PRIMEIRA EDIÇÃO DE 11-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 11 DE FEVEREIRO DE 2017
Apesar da crise financeira e do déficit de R$139 bilhões previsto para as contas públicas em 2017, os reajustes sancionados pelo presidente Michel Temer no ano passado, para diversas carreiras do serviço público, terão impacto médio de R$ 17,6 bilhões por ano nas contas públicas até 2019. O valor é 76% maior que o aumento de só R$ 10 bilhões no Orçamento previsto para os investimentos em Saúde.
Os salários dos servidores federais custarão ao País R$ 306,9 bilhões, em 2017, quase três vezes o orçamento do Ministério da Saúde.
Só aumentos concedidos a servidores do Judiciário, MPU, PF e DPU já superam os R$ 10 bilhões de impacto nas contas deste ano.
Com aumento de 40%, o chefe da Defensoria Pública da União passará a ganhar o teto constitucional de R$ 33.763.
Apesar de parcelados em até oito vezes, os reajustes de Michel Temer nos custarão R$ 52,9 bilhões nos próximos três anos.
O protesto de policiais militares do Rio, que era tímido, só ganhou força com a cobertura desproporcional da imprensa, com direito a transmissão ao vivo e helicópteros de emissoras de TV disputando espaço aéreo para filmar pequenos grupos na porta de quartéis. Ainda divulgaram entrevistas de mulheres que disputavam no grito as atenções da telinha, além de insultar quem tentava trabalhar.
No início da manhã, ontem, só havia um protesto com dez mulheres na porta de um quartel. Mas a chance de aparecer na TV atraiu outras.
Alguns policiais de vários Estados resolveram imitar colegas capixabas, escondendo-se atrás das saias das mulheres para não trabalhar.
Policial que tentou honrar a farda foi impedido de trabalhar e xingado de “vagabundo”. Pior: as agressoras não receberam voz de prisão.
É animadora a decisão do governo do Espírito Santo de indiciar os primeiros 703 dos 10.500 policiais amotinados, agora sujeitos a expulsão e a prisão por até 20 anos por crimes como de facilitação do banditismo no Estado. Que não fique por aí.
A pelegada que lidera agentes penitenciários quer greve em todos os presídios do País, a partir de 15 de março. Pedem aumento, blablablá, mas só conseguirão garantir o retorno da carnificina ao sistema.
Com a popularidade no chão, na época, o ex-presidente do Senado inventou a lei das domésticas, prejudicando patrões e empregados com legislação tão burocrática que faria inveja à extinta União Soviética.
Falar mal de Donald Trump agora dá dinheiro, nos EUA: após anunciar que suspenderia o contrato com a grife de Ivanka, filha do presidente, ações da loja de departamento Nordstrom subiram 8,4% em 48 horas.
A Aneel informou, por sua assessoria, que a decisão de devolver ou não aos consumidores R$1,6 bilhão cobrados a mais na conta de luz ainda será “validada”. E nega erros nos cálculos que resultaram nos R$7 bilhões cobrados a mais de 2002 a 2009, também não devolvidos.
Exausto, o delegado Márcio Anselmo pediu para deixar a chefia do grupo da Polícia Federal que participa da Lava Jato. Ele aceitou convite para assumir o cargo de corregedor do DPF no Espírito Santo.
Notas apócrifas e postagens anônimas em redes sociais como Whatsapp, ameaçam motins como do Espírito Santo em vários Estados. Tudo mentira. Militares são proibidos de greve. Se fizerem, ficam sujeitos a expulsão e a prisão de 4 a 20 anos.
Quem protege as casas e os bairros onde vivem as famílias dos policiais no Espírito Santo?

NA VEJA.COM
Perícia mostra que contrato do tríplex foi rasurado
Perícia da Polícia Federal mostra que contrato de adesão do apartamento de Lula no Guarujá foi rasurado. A palavra “tríplex” foi riscada
Por Hugo Marques
Sábado, 11 fev 2017, 08h10
Em sua proposta de delação premiada, Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, revelou que a cobertura tríplex que o ex-presidente Lula comprou na praia do Guarujá, em São Paulo, foi, na verdade, um presente da empreiteira. VEJA mostrou os principais pontos das confissões do empreiteiro, que está preso e negocia um acordo de colaboração. Pinheiro contou que, em 2010, soube que Lula estaria interessado no imóvel. O recado, segundo ele, foi-lhe transmitido por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. Vaccari pediu ao empreiteiro que reservasse uma cobertura tríplex do prédio para o ex-presidente. Não houve discussão sobre preços, prazos ou condições de financiamento, por uma razão elementar: não existiu pagamento — ao menos não da maneira convencional. “Ficou acertado com Vaccari que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras”, contou Pinheiro. A defesa do ex-presidente sempre disse que as acusações de corrupção contra ele não tinham fundamento. Alega que Lula, em 2005, assinou uma proposta para comprar uma unidade no edifício — qualquer unidade, e não especificamente um tríplex. Em uma busca autorizada pela Justiça, os investigadores da Lava Jato apreenderam na casa do ex-presidente a tal “proposta de adesão”. Um dos campos estava totalmente rabiscado e o número da unidade adquirida havia sido alterado, passou de “174 para 141”. Ou seja: deixava de ser o tríplex e passava a ser uma unidade convencional. O juiz Sergio Moro requisitou uma perícia — e a novidade saída dela derruba a versão de Lula.

O bote contra a Lava Jato está armado
Sinais emitidos por Brasília não dão margem a dúvida: se não houver vigilância rigorosa da sociedade, a operação poderá perder a guerra para os corruptos
Por Daniel Pereira, Laryssa Borges, Rodrigo Rangel
Sábado,10 fev 2017, 20h18 - Atualizado em 10 fev 2017, 21h24
Talvez pela proximidade do Carnaval, a piada recorrente em Brasília é que o governo de Michel Temer rasgou a fantasia. O chiste decorre da leitura mais óbvia dos últimos acontecimentos: tudo conspira, dentro e fora do governo, para sabotar ou pelo menos restringir o alcance da Lava Jato. Com o aval do Planalto, acusados de corrupção ocuparam postos-chave no Congresso – como Edison Lobão, presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado -, assumindo o controle sobre a tramitação de qualquer projeto. Também uniram forças com o governo para dar apoio à indicação de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal, vaga na qual terá papel de protagonista no julgamento da Lava Jato. Os sinais da cruzada pela impunidade estão no governo, no Congresso e no Supremo e até na Polícia Federal. A explicação é uma só: o silêncio das ruas, que faz com que movimentos de cerco à operação sintam-se mais à vontade. Tanto que o novo capítulo do abafa reúne próceres dos três poderes. O vale-tudo contra a operação, agora à luz do dia, conta ainda com ações sem estardalhaço, como o desmonte da força-tarefa da PF, com a remoção de personagens centrais, como o delegado Márcio Anselmo, que desvendou a relação do doleiro Alberto Youssef com a Petrobras, marco zero da Lava Jato, e irá para a corregedoria da PF no Espírito Santo.
(Com reportagem de Robson Bonin e Marcela Mattos)

NO BLOG DO JOSIAS
Brasil só tem segurança no nome do ministério
Josias de Souza
Sexta-feira, 10/02/2017 23:54
Você já ouviu falar em José Levi Mello? Provavelmente, não. Trata-se da pessoa que responde interinamente pelo Ministério da Justiça. Tenta tapar o buraco aberto com a indicação do ministro Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal. Moraes bateu em retirada num instante em que a bela intenção do governo de tranquilizar a Nação com um plano nacional de segurança não resistiu às sucessivas desmoralizações dos surtos de violência que pipocam em diferentes pedaços do mapa brasileiro, dentro e fora dos presídios.
Até bem pouco, quando o assanhamento das fações criminosas nos presídios desafiava a autoridade do Estado, o Ministério da Justiça era apenas irrelevante numa crise capitaneada pelos governos estaduais. Hoje, quando as Polícias Militares acham que podem fazer greve com o revolver no coldre, o governo pode começar a pensar seriamente em arrendar o belo prédio da pasta da Justiça para uma rede hoteleira.
A ousadia da Polícia Militar do Espírito Santo, paralisada há uma semana, transborda para o Rio de Janeiro. E não há ministro da Justiça em Brasília. Para não ser chamado de omisso, Michel Temer solta nota oficial conclamando os PMs a respeitarem a lei. Simultaneamente, Temer negocia a escolha do futuro ministro da Justiça com a barriga encostada no balcão.
Hoje, o mais cotado para o posto é um deputado: Rodrigo Pacheco. Pertence ao PMDB, um partido que está mais preocupado em controlar os ímpetos da Polícia Federal na Lava Jato. No momento, o único lugar onde existe segurança no Brasil é no nome do ministério, que foi rebatizado na semana passada por Temer. Chama-se agora Ministério da Justiça e Segurança Pública. Não caia na gargalhada. O caso é sério!

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 11 de fevereiro de 2017
Hora das respostas e soluções
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O chinês tem razão: crise (wei ji) é uma oportunidade para mudanças e rupturas, e também representa o risco de agravar problemas vigentes. Afinal, as coisas costumam se resolver por ação correta, decisão incompetente ou por inação que deixa a bagaça se autodestruir. Como a crise brasileira é estrutural, e não conjuntural, ela se enquadra nesta situação de solucionar, empacar ou ficar ainda pior até se “resolver” com a própria destruição. 
A Revolução Brasileira, em andamento, entra em uma fase de confrontos abertos. O Crime Institucionalizado segue hegemônico, porém nunca foi tão questionado e atacado quanto agora. A bandidagem tenta reinventar “o negócio do crime” nestes tempos de Lava Jato. A diferença é que os cidadãos sentem, na pele, os efeitos prejudiciais da ação criminosa. A sociedade brasileira começa a constatar, da pior maneira possível, o alto custo da conivência cultural com as práticas criminosas. Temos prejuízos políticos, econômicos e sociais.
Nenhuma instituição brasileira está a salvo da atuação da estrutura criminosa. Todas precisam se reorganizar com base em conceitos corretos, adequados ao mundo real. O choque de planejamento estratégico é inevitável. As pessoas começam a se reinventar a partir delas mesmas. Tudo que começa a dar certo – com bons resultados econômicos e sociais - resulta de práticas renovadas de associativismo, colaboração e parceria produtiva. Eis o protagonismo do Bem, e dos bons.
Já passou da hora de formularmos um Projeto para o Brasil. Felizmente, o avanço tecnológico tem colaborado com esta nada fácil missão. Interligadas em redes sociais, as pessoas começam a discutir o País, passando-o a limpo em tempo real. Entre muita besteira, piadas, mentiras e sacanagens, começam a ganhar musculatura grupos de discussão de alta qualidade. Alguns ainda ficam reféns de meras críticas, perdendo tempo em “catarses”. No entanto, os mais organizados criam canais no Youtube e Portais Multimídia, e avançam nos debates que buscam união de pessoas e soluções práticas.
Apesar das explosões de violência e de muita roubalheira na vida pública brasileira, geradas pelo excesso de gente ignorante e corrupta, distante do conceito básico civilizatório, o País ainda tem ilhas de excelência com muitos jovens que cultuam valores corretos, evoluem em seus estudos e apontam saídas para o Brasil vencer as crises. É nesta juventude que temos de apostar. Só eles têm condições reais de vencer os males promovidos pelo Crime Institucionalizado: ignorância, preconceitos, erros, injustiças, barbárie, violência e corrupção.
É hora de perguntas corretas, respostas precisas e soluções práticas – tudo baseado em conceitos adequados à nossa realidade, e não baseados em meras ideologias que só iludem e alimentam o Crime Institucionalizado que nos condena ao subdesenvolvimento.
(...)

NO O ANTAGONISTA
Temer, entre salvar os amigos ou o país
Brasil Sábado, 11.02.17 10:12
O empenho de Temer em salvar os amigos, em vez do Brasil, preocupa o mercado. À Folha, Ricardo Lacerda, presidente da BR Partners, afirmou:
"Há um temor de que o governo use seu capital político para livrar a cara de aliados em vez de aprovar reformas".
Não é apenas um temor, Lacerda.
Assim caminha a impunidade
Brasil 11.02.17 09:41
O Ministério Público Federal finalmente denunciou o cartel de trens de São Paulo. O problema é que, após quase quatro anos de demora, contados a partir do acordo de leniência da Siemens com o Cade, as acusações contra a maioria dos 33 investigados prescreveram.
A Procuradoria da República em São Paulo alega que o Uruguai demorou para enviar os documentos pedidos.
Doria processa a prefeitura
Brasil 11.02.17 09:15
João Doria, recém-empossado prefeito de São Paulo, está processando a própria prefeitura.
Segundo a Época, Doria contesta a cobrança de cerca de R$ 500 mil de IPTU.
Entre idas e vindas nos tribunais, a Justiça determinou a suspensão da cobrança. A secretaria municipal da Fazenda, contudo, ainda classifica Doria como “devedor” em seu cadastro.
Maia para Leo Pinheiro: “Sim, já envio”
Brasil 11.02.17 08:42
A troca de informações sobre o leilão dos aeroportos foi tratada diretamente entre Rodrigo Maia e Leo Pinheiro, da OAS. Entre as mensagens recuperadas pela Polícia Federal em um dos celulares do empreiteiro, há esta:
Maia: “Recebi resposta do Governo de requerimento dos motivos da restrição a participação dos consórcios na licitação de Galeão e Confins. Fiz há 30 dias”
Leo Pinheiro: “Você me manda?”
Maia: “Sim, já envio.”
As informações são do Globo.
Lava Jato faz pente-fino em fases anteriores
Brasil 11.02.17 07:55
Quem acha que escapou da Lava Jato, porque nunca mais foi citado, pode se preparar.
A operação está passando a limpo as informações coletadas em fases anteriores. O objetivo é não deixar pontas soltas. Com isso, uma nova fornada de alvos está para sair, segundo a Folha.
Maia repassou dados à OAS
Brasil 11.02.17 08:32
Rodrigo Maia repassou, à OAS, informações sobre os editais de licitação dos aeroportos do Galeão e de Confins em 2013, segundo O Globo.
Os dados foram obtidos junto à Secretaria de Aviação Civil, então comandada por Moreira Franco, seu sogro, mediante autorização da Câmara dos Deputados.
E foram enviados para Leo Pinheiro, então presidente da empreiteira. Maia é apontado, em inquérito da Polícia Federal, como beneficiário de R$ 1 milhão em propinas da OAS.
De um lado, o sogro. De outro, a empreiteira. Quanta coincidência!
Cabral continua um exemplo para Pezão
Brasil 11.02.17 07:38
Ainda à Folha, Pezão se disse chateado pela situação do ex-governador. Afirmou, ainda, que procura guardar uma imagem positiva de Zé Cabra. Eis o que disse:
- “Cabral está na cadeia, acusado de chefiar uma organização criminosa. Como o senhor se sente tendo sido o vice dele?
- Triste, chateado. Eu não via este lado dele. Eu via o lado dele de fazer as coisas. O Sérgio foi um gestor que implementou políticas públicas que serviram de modelo para o Brasil inteiro, como as UPPs e as UPAs. Sempre foi um grande agregador, e eu procuro guardar essa imagem dele.
Eu sofro muito porque ele é um grande amigo. Tenho sentido muito por ver ele e a Adriana [Ancelmo, mulher de Cabral] lá e os filhos aqui fora.”
Insistimos: Pezão é muito inocente.
Pezão nunca desconfiou de Cabral
Brasil 11.02.17 07:33
Em entrevista à Folha, Pezão afirmou que, apesar de tantos anos de convivência e de ter amigos em comum, nunca desconfiou que Cabral comandasse uma organização criminosa que dilapidou o Rio. Leia:
- Mas ficou claro que ele tinha um padrão de vida incompatível com a renda de político.
- A Adriana tinha o escritório dela... Aí eu não vou entrar na vida pessoal deles.
- O senhor nunca desconfiou que ele estivesse desviando dinheiro?
- Nunca vi isso, nunca percebi. Para mim, é uma grande surpresa. Não sou eu que tenho que julgar as pessoas.”
Pezão é muito inocente.
Lobão: “Anistia a caixa 2 é constitucional”
Brasil 11.02.17 06:57
Em entrevista ao Estadão, o novo presidente da CCJ, Edison Lobão, afirmou que anistiar o Caixa 2 é constitucional. Leia:
- Discutiu-se muito na Câmara dos Deputados no ano passado a chamada anistia ao Caixa 2. A Câmara está voltando a articular isso. O senhor apoia?
- A figura da anistia existe. Todo ano, o presidente anistia alguns presos por conta disso ou daquilo. Houve a lei da anistia durante o regime militar. Resta saber se anistia tal ou qual é conveniente. Vou aguardar que a Câmara decida lá, quando vier para cá nós avaliaremos. O que eu quero dizer é que é constitucional a figura da anistia, qualquer que ela seja. Anistia não se faz somente para isso, outros crimes podem ser anistiados.”
Pelo menos, reconheceu que é um crime a ser anistiado...
Governo e PM chegam a acordo no ES
Brasil Sexta-feira, 10.02.17 21:18
Os policiais militares do Espírito Santo devem voltar ao trabalho às 7 horas de amanhã, informou Miriam Leitão.
Governo e entidades que representam os PMs do Espírito Santo acertaram que não haverá punições disciplinares, se a categoria voltar ao trabalho no prazo combinado.
O governo não se comprometeu com reajustes, mas vai analisar o cronograma de promoções.
MPF denuncia ex-diretores de estatal de governo tucano
Brasil 10.02.17 20:18
O procurador Rodrigo De Grandis, do Ministério Público Federal em São Paulo, denunciou dois ex-diretores da CPTM (estatal de trens do governo paulista) por lavagem de dinheiro.
Os ex-diretores Ademir Venâncio de Araújo e João Roberto Zaniboni e outros sete executivos são acusados de lavar pelo menos R$ 26,3 milhões recebidos como propina pelo contrato de fornecimento de trens e equipamentos de transporte da Linha 5 do Metrô de São Paulo, em 2000.
Apesar de as investigações apontarem também para o recebimento de propina por parte dos diretores, o crime de corrupção já prescreveu -- e ficou fora, portanto, da denúncia.
DELTAN: "LULA SÓ PODE SER PRESO SE HOUVER RAZÕES CONCRETAS"
Brasil 10.02.17 20:05
Na entrevista exclusiva a O Antagonista, Deltan Dallagnol foi questionado sobre a prisão de Lula. Se ele é considerado o chefe da organização criminosa que assaltou a Petrobras, por que não foi preso até agora?
Ele disse que "não pode discutir decisões cautelares ainda não tomadas ou a estratégia em relação a uma pessoa", mas que Lula só pode ser preso se houver "razões concretas".
"A realização das prisões são sempre analisadas caso a caso, pessoa a pessoa, se estão presentes os requisitos ou não. Inclusive, se a pessoa mantém a capacidade de influenciar na continuidade da prática de crimes. 
Se uma pessoa (como Lula) tinha uma função pública e ela perde a função pública, ela só pode ser presa se você tem razões concretas que justifiquem a segregação daquela pessoa.
Por exemplo, no caso do Eduardo Cunha, o afastamento dele se fazia necessário na nossa visão, a prisão dele, porque ele praticou crimes por meio de interpostas pessoas, deputados, que agiram em nome dele e que continuam na Câmara praticando decisões que determinam os rumos do país.
Não posso discutir decisões cautelares ainda não tomadas, ou estratégia em relação a uma pessoa. Mas, fazendo uma explanação geral, é natural e até saudável numa democracia que as pessoas possam expressar sua opinião. Eu posso até discordar do que ele diz, mas eu defenderei o direito dele de dizê-lo.
De modo geral, no caso de políticos processados na Lava Jato, o que descobrimos é que políticos 'não são criminosos, não são corruptos, são sempre perseguidos'. As provas são fortes, os fatos são graves, a investigação foi conduzida com regularidade, mas a defesa que a pessoa usa não é jurídica, é a defesa política, o que não faz qualquer sentido quando olhamos o contexto da participação de centenas de agentes públicos, de diferentes origens, numa investigação em que todos estão com uma lupa. Se a gente pisar fora da linha,é processado pelo CNMP."
Cabral e Eike agora são réus
Brasil 10.02.17 19:50
O juiz federal Marcelo Bretas acaba de aceitar a denúncia contra Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo e Eike Batista.
O Ministério Público apresentou a denúncia esta manhã, na qual pediu 44 anos de prisão para Eike e 50 anos para Cabral (leia mais aqui, aqui e aqui).
Outras seis pessoas tornaram-se rés na mesma ação penal: o ex-braço direito de Eike, Flávio Godinho; o ex-secretário de Governo, Wilson Carlos, suposto operador do esquema; Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, acusado de ser operador de Cabral; o empresário e ex-executivo da EBX Luiz Arthur Andrade Correia (Zartha) e os doleiros Renato Hasson Chebar e o irmão Marcelo Hasson Chebar, delatores do esquema.

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