fossem feitos. A Odebrecht, por fim, teria cedido ao achaque.
“As condutas acima narradas não se tratam de mera doação eleitoral irregular. Vislumbra-se, na verdade, uma solicitação indevida em razão da função pública que se almeja, a pretexto de campanha eleitoral. Por esta razão, há fortes indícios de que se está diante de crimes graves que precisam ser minuciosamente investigados”, afirmou Janot sobre as doações a Vilela, a Bezerra e ao senador Renan.
Defesas
Em nota, Renan afirmou ser “uma inconsciência” a “tentativa” de ligá-lo “às obras do Canal do Sertão”. “A obra era gerida por um governo contra o qual eu e Renan Filho, que era deputado federal, fazíamos oposição. O fato de eu ser político nacional não muda o contexto da política regional. Por isso, eu realmente acredito no arquivamento das denúncias por total incoerência”, disse.
Fernando Bezerra Coelho, também por meio de sua assessoria, alegou que não participou nem da licitação nem da contratação da obra do Canal do Sertão Alagoano, “ambas ocorridas em 2009 – ou seja, dois anos antes de o senador chegar ao Ministério da Integração Nacional”. “Ao assumir o ministério, Fernando Bezerra solicitou a manifestação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a conformidade do contrato. Com a orientação do TCU, foram feitos ajustes no referido contrato e a obra foi retomada no final da gestão de Fernando Bezerra, em 2013. O parlamentar reforça que todas as contas da campanha dele ao Senado foram devidamente apresentadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral”, explicou.
Renan Filho sustenta que todas as doações recebidas durante a campanha ocorreram dentro da lei e foram devidamente declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.” A reportagem não conseguiu contato com Teotônio Vilela Filho.

A CONVOCAÇÃO DO CAPETA
Por Carlos Chagas
Sábado, 15-4-2017
A sucessão presidencial do próximo ano surge como o primeiro efeito colateral do escândalo que assola o país a partir da devassa praticada na Odebrecht. Dos possíveis candidatos, não sobrou nenhum. O Lula, preso ou solto, só por milagre se manterá na disputa. É estranho como essas coisas acontecem, mas há uma semana parecia imbatível em todas as simulações e pesquisas. Agora, não há quem aposte um real na sua passagem para o segundo turno. O que era sólido, desmanchou-se no ar. O patriarca da ex-maior empreiteira nacional encarregou-se de fulminar o ex-presidente ao tornar públicas suas relações.
Não adianta procurar nos falidos quadros do PT quem substitua o primeiro companheiro. Muito menos nas bancadas parlamentares. Não ficou pedra sobre pedra.
Os três tucanos que pareciam poderosos viraram três porquinhos. Uma cascata de lama escorre da passagem de Aécio, Serra e Geraldo pelos governos dos respectivos Estados. De propinas ao Caixa Dois e até a doações inexplicáveis e manipulações desavergonhadas, jamais levarão o PSDB à disputa. Nem adianta lembrar de Fernando Henrique, hoje submerso na ilusão de sua presença na mídia.
O PMDB não tinha e continuará não tendo pretendentes. O fracasso da recuperação econômica só não será maior do que o elenco de reformas felizmente indo atrás da vaca, ou seja, para o brejo. Henrique Meirelles cada dia tenta justificar-se um pouco mais pelo naufrágio de seus planos e programas, forte candidato ao Premio Pinóquio do ano.
Há uma semana discutia-se a hipótese de Ciro Gomes aceitar tornar-se o vice do Lula, mas hoje o cearense nascido em São Paulo foge da dobradinha como o diabo foge da cruz.
Marina Silva dedica-se a cooptar juízes, procuradores e ministros dos tribunais superiores, iludida com a impressão de seus votos valerem mais que os votos de uma lavadeira.
Jair Bolsonaro, Ronaldo Caiado, Joaquim Barbosa, Álvaro Dias e outros menos cotados torcem para não ser lembrados ou confundidos com a classe dos políticos.
Em suma, fosse o Capeta candidato e estaria na liderança das previsões agora viradas de cabeça para baixo. Resta aguardar as delações das demais empreiteiras.

NA VEJA.COM
O Congresso subjugado
A bancada da Odebrecht era a mais poderosa do Congresso Nacional: o presidente do Senado, o presidente da Câmara, 29 senadores e 39 deputados no bolso
Por Thiago Bronzatto
Sexta-feira,14 abr 2017, 07h00
“Em geral, você não tem uma relação sustentável naquele toma lá dá cá. Se você chegasse para o deputado ‘Pô, me apoia aqui’. Toda hora que você pede um apoio o cara diz ‘Eu quero tanto’. Não é uma relação sustentável. Em geral, aquelas relações mais duradouras são as relações que ficam: o cara sempre te ajuda e você está sempre ajudando ele.” Foi assim, nas palavras de Marcelo Odebrecht, que, durante décadas, a maior empreiteira do país foi consolidando influência e poder dentro do Congresso Nacional, em nível só comparável ao de grandes partidos. O método era simples e eficiente: o da cooptação financeira. Parlamentares precisavam de dinheiro pra suas campanhas, e, em muitos casos, também para outras despesas. A Odebrecht financiava os gastos, quase sempre por vias ilegais. Por quê? É a regra elementar das organizações mafiosas: ao entregar dinheiro sujo aos deputados e senadores, a empresa conquistava mais que parceiros. Ganhava cúmplices.
(Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.)

NO BLOG DO JOSIAS
Lula propôs um encontro a FHC há dois meses
Josias de Souza
Sábado,15/04/2017 05:05
Há dois meses, quando a colaboração da Odebrecht ainda era uma bomba no arsenal da força-tarefa da Lava Jato, esperando pelo momento de explodir, Lula telefonou para Fernando Henrique Cardoso. O petista sugeriu que os dois se encontrassem para debater a crise. O tucano não refugou a ideia. Mas condicionou a conversa à definição prévia dos temas que seriam debatidos. Interlocutores da dupla ainda tentam promover a reunião. Entretanto, os estilhaços da delação coletiva dos corruptores da maior empreiteira do país dificultam a iniciativa.
Lula tocou o telefone para FHC a pretexto de agradecer pelo depoimento que ele prestara ao juiz Sergio Moro, em audiência ocorrida no último dia 9 de fevereiro. O desafeto do petismo havia sido arrolado como testemunha de defesa de Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula e espécie de faz-tudo do morubixaba do PT, que é réu no mesmo processo.
FHC contou a amigos que, feitos os agradecimentos, Lula mencionou o desejo de conversar pessoalmente. Chegou a sugerir que o encontro ocorresse na casa de José Gregori. Uma semana antes, em 2 de fevereiro, Gregori, que foi ministro da Justiça de FHC, o acompanhara na visita que fizera a Lula no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Foram abraçá-lo depois que os médicos atestaram a morte cerebral de sua mulher Maria Letícia. Já nessa ocasião, Lula insinuara que queria conversar. Horas depois, manifestaria o mesmo desejo a Michel Temer, que também o visitou no hospital.
Um dos defensores da aproximação é Nelson Jobim. Ex-ministro de FHC e de Lula, Jobim argumenta que crises políticas como a que foi produzida pela Lava Jato só se resolvem pela política. Com a corda no pescoço, Lula endossa integralmente a tese. FHC não se opõe, mas afirmou em privado que, sem uma agenda nítida, o diálogo poderia ser confundido com um ''abraço de afogados''. Disse isso antes mesmo da divulgação dos depoimentos tóxicos. Num deles, Emílio Odebrecht, dono da construtora pilhada no Petrolão, disse ter feito doações para campanhas eleitorais de FHC no caixa dois.

Temer fala de futuro com gente de passado sujo
Josias de Souza
Sábado, 15/04/2017 01:35
Ao escancarar a evidência de que a política tem código de barras e estava na prateleira para ser comprada por organizações como a Odebrecht, a Lava Jato aguçou o instinto de sobrevivência dos políticos brasileiros. Para entender os próximos lances da crise, você deve prestar atenção em dois movimentos. O governo Temer dirá aos parlamentares que o país não tem futuro se o Congresso não aprovar as reformas trabalhista e previdenciária. E os congressistas, fingindo que não têm passado, tentarão apressar uma pauta que lhes permita surfar no mar de lama: anistia do caixa dois, fundo público de financiamento eleitoral e voto com lista fechada, para esconder candidatos sujos do eleitorado.
Os dois lados têm pressa. Depois que as delações da Odebrecht ganharam o noticiário os relógios de Brasília já não têm ponteiros, mas espadas. Há mais mortos do que vivos no comando das articulações. E essa atmosfera fúnebre começa a produzir maquinações sombrias. Um grupo de deputados ameaça levar as reformas do Planalto em banho-maria se o governo não demonstrar empenho pela aprovação do kit de salvação dos mandatos ameaçados.
O governo fará na terça-feira próxima um teste de prestígio. Temer convidou para um café da manhã no Palácio da Alvorada todos os deputados do condomínio governista. Na ponta do lápis, são 411 dos 513 deputados. Se comparecerem 300, o presidente soltará fogos. O número mínimo para aprovar uma emenda constitucional é de 308 votos. O governo talvez devesse evitar a divulgação de imagens do café da manhã. Haverá na mesa uma profusão de autoridades e parlamentares sob investigação. A exposição da cena pode passar a ideia de um abraço de afogados.

NO O ANTAGONISTA
EXCLUSIVO: O DELATOR PALOCCI
Brasil Sábado,15.04.17 10:14
O advogado Antonio Figueiredo Basto foi à carceragem da PF para conversar com Antonio Palocci.
Ele vai negociar um acordo do Italiano com a Lava Jato.
Lava Jato investiga quem visitou Temer
Brasil 15.04.17 10:12
A Lava Jato vai investigar quem visitou Michel Temer no Palácio do Jaburu e em sua casa em São Paulo.
De acordo com a Folha, um dos alvos é a lista de quem passou pelo Jaburu em 28 de maio de 2014, quando ocorreu o famoso jantar com Eliseu Padilha e Marcelo Odebrecht, em que se discutiu a doação de R$ 10 milhões ao PMDB, pagos em dinheiro vivo.
“Emílio exagera intimidade com Lula”
Brasil 15.04.17 09:57
Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara, tenta negar a amizade entre Emílio Odebrecht e Lula. É a manjada estratégia de desqualificar o delator. Eis o que disse à Folha:
“Todo delator tem que seduzir o Ministério Público para o acordo ser aceito. É natural ter que carregar nas tintas. No caso, Emílio Odebrecht exagera numa intimidade com Lula que talvez não exista.”
Resumindo: para Zarattini, não era nada pessoal. Eram apenas negócios.
“Lula é um político pequeno e inescrupuloso”
Brasil 15.04.17 09:25
A Veja fez um balanço do que sobra da imagem de Lula, após as delações da Odebrecht. Leia:
“O Lula que emerge das delações da Lava-Jato é um político pequeno, que não hesita em receber favores nem presentes de empresários, inescrupuloso e capaz de ações ousadas quando o problema envolve poder e dinheiro. Emílio Odebrecht percebeu isso – e vem, há quase três décadas, segundo confessou, fazendo contribuições rotineiras para aquele que representava ‘ética no poder’”.
Lula é o maior dos crocodilos
Brasil 15.04.17 09:08
Se Lula ficou mesmo com 10% de toda a propina paga pela Odebrecht, é o maior dos crocodilos do PT, segundo a definição de Emílio Odebrecht. Isso sem contar os mimos da OAS e que tais.
Eles vão fazer o diabo
Brasil 15.04.17 09:02
Os políticos pegos nas delações vão fazer o diabo para manter o foro privilegiado, inclusive tentar o golpe do voto em lista fechada.
"Se for seguido o padrão observado do Mensalão, as primeiras punições referentes a eventuais condenações dos inquéritos abertos na última terça-feira só serão vistas daqui a oito anos, em 2025", publica O Globo.
Lula pode ter ficado com 10% de toda a propina da Odebrecht
Brasil 15.04.17 09:01
Mais cedo, publicamos que Lula recebeu, pelo menos, R$ 50 milhões em propinas da Odebrecht. Se a conta de Veja estiver correta, isso significa que o comandante máximo ficou com 10% de tudo o que a empreiteira distribuiu. A revista estima que, pelo propinoduto da Odebrecht, passaram R$ 500 milhões.
Odebrecht pagou, pelo menos, meio bilhão de reais em propinas
Brasil 15.04.17 08:54
Com base nas delações, a Veja calcula que a Odebrecht tenha distribuído, pelo menos, 500 milhões (isto mesmo, meio bilhão de reais) em propinas.
Quanto vale o silêncio de Eduardo Cunha?
Brasil 15.04.17 08:40
Segundo o Radar da Veja, Naji Nahas está procurando empresários para pedir ajuda financeira para Eduardo Cunha.
Há quem veja, no pedido, uma oferta velada de proteção, se Cunha decidir delatar tudo o que sabe.
Submarinos renderam propina de 40 milhões de euros
Brasil 15.04.17 08:29
Benedicto Júnior afirmou, em sua delação, que a Odebrecht pagou um total de 40 milhões de euros em propinas para fechar o contrato de transferência de tecnologia com a francesa DCNS.
O acordo envolvia a construção de cinco submarinos, incluindo um nuclear. Segundo o Estadão, o dinheiro foi repartido entre o PT, o lobista José Amaro Pinto Ramos e o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luis Pinheiro.
PT ainda quer Lula lá em 2018
Brasil 15.04.17 08:08
Por absoluta falta de opções, o PT continua com a ideia fixa de lançar Lula à Presidência no ano que vem.
De acordo com o Estadão, os companheiros avaliam que somente ele será capaz de unir o partido após a Lava Jato. Ignoram um detalhe: ele será condenado antes disso.
Os 50 milhões de reais de Lula
Brasil 15.04.17 06:41
Quanto Lula recebeu da Odebrecht?
A conta ainda não está fechada.
Na planilha Amigo, foram depositados 40 milhões de reais (e havia um saldo de 10 milhões de reais no primeiro trimestre de 2014).
De acordo com Marcelo Odebrecht, porém, Lula tinha duas contas no departamento de propinas da empreiteira.
A primeira, Amigo, era administrada pelo próprio Marcelo Odebrecht.
A segunda, mais informal, era administrada por seu pai, Emílio, e usava laranjas como a DAG ou a Telos para ocultar os pagamentos.
A reforma do sítio em Atibaia, que custou 1 milhão de reais, saiu dessa conta de Emílio Odebrecht, assim como as palestras fraudulentas e as viagens do lobista internacional.
Mas não é só isso.
Marcelo Odebrecht, em seu depoimento, declarou que os 12,4 milhões de reais do prédio do Instituto Lula foram sacados da conta Italiano, e não da conta Amigo.
Quando Paulo Okamotto e José Carlos Bumlai o procuraram para pedir o dinheiro, ele disse:
“Mencionei que precisava da aprovação do Palocci e que tinha provisionado um valor com ele. Se ele concordasse em retirar do provisionamento, não teria problema”.
Se forem acrescentados os pagamentos clandestinos aos seus familiares, Lula embolsou no mínimo 50 milhões de reais do departamento de propinas da Odebrecht.
Odebrecht pagava Lula duas vezes
Brasil 15.04.17 06:22
Marcelo Odebrecht disse que a empreiteira pagava Lula duas vezes.
Uma delas era por meio da conta Amigo.
A outra era por meio de laranjas, em todos os pagamentos envolvendo Emílio Odebrecht.
Leia o que contou Marcelo Odebrecht:
“A gente pagava, entre aspas, duas vezes. Palestras, viagens de aviões e reforma do sítio não foram abatidos dessa conta [Amigo]”.
Lava Jato globalizada
Brasil 15.04.17 07:55
Fachin pediu à PGR que se manifeste sobre a possibilidade de a Odebrecht ser julgada, no Brasil, por crimes que cometeu no exterior. Os delatores da empreiteira admitiram fraudes e corrupção em nove países.
Segundo o Estadão, a PGR se comprometeu a manter o sigilo dessa parte do processo até 1º de junho, a fim de não atrapalhar as negociações de acordos de colaboração com o exterior.
AS CONTAS DO PT NO EXTERIOR
Brasil 15.04.17 06:53
A PF apura se o PT tem contas bancárias no exterior.
Essa é uma das principais frentes abertas pela Lava Jato.
Leia um trecho da reportagem da Época sobre o assunto. Pode ser o passo decisivo para prender o resto da ORCRIM:
“Planilhas entregues por delatores da Odebrecht listam contas no exterior para efetuar pagamentos em nome do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, cujo codinome era 'Camponez'. Segundo as tabelas, os repasses totalizam US$ 7 milhões.
Nos extratos e documentos entregues pelos ex-executivos Rogério Araújo e César Rocha, há referências a contas na Suíça e nos Estados Unidos para os repasses ao 'Camponez', que aparentam estar em nome de laranjas e de empresas offshore.
Em um dos documentos, César Rocha manda um e-mail para Ângela Palmeira avisando-lhe da 'nova direção para Camponez', com dados do Lloyd TSB Bank e do Deustche Bank Trust Co Americas. Também há referências ao Standard Chartered Bank. O nome do beneficiário de uma das contas é a offshore Artefacto Holdings”.
Odebrecht pagou Pastor Everaldo para ajudar Aécio
Brasil Sexta-feira,14.04.17 21:55
Na sua delação à PGR, Fernando Reis disse que a Odebrecht pagou ao Pastor Everaldo, candidato do PSC à Presidência em 2014, para que ele auxiliasse Aécio Neves num debate.
Pelo auxílio, o Pastor Everaldo recebeu, segundo Fernando Reis, 6 milhões de reais. O codinome era "Zelota" e "Aquário 2".
“Como a gente se sentia credor por ter contribuído tanto para a campanha dele, nós sugerimos que usasse o debate sempre para perguntar ao candidato Aécio, porque aí daria mais tempo ao Aécio. E, analisando a transcrição do debate do primeiro turno, se nota que ele fez perguntas absolutamente simples e inócuas para que o candidato Aécio pudesse ter tempo na televisão”, afirmou Fernando Reis.
"ELA CAI, EU CAIO"
Brasil 14.04.17 19:33
Preocupado com o avanço das investigações da Lava Jato, Marcelo Odebrecht pediu ao executivo João Nogueira que entregasse documentos a Fernando Pimentel e fizesse fazê-los chegar a Dilma Rousseff: eram comprovações de que a campanha da petista tinha dinheiro sujo.
Em anotações apresentadas à PGR, MO escreveu:

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