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SEGUNDA EDIÇÃO DE 24-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NO BLOG DO FAUSTO MACEDO
Ministro do Supremo manda soltar goleiro Bruno
Em março de 2013, o goleiro foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho
Estadão - Julia Affonso, Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Sexta-feira, 24 Fevereiro 2017 | 09h39
Bruno está preso desde 2010 acusado de ser o mandante do desaparecimento de Eliza Samúdio. Foto: Renata Caldeira/TJMG Divulgação

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o goleiro Bruno Fernandes, acusado de matar a ex-amante Eliza Samúdio. A decisão em caráter liminar foi tomada na terça-feira, 21.
Documento
“Expeçam alvará de soltura a ser cumprido com as cautelas próprias: caso o paciente não se encontre recolhido por motivo diverso da preventiva formalizada no processo nº 079.10.035.624-9, do Juízo do Tribunal do Júri da Comarca de Contagem/MG. Advirtam-no da necessidade de permanecer na residência indicada ao Juízo, atendendo aos chamamentos judiciais, de informar eventual transferência e de adotar a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade”, determinou Marco Aurélio.
Em março de 2013, o goleiro foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio e pelo sequestro e cárcere privado do filho. O Juízo do Tribunal do Júri da Comarca de Contagem, Minas Gerais, determinou que Bruno cumprisse regime inicial fechado, negou o direito de recorrer em liberdade e afirmou que estavam presentes os requisitos da prisão preventiva, determinada em 4 de agosto de 2010.
A defesa do goleiro apelou da decisão do Tribunal de Justiça. Ao STF, os advogados alegaram ‘excesso de prazo da constrição cautelar, uma vez transcorridos mais de 3 anos desde o julgamento, sem análise da apelação’ e afirmaram tratar-se de antecipação de pena. Os defensores destacaram ainda ‘as condições pessoais favoráveis do paciente – primariedade, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita’ e pediram a revogação da prisão.
Ao conceder liberdade ao goleiro, Marco Aurélio Mello afirmou que ‘os fundamentos da preventiva não resistem a exame’.
“O Juízo, ao negar o direito de recorrer em liberdade, considerou a gravidade concreta da imputação. Reiterados são os pronunciamentos do Supremo sobre a impossibilidade de potencializar-se a infração versada no processo. O clamor social surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar a preventiva”, observou. “Colocou-se em segundo plano o fato de o paciente ser primário e possuir bons antecedentes. Tem-se a insubsistência das premissas lançadas. A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há 6 anos e 7 meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal fato. A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória.”

NO O ANTAGONISTA
"Alguém ficou com esse dinheiro, né?"
Brasil 24.02.17 09:05
Andréia Sadi entrevistou José Yunes.
Ela publicou trechos da entrevista em seu blog no G1.
Leia aqui:
- O senhor já esteve com Claudio Melo?
- Nunca, nunca. A atividade dele foi em Brasília a minha sempre foi em São Paulo. 
- O senhor encontrou o presidente Temer nesta quinta em Brasília. O senhor falou sobre este depoimento ao Ministério Público?
- Fui tratar de outro assunto e abordei este depoimento. Falei a ele o que eu tenho falado para todo mundo. Ele já sabia disso. Para ele não foi surpresa nenhuma. 
- Que assunto?
- Um outro assunto particular.
- Na delação, Melo relata uma reunião no Palácio do Jaburu onde foi discutido dinheiro para a campanha de 2014 com Temer e Marcelo Odebrecht.
- Perfeito. Mas eu não participei dessa reunião. Nem frequentava Brasília naquela época.
- Com essas declarações do senhor, a situação do ministro Padilha vai ficar grave. O que o senhor está dizendo é que foi uma "mula" do ministro.
- Sim, sim.
- O que mais foi perguntado ao senhor nesse depoimento ao MP?
- Foi um depoimento sigiloso, né? O que eu deixei bem claro foi que eu me afastei do trabalho na Presidência porque quero provar minha inocência, para não usufruir da amizade que tenho com o presidente. Deixei bem claro.
- Perguntaram para o senhor se em algum momento o senhor arrecadou dinheiro para a campanha de Temer em 2014?
- Não, não. Até porque eu nunca tive essa função.
- Nunca tratou de doação?
- Nunca. Eu sempre advoguei. 
- Sobre o envelope, o senhor falou ao MP para quem era?
- Nada, nada. Não sabia. Não foi declinado o destinatário. 
- O senhor não imaginava que tinha dinheiro lá?
- Não porque o destinatário não era eu. Como posso violar uma correspondência? Seria uma descortesia e até falta de ética. Não imaginei, honestamente não imaginei. 
- O senhor falou para as autoridades que não conhecia Lucio Funaro?
- Não conhecia. Está correto: não conhecia mesmo. 
- Quando o senhor fez esse relato a Temer, ele disse que conhecia Funaro?
- Não comentou nada comigo. Eu falei à época tudo o que aconteceu. 
- Funaro disse ao senhor que estava fazendo campanha para deputados?
- Eu me lembro que ele comentou que ele estava fazendo campanha de mais de 100 deputados. 
- E ele contou isso a troco de nada?
- Ele estava falando sobre política. Eu não o conhecia. Eu confesso a você que depois que ele saiu eu fui no Google e fiquei estarrecido com a figura. Eu não tinha histórico dele. Até porque ele era do mercado financeiro e eu, do imobiliário.
- Mas ele era uma figura que circulava no PMDB. Achei que o senhor pudesse conhecê-lo.
- Não, não. Acho que não é do PMDB. Nunca o vi no PMDB. 
- Ele falou do Eduardo Cunha? Era ligado a Cunha?
- Ele disse que estava fazendo a campanha de Eduardo para a presidência da Casa. Eu: que Eduardo? Ele: Eduardo Cunha. Aí me caiu a ficha que era uma pessoa ligada ao Eduardo Cunha. 
- Depois de pedir pelo pacote, o ministro Padilha nunca ligou para perguntar se tudo tinha ocorrido bem?
- Não, não, não. 
- O senhor nunca falou com ele sobre isso?
- Não. Eu acho que ele deveria falar comigo. 
- Ele presumiu que o envelope foi entregue?
- Eu realmente não sei. Eu imagino que sim porque ninguém reclamou. Foi um negócio muito rápido. É comum entre nós advogados. Não fiquei preocupado com conteúdo do envelope. 
- Foi só um depoimento?
- Depoimento é sigiloso. Me prejudicaria se tornasse público.
- Mas agora está público.
- É, é. Eu nunca falei em dinheiro. 
- E foi isso, então?
- E outra coisa: o Claudio Melo fala de R$ 3 milhões: está na cara que alguém ficou com esse dinheiro, né? Nunca ninguém falou em dinheiro para mim. Nunca. 
- Não entendi. Como assim?
- Claudio fala que R$ 3 milhões... R$ 1 milhão...
- Ele fala em R$ 4 milhões.
- Isso. Disseram que R$1 milhão teria um destinatário. E os outros R$ 3 milhões, foram para quem? [É] Isso que indago. Quero apuração rigorosa porque depois vou tomar providências cabíveis. Eu não vou deixar barato.
O ex-bilionário e o ex-governador
Brasil 24.02.17 09:04
Sérgio Cabral quer delatar.
Mas o que ele pode contar à Lava Jato?
O Globo diz que “os próximos 100 dias de Cabral na prisão podem ser ainda piores do que os primeiros. A fartura de provas, seja no Rio ou em Curitiba, indica elevada chance de condenação. Os depoimentos de testemunhas de defesa e acusação já foram agendados para março nos dois processos mais avançados, em meio à avalanche de denúncias enfileiradas pelo Ministério Público Federal.
A incerteza sobre a chance de se tornar delator dificulta a própria linha de defesa. Em janeiro, logo após a prisão de Eike Batista, aliados do peemedebista faziam parecer que um acordo era uma questão de tempo, até mesmo para impedir que o ex-bilionário se antecipasse ao ex-governador.
O maior dilema da defesa é indicar quem Cabral poderia efetivamente delatar”.

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