PRIMEIRA EDIÇÃO DE 19-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 19 DE FEVEREIRO DE 2017
Dos dez senadores do PT, seis não tiveram a dignidade de pagar do próprio bolso as passagens para o enterro de Marisa Letícia, mulher de Lula. Gleisi Hoffmann (PR), Humberto Costa (PE), Jorge Viana (AC), José Pimentel (CE), Regina Sousa (PI) e Lindbergh Farias (RJ), ganham somados mais de R$ 200 mil por mês, mas espetaram o custo das passagens na infame Cota de Atividade Parlamentar, o “cotão”.
A soma das passagens dos seis senadores nos custou R$ 11,9 mil, o suficiente para pagar salários a um desempregado por um ano.
A passagem de Lindbergh, ponte aérea do Rio, custou só R$ 986,88. Já o cearense Pimentel, R$ 3.115,58. Tudo por nossa conta.
Os demais senadores do PT não usaram dinheiro público para chorar lágrimas de crocodilo no enterro que Lula transformou em comício.
A “Cota para o Exercício de Atividade Parlamentar”, que indeniza qualquer despesa dos políticos, custa-nos R$ 270 milhões por ano.
Muito ao contrário do Brasil, que no governo Dilma Rousseff inventou o “acordo de leniência” a pretexto de “preservar as empresas”, o governo do Peru tomou a decisão certa e cristalina contra os que roubam o país: empresas que se envolvem em corrupção estão impedidas de assinar contratos com o poder público, assim como agente público corrupto fica para sempre proibido de trabalhar para o Estado peruano.
No Brasil, enquanto negociam “acordos de leniência”, empresas que roubaram a Petrobras receberam R$1 bilhão do governo em 2016.
O presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski também criou premiação para servidores honestos que denunciem casos de corrupção.
A Justiça já desbloqueou os bens de empresas, como a Odebrecht, acusadas de roubar a Petrobras. Logo poderão ser contratadas.
A revista IstoÉ desta semana ofereceu à Justiça mais um bom motivo para mandar prender o ex-presidente petista, com a entrevista de Davincci Lourenço, acionista da Camargo Corrêa, afirmando com todas as letras: “Levei mala de dinheiro para Lula”.
Davincci Lourenço prestou a José Carlos Blat, do MP de São Paulo, quatro depoimentos devastadores sobre Lula. O promotor os encaminhou à força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba.
Petistas acham que “a democracia acabou” no Brasil porque perderam o poder. Essa foi a mentira contada por cineastas de festival, que foram a Berlim às custas de dinheiro público, e um escritor mal-educado que preferiu mentir sobre “golpe” em vez de agradecer um prêmio recebido.
Nunca o governo nos tomou tanto: se a previsão de arrecadação do governo Dilma no início de 2016 era de R$ 2,9 trilhões, no atual governo é arrecadar mais de R$ 3,4 trilhões.
Ex-líder do governo Dilma, Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) confirmou ao Ministério Público o que os leitores desta coluna sabem desde 14 de janeiro de 2016: foi Lula o mandante da oferta de propina a Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras para melar a Lava Jato.
Levantamento do Paraná Pesquisa mostra que a maioria (44%) dos entrevistados acreditam que o governo Temer “é contra” a Lava Jato. Apenas 26,4% acham que o governo apoia a operação. O instituto falou com 869 pessoas em todo o país entre 12 e 15 de fevereiro.
O Fundo Partidário, que arranca cerca de R$ 60 milhões por mês do contribuinte, deve distribuir este mês 1,11% do total do fundo para o PT e 0,89% para o PMDB. São os partidos que mais recebem do fundo.
A divulgação carnavalesca dos lucros bilionários de bancos é sempre um tapa na cara de 12,3 milhões de brasileiros, que tentam sair do buraco, desesperadamente, do desemprego e... das dívidas bancárias.
...após a sentença sobre o Uber, a Justiça do Trabalho ainda vai reconhecer o vínculo empregatício do computador que “dirige” os carros autônomos.

NO BLOG DO JOSIAS
Flagrado há uma década em corrupção, magistrado do STJ permanece na folha
Josias de Souza
Domingo,19/02/2017 07:10
Pilhado em 2007 num esquema de venda de sentenças judiciais em benefício de donos de caça-níqueis e de bicheiros, o ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), permanece na folha salarial do tribunal. Afora os penduricalhos, recebe do contribuinte algo como R$ 30 mil por mês. Aposentado compulsoriamente, embolsa o dinheiro sem trabalhar. Na esfera criminal, graças a sucessivas protelações provocadas pelo chamado privilégio de foro, Medina permanece impune. Há quatro dias, seu processo desceu do STJ para a primeira instância do Judiciário, no Rio de Janeiro. Segue a trilha da prescrição.
Em 3 agosto de 2010, três anos depois de ter sido investigado pela operação Furacão, da Policia Federal, Medina sofreu uma condenação com gosto de premiação. O Conselho Nacional de Justiça condenou-o ao pijama perpétuo. A decisão só foi publicada no Diário Oficial sete meses depois, em 28 de fevereiro de 2011. Medina migrou, então, para a folha de inativos do STJ, com vencimentos integrais. Ele só perderia o salário se fosse condenado em ação penal.
Como ministro do STJ, Medina dispunha de foro privilegiado. Só podia ser processado no Supremo Tribunal Federal. Formulada pela Procuradoria-geral da República, a denúncia contra ele foi aceita pela Suprema Corte em 26 novembro de 2008. Mas o acórdão (resumo da decisão) só foi publicado um ano e quatro meses depois, em março de 2009. Quer dizer: quando o ministro foi aposentado compulsoriamente pelo CNJ, já estava no banco dos réus, enviado pelo STF. Ainda assim, manteve o salário. Não havia condenação.
Junto com Medina, foram içados para o processo do Supremo outros personagens acusados de participar da quadrilha de venda de sentenças: o desembargador José Eduardo Carreira Alvim, ex-vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas; o procurador regional da República do Rio de Janeiro, João Sérgio Leal Pereira; e o advogado Virgílio Medina, irmão do ministro do STJ. Outro acusado, o desembargador José Ricardo de Siqueira Regueira, morreu em julho de 2008.
Com a aposentadoria forçada, Medina perdeu a prerrogativa de foro. No entanto, um dos réus, o procurador regional da República do Rio, João Sérgio Leal Pereira também dispunha do privilégio de foro — teria de ser processado no STJ, não no STF. O processo só migrou de um tribunal para o outro em 2012. João Sérgio arrastou consigo todos os outros réus, inclusive Medina. Os advogados do acomodaram o ferro sobre os autos e esperaram o tempo passar.
De repente, a defesa de João Sérgio peticionou ao STJ para recordar que é de oito anos o prazo de prescrição do único crime de que o procurador era acusado: formação de quadrilha. Ou seja: como a denúncia fora convertida em ação penal na data de 26 de novembro de 2008, o crime atribuído ao procurador estava prescrito desde o final de 2016.
Confrontada com a evidência, a Procuradoria-Geral da República deu o braço a torcer. Reconheceu a extinção de qualquer pretensão de punir o procurador João Sérgio. Como nenhum outro réu dispunha de foro privilegiado, dois processos relacionados à Operação Furacão foram remetidos, há quatro dias, à primeira instância da Justiça Federal do Rio, onde os outros réus terão de ser julgados. A decisão foi tomada pela Corte Especial do STJ. Entre os processos que desceram está o que envolve Paulo Medina.
A defesa de Medina ainda tentou uma última cartada. Requereu a extinção do processo sob a alegação de que Medina sofre de insanidade mental. Teria sido acometido, de resto, do Mal de Parkinson. Seus colegas de tribunal decidiram que caberá ao juiz que for cuidar do caso no primeiro grau deliberar sobre o tema. Generalizou-se no STJ a impressão de que também os crimes atribuídos a Medina tendem a prescrever.
A prescrição é um fenômeno cada vez menos incomum nos tribunais superiores. Políticos enrolados na Lava Jato celebram o fato de serem processados no Supremo Tribunal Federal. No curto prazo, enxergam no escudo do foro especial uma proteção contra a agilidade de juízes como Sergio Moro. No longo prazo, sonham com a prescrição, que é um outro nome para impunidade.

NO O ANTAGONISTA
Temer tem 20% de chances de ser cassado
Brasil Domingo, 19.02.17 08:34
A Eurasia estima que, entre março e abril, o ministro Herman Benjamin, do TSE, recomendará a cassação da chapa Dilma-Temer. As chances de que isso ocorra, contudo, são de apenas 20%, segundo a consultoria de risco político.
As informações são da Folha.
O faxineiro de Cabral
Brasil 19.02.17 08:23
Sérgio Cabral contratou um preso para fazer a faxina de sua cela em Bangu 8.
Ele paga uma diária de 15 reais, segundo Lauro Jardim.
“Sem Emílio Odebrecht isso não teria acontecido”
Brasil 19.02.17 07:50
Quando Emílio Odebrecht prometeu que não haveria República no dia seguinte à prisão de seu filho Marcelo, não estava brincando. Pelo menos, é o que diz o advogado Theo Dias, que coordenou as delações premiadas dos 77 da Odebrecht.
Veja o que disse ao Estadão:
- Qual foi o papel do Emílio Odebrecht no processo de delação?
- O que eu posso dizer é que o Emílio Odebrecht tem sido a grande força propulsora de mudanças dentro da empresa. Ele é a pessoa que decidiu virar essa página e, portanto, foi o grande indutor de todo esse processo. Sem Emílio Odebrecht isso não teria acontecido.
Marcos Pereira: “Não faz sentido”
Brasil 19.02.17 07:36
Ao Estadão, Marcos Pereira, ministro da Indústria e Comércio e presidente licenciado do PRB, negou “veementemente” que tenha negociado R$ 7 milhões com a Odebrecht em troca de apoio à reeleição de Dilma e Temer em 2014.
Leiam o que ele disse ao jornal:
- “O senhor recebeu R$ 7 milhões de caixa 2 da Odebrecht?
- Nego veementemente.
- O que o senhor acha do relato de que teria recebido um repasse de R$ 7 milhões?
- Como é que vão dar R$ 7 milhões para o PP, que tinha mais de 30 deputados, e vão dar R$ 7 milhões para o PRB, partido que tinha 8 deputados? Não faz sentido. Como você vai fazer a divisão igual para partidos que têm tempos diferentes?”
Andrade Gutierrez vai entregar Kassab
Brasil 19.02.17 07:10
Os executivos da Andrade Gutierrez negociam os termos de sua delação premiada com a Lava Jato. Segundo o Estadão, um dos alvos é Gilberto Kassab, que já apareceu nas delações da Odebrecht, onde era chamado de Kafta.
A COTA DE LULA
Brasil 19.02.17 06:39
Além de dizer que Lula pediu dinheiro para a empresa de Luleco, Alexandrino Alencar disse também que pagou a reforma do sítio em Atibaia.
A pena de Lula será mais ou menos alta dependendo de como esses pagamentos foram feitos.
Sabemos que a empresa de Luleco foi bancada pela cervejaria Petrópolis, usada para repatriar propina da Odebrecht. Sabemos igualmente que a reforma do sítio em Atibaia foi paga com dinheiro vivo.
A pergunta que a Lava Jato tem de responder é a seguinte: esses pagamentos foram abatidos da conta-corrente Amigo, em que era depositada a cota de Lula no departamento de propinas da Odebrecht, assim como foi feito no caso do prédio do Instituto Lula?
Os leitores de O Antagonista sabem do que se trata:
O PRÓPRIO LULA PEDIU DINHEIRO À ODEBRECHT
Brasil 19.02.17 06:25
A empresa de Luleco foi montada com dinheiro da Odebrecht.
O aspecto mais importante do depoimento de Alexandrino Alencar, porém, é outro: ele relatou à Lava Jato que o pedido de pagamento foi feito pelo próprio Lula.
A reportagem da Folha de S. Paulo explica que Alexandrino Alencar era “o principal responsável por atender demandas ligadas ao petista” dentro da Odebrecht.

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