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PRIMEIRA EDIÇÃO DE 12-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2017
A Lei da Ficha Limpa ainda não surtiu efeito no Senado. Em quase sete anos de vigência da lei, e apesar das dezenas de parlamentares enrolados na Justiça, apenas Ivo Cassol (PP-RO), do “baixíssimo clero”, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal. A pouco mais de um ano e meio para a eleição de 2018, há a chance concreta de a Lei da Ficha Limpa não conseguir barrar sequer um candidato a senador.
O ex-presidente do Senado Renan Calheiros é o maior símbolo da falta de eficácia da Lei Ficha Limpa. Até agora, nada afeta sua elegibilidade.
Se a eleição fosse este ano, o ex-presidente do Senado e Gleisi Hoffmann (PT), também investigada e ré, poderiam até se candidatar.
Ivo Cassol foi condenado no STF a 4 anos e 8 meses de prisão por infração criminal grave, mas continua solto e exercendo o mandato.
Entre os 81 senadores, 26 são alvos de inquérito ou ação penal, mas apenas dois são réus, incluindo o ex-presidente do Senado.
A Caixa enrolou, mas não informou, o custo de megaevento, exclusivo para autoridades do governo e “gestores” de todo o país, realizado no hotel Royal Tulip, de Brasília. Participaram mais de 1.100 pessoas do evento no hotel, onde a menor diária custa R$ 330. Além do presidente Michel Temer, estiveram lá os ministros Henrique Meirelles, Eliseu Padilha, Dyogo Oliveira e também, claro, diretores da Caixa.
Eventos no luxuoso Royal Tulip Brasília custam até R$ 1.000 por pessoa. Instada, a Caixa não informou o custo de tanta mordomia.
A Caixa está proibida de muitas coisas, por lei ou sentenças judiciais, mas se sente à vontade para gastar em eventos com políticos.
Longe da transparência, a Caixa faz lobby contra qualquer iniciativa para obrigá-la a divulgar os ganhadores de loterias, alguns misteriosos.
No primeiro ano como presidente, Dilma demitiu sete ministros por envolvimento em escândalos. O presidente Michel Temer completa um ano em maio e já demitiu quatro pelos mesmos motivos.
Oito meses depois da destituição de Dilma, de quem foi defensora radical e ministra, a senadora Kátia Abreu (TO) continua escapando, inclusive, da expulsão do PMDB, prometida pela cúpula do partido.
Cumprindo prisão domiciliar em Fortaleza, o ex-senador e delator Sérgio Machado só sai de casa para se exercitar em uma academia de ginástica, três vezes por semana, e ir expiar os pecados em missas às segundas, quartas e sextas. Acompanhado de cinco seguranças.
Eram tantos os policiais (“10 mil”, dizem eles) protestando em Brasília contra a reforma da Previdência, esta semana, que teve deputado questionando se eles realmente fazem falta em suas corporações.
A derrota dupla do deputado Lúcio Vieira Lima, na disputa pela vice-presidência da Câmara, arrasou o irmão, ex-ministro Geddel Vieira. Os irmãos políticos diminuíram de tamanho, no governo Temer e na Bahia.
Indicado de Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal, Alexandre Moraes andou perguntando se ele corre o risco de enfrentar sabatina muito demorada. A do ministro Luiz Edson Fachin durou 11 horas.
Apesar de o ano de 2017 ter começado há 45 dias, o governo continua sem divulgar os bilhões gastos com Bolsa Família, cartões corporativos e pagamento de diárias a servidores.
Ainda merece sua denominação um Ministério da Transparência que não informa as despesas do governo no Portal da Transparência?

NO DIÁRIO DO PODER
CONFUSÃO
Domingo, 12 de fevereiro de 2017
O saudoso ex-governador paulista Franco Montoro trocava nomes e pessoas, mas tentava acertar. Até fazia associações. Por isso, sempre chamava o então deputado Flávio Bierrenbach de “Bierrenbrahms”. Associava o sobrenome do atual ministro do Superior Tribunal Militar com um certo compositor de Hamburgo (Alemanha), mas novamente trocava Johann Sebastian Bach, nascido em 1685, por Johannes Brahms, de 1833.

NO O ANTAGONISTA
Jogo triplo da imprensa
Brasil Domingo, 12.02.17 06:54
A Veja denuncia as manobras contra a Lava Jato.
A primeira metade da reportagem, porém, é dedicada à escolha de Alexandre de Moraes para o STF.
Alexandre de Moraes pode ser criticado por uma série de motivos. Mas a Lava Jato nunca o identificou como um inimigo.
A entrevista de Deltan Dallagnol a O Antagonista é inequívoca:
O que percebo em relação a Alexandre de Moraes é que, nos nove meses em que ele esteve à frente do Ministério da Justiça, não deu qualquer sinal de obstrução da Polícia Federal.
Agora, além disso, a posição dele em relação a temas essenciais a Lava Jato no futuro é de alinhamento.
A Lava Jato depende de dois pontos para avançar no futuro: a redução do foro privilegiado e a execução provisória da pena após condenação em segunda instância.
Veja que o Alexandre defende doutrinariamente a redução do foro privilegiado, que o número de pessoas sujeitas a julgamento apenas nos tribunais superiores seja reduzido de 30 mil pessoas para aproximadamente 15 pessoas, o que nós percebemos que é correto.
Ele é favorável à execução provisória da pena, após condenação em segunda instância. Isso favorece a perspectiva real de punição, o que ajuda a trazer o réu para a colaboração premiada, que é o motor pulsante da Lava Jato.
Caiu a ficha de Cabral
Brasil 12.02.17 08:18
Duas semanas atrás, Sérgio Cabral surpreendeu os membros de sua quadrilha em Bangu, ao desabafar: “Acho que exagerei.”
Jura?
As informações são de Lauro Jardim, no Globo.
Duas frentes contra a Lava Jato
Brasil 12.02.17 06:08
Michel Temer e o PMDB querem estrangular a Lava Jato.
É o que repetem todos os dias os colunistas da Folha de S. Paulo.
E o que fazem esses mesmos colunistas?
Sim: atacam a Lava Jato.

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