PRIMEIRA EDIÇÃO DE 05-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 05 DE ABRIL DE 2017
Serão finalmente analisadas as prestações de contas de quase 20 mil “projetos culturais” beneficiados pela Lei Rouanet durante os governos petistas de Lula e Dilma, como a produtora da mulher do ex-ministro Franklin Martins. O Ministério da Cultura vai contratar 71 funcionários temporários para verificar se os recursos obtidos com o auxílio da Lei de Incentivo à Cultura foram embolsados ou aplicados corretamente.
Atendida pela Lei Rouanet na era PT, a mulher do ex-jornalista Franklin Martins, Mônica Monteiro, é dona da produtora Cine Group.
Desde 2009 a produtora da mulher de Franklin Martins solicitava benefícios da Lei Rouanet para 14 projetos. Levou R$ 2,8 milhões.
Nos governos do PT, a Lei Rouanet foi usada para beneficiar amigos, produtores e artistas filiados ao partido.
Quem entende do assunto prevê que as irregularidades com a Lei Rouanet podem passar de meio bilhão de reais.
O Ministério Público do Piauí acompanha a licitação milionária para concessão dos serviços de água e esgoto de Teresina, do governo de Wellington Dias (PT). Há sinais de favorecimento à empresa Aegea, que não apresentou a melhor proposta e mesmo assim foi declarada vencedora. O petista Dias assinou contrato 12 horas depois de obter liminar impedindo que o Tribunal de Contas examinasse licitação.
Faltou “combinar com os russos”: o desembargador Sebastião Ribeiro Martins ordenou o cancelamento do contrato 10 dias depois de firmado.
Wellington Dias quis impedir o TCE-PI de examinar o caso após um parecer técnico do tribunal reconhecer irregularidades na licitação.
O governo do Piauí ignorou R$181,6 milhões propostos pela Saab pela concessão. Preferiu receber menos, R$160,1 milhões, da Aegea.
A expectativa, em Brasília, é que a delação premiada do marqueteiro João Santana e sua mulher Mônica Moura será letal para Lula e Dilma e para ex-ministros que davam palpites nas campanhas da dupla.
Projeto que proíbe venda de refrigerantes em escolas é de autoria do deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), famoso pelo leitão a pururuca que oferece nas festas quase diárias de sua casa, em Brasília. Onde, aliás, bebidas sem álcool também não são apreciadas.
O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, celebrou nas redes sociais o crescimento de 0,1% na produção industrial como se fosse um autêntico 7x1. Menos, ministro, menos.
O senador Ataídes de Oliveira (TO) contou ter ouvido gritos de “ladrão, ladrão!”, por trafegar de carro oficial. Parou e desceu para dialogar, mas foi reconhecido por um manifestante: “Calma, é o senador Ataídes. Ele não é ladrão.” Mas bem que poderia abrir mão da mordomia.
Senadores indignados fizeram fila para cumprimentar Aécio Neves (PSDB-MG) após discurso contra o que ele chamou de “perseguição” contra ele e a irmã. Mais ou menos o que o enroladíssimo Lula alega.
Quem foi vítima da truculência de Andrea Neves no governo de Minas, quase saiu às ruas em carnaval fora de época. Ela seria titular de conta em Nova York que recebia propina da Odebrecht para o irmão Aécio.
Acusado de bater na mulher, o senador Lasier Martins (PSD-RS) fez ontem sua defesa, na tribuna. Mas nenhum dos sete colegas que o assistiam foram cumprimentá-lo após o discurso.
Em Portugal, a presidente da Câmara de Tomar (que é a prefeita, no parlamentarismo), Anabela Freitas, foi multada em dez mil euros (R$33 mil) por ignorar pedido de informação de um munícipe. Lá, como cá, tem Lei de Acesso à Informação. Solenemente desrespeitada no Brasil.
...a delação do marqueteiro João Santana deve ter provocado piriri generalizado entre petistas e adoradores de Lula, inclusive o dito cujo.

NO DIÁRIO DO PODER
COMEÇAR TUDO DE NOVO?
Por Carlos Chagas
Quarta-feira, 05-4-2017
Fazer o quê, diante desse festival de corrupção envolvendo o Rio de Janeiro? Do ex-governador Sérgio Cabral aos cinco entre sete Conselheiros do Tribunal de Contas, também presos por meterem a mão nos dinheiros públicos, não sobra nem o Pezão. Para não falar no presidente da Assembleia Legislativa.
Melhor seria dissolver o Estado do Rio, cassando os direitos políticos de seus representantes no Executivo e no Legislativo, sem esquecer de uma faxina em regra no Judiciário. Mas fixar atenções apenas neles? O que dizer de outros Estados, igualmente atingidos pelas mesmas práticas celeradas em suas instituições e em seus poderes?
A Federação morreu. Para cada unidade que a Nação se volte, a conclusão será a mesma: lama de Norte a Sul.
Adiantaria muito pouco estabelecer um Estado Unitário, abolindo-se a República Federativa do Brasil. Getúlio Vargas, em 1937 falhou quando mandou queimar as bandeiras e as partituras dos hinos estaduais. Os generais-presidentes fracassaram da mesma forma, ao nomear governadores sem representatividade nem poder. Suprimir os Estados Federados redundaria em nada. Reimplantar a Monarquia também não dá.
Fazer o quê, então, para substituir a corrupção e o roubo?
Fica uma alternativa: começar tudo de novo, com um adendo: ampliar o número de cadeias e criar a prisão perpétua.

GOVERNO DILMA
MPF-DF DENUNCIA EX-SECRETÁRIA DO MINISTÉRIO DA CULTURA POR PECULATO
IRMÃS NA JUSTIÇA PELO AFANO DE OBJETOS DO MINISTÉRIO DA CULTURA
Publicado: terça-feira, 04 de abril de 2017 às 18:28 - Atualizado às 20:16
O Ministério Público Federal (MPF/DF) enviou à Justiça duas ações - uma penal e uma por improbidade administrativa - contra duas irmãs acusadas de furtar equipamentos do Ministério da Cultura (MinC). As investigações revelaram que, em novembro de 2012, durante o governo Dilma Rousseff (PT), Ana Paula Santana e Ana Carolina Dourado Santana levaram uma série de objetos, incluindo computadores destinados à edição de vídeo, câmeras, monitores, lentes e tripés, entre outros, da Secretaria do Audiovisual.
Só computadores foram cinco, sendo que dois deles estão avaliados em R$ 8,1 mil cada unidade. Doados ao órgão público pela Associação Cidadela-Arte, Cultura e Cidadania e pela Agência do Instituto Mundial para as Relações Internacionais (Agência IR.wi), os equipamentos foram retirados do prédio que funciona no Parque da Cidade, em Brasília, com a alegação de que seriam devolvidos à agência mundial.
A descoberta do extravio do material levou o MinC a instaurar uma sindicância interna. O caso também foi apurado no âmbito de um inquérito policial. Ao ser ouvida na fase preliminar das investigações, Ana Carolina, responsável pela retirada dos objetos, ainda sustentou ter entregue o carregamento à agência, mas a informação foi desmentida pela presidente da entidade. "Em seus depoimentos, Carolina de Souza Valente aduz, ainda, que apenas tomou conhecimento dos fatos quando foi intimada como testemunha na sindicância", destaca o procurador da República, Ivan Cláudio Marx em um dos trechos da ação penal.
Ainda durante a sindicância e o inquérito policial, foram ouvidas duas pessoas que confirmaram o esquema montado pelas irmãs. Uma delas foi um servidor subordinado à advogada Ana Paula Santana que, à época do fato, atuava como secretária do Audiovisual do MinC. Cleber Costa contou aos investigadores ter recebido da chefe a informação de que todos os equipamentos seriam retirados por um preposto da agência mundial. Disse também que foi orientado a elaborar uma lista de bens que foi repassada a um vigilante terceirizado, que acompanhou a retirada dos equipamentos. Ouvido na fase preliminar da investigação, o vigilante Edgar Pereira confirmou os fatos.
Na ação, o MPF destaca que, diante das provas do crime, Ana Carolina chegou a devolver parte dos bens subtraídos, o que não afasta o caráter criminoso da conduta. De acordo com a ação, 14 dos 31 itens levados ainda não foram devolvidos. Os equipamentos que não retornaram ao MinC estão avaliados em pouco mais de R$ 54 mil. Na denúncia, o pedido principal é que as duas sejam condenadas por peculato, cuja pena varia de dois a 12 anos de reclusão e multa.
Improbidade
Além da ação penal, Ana Paula e Ana Carolina Dourado Santana deverão responder por improbidade administrativa, conforme prevê a Lei 8.429/92. Nesse caso, o processo tramitará em uma das varas cíveis do Distrito Federal. Na ação, o procurador da República Ivan Cláudio Marx explica que as envolvidas se valeram da condição de agente público de Ana Paula, para “incorporarem indevidamente aos seus respectivos patrimônios bens integrantes do acervo desse órgão”. Para o MPF, a subtração dos equipamentos configura delitos previstos em três artigos da norma: enriquecimento ilícito, lesão ao erário, além de atentar contra os princípios da Administração Pública.
No caso da improbidade, o MPF solicitou a condenação das duas irmãs às penas previstas no artigo 12 da Lei de Improbidade. Entre as possíveis sanções, estão ressarcimento integral do dano, pagamento de multa, perda de função pública, suspensão de direitos políticos por até dez anos e a proibição de fazer contratos com o poder público ou de receber benefícios fiscais e de créditos de órgãos do governo. No caso do ressarcimento, o MPF indicou que o valor a ser restituído deve ser de R$ 54.358,89, o equivalente à avaliação dos equipamentos não devolvidos ao patrimônio público.

DELAÇÃO DA ODEBRECHT
GUIDO MANTEGA PRESTARÁ DEPOIMENTO NESTA QUINTA-FEIRA, 06, NA AÇÃO CONTRA A CHAPA DILMA-TEMER
O DEPOIMENTO DE MANTEGA SERÁ NO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SÃO PAULO
Publicado: terça-feira, 04 de abril de 2017 às 17:43 - Atualizado às 17:51
Redação
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega prestará depoimento nesta quinta-feira, 06, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no âmbito da ação que apura se a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014.
Na manhã desta terça-feira, 04, os ministros do TSE decidiram reabrir a fase de instrução do processo, com a marcação de novos depoimentos e a fixação de um prazo mais elástico para as alegações finais das partes envolvidas no processo - cinco dias, contados depois da realização das oitivas.
O depoimento de Guido Mantega, pedido pela defesa de Dilma, ocorrerá na sede do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), às 20h.
O relator da ação, ministro Herman Benjamin, havia indeferido o pedido da defesa da petista para ouvir Mantega, que foi reapresentado como questão de ordem durante a sessão extraordinária que aconteceu nesta manhã.
O pedido para que sejam realizadas novas oitivas teve como base o depoimento do ex-presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que afirmou ao TSE que "inventou" a campanha de reeleição de Dilma em 2014. As declarações constam do depoimento prestado pelo executivo no mês passado na ação que pede a cassação da chapa Dilma/Temer.
De acordo com o delator, Guido Mantega foi o responsável por solicitar os repasses da construtora. Em maio de 2014, o empresário se encontrou com o "Pós-Italiano", como era identificado o ex-ministro nas planilhas do Setor de Operações Estruturadas, o departamento da propina. Na ocasião, ele foi informado de que os repasses prioritários deveriam ser para Dilma.(AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Dilma confessa saber que fim levou o dinheiro sujo
1 Minuto com Augusto Nunes: Na entrevista à Folha, a ex-presidente explodiu a conversa de 171 da candidata
Por Augusto Nunes
Terça-feira, 04 abr 2017, 20h57
Dilma Rousseff vem repetindo há séculos que nada teve a ver com as contas bandidas das campanhas eleitorais de 2010 e 2014: nunca soube de onde veio um único e escasso centavo dos muitos bilhões arrecadados, nem faz a menor ideia do que aconteceu com a dinheirama. Essa conversa de 171 foi implodida nesta terça-feira pela entrevista concedida à Folha por uma prisioneira do ressentimento.
Ela sempre soube de onde veio e para onde foi o dinheiro sujo, revela um trecho do palavrório: “Na campanha, o Michel Temer arrecadou R$ 20 milhões de um total de R$ 350 milhões. Nós pagamos integralmente todas as despesas dele. Jatinhos, salários de assessores, advogados, hotéis, material gráfico, inserções na TV”. Com apenas três frases, Dilma confessou conhecer de perto as origens, a trajetória e o desaguadouro da gastança ilegal.
Pena que tenha sido uma entrevista. Se esse surto de sinceridade ocorresse diante de algum juiz menos clemente, a flor de honestidade que só viceja no lixo não escaparia de ouvir um mais que merecido “Teje presa”.

NO BLOG DO JOSIAS
Renan compara governo Temer à gestão Dilma
Josias de Souza
Quarta-feira, 05/04/2017 04:21
Em jantar encerrado na madrugada desta quarta-feira, Renan Calheiros comparou Michel Temer a Dilma Rousseff. Enxerga no governo atual a mesma “falta de rumo” que via no anterior. “A diferença é que a Dilma não sabia para onde ir. E o Michel não tem para onde ir”, disse o pajé do PMDB do Senado, rodeado por outros caciques do partido do presidente. Para Renan, não resta a Temer senão a alternativa de negociar um abrandamento da sua reforma da Previdência — sob pena de perder o apoio do seu próprio partido.
A refeição foi servida na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), ex-ministra da Agricultura de Dilma. Terminou por volta das 2h. Compareceram algo como 15 pessoas. O blog conversou com duas delas. Os comensais de Kátia serviram-se de uma iguaria: fritada de Aratu, um tipo de caranguejo. Enquanto se deliciavam, compartilharam a avaliação de Renan segundo a qual Temer mastigará o pão que o diabo amassou se não ajustar sua ambição por reformas às conveniências eleitorais dos seus aliados.
Para desassossego de Temer, não se ouviu na casa de Kátia Abreu nada que pudesse ser entendido como uma defesa do presidente. Quem não ecoou as queixas de Renan ficou em silêncio. Lá estavam, entre outros peemedebistas, José Sarney, sua filha Roseana Sarney, Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA), Marta Suplicy (SP) e Roberto Requião (PR). Participaram também dois ministros que representam o PMDB na Esplanada: Dyogo Oliveira (Planejamento) e Helder Barbalho (Integração Nacional).
Mencionou-se durante o jantar a peregrinação que o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), realiza no Senado. Ele vai de gabinete em gabinete. Pede apoio para a mexida previdenciária. Sustenta que Temer, sem ambições políticas para 2018, quer deixar como parte do seu “legado” uma reforma da Previdência tão abrangente quanto possível.
O curioso, realçou um dos presentes ao jantar, é que Temer se esquece de que os congressistas não estão rasgando votos. Terão de se entender com os eleitores no ano que vem. Sobraram críticas para os dois principais auxiliares do presidente, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).
“O Temer não pensa em 2018 e os membros do núcleo central do governo não têm mandato, não têm voto nem projeto eleitoral. E querem que os parlamentares se afundem junto com eles”, disse outra voz que destilou acidez na residência de Kátia Abreu.
O jantar da noite passada fez lembrar os repastos que Temer oferecia à caciquia do PMDB no Palácio do Jaburu na época em que ocupava a poltrona de vice-presidente. Alguns dos protagonistas eram os mesmos: Renan, Jucá, Jáder, Sarney… Nesses encontros, os pajés do PMDB dedicavam-se a espinafrar a presidente petista. Ironizavam sua célebre inabilidade política. Hoje, cultivam o mesmo esporte. Só que o alvo passou a ser Temer, cujo traquejo político parece não funcionar no próprio quintal.

Paradoxo: quanto mais provas, menor é o risco
Josias de Souza
Terça-feira, 04/04/2017 20:30
O julgamento do processo sobre a cassação da chapa Dilma-Temer vai se tornando uma novela cada vez mais paradoxal. Ao decidir colher novos depoimentos, sobretudo do marqueteiro João Santana e da mulher dele, Monica Moura, agora convertidos em delatores da Lava Jato, o Tribunal Superior Eleitoral abriu a perspectiva de empurrar para dentro do processo novas provas. Mas para que essas provas sejam obtidas, o tribunal atrasou o calendário do julgamento, exatamente como desejava Michel Temer.
As provas já existentes no processo são mais do que suficientes para justificar a cassação de Temer e a decretação da inelegibilidade de Dilma. As revelações feitas pelos delatores da Odebrecht não deixam dúvidas quanto ao abuso do poder econômico praticado pela chapa vitoriosa na disputa presidencial de 2014. Mas há um esforço de agentes políticos, econômicos e até de magistrados para encontrar uma porta de emergência por onde Temer possa ser retirado do meio do incêndio.
Hoje, não há político nem empresário que aposte na interrupção da Presidência de Temer. As chances de afastamento do presidente diminuem na proporção direta da aproximação do ano eleitoral de 2018. Ainda que fosse cassado pelo TSE, o que parece improvável, Temer ainda poderia recorrer ao Supremo Tribunal Federal. A conveniência econômica talvez condene a História brasileira a conviver com o incômodo de um crime eleitoral sem punição. Por sorte, o brasileiro já se habituou a olhar para sua História como um passageiro que viaja num avião sabendo que sua bagagem viaja em outra aeronave.

NA COLUNA DO ALUIZIO AMORIM
Terça-feira, abril 04, 2017
NEOLUDITAS DO PT ATACAM NO CONGRESO E QUEREM PROIBIR APLICATIVOS DE TRANSPORTE
Luditas no final do século XVIII destroem máquinas quando se inicia o processo de mecanização industrial
Não deixa de ser ridículo, para dizer o mínimo, ver os asseclas de Lula no Congresso Nacional agindo como neoluditas do século XXI. Segundo consta, os sequazes de Lula querem proscrever os aplicativos de transporte.
A comparação com Ned Ludd - daí vem a expressão 'neoludita' - espécie de petista inglês das décadas finais do século XIX que liderou a destruição de máquinas da então nascente mecanização das fábricas.
O que move os petistas a lutar pelo atraso tecnológico é uma mistura de boçalidade mesmo, combinada com oportunismo. Desta vez, porém, é tiro n'água. Os aplicativos de transporte vieram para ficar. O Uber veio para ficar até que comecem a operar os "veículos autônomos", que já estão sendo experimentados nas estradas dos Estados Unidos há muito tempo.
O veículo autônomo em pouco tempo estará nas ruas guiado apenas por um programa de computador e acessado por aplicativos.
No futuro próximo ninguém mais dirigirá veículos automotores. O Uber e seus congêneres usarão veículos autônomos pertencentes a uma miríade de empresas. Nesse tempo, com a facilidade dos veículos autônomos, ninguém mais quererá dirigir automóveis. A partir de um dispositivo móvel, o usuário terá à sua porta um veículo sem motorista que o levará ao destino digitado no aplicativo.
Para concluir, o trocadilho é inescapável: A Inglaterra, nos estertores do século XIX teve o Ned Ludd. O Brasil do século XXI tem o "Ned-Lula"...
Mas, em 2018 o povo brasileiro terá a oportunidade de despachar toda essa cambada de vagabundos e boçais para o eterno ostracismo.
Pelo menos é o que se espera. Mas...sabem como é. É um povo muito inteligente, criativo, esperto...blá, blá, blá...

NO O ANTAGONISTA
Exclusivo: Feira delatou manobras de Janete para obstruir Lava Jato
Brasil Quarta-feira, 05.04.17 07:18
Dilma Rousseff disse que “gosta muito” de João Santana.
Ela vai mudar de ideia rapidamente.
O Antagonista foi informado de que Feira e Dona Xepa não delataram apenas os pagamentos ilegais para as campanhas de 2010 e 2014.
Eles delataram também as manobras de Janete para obstruir a Lava Jato.
A ORCRIM internacional
Brasil 05.04.17 07:12
Além das ilegalidades cometidas por Lula e Dilma Rousseff, João Santana e Mônica Moura delataram também “irregularidades nas campanhas de Hugo Chavez e Nicolás Maduro, na Venezuela, de Maurício Funes, em El Salvador, de Danilo Medina, na República Dominicana e de José Eduardo dos Santos, em Angola”.
De acordo com O Globo, “nenhuma das campanhas das quais participaram ficou de fora das delações”.
Dez anos de propinas para Lula e Dilma
Brasil 05.04.17 07:05
“O publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura denunciaram, em acordo de delação premiada, movimentação irregular de dinheiro em todas as campanhas eleitorais que participaram no Brasil e em outros países da América Latina de 2006 até serem presos em fevereiro do ano passado”, disse O Globo.
“Os dois relataram ilegalidades nas campanhas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, de Dilma Rousseff, ambos do PT, na mesma linha das acusações formuladas por ex-executivos da empreiteira Odebrecht”.
O que Feira e Dona Xepa contaram à PGR
Brasil 05.04.17 06:59
João Santana e Mônica Moura entregaram “detalhes sobre apoio ilegal de Eike Batista e do Grupo J&F ao PT”, disse O Globo...
E mais:
“Eles levaram a PGR ao coração do financiamento escuso de campanhas petistas, ao meio da sala onde se debateu a reação às descobertas da Lava Jato e o próprio risco de prisão dos envolvidos.
Também foram à intimidade da relação do ex-presidente Lula com líderes latino-americanos eleitos em campanhas sob responsabilidade do casal”.
"Um desastre completo"
Brasil 05.04.17 06:45
A entrevista de Dilma Rousseff, publicada ontem pela Folha de S. Paulo, enterrou-a ainda mais.
Um jurista petista disse ao Estadão:
“É um desastre completo essa entrevista agora!”
Dois ministros do TSE concordaram com ele.
Diz a reportagem:
“Quando diz que seu comitê financeiro custeou quase todas as despesas de Michel Temer, de jatinhos ao pagamento de salário de assessores, e foi responsável pelo grosso da arrecadação, Dilma praticamente corroborou a tese de que Temer não teve a chamada responsabilidade objetiva por eventuais irregularidades no caixa”.
As dificuldades de Dilma Rousseff
Brasil 05.04.17 06:32
Dilma Rousseff, em seus comentários à Folha de S. Paulo, disse que gosta “muito” do marqueteiro João Santana e que vai ter "muita dificuldade" se ele “falar coisas que não são reais”.
Quem vai ter “muita dificuldade” se “falar coisas que não são reais” é o próprio João Santana, que assumiu o compromisso legal de dizer toda a verdade.
Os desarranjos intestinais de Janete
Brasil 05.04.17 06:20
Dilma Rousseff, ontem, disse que um desarranjo intestinal a impediu de entender o alerta de Marcelo Odebrecht de que sua campanha estava contaminada com dinheiro de propina.
Hoje, ela voltou ao assunto e analisou por escrito cada item do depoimento do empreiteiro.
Ela escreveu para a Folha de S. Paulo que não existia uma conta corrente entre a Odebrecht e sua campanha, e sim entre a empreiteira "e quem dirigia a operação do João Santana, que todos diziam que era a Mônica Moura".
Janete continua com seus desarranjos intestinais, que a impedem de compreender as palavras de Marcelo Odebrecht.
O empreiteiro declarou ao TSE que existia uma conta corrente entre a Odebrecht e a presidência da República, em nome de Lula, Antonio Palocci e Guido Mantega.
Ele declarou também que, durante a campanha de 2014, os pagamentos ilegais a João Santana – em espécie ou depositados em sua offshore – eram requisitados por Guido Mantega, que foi expressamente designado por Dilma Rousseff para cumprir esse papel.
'Meio Uber'
Brasil Terça-feira, 04.04.17 20:44
A Câmara não resistiu ao lobby dos taxistas e aprovou uma emenda que tira do projeto de regulamentação do Uber e afins a descrição do serviço como "uma atividade de natureza privada".
Para os deputados favoráveis à emenda, segundo a Folha, isso deixa claro que o serviço é público, logo, sujeito a restrições similares às dos taxistas.
Os 60 milhões de dólares
Brasil 04.04.17 20:21
Hilberto Mascarenhas, chefe do Setor de Operações Estruturadas, contou ao TSE que a Odebrecht pagou ilegalmente a João Santana e Mônica Moura entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões. Estavam entre os cinco maiores beneficiários do esquema.
Dilma não tem saída
Brasil 04.04.17 19:27
Os leitores de O Antagonista sabem que a delação de João Santana confirmará, sem chances de defesa para Dilma, o financiamento ilegal da campanha de 2014 (e tantas outras), com pagamentos feitos pela Odebrecht aqui no Brasil e em contas offshore ('risco da cta suíça chegar campanha dela').
Nicolao Dino, vice do MPE que atua no caso, sistematizou ao TSE todos os episódios que envolvem o marqueteiro. Os principais pontos foram reproduzidos por Andréia Sadi.
Confira abaixo:
- Relação com João Santana: segundo Marcelo Odebrecht, a relação começou em 2008, quando o ex-ministro Antonio Palocci o procurou para tratar de contribuições para a campanha de 2008. "Ele pediu ao depoente que desse garantias a João Santana de um pagamento entre R$ 15 e R$ 18 milhões. O depoente avisou a Palocci que não lidava com campanhas municipais, somente com as presidenciais. Assim, eles acertaram um valor para a campanha de 2010, e tudo o que fosse pedido por Palocci antes, seria descontado desse valor".
- Campanhas de 2008 a 2012: Marcelo Odebrecht disse que o grupo pagou João Santana por serviços prestados para as campanhas municipais de 2008 a 2012, para a campanha de 2010 e até mesmo por serviços prestados em campanhas no exterior que o PT tinha interesse em ajudar. Ou eram pagamentos via oficial, através de doações para o PT, ou caixa dois, no Brasil ou exterior.
- Guido Mantega e João Santana: Marcelo afirmou que Dilma disse a ele que assuntos de contribuições deveriam ser tratados diretamente com Mantega. "Agora, a única coisa que eu.. é claro.. eu não sei especificar o momento em que eu tive essa conversa com ela, mas isso sempre ficou evidente, é que ela sabia dos nossos pagamentos a João Santana. Isso eu não tenho a menor dúvida".
- Dilma e caixa dois: O MPE diz que Marcelo Odebrecht reafirmou entender que Dilma sabia dos pagamentos a João Santana via caixa dois: "a ilicitude, no caso da campanha dela, está na questão do que ela sabia do João Santana e do caixa dois. (..) Marcelo dizia a Dilma, sobre João: "Olha, aquele seu amigo está sendo bem atendido".
- R$ 20 milhões em 2014: MPE diz que na operacionalização dos recursos do esquema da Odebrecht, "ficou comprovado o pagamento, via caixa dois, pela Odebrecht, em agosto de 2014, de vinte milhões de reais, tendo como destinatária Monica Moura, esposa de João Santana".
- 4,5 milhões antes, durante e depois: "Também houve outro pagamento de $ 4,5 milhões a Monica, via caixa dois, antes, durante e logo após o período eleitoral, por Zwi Skornocki, dinheiro esse fruto da propina devido ao PT", escreveu o MPE. "Ela recebeu em pleno ano eleitoral, em parcelas pagas de novembro de 2013 a novembro de 2014, como demonstram os extratos juntados por Skornicki. Ou seja, Monica recebeu esse dinheiro antes, durante e logo após o período eleitoral".
- Vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino: "Não há como negar, nesse contexto, os indicativos de que tal dinheiro – ou ao menos parte dele – tenha sido utilizado para a campanha dos representados, pois, naquele momento, a principal campanha eleitoral movida pelo partido era justamente a dos representados, e João Santana se dedicava a ela naquele hiato".
Lindinho foi traído por Lula
Brasil 04.04.17 18:33
Lindbergh Farias colocou seu nome como candidato ao comando do PT, mas retirou depois que Lula disse que sairia candidato. Agora, que Lula resolveu eleger Gleisi, o senador se deu conta de que foi traído pelo chefe.

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