PRIMEIRA EDIÇÃO DE 13-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 13 DE ABRIL DE 2017
A cada denúncia sobre seu papel protagonista no maior escândalo de corrupção da História, o ex-presidente Lula nega ser o ladrão que as delações revelam, reclama de “perseguição” e “vazamentos seletivos”, chama os delatores de “mentirosos” etc, mas nem sequer ameaça processá-los. Marcelo Odebrecht, o mais devastador dos delatores, revelou vários pagamentos de propina a Lula, o “Amigo” da Odebrecht.
A força-tarefa crê que Lula e Dilma não processam Marcelo Odebrecht, por exemplo, porque o empresário guarda ainda muitos segredos.
Se mentisse ao confessar pagamentos de propina a Lula, Marcelo Odebrecht estaria sujeito a processo por crime de calúnia.
A cada depoimento, a Justiça conhece os detalhes mais sórdidos da relação promíscua de Lula e Dilma com a Odebrecht.
Dilma se diz vítima daqueles que, para se livrar de prisão, “inventam fatos” tentando envolvê-la no caso. Mas não processa os delatores.
Não há na Lista Fachin nenhuma grande surpresa, mas da relação de investigados estão políticos que sempre fizeram pose de vestais, comportando-se como freirinhas inocentes no meio de um “bordel chamado Congresso”. Entre os “santos do pau coco” estão a ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) e a não menos auto-canonizada deputada Maria do Rosário (PT-RS), ambas na folha da Odebrecht.
Vanessa Grazziotin (AM) levou R$1,5 milhão. Seu codinome, “Ela”, porque era a única mulher do PCdoB a negociar propina na Odebrecht.
Carlos Zarattini, líder do PT, é acusado de ajudar a Odebrecht a vender um shopping por R$800 milhões ao fundo Previ (Banco do Brasil).
A Odebrecht diz que Aloysio Nunes (PSDB-SP) pediu e levou R$500 mil no caixa 2. Ele ameaçou processar a coluna, que avançou a notícia.
O ex-executivo da Odebrecht, Alexandrino Alencar confessou à Justiça pagamentos de R$ 150 mil para a deputada petista Maria do Rosário. Contou que ela se relaciona com a empreiteira desde 2008.
Tanto Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, quanto Alexandrino Alencar, ex-executivo do grupo, destacaram o “potencial” de Vanessa Grazziotin e Maria do Rosário para justificar a propina.
Ao delatar o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Mello Filho revelou que havia “taxa de sucesso” da corrupção. Entregado o que prometia, o político comprado levava mais.
Ao contrário do divulgado “analistas” e “especialistas”, o Congresso não ficou às moscas em consequência da Lista Fachin. É que deputados e senadores, como sempre, decidiram vazar para antecipar o “feriadão”.
O feriadão iminente e a ressaca da Lista Fachin esvaziaram a reunião da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas no Congresso. Dos 387 membros, apenas dez parlamentares apareceram.
Os arquivos digitalizados da Lista de Fachin contêm cópias dos documentos que fundamentam as ações e também os vídeos dos depoimentos. São 190 Gigabytes de inquéritos e 120 Gb de petições.
Paulo Medina foi afastado do Superior Tribunal de Justiça, acusado de corrupção, quando presidia a Associação dos Magistrados. Agora, outra entidade, a dos Juízes Federais (Ajufe), tem um ex-presidente na Lista de Fachin: Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão.
A Reforma Trabalhista, cujo relatório foi lido nesta quarta-feira (12), ganhou 850 emendas ao projeto original. Apenas oito foram retiradas pelos autores. É o projeto mais emendado de todos os tempos.
...só respirou aliviado ontem o ex-presidente Lula, que pela primeira vez não está na lista. Por enquanto.

NO DIÁRIO DO PODER
OBRA DE HIDRELÉTRICA
AÉCIO EMBOLSOU PROPINA DE R$30 MILHÕES POR CONTRATO NO GOVERNO LULA
DELATOR: FORAM R$30 MILHÕES DEPOSITADOS LÁ FORA. 
Publicado: quarta-feira, 12 de abril de 2017 às 23:55 - Atualizado às 00:29
Redação
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu R$30 milhões em propina depositados em contas de amigos e empresas no exterior por sua atuação em favor da Odebrecht na obra da Usina de Santo Antônio, em Roraima, contratada no governo Lula (PT), segundo revelou em depoimento o ex-executivo da empreiteira Henrique Valadares.
Valadares contou que os pagamentos no exterior foram acertados numa reunião da qual ele participou, acompanhando Marcelo Odebrecht, com o então governador Aécio Neves, no início de 2008, no Palácio das Mangabeiras, residência oficial em Belo Horizonte. Ele garante que durante toda a conversa não se falou em valores ou propina, mas, ao final da reunião, já nas despedidas, Aécio lhe disse que o ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo iria procurá-lo. Somente quando já estava no carro com Marcelo Odebrecht é que Valadares diz ter sido informado do acerto de um pagamento com Aécio “em troca de apoio a obras de Jirau”, no valor de R$50 milhões, dos quais R$30 milhões caberiam à Odebrecht e R$20 milhões à Andrade Gutierrez.
Dias depois, Dimas Toledo se reuniu com Valadares na sede da Odebrecht no Rio com a “demanda” do então governador de Minas: R$30 milhões. Os pagamentos “foram todos feitos no exterior, em contas de amigos ou de empresas ou de trusts ou algo do gênero”, explicou Valadares.
Um dos destinatários da propina, segundo o delator, foi o empresário Alexandre Acciolly, dono da rede de academias Bodytech, por meio de pagamentos mensais de um a dois milhões de reais.
A Odebrecht também fez pagamentos, no caixa 2, nas eleições de 2010 e 2014. O ex-diretor da empresa em Minas Sérgio Neves, em 2009 Aécio pediu ajuda para a pré-campanha do senador Antônio Anastasia, que naquele ano concorria ao governo mineiro. O valor combinado foi de R$1,8 milhão pagos através de um contrato fictício com a PVR Propaganda e Marketing Ltda, do marqueteiro do tucano Paulo Vasconcelos.
No ano seguinte, segundo Benedicto Júnior, Aécio o procurou pessoalmente para solicitar mais doações para Anastasia. Os pagamentos totalizaram R$5,475 milhões.
Pagamentos através do marqueteiro voltaram a acontecer em 2014, quando Aécio foi candidato à presidência da República. De acordo com Sérgio Neves, em janeiro, Benedicto Júnior acertou com o senador um pagamento de R$6 milhões através da empresa de marketing de Paulo Vasconcelos. Benedicto Júnior disse que Aécio pediu R$9 milhões, que foram divididos entre Anastasia, Dimas Fabiano Toledo, Pimenta da Veiga e Oswaldo Borges Costa.

DELAÇÃO DA ODEBRECHT
LINDBERGH PEDIU 'DOAÇÃO' DE R$ 4,6 MILHÕES EM 2008 E 2010, REVELA DELATOR
VEJA O VÍDEO: LINDBERGH QUERIA R$4,6 MILHÕES, LEVOU R$3,8 MILHÕES
Publicado: quarta-feira, 12 de abril de 2017 às 23:08 - Atualizado às 23:26
Redação
Conhecido na Odebrecht pelos codinomes “Lindinho” ou “Feio”, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) é a estrela do Termo de Colaboração 53 do ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior.
Segundo o delator, no primeiro semestre de 2008 se encontrou pessoalmente com Lindbergh, ainda pré-candidato à reeleição como prefeito de Nova Iguaçu (RJ). Nessa reunião, Lindinho pediu R$ 600 mil para a sua campanha, que foi concedido pela Odebrecht.
BJ contou que em troca do dinheiro, a Odebrecht conseguiu que uma obra no município governado pelo petista fosse “juntada em um só lote”, o que enxerga como benefício direto para a empreiteira.
Em 2010 a cifra mudou. Então candidato ao Senado, Lindbergh pediu R$ 4 milhões da Odebrecht para sua campanha. Benedicto esclarece que a Odebrecht só conseguiu realizar R$ 3,2 milhões. Tudo em “Caixa 2”. Para a nova empreitada eleitoral, o “Feio” contratou os serviços de Duda Mendonça e sua empresa, que foi por onde pagamentos da empreiteira foram realizados.
Para comprovar as acusações, Benedicto apresentou os dados do sistema do departamento de propinas da Odebrecht, chamado de “Operações Estruturadas”, que contém endereços, nomes, instruções de entregas de pagamentos que chegaram a R$ 750 mil de uma só vez. O ex-executivo também apresentou troca de e-mails e até o registro de entrada do senador petista na sede da Odebrecht em Botafogo, no Rio de Janeiro.

CROCODILO, DISSE EMÍLIO A LULA SOBRE DOAÇÕES AO PT
ODECRECHT DISSE QUE DISCUTIA COM LULA DOAÇÕES PARA CAMPANHAS DO PT
Publicado: quarta-feira, 12 de abril de 2017 às 18:51 - Atualizado às 20:20
Redação
O empresário Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht, disse em relato por escrito à Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito de sua colaboração na Lava Jato, que discutia com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva doações para campanhas do PT. O “apoio” ao petista e seus aliados, segundo o empreiteiro, remonta à época em que ele nem sequer era candidato e se estendeu ao período em que ele comandou o País.
“Lembro de, em uma dessas ocasiões, ter disso ao então presidente que o pessoal dele estava com a goela muito aberta. Estavam passando de jacaré para crocodilo’”, contou Emílio.
O relato do empresário faz parte dos documentos que serviram de base para os pedidos de abertura de inquérito remetidos pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O empresário disse que pedidos de ajuda eram sempre feitos por Lula diretamente a ele, mas que os dois sempre designavam um representante de cada lado para negociar valores e tratar de detalhes.
No caso do PT, inicialmente o interlocutor era o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil e Fazenda), atualmente preso em Curitiba. Do lado da Odebrecht, os designados foram Pedro Novis e, a partir de 2009, Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, que assumiu o comando da holding da empreiteira.
Em algumas ocasiões, segundo Emílio, Marcelo pediu ao pai que conversasse com Lula para “informar valores e esclarecer dúvidas”. “Lembro de, algumas vezes, ter dito a ele algo como: ‘Presidente, seu pessoal quer receber o máximo possível, e meu pessoal quer pagar o mínimo necessário. Já instruí meu pessoal para chegar ao melhor acordo, e peço também ao senhor para conversar com seu pessoal para aliviar a pressão’”, afirmou Emílio. (AE)

NO BLOG DO JOSIAS
Carta do impensável entrou no baralho de 2018
Josias de Souza
Sexta-feira,13/04/2017 04:29
Os principais presidenciáveis brasileiros se fingem de vivos. Mas tornaram-se vivos tão pouco confiáveis que a conjuntura começa a lhes enviar coroas de flores. A colaboração da Odebrecht joga a última pá de cal sobre as pretensões políticas de cada um. Ao entrar em sua fase radioativa, a Lava Jato corroeu o que restava da oligarquia política. E incluiu o impensável no baralho de 2018.
No cenário atual, para virar um presidenciável favorito basta adotar um discurso raivoso contra a classe política, declarar guerra à corrupção e prometer virar do avesso tudo isso que está aí. O Brasil já elegeu dois presidentes que engarrafavam oportunismo: Jânio Quadros e Fernando Collor. O primeiro renunciou e morreu sem deixar saudades. O outro foi renunciado e continua subtraindo a prataria.
A Odebrecht gravou a sua logomarca nas testas de Lula, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra. Estão mais para réus do que para candidatos. Desfilam de cara limpa na praça Ciro Gomes e Marina Silva. Um fala demais. Outra fala de menos. Roçam o alambrado Jair Bolsonaro e João Dória. Um, por absurdo, é ponto de exclamação. Outro, por imprevisível, é interrogação.
A política flerta com o desastre. E é plenamente correspondida. Conforme já noticiado aqui, PSDB, PMDB e PT rodam uma reencenação sui generis de ‘Os Três Mosqueteiros’. Sob o lema de ‘um por todos, todos por um’, os maiores partidos do País comportam-se como se fossem capazes de matar ou morrer por uma saída que não enxergam.
Submetido à chapa quente de Curitiba, Lula estende a mão no subsolo para Fernando Henrique Cardoso. Que hesita em corresponder ao gesto com receio de ganhar as manchetes como participante de um conciliábulo anti-Lava Jato. Michel Temer acompanha os movimentos sonhando com um acordo que livre o seu mandato-tampão de um processo de 'sarneyzação'.
Todos gostariam de preparar o salão para a sucessão de 2018. O problema é que já não parece possível reiniciar um novo baile sem terminar a faxina da fuzarca anterior. A esse ponto chegou a República. A colaboração da Odebrecht resultou na mudança do regime. Inaugurou-se uma espécie de monarquia do lodo. Reina a estupefação!

Em política, a perversão passa de pai para filho
Josias de Souza
Quarta-feira, 12/04/2017 23:41
Ninguém escolhe a família em que vai nascer. Na política, demonstra a Lava Jato, além do formato do nariz os filhos herdam os maus hábitos dos pais. Vários sobrenomes frequentam o escândalo do petrolão aos pares. Por exemplo: Renan Calheiros e Renan Filho; Jáder Barbalho e Helder Barbalho, Cesar Maia e Rodrigo Maia; Romero Jucá e Rodrigo Jucá; José Agripino Maia e Felipe Maia; José Dirceu e Zeca Dirceu, Mário Negromonte e Mário Negromonte Júnior.
O fenômeno ajuda a explicar por que o melado da política escorreu até chegar à devassidão exposta na colaboração da Odebrecht. Os pais, naturalmente, não queriam encrencar os filhos. E vice-versa. A questão é que, nesse universo, a promiscuidade entre os agentes políticos e as empresas que gravitam na orbita do Estado sempre foi natural como as escamas nos peixes. Antinatural é a exposição da pilhagem que sustenta o modelo.
Entre as serventias da família está a de recordar ao indivíduo sua condição humana. Acompanhando o envelhecimento dos pais, os filhos lembram que vieram do pó e a ele voltarão. A Lava Jato talvez acelere o processo de envelhecimento das carreiras de alguns herdeiros políticos. Esqueceram de espanar o pó acumulado sobre os móveis enquanto apregoavam novidades.

Hecatombe da Odebrecht intima o eleitor a agir
Josias de Souza
Quarta-feira,12/04/2017 22:09
Imagine que você é um brasileiro atento ao cenário político e tem uma namorada chamada Janete com quem gosta de trocar ideias sobre a conjuntura. Imagine que você foi às ruas pedir a saída da Dilma e torce pelo Temer. Imagine que você já tem em quem votar na eleição de 2018 e conta com a recuperação da economia para pedir um aumento de salário ao chefe. Depois da hecatombe provocada pela colaboração da Odebrecht, recomenda-se que você telefone imediatamente para sua namorada Janete. Ela pode ser a única coisa que lhe restou.
Os plenários da Câmara e do Senado foram desligados da tomada já na tarde de terça-feira, 11 de abril. O Planalto vive a neurose do que está por vir. Cercado de ministros e aliados suspeitos e temendo o pior, Temer levou os lábios ao trombone: “Não podemos paralisar o governo”, ele disse. Há cadáveres demais no noticiário. Mas o caráter pluripartidário da autópsia fez desaparecer do necrotério o contraditório. Ninguém se anima a jogar pedras no outro. Sujos e mal lavados estão todos sob o mesmo telhado de vidro.
Digam o que disserem da Odebrecht, não se pode deixar de admirar o seu caráter democrático. O departamento de propinas da empreiteira comprou políticos de todas as ideologias. À medida que forem avançando as investigações você vai conhecer a cotação de cada um. Um Renan vale quantos Padilhas? Os reis da política estão todos nus. A nudez é tão generalizada que corre-se o risco de eles tentarem te convencer de que foi inventado um novo tipo de tecido. Dirão que é belo e resistente, mas completamente invisível para os pessimistas. Não caia nessa. Se encontrar sua namorada Janete discuta com ela o que fazer. O futuro da democracia nunca esteve tão nas mais do eleitor como agora.

NA VEJA.COM
Lula e Dilma sabiam do caixa dois, diz Marcelo Odebrecht
Em depoimento, empreiteiro disse que alertou a ex-presidente sobre o risco da contaminação da sua campanha
Por Daniel Pereira, Felipe Frazão, Hugo Marques, Marcela Mattos, Renato Onofre, Robson Bonin, Rodrigo Rangel, Thiago Bronzatto
Quarta-feira, 12 abr 2017, 20h22 - Atualizado em 12 abr 2017, 22h07
O empreiteiro Marcelo Odebrecht, ex-presidente da maior construtora do país, afirmou em sua delação premiada que os ex-presidentes Lula e Dilma tinham conhecimento de que as campanhas petistas foram irrigadas com caixa dois. “No que tange à questão de caixa dois, tanto Lula como Dilma tinham conhecimento do montante, não necessariamente do valor preciso. Tinham conhecimento da dimensão de todo o nosso apoio ao longo dos anos”, afirmou Odebrecht. O empresário ainda disse que em várias reuniões com a ex-presidente “se mencionou a questão (do caixa dois)”. “Ela sabia do apoio que eu dava ao amigo dela”, disse o empreiteiro, referindo-se ao marqueteiro João Santana que recebeu recursos da Odebrecht. O delator ainda enfatizou que, em maio de 2015, durante uma viagem ao México, mostrou a Dilma “a quantidade que poderia contaminar a campanha dela”.

NO O ANTAGONISTA
As contrapartidas oferecidas por Lula à Odebrecht
Brasil Quinta-feira, 13.04.17 06:18
O segundo bloco do depoimento de Pedro Novis é ainda mais espantoso do que a primeiro.
Ele fala sobre as contrapartidas oferecidas à empreiteira depois que Lula foi eleito presidente da República.
Odebrecht pagou propina no exterior para a campanha de Lula
Brasil 13.04.17 06:06
Em 2006, o esquema de pagamentos de propina da Odebrecht para a campanha de Lula repetiu o de 2002.
Pedro Novis acertava os valores com Antonio Palocci.
No lugar de Delúbio Soares, porém, entrou José de Filippi. E no lugar de Duda Mendonça entrou João Santana.
Pedro Novis disse que a Odebrecht entregou à PGR documentos bancários que comprovavam um depósito de 820 mil euros numa conta de João Santana no exterior. Mas ele garantiu que o total pago ao marqueteiro foi muito maior.
(...)
A Odebrecht no Mensalão
Brasil 13.04.17 06:05
Em 2002, a Odebrecht deu 20 milhões de reais a Lula.
Desse total, de acordo com Pedro Novis, apenas 50 mil reais foram declarados pela campanha. O resto foi pago por fora – em espécie ou depositado no exterior.
Os valores eram requisitados por Antonio Palocci.
Mas quem recebia os pagamentos em nome de Lula eram dois protagonistas do Mensalão: Delúbio Soares e Duda Mendonça.
A origem da ORCRIM
Brasil 13.04.17 06:02
Lula e Emilio Odebrecht arquitetaram seu plano criminoso nos primeiros meses de 2002.
O empreiteiro elegeria Lula com dinheiro de propina; em troca, Lula entregaria o setor petroquímico à Odebrecht.
Lula delegou a Antonio Palocci a tarefa de negociar a propina.
Emilio Odebrecht, por sua vez, encarregou Pedro Novis de acertar os pagamentos clandestinos.
O depoimento de Pedro Novis sobre as campanhas de 2002 e 2006 é essencial para se compreender a origem da ORCRIM que tomou conta do Brasil.
O depoimento está dividido em duas partes, que O Antagonista vai exibir logo mais.
Na primeira parte, Pedro Novis descreve o esquema de pagamentos. Na segunda, ele diz quais foram as contrapartidas oferecidas por Lula.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA