PRIMEIRA EDIÇÃO DE 14-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA,14 DE FEVEREIRO DE 2017
Seis meses após o impeachment, petistas se agarram como carrapatos a cargos no governo que consideram “golpista”. O então ministro Ricardo Berzoini pagou o pato pelo “recadastramento” que atormentou velhinhos, no governo Lula, mas seu inventor seria Benedito Brunca, ex-diretor de Benefícios do INSS, nos governos Lula e Dilma, elevado a secretário de Políticas da Previdência do governo Michel Temer.
Amigo de Dilma e ex-ministro petista, Carlos Gabas continua senhor absoluto das ações na Previdência, segundo servidores do ministério.
O diretor de Benefícios do INSS, Robinson Nemeth, é ligado a Brunca e se reporta a Flávio Miyashiro, ex-diretor que ainda dá cartas na área.
São inúmeros casos de aparelhamento da Previdência, como no caso do importante assessor João Paulo Silva, filiado ao PT desde 1999.
Os aliados estão revoltados. O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) advertiu que, com petistas na Previdência, fica difícil aprovar a reforma.
Na prática, Temer acabou com o foro especial para ministros. Uma vez investigados, serão afastados. Uma vez réus, voltam à 1ª instância.
Se petistas continuam aboletados no governo “golpista” de Michel Temer, também não largam o osso nos Estados e Municípios. No DF, a suspeita é de sabotagem de petistas no sistema no Passe Livre Estudantil, para provocar filas humilhantes e extenuantes de 4 horas.
É caro o aparato de segurança que cerca em Fortaleza o delator Sérgio Machado, ex-senador e ex-presidente da Transpetro. A turma da Lava Jato deveria apurar como ele paga essa conta.
Levantamento da ONG Contas Abertas mostra que o salário inicial de R$2,64 mil na Policia Militar do Espírito Santo pode chegar a R$7,1 mil. O comandante (R$26,8 mil) ganha mais que o governador (R$19,4 mil).
A CPI da Lei Rouanet ouve hoje Zuleica Amorim, irmã do presidente da Bellini Cultural, Antônio Bellini, acusado por fraudes de R$180 milhões. Ele é acusado de pagar o casamento do filho com recursos da lei.
À Justiça, um procurador disse que Max Pantoja, do conselho da J&F e Eldorado Celulose, apontou “interferência direta” de Joesley Batista em auditoria da Ernst & Young. Advogados com acesso ao caso afirmam que Max disse o contrário. O conselho decidiu em 2016 que Joesley se manteria afastado da auditoria, que só conheceria em janeiro passado.
Homem da Funcef no conselho da J&F, Max Pantoja disse não ter sido informado de detalhes de uma auditoria da Ernst & Young. A Ernst & Young alertou o conselho da J&F que os dados da auditoria estariam disponíveis na íntegra no escritório da Veirano Advogados. Paulo Nigro, conselheiro independente, foi até lá e checou. Pantoja, não.
A Caixa continua a esconder os custos de um megaevento exclusivo para políticos e mais de 1,1 mil “gestores” convidados, num luxuoso hotel em Brasília. Eventos lá chegam a R$1 mil por pessoa.
Os professores do Distrito Federal não ganham uma fortuna, mas são os mais bem pagos do País no setor público, e a folha consome 93% do orçamento da Secretaria de Educação. Acham pouco. Já iniciam nova greve coladinha com o fim das férias, por mais 18% de aumento.
...antes que algum ministro vire réu, o governo já terá terminado.

NO DIÁRIO DO PODER
BRASIL SEM PARTIDO
GRUPOS ANTI-DILMA ANUNCIAM VOLTA ÀS RUAS PARA DEFENDER A LAVA JATO
PRÓXIMA MANIFESTAÇÃO ESTÁ MARCADA PARA O DIA 26 DE MARÇO
Publicado: segunda-feira,13 de fevereiro de 2017 às 16:33 - Atualizado às 00:35
Os grupos que organizaram as manifestações de rua em defesa do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff anunciaram nessa segunda-feira que voltarão às ruas no dia 26 de março para defender a Operação Lava Jato.
A data foi divulgada no mesmo dia em que o presidente Michel Temer prometeu afastar temporariamente ministros denunciados e em caráter definitivo aqueles que virarem réus.
O ato acontecerá na Avenida Paulista, em São Paulo, mas vai ter, segundo os grupos, ramificações em todos os Estados. “Pediremos celeridade nas reformas e daremos uma demonstração de apoio à Lava Jato. Há uma percepção do Congresso de que as ruas esfriaram”, disse Kim Kataguiri, líder do MBL.
Um documento assinado por sete grupos, como Nas Ruas, Revoltados Online e Endireita Brasil, adotou o mote “Brasil sem partido” e um tom duro contra a gestão Temer.
“Não queremos um STF que se dobre às vontades deste ou de qualquer outro governo, agindo com lentidão para salvar os que têm foro privilegiado, utilizando-se dele para escapar da justiça”.


NA COLUNA DA ELIANE CANTANHÊDE
Governo de Jucás
O risco de Temer é criar dois governos, um 'provisório' fora e um 'provisório' dentro
Eliane Cantanhêde
Terça-feira, 14 Fevereiro 2017 | 03h00
Desde ontem, a partir do pronunciamento do presidente Michel Temer pela TV, o governo está nas mãos de uma pessoa: Rodrigo Janot, o procurador-geral da República, a quem cabe oferecer denúncia contra os implicados na Lava Jato. Basta Janot denunciar os ministros “A”, “B” ou “C” para que sejam afastados “provisoriamente”. E, pelo andar da carruagem, as denúncias podem ser de “A” a “Z”.
Na fala de Temer, os denunciados sairão apenas provisoriamente, até que o Supremo decida acatar, ou não, a denúncia. Se acatar, o ministro virará réu e estará permanentemente fora do governo. Se não, volta ao cargo. O horizonte é de um duplo governo: o dos que saírem provisoriamente e os seus substitutos também provisórios.
O risco é virar um governo de Jucás, referência a Romero Jucá, que só resistiu uma semana e meia no Planejamento. Suspeito de ter recebido propina da Petrobras, foi alvejado depois de uma conversa gravada pelo traidor-mor da República, Sérgio Machado, em que falava de um “pacto” para barrar a Lava Jato. Quando Henrique Alves e Geddel Vieira Lima despencaram, sumiram do mapa. Mas Jucá, igualmente muito próximo de Temer, ficou no limbo.
Senador pelo PMDB-RR, ele encenou um velho script. Primeiro, disse que “não devia nada a ninguém” e não havia motivos para se afastar. Pressionado pela opinião pública, anunciou que pediria uma “licença” – que é, por definição, “provisória”. Vencido pelos fatos, admitiu a exoneração, já que ele reassumiria sua vaga no Senado. Assim, tornou-se, simultaneamente, líder do governo no Senado e ministro do Planejamento de fato. Até que a realidade se impôs e o “provisório” Dyogo Oliveira assumiu de direito. Demorou...
No pronunciamento de ontem, sem direito a perguntas, Temer colocou o seu governo nas mãos de Janot e diante da perspectiva de virar um “governo de Jucás” porque precisava desesperadamente reagir à versão comum de que ele comanda a resistência do Congresso, em geral, e do PMDB, em particular, à Lava Jato. Na avaliação palaciana, Temer tinha de se “descolar” desse imenso desgaste. (Até porque ele não tem popularidade para queimar.)
Ao se comprometer em afastar “provisoriamente” ministros denunciados e permanentemente os que se tornarem réus na Lava Jato, Temer fez um cálculo de risco. O mandato de Janot na PGR termina em setembro e, portanto, ele tem sete meses para fazer um “strike provisório” na Esplanada dos Ministérios. Depois, é preciso o Supremo acatar a denúncia para finalizar o jogo. Logo, Temer deu uma resposta à sociedade, mas provavelmente conta com a lentidão na coleta de provas e nos julgamentos.
Detalhe: a maioria dos ministros deve concorrer às eleições de 2018, tendo pouco mais de um ano para desfrutar de foro privilegiado. Hoje, eles são um problemaço para Temer, que governa espiando a PGR, o STF e as manchetes sobre delações da Odebrecht. Depois da desincompatibilização, é cada um por si, Deus por todos e um desses juízes Sérgio Moro no cangote. Tudo parece uma questão de tempo. Ontem, Temer ganhou exatamente isso: tempo.
Cizânia 
Está em gestação um pacote que pretende aquecer o turismo no Brasil, mas está é esfriando as relações entre o chanceler José Serra e Eliseu Padilha (Casa Civil) e Marx Beltrão (Turismo). O motivo é uma MP dispensando vistos para turistas dos EUA, Austrália, Canadá e Japão por dois anos. Serra é contra e simplesmente não foi nem enviou representante a uma reunião na Casa Civil, ontem, com Padilha, Beltrão, Dyogo Oliveira e suas equipes. A nova data é terça que vem e Beltrão adverte: “O turismo dá uma resposta rápida para a recuperação econômica, mas não se consegue abrir o País para o mundo sem o Itamaraty como protagonista”. Impasse...

NO BLOG DO JOSIAS
Temer e PMDB ouvirão de novo o ronco da rua
Josias de Souza
Terça-feira, 14/02/2017 04:55
O período pré-carnavalesco não fez bem a Michel Temer. Seu governo entoa um samba com dois puxadores: Henrique Meirelles e a caciquia do PMDB. O enredo ficou confuso. A ala da economia não orna com a da política. O carro alegórico das reformas não combina com uma comissão de frente que desfila fantasias parecidas com aquelas que levaram Dilma e o PT ao rebaixamento.
As contradições reacenderam o ceticismo da plateia. Que começa a programar seu próprio desfile. Nesta segunda-feira (13), os movimentos que organizavam atos pró-impeachment se juntaram para preparar nova manifestação. Será no último domingo de março, dia 26. A pauta prestigia o samba de Meirelles, defendendo as reformas previdenciária e trabalhista. E rosna para o baticum do PMDB, em eterna conspiração contra a Lava Jato.
Ainda não se viu nenhum líder de movimento de rua enrolado na bandeira do ‘Fora, Temer.” Mas convém não cutucar a rua com o pé. Em comunicado conjunto, os movimentos anotaram: “Nosso mote será: Brasil sem partido, pois não queremos um STF que se dobre às vontades deste ou de qualquer outro governo, agindo com lentidão para salvar os que têm foro privilegiado, utilizando-se dele para escapar da Justiça.”
Também nesta segunda-feira, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, divulgou despacho que fez acender uma luz amarela no painel de (des)controle do Planalto. Relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma–Temer, Benjamin indeferiu pedido da defesa da ex-presidente petista para que fossem realizadas novas diligências. Sustentou que esse tipo de providência pode estender o processo “ao infinito, sem possibilidades concretas de conclusão.”
Lendo-se a justificativa de Benjamin de trás para a frente, fica claro que o ministro quer encerrar a encrenca, submetendo seu voto à consideração do plenário do Supremo. Os autos estão fornidos. Realizaram-se perícias no papelório de gráficas que simularam prestação de serviço à campanha de Dilma, quebraram-se sigilos bancários e fiscais, ouviram-se 42 testemunhas.
Se quiser, o relator Herman Benjamin pode votar a favor da lâmina, contra a permanência de Temer no Planalto. Não lhe faltam independência nem matéria-prima. Suponha que um voto aziago de Benjamin venha à luz até o final de março. Dependendo de como Temer e seus correligionários do PMDB se comportarem até lá, as ruas, que já pararam de abanar o rabo para o governo, podem acabar mordendo.

Censura judicial aguça curiosidade sobre ‘lama’
Josias de Souza
Segunda-feira,13/02/2017 21:23
Curioso que o Planalto faça tanta questão de impedir, por meio de censura judicial, a veiculação da notícia sobre a chantagem sofrida pela primeira-dama Marcela Temer. O assunto talvez murchasse naturalmente se a assessoria jurídica da Casa Civil não tivesse o cuidado de chamar tanta atenção.
Sabia-se que um hacker invadira os dados armazenados no arquivo remoto associado ao celular da mulher do presidente. Informara-se que o sujeito exigira dinheiro para não divulgar fotos íntimas de Marcela e de seus familiares. Súbito, levantou-se o sigilo do processo.
Folheando os autos, que agora são públicos, a Folha descobriu que havia mais. O chantagista, já preso e sentenciado a 5 anos e 10 meses de cana, cobrava R$ 300 mil para não divulgar o áudio de uma conversa de Marcela com o irmão. O conteúdo “joga o nome do vosso marido na lama”, escreveu o bandido em mensagem endereçada a Marcela.
Diálogo contido no pedaço público do processo revela que a primeira-dama reagiu com destemor, rechaçando a chantagem. Mas não há nos documentos que vieram à luz vestígio do conteúdo da conversa de Marcela com seu irmão. Sabe-se apenas que falaram sobre um marqueteiro de Temer, agora empregado como seu assessor.
O Planalto sustenta que a expressão “jogar na lama” está fora de contexto. Não esclarece, contudo, qual seria o contexto apropriado. Preferiu a censura. Não se deu conta de que ela é a mãe de toda curiosidade humana. Michel Temer diz que não houve censura. A Folha recorreu da decisão judicial.

Temer inventa demissão em suaves prestações
Josias de Souza
Segunda-feira, 13/02/2017 20:06
Incomodado com o noticiário sobre o complô anti-Lava Jato que se move no eixo Planalto-Congresso, Michel Temer veio à boca do palco para dizer meia dúzia de palavras. Rodeado de auxiliares tóxicos, Temer esclareceu: se algum ministro for denunciado pela Procuradoria, será afastado temporariamente do governo (pode me chamar de licença com vencimentos e foro privilegiado). O denunciado só será demitido se for transformado em réu pelo Supremo Tribunal Federal. Espremendo-se as palavras do presidente, ficou entendido o seguinte: não adianta empurrar, porque Temer não se afastará dos amigos facilmente. Enquanto for possível, permanecerá abraçado a delatados como Moreira Franco e Eliseu Padilha.
Quem ouve de relance imagina que Temer está sendo rígido. Denunciados subirão no telhado. Réus irão para o olho da rua. Mas, na verdade, o que há é um rebaixamento dos padrões éticos do governo. Romero Jucá, você se lembra, foi afastado do Ministério do Planejamento 13 dias depois de assumir porque sua voz soou num grampo dizendo que era preciso “estancar a sangria” da Lava Jato. Jucá é investigado. Não foi denunciado. Tampouco virou réu. Pelo novo padrão de Temer, Jucá ainda seria ministro.
Há uma esperteza primária no modelo criado por Temer para lidar com auxiliares suspeitos. Em Brasília, a Lava Jato caminha num ritmo de lesma. Na Capital, a Procuradoria é mais lenta do que em Curitiba. A lentidão também é uma das marcas do Supremo. Não é incomum que uma denúncia demore mais de dois anos para ser apreciada na Suprema Corte. Ou seja: o governo Temer vai acabar e ele talvez nao precise demitir os amigos.
Foi por isso que Temer inventou a demissão em suaves prestações. Passa a delação. Vem a denúncia. E o sujeito só começa a pagar se virar réu. Temer subestima a inteligência da plateia. O brasileiro não é precisamente contra a embromação. Só não gosta de ser embromado.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Temer só quer ganhar tempo contra a Lava Jato
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Todo mundo entendeu a malandragem do Michel Temer. O Presidente prometeu botar para fora do governo qualquer ministro que se tornar réu no Supremo Tribunal Federal, especificamente por denúncias na Lava Jato. O probleminha concreto é: demora muito demais da conta para que alguém atinja tal “status” de processado no STF. Por isso, a temerária ação midiática de Temer serve apenas para ganhar tempo. Ele não abandonará os ministros estratégicos para os negócios do PMDB, embora seu discurso indique o contrário. Tudo é jogo de cena.
Temer apenas experimentou ontem uma estratégia de comunicação mais ofensiva – certamente inspirada no estilo Donald Trump de mandar recados diretos ao eleitorado. Publicamente, Temer seguirá defendendo a continuidade da Lava Jato. Nos bastidores, seus parceiros que são alvos do Judiciário, agirão no sentido contrário, fazendo o impossível para sabotar e queimar o filme de juízes como Sérgio Moro e Marcelo Bretas, junto com críticas ácidas à atuação da Força Tarefa comandada por Deltan Dallagnol (apontado como potencial candidato ao Senado pelo Paraná na próxima eleição).
A malandragem é evidente. Em palestra na Caixa, o poderoso ministro Eliseu Padilha deixou bem clara qual a estratégia de sobrevivência do governo Temer: “Nosso objetivo era chegar aos 88% de apoio no Congresso. Não há na história do Brasil um governo que tenha conseguido 88% do Congresso. Isso Vargas não teve, JK não teve, FHC não teve, Lula não teve, só nós que conseguimos”. Tal “objetivo” só é alcançado de um jeito: pela via do toma lá da cá. O velho esquema mensaleiro e fisiológico do “é dando que se recebe” vigora com toda força na Era Temer.
Nesse meio do caminho, “gênios” da articulação de politicagem, como o maranhense Edson Lobão (presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado), deixam claro que o plano é aliviar a barra dos aliados com problemas e alcançáveis pela Lava Jato e afins. Embora o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, negue tal intenção, Lobão lutará pela anistia ao crime de Caixa 2 de campanha. A tese do Lobão é de envergonhar a Vovozinha: "Todo ano, o presidente anistia alguns presos por conta disso ou daquilo. Houve a lei da anistia durante o regime militar. Resta saber se anistia tal ou qual é conveniente. Vou aguardar que a Câmara decida lá, quando vier para cá nós avaliaremos (...) É constitucional a figura da anistia, qualquer que ela seja".
A turma de Michel Temer só quer ganhar tempo contra a Lava Jato. Nesta terça-feira à tarde, o ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, soltará sua decisão sobre Moreira Franco. O Gato Angorá (apelido dado originalmente pelo falecido Leonel Brizola, e não pelo setor de corrupção da Odebrecht) saberá se terá ou não foro privilegiado no cargo de ministro da Secretaria Geral da Presidência da República. Moreira é citado 30 vezes na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht.
Tudo indica que Moreira continuará ministro, até a hora em que for formalmente investigado ou denunciado. 
(...)

NO O ANTAGONISTA
O petista da PF
Brasil Terça-feira,14.02.17 08:39
O sindicato dos delegados da PF está tentando derrubar o diretor geral Leandro Daiello com o argumento de que ele quer afundar a Lava Jato.
O Antagonista faz questão de lembrar, porém, que o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Sobral, foi filiado ao PT de Ribeirão Preto de 1997 até 2009.
Seu pai foi eleito vereador pelo partido na época em que o prefeito da cidade era Antonio Palocci, preso pela Lava Jato.
Leandro Daiello tem de permanecer no comando da PF.
É o melhor para a Lava Jato.
Lobão inflado
Brasil 14.02.17 08:20
Kim Kataguiri disse que a entrevista de Edison Lobão ao Estadão mostrou que era preciso voltar o quanto antes às ruas.
O editorial do Estadão lhe dá razão:
O parlamentar é alvo de dois inquéritos ligados à Lava Jato, tendo sido citado como beneficiário de propinas no escândalo da Petrobras e nas obras de Angra 3 e Belo Monte, quando era ministro de Minas e Energia no governo de Dilma Rousseff.
Mesmo com esse histórico, Lobão foi eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante do Senado, responsável, entre outras funções, por avaliar a constitucionalidade de projetos (…).
Os arranjos de coxia se sobrepuseram aos interesses do País e aos imperativos morais, razão pela qual Lobão não apenas preside a CCJ, como se julga à vontade para denunciar a suposta generalização das acusações da Lava Jato contra políticos. “Virou um inquérito universal”, disse o senador. “Não acho que (a Lava Jato) tenha que ser extinta, mas conduzir ao ponto que estamos chegando, da criminalização da vida pública, é o que nos envia para a tirania”.
O senador disse que o Congresso está tentando “corrigir essas distorções”, mas “a imprensa não aceita, nem a opinião pública”. Assim, lamentou, “estamos destinados ao calvário, à destruição” (…).
A lamúria do senador, segundo a qual “todo dia aparecem denúncias, e os meios de comunicação batem impiedosamente em todos os políticos, tendo sido objeto de denúncias ou não”, terminou com uma ameaça ao País: “Daqui a pouco os políticos não suportam mais”.
O inocente Frei Betto
Brasil 14.02.17 08:04
Um empreiteiro procurou Lula para denunciar os operadores da ORCRIM na Petrobras, em particular Pedro Barusco e Renato Duque.
Em seu depoimento à Lava Jato, reproduzido pelo Estadão, Geraldo Aurélio Feitosa – esse é o nome do empreiteiro – não deu detalhes de como teria sido o diálogo com Lula, “disse apenas que o petista lhe prometeu ajuda e que o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, teria indicado um diretor jurídico na estatal para ele conversar, tudo sem sucesso”.
O empreiteiro chegou a Lula por meio de Frei Betto, “que era um inocente”, segundo o próprio depoente.
Frei Betto, o inocente, foi procurado pela reportagem, mas preferiu se manter em religioso mutismo.
Desvios de finalidade
Brasil 14.02.17 07:43
“A Fundação FHC e a Fundação Ulysses Guimarães, vinculada ao PMDB entraram na mira da Receita Federal, que está vasculhando as contas das duas entidades há vários meses”, disse Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Para seu desgosto, ela teve de acrescentar:
“Até agora, nenhuma irregularidade relevante teria sido encontrada”.
E:
“A Receita também investiga o Instituto Lula, que já foi autuado por desvio de finalidade".
Fritura na PF
Brasil 14.02.17 07:05
O sindicato dos delegados da PF está usando a Lava Jato – e a imprensa – para fritar o diretor geral Leandro Daiello.
Mas a própria Lava Jato rejeita esse movimento.
Os investigadores que desbaratam a ORCRIM petista temem, na verdade, que um novo diretor geral possa representar um retrocesso.
Sob o comando de Leandro Daiello, Curitiba ganhou a maior estrutura da história da PF.
Quem garante que seu substituto, indicado por Michel Temer, mantenha esse empenho?
Moro fez uma pergunta simples a Gabrielli
Brasil Segunda-feira,13.02.17 23:00
José Sérgio Gabrielli teve imensa dificuldade em responder a uma pergunta do juiz Sergio Moro: "Por que Nestor Cerveró foi substituído na diretoria internacional por Jorge Luiz Zelada?".
A resposta deveria ser simples, já que Gabrielli era presidente da Petrobras e Cerveró era um de seus diretores. Mas Gabrielli enrolou, enrolou e não conseguiu dar uma explicação direta. Foram várias tentativas de resposta.
Na primeira, Gabrielli tentou uma evasiva: “Houve uma decisão do conselho de administração de substituí-lo. As razões objetivas, por que o conselho quis essa substituição, eu não sei”, respondeu.
Moro perguntou, então, se Gabrielli não participava do conselho de administração, ao que o ex-presidente da estatal respondeu que sim. Em seguida, o juiz insistiu se Gabrielli não havia tido sequer curiosidade de saber por que um de seus diretores seria substituído.
Na segunda tentativa de responder, Gabrielli começou a se alongar:
“Na realidade houve uma solicitação dos representantes do governo para haver a substituição. A motivação não foi apresentada, e o Zelada era um gerente executivo com condições de assumir a diretoria internacional".
Na sequência (mais lógica possível), o juiz perguntou quem foi o representante do governo que fez a solicitação da troca de Cerveró.
Gabrielli respondeu: “Tenho a impressão de que foi o presidente do conselho (no caso, o ex-ministro Guido Mantega)”.
O juiz insistiu mais uma vez: “Mas o senhor fazia parte desse conselho de administração, e (mesmo assim) não chegou nem a querer saber o motivo, a razão (da troca do diretor)?”.
Já era a terceira tentativa de resposta, e Gabrielli afirmou (titubeando e gaguejando um pouco):
"O conselho, na realidade, funciona muito sob a orientação da posição do governo".
O juiz -- compreensivelmente insatisfeito com a resposta -- indagou mais uma vez: "Mas o senhor não sabia por que iriam trocar um diretor da sua companhia? Não sabia nem minimamente a razão disso?".
Gabrielli tentou pela quarta vez:
“Na verdade, nós estávamos pensando em fazer uma redefinição da diretoria internacional da Petrobras. A discussão do conselho era tentar diminuir o tamanho da diretoria, uma vez que nós tínhamos mudado a estratégia (o plano era investir praticamente tudo no Brasil)... Ao redefinir a diretoria internacional, nada mais normal do que alterar a sua diretoria.”
Agora parecia tudo explicado, e Moro perguntou para arrematar: “O motivo foi esse, então, o redimensionamento (da área internacional)?”.
Gabrielli não teve coragem de ser categórico. Disse: “Essa foi uma das discussões que nós tivemos, a de redimensionar a diretoria internacional”.
É sempre mais difícil responder diretamente a uma questão quando não se pode falar a verdade.
Nesse caso, a verdade passa por uma sigla de quatro letras: PMDB. Gabrielli se esquivou de pronunciá-la quanto pôde. Para seu infortúnio, Moro teve paciência e não esqueceu.
Mas este assunto fica para o próximo post (mais curto certamente).
STF abre inquérito contra Jandira Feghali
Brasil 13.02.17 20:17
O Supremo autorizou abertura de inquérito para investigar Jandira Feghali por crime eleitoral. A informação é de Daniel Adjuto, do SBT.
Matou os pais e vai para a faculdade (com nosso dinheiro)
Sociedade 13.02.17 19:31
Estadão:
"A presa Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, pode sair da prisão para fazer um curso superior com financiamento do governo federal. Ela está na lista dos candidatos aprovados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e pode obter recursos do programa para custear a faculdade."
Suzane vai cursar administração.

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