SEGUNDA EDIÇÃO DE 22-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NO O ANTAGONISTA
Na jugular de Jucá
Brasil Quarta-feira, 22.02.17 10:17
O Estadão foi na jugular de Romero Jucá, em editorial, ao discorrer sobre a sua falta de compostura:
Leiam esses trechos do editorial de hoje
"Ao comparar a uma “suruba” recentes manifestações de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a necessidade de rever o instituto do foro privilegiado, o notório Romero Jucá, líder do governo no Senado e presidente do PMDB, não se limitou a expor a falta de compostura que é uma lamentável característica de seu comportamento político. Pior que isso, o destemperado senador ajudou a piorar a já combalida imagem política do governo, reforçando os argumentos de quem acusa Michel Temer de estar empenhado em sabotar a Operação Lava Jato para blindar a si mesmo e aos políticos que o cercam das investigações sobre corrupção."
E mais:
"Fino como sempre, o senador dirigiu feroz ataque a 'parte da imprensa que não dá chance a ninguém de se defender: escolhe aleatoriamente e parte para o estraçalhamento, sem se preocupar com a verdade, sem se preocupar com a coerência, sem se preocupar com a família das pessoas, com a história de cada um'.
Ora, o 'linchamento' de que o senador Romero Jucá se queixa deve-se exatamente ao fato de sua história como político governista – não importa qual seja o governo – ser sobejamente conhecida. E são impressionantes os escândalos em que Jucá se meteu ao longo de sua carreira política.
Recentemente, envolveu-se num imbróglio que resultou em seu afastamento do cargo de ministro do Planejamento do governo Temer, exatamente 11 dias depois de ter sido nomeado com toda a equipe ministerial escalada pelo então vice-presidente da República em exercício. Não foi a primeira passagem meteórica de Jucá pelo comando de um Ministério. Em 2005, no governo Lula, assumiu em março o Ministério da Previdência Social. Quatro meses depois foi forçado a abandonar o cargo, acusado de ter-se envolvido em irregularidades relacionadas a empréstimos bancários."
Para completar:
"Em respeito ao princípio da presunção de inocência, é preciso reconhecer que Jucá até agora passou incólume por denúncias e investigações que pontuaram sua carreira política de mais de 30 anos. Há duas constantes na carreira do senador: serviu a todos os governos, desde que se lançou na vida pública nacional, e jamais deixou de frequentar as listas de investigados e processados. Não estranha, portanto, que ele queira afastar a incômoda espada da Justiça que teima em balançar sobre sua cabeça.
É preciso reconhecer, também, que o comportamento da imprensa de que Romero Jucá tanto se queixa é certamente um assunto que está longe de lhe ser estranho, já que é proprietário de duas emissoras de televisão em Boa Vista – uma filiada à Rede Record e outra à Rede Bandeirantes –, além de um jornal impresso e duas emissoras de rádio. Talvez isso explique por que Jucá toma sempre a cautela de atacar apenas 'parte' da imprensa – aquela que não lhe é obediente."
Dipp tentou matar a Lava Jato no berço
Brasil 22.02.17 09:55
No seu parecer, pago por um escritório de advocacia que defendia Galvão, Gilson Dipp afirmou que a delação premiada de Alberto Yousseff era ilegal e que todas as provas coletadas a partir dos depoimentos do doleiro eram "imprestáveis".
Gilson Dipp tentou matar a Lava Jato no berço.
Gilson Dipp tentou deslegitimar procuradores da Lava Jato
Brasil 22.02.17 09:49
Como noticiamos, Gilson Depp passou a ser cotado para a pasta da Justiça.
Gilson Dipp é considerado petista pela magistratura independente.
Mais: ele emitiu um parecer tentando deslegitimar o trabalho dos procuradores da Lava Jato, pago por um escritório de advocacia a serviço da Galvão, empreiteira envolvida no petrolão.
Vejam o que publicamos em abril de 2015:
Como enganar direitinho com o direitinho
Brasil 07.04.15 12:10
Como dissemos na reunião de pauta, o ex-ministro do STJ, Gilson Dipp era um dos convidados do Seminário sobre a Lei Anticorrupção, organizado pelo TCU. Na sua fala, criticou a lei feita no afogadilho e com regulamentação falha. A partir de certo momento, no entanto, começou a defender os acordos de leniência que a Controladoria-Geral da União quer firmar com a empreita bandida, ao largo da Justiça. Ninguém entendeu nada.
Agora está explicado: Gilson Dipp estava a serviço de uma das empreiteiras do Petrolão, a Galvão, por intermédio do escritório de advocacia que o contratou para emitir um parecer que tenta deslegitimar o trabalho dos procuradores da Operação Lava Jato. No seminário, Gilson Dipp não deu essa informação nem aos organizadores, nem à platéia. Estava numa situação clara de conflito de interesses, ao menos do ponto de vista ético.
Pelas cotações vigentes no mercado jurídico, o seu parecer em favor da Galvão não saiu por menos de 300 mil reais, numa estimativa bastante conservadora. Não é impossível que o valor tenha alcançado 1 milhão de reais.
Parabéns, Gilson Dipp, você nos enganou direitinho com o seu direitinho.
Operador de Gleisi é alvo de mais uma operação
Brasil 22.02.17 09:54
Dias Toffoli, sete meses atrás, mandou soltar o advogado Guilherme Gonçalves, membro do esquema de Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann.
Ontem ele foi alvo de uma operação da Gaeco.
De acordo com seu antigo sócio, Sacha Reck, que fez uma delação premiada com o Ministério Público paranaense, Guilherme Gonçalves elaborou um método para fraudar licitações de transporte público em vários municípios do Paraná.
Para quem não se lembra dele, republicamos dois posts:
Noivo em fuga
Brasil 24.06.16 21:43
O Antagonista mostrou de manhã que o advogado Guilherme Gonçalves, foragido da Justiça, ficou noivo de Carol Cléve. A "sweet" chama-se Ana Carolina de Camargo Cléve, que atuou como advogada da coligação de Dilma na eleição de 2014.
Ela é filha de Clémerson Merlin Cléve, amigo do ministro Teori Zavascki, que chegou a ser indicado para o STF no ano passado com apoio de Sigmaringa Seixas.
So sweet.
Delator pagou advogado, motorista e assessor de PB
Brasil 27.06.16 17:38
Em outro trecho da colaboração de Alexandre Romano, o delator reforça o papel de Paulo Bernardo na aprovação do 'acordo de cooperação técnica' com a Consist.
Ele diz que João Vaccari lhe contou sobre os percentuais devidos a PB que deveriam ser pagos por meio do advogado Guilherme Gonçalves -- que, por sua vez, remunerava o motorista do ministro e um assessor chamado "Zeno". No caso, Zeno Minuzo, ex-tesoureiro do PT do Paraná.
"QUE GUILHERME GONÇALVES disse ao depoente que 80% do valor que recebia da CONSIST repassava a PAULO BERNARDO e que ficava com os 20% restantes; QUE dentro destes 80%, GUILHERME GONÇALVES também pagava duas pessoas: um motorista e também um assessor de PAULO BERNARDO chamado "ZENO"; QUE não sabe di/.er o nome do motorista; QUE GUILHERME recebia valores da CONSIST pela GUILHERME GONÇALVES ADVOGADOS ASSOCIADOS; QUE GUILHERME comentou que tinha outros sócios no escritório, mas que esse valor não entrava na divisão do escritório."

A pobreza chavista
Economia 22.02.17 09:38
Cedo ou tarde Nicolás Maduro será pendurado pelos pés.
Mas o estrago já foi feito.
Veja os números publicados pelo Estadão:
"A pobreza aumentou na Venezuela quase nove pontos de 2015 para 2016, atingindo 81,8% dos lares, segundo uma pesquisa que difere amplamente da cifra oficial de 22,7%.
O porcentual de famílias em situação de pobreza saltou de 23,1% em 2015 para 30,26% em 2016. Enquanto isso, o de pobreza extrema passou de 49,9% para 51,51%, detalhou a Pesquisa sobre Condições de Vida na Venezuela (Encovi)".
Meio caminho para a impunidade
Brasil 22.02.17 09:33
O advogado de José Sarney, Kakay, conseguiu uma vitória e tanto: livrou seu cliente do juiz Sergio Moro.
Mas ele pode conseguir ainda mais do que isso no STF – ele pode anular o processo, livrando também Renan Calheiros e Romero Jucá.
Diz o Estadão:
“Caciques do PMDB que andavam meio nervosos com o avanço da Lava Jato sobre o partido comemoraram a decisão da Segunda Turma do STF de manter na Corte todos os apensos da delação de Sérgio Machado.
Acham que é meio caminho para derrubar as acusações do ex-presidente da Transpetro”.
Algoritmo amigo
Brasil 22.02.17 09:00
Edson Fachin não deve relatar todos os processos ligados aos depoimentos da Odebrecht.
Segundo Sonia Racy, “as delações que não se referem à Petrobras serão distribuídas – segundo fonte do STF – a outros ministros da Corte”.
Os parlamentares que roubaram da Eletrobras, do BNDES ou dos fundos de pensão podem ter a sorte de cair com um ministro amigo.
A quaresma de Lula
Brasil 22.02.17 08:32
Rodrigo Janot quer encaminhar a Edson Fachin antes do carnaval as denúncias relacionadas à Odebrecht.
Se ele fizer isso, a Lava Jato poderá anexar os depoimentos de Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar aos processos contra Lula durante a quaresma.
O comandante máximo da ORCRIM será condenado pela compra do prédio do Instituto Lula, pelos pagamentos clandestinos às suas palestras e pela reforma do sítio em Atibaia.
Para condená-lo pelo triplex, é melhor aguardar o depoimento de Léo Pinheiro, da OAS.

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