PRIMEIRA EDIÇÃO DE 10-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2017
Ex-presidente da empresa pública de comunicação EBC, Ricardo Melo teve um Natal obeso: em 23 de dezembro, embolsou R$129.096 referentes a 6 meses de “quarentena”, muito embora tenha ficado no cargo por apenas 3, até ser demitido pelo presidente Michel Temer. Mais absurdo é o caso do amigo que ele fez diretor-geral: Pedro Varoni ficou no cargo só 45 dias, mas ganhou R$117.779 de “quarentena”.
Dilma Rousseff fez a molecagem de nomear essa turma para a EBC na véspera de sua saída, quando ela já sabia que seria afastada do cargo.
Além de nomear os petistas na empresa pública EBC, Dilma inventou “mandato” de 4 anos para eles, a fim de impedir que fossem demitidos.
Temer demitiu a petelhada da EBC, mas uma liminar do STF o obrigou aturá-los por mais 3 meses, até que uma nova lei desfez a molecagem.
A “quarentena”, que muitos consideram ofensiva à ética pública, teve o patrocínio da Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
Antes de aumentar impostos, os governantes deveriam melhorar a gestão, botando a rapaziada para justificar os belos salários e regalias como estabilidade. Em Brasília, por exemplo, como na maioria das cidades, estão pendentes 7.260 “habite-se” de casas e apartamentos já concluídos, prontinhos. Se os agilizasse, removendo a burocracia, a má vontade e a preguiça, o DF arrecadaria R$120 milhões em impostos, segundo entidades do setor como Ademi, Asbra e Sinduscon.
Ainda dormitam nas gavetas do governo local em Brasília, 221 projetos que, aprovados, podem movimentar R$22 bilhões na área imobiliária.
No DF, 145 projetos privados devem gerar 927 mil empregos diretos e indiretos, em 2017. E muitos impostos para bancar tanta burocracia.
Burocratas que seguram “habite-se” e projetos não estão preocupados em perder o emprego, como 12,3 milhões de brasileiros.
A Aneel joga bola nas costas do ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia). Ele disse que há sobra de energia, mas a Agência (ou sindicato patronal?) de Energia Elétrica avisou que só garante tarifa verde, sem cobrança extra, até abril. Depois, o assalto estará liberado.
Já se veem carros em Brasília com adesivo imenso: “Plagiar é crime”. Sobre a acusação contra o ministro Alexandre de Moraes, que teria publicado, como de sua autoria, trechos do livro de um jurista espanhol.
Vários governadores aguardam atitude dura do governador capixaba Paulo Hartung, como a expulsão dos PMs amotinados, para desestimular presepadas semelhantes de policiais de outros Estados.
Ao negar interferências, Edison Lobão contou ontem que só não pediu votos a 2 dos 21 senadores do PMDB, na campanha para a CCJ: o ex e o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira. Nem precisava: o primeiro o apoiava e o segundo preferia Raimundo Lira (PMDB-PB).
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, sente muito o falecimento do pai, Florival Rocha, aos 98 anos. Eram muito ligados. Amigos preveem até uma mudança no jeito da ministra.
A Caixa comemorou o aumento de 11,4% nos negócios da sua área de penhor. Não foram considerados os custos afetivos, a angústia e a dor, muito menos as lágrimas das pessoas que recorrem à penhora de bens para enfrentar a crise, pagar contas, dívidas, e sobreviver.
No dia 16 o Itamaraty vai promover uma “oficina de gerenciamento de stress” para seus funcionários. Servidores também poderão fazer “sessão de massagem relaxante”. Tudo na conta do contribuinte.
Na Câmara, Osmar Serraglio (PR) e Rodrigo Pacheco (MG), do PMDB, disputam a presidência da Comissão de Constituição e Justiça. Serraglio tem força, mas Pacheco tem o respaldo no PSDB mineiro.
...é bom o ex-presidente FHC tomar cuidado com o que diz ao juiz Sérgio Moro.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
FACHIN MANDA ABRIR INQUÉRITO PARA INVESTIGAR RENAN, JUCÁ E SARNEY
RELATOR DO STF ABRE INVESTIGAÇÃO POR OBSTRUÇÃO DE INVESTIGAÇÃO
Publicado: quinta-feira, 09 de fevereiro de 2017 às 22:10 - Atualizado às 23:13
Redação
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal autorizou abertura de inquérito contra os senadores Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR) e o ex-presidente José Sarney (AP), o "trio ternura" do PMDB, por suspeita de tentar barrar a maior investigação já deflagrada no País contra a corrupção. O inquérito inclui o ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, que gravou conversas com os políticos - os diálogos sugerem que Renan, Jucá e Sarney tramaram contra a Lava Jato.
Considerando apenas processos relacionados à Lava Jato, este é o nono inquérito contra Calheiros, o terceiro contra Jucá e o segundo contra Sérgio Machado. Quanto ao ex-presidente Sarney, é o primeiro inquérito no âmbito da operação. Este foi também o primeiro inquérito autorizado por Edson Fachin como relator da Lava Jato - um sorteio na semana passada lhe destinou a herança dos processos que estavam sob a supervisão do ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro.
O pedido de abertura de inquérito foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em uma petição de 53 páginas na segunda-feira (6), com base na delação de Machado, do ano passado, sob a suspeita de um possível crime de embaraço às investigações. 
"Note-se a gravidade da trama engendrada pelos integrantes da organização criminosa: as conversas gravadas desvelam esquema em curso voltado não apenas para 'estancar' a Lava Jato, mas também para 'cortar as asas' do Ministério Público e do Poder Judiciário, que significa interferir no livre funcionamento e nos poderes desses órgãos", disse o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na manifestação, encaminhada ao STF no mesmo dia em que o presidente Michel Temer indicou Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do STF no lugar de Teori Zavascki.
Ao autorizar a abertura de inquérito, o ministro Edson Fachin também determinou a realização de diligências pedidas pela PGR. Entre elas, a autorização para ouvir diretamente os investigados.
A PGR solicitou também que o STF forneça "todos os registros de acesso às dependências do Tribunal em nome de Eduardo Antônio Lucho Ferrão, no ano de 2016, com todas as informações e arquivos relacionados". Ferrão é advogado e amigo de Teori Zavascki. 
Segundo Janot, na descrição dos fatos ocorridos, "Renan Calheiros e José Sarney prometem a Sergio Machado que vão acionar o advogado Eduardo Ferrão e o ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Cesar Asfor Rocha para influenciar na decisão de Vossa Excelência sobre possível desmembramento do inquérito de Sérgio Machado".
O procurador-geral da República pediu, ainda, a "obtenção junto a empresas de transporte aéreo de passageiros, devendo o método de execução ser previamente ajustado com o Ministério Público Federal, que poderá participar da diligência ou a praticar diretamente, de todos os registros de passagens emitidas e utilizadas por Jose Sergio de Oliveira Machado, no período de dezembro de 2015 até 20.05.2016, com todas as informações e arquivos relacionados". 
Ainda no pedido de abertura de inquérito, Janot citou "solução Michel". O procurador usou a expressão para se referir a um "acordão" que teria o objetivo de barrar a operação com a chegada de Michel Temer à Presidência. Segundo Janot, o "plano" elaborado pelo que chamou de "quadrilha" foi colocado em prática logo após Temer assumir interinamente a Presidência, em maio do ano passado.
Em nota à imprensa, o senador Renan Calheiros "reafirma que não fez nenhum ato para dificultar ou embaraçar qualquer investigação, já que é um defensor da independência entre os poderes". "O inquérito comprovará os argumentos do senador e, sem dúvida, será arquivado por absoluta inconsistência", diz a defesa do peemedebista.
A defesa de Jucá, em nota, também afirmou que o senador "nega que tenha tentado obstruir qualquer operação do Ministério Público e diz que a investigação e a quebra de sigilo do processo irão mostrar a verdade dos fatos".
Procurada, a defesa de Sérgio Machado não havia respondido até a publicação desta reportagem. O advogado de Sarney, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, não foi localizado. No entanto, quando a PGR pediu a abertura de inquérito, o advogado disse que nas gravações "não tem nenhum sinal de qualquer tentativa de obstrução".

UM PAÍS SEM GOVERNO
Por Carlos Chagas
Sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
O país está exasperado. Cada classe social e cada indivíduo levam ao máximo o limite de sua indignação e tentam, por todos os meios a seu dispor, adotar iniciativas exageradas, diante do horror que surge diante de seus direitos e prerrogativas. Combate-se fogo com fogo, coisa que pode não dar certo.
Saber quem tem razão sobre quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha, fica por conta dos filósofos, mas, para o conjunto da sociedade, trata-se de um mergulho no precipício. 
Tomara que os juízes de primeira instância deixem de entusiasmar-se pela letra da lei e se acoplem à natureza das coisas. Um deles acaba de tornar nula a nomeação de um ministro por um presidente da República, acusado de atingir objetivos espúrios com a natural designação de suas prerrogativas? Tinha ou não o presidente Michel Temer direito de nomear Moreira Franco seu secretário de Governo? Como um juiz de primeira instância poderia anular a nomeação com base em simples analogia com um episódio verificado entre Dilma Rousseff e o Lula, em torno da chefia da Casa Civil?
São variados os casos em que juízes novatos se precipitam, impulsionados pela intenção de salvar o país ou sem experiência nos fatos, mais do que na jurisprudência.
Mesmo assim, o fenômeno deve-se ao tempo em que vivemos. É corrupção para todos os lados, aproveitamento de agentes públicos em favor de seus próprios interesses e, acima de tudo, descrença da opinião pública diante de nossas instituições.
Tirar dos que nada têm, em favor dos que têm tudo, passou a diretriz fundamental dos detentores do poder. As consequências já se fazem sentir. Sem polícia, a população começa a defender-se. Sem justiça, melhor a Lei do Talião. Sem governo, a opção de cada é um defender-se como puder.

TELEGRAMA FANTASMA
Sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Tancredo Neves, ao cruzar, no Salão Verde da Câmara dos Deputados, com o desafeto político Magalhães Pinto, aniversariante naquele dia 28 de junho, na presença de alguns jornalistas, sempre com aquela verve, soltou a estocada:
- Magalhães, recebestes meu telegrama de parabéns?
E de imediato veio essa outra sagaz resposta:
- Recebi e já respondi...
Depois, rindo, saíram fagueiros e faceiros, zombando um do outro, exatamente porque o "tal telegrama", nunca existira...

NO BLOG DO JOSIAS
Celso de Mello manda Temer explicar a nomeação de Moreira Franco: 24 horas
Josias de Souza
Quinta-feira, 09/02/2017 22:50
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou a Michel Temer que explique os motivos que o levaram a promover Moreira Franco do posto de secretário-executivo para o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Em seu despacho, o magistrado deu prazo de 24 horas para que o presidente providencie as explicações.
Com sua linguagem empolada de decano da Suprema Corte, Celso de Mello deixou claro em seu despacho qual é o miolo da picanha nas ações que estão sobre sua mesa: trata-se de saber se a conversão de Moreira em ministro teve como único objetivo a concessão do escudo do foro privilegiado a um amigo do presidente que está encrencado na Lava Jato e prefere ser julgado no ambiente celestial do Supremo a ser submetido às brasas que ardem na jurisdição de Sergio Moro, em Curitiba. Dois partidos movem as ações: PSOL e Rede.
Celso de Mello anotou: ''Após enfatizar que o 'ato ilegal de criação de Ministério para concessão de prerrogativa de função cumpre todos os requisitos clássicos das hipóteses sempre narradas como exemplificativas do desvio de finalidade', o autor desta ação mandamental adverte que a permanência do Senhor Wellington Moreira Franco no cargo de Ministro de Estado, por implicar deslocamento da competência penal, para esta Suprema Corte, do órgão judiciário de primeira instância, repercutirá, 'ilegalmente, na sequência das investigações e em eventual apreciação de pedido de prisão formulado contra ele', dando causa – segundo alega o impetrante – a um contexto claramente revelador de fraude à Constituição.''
O ministro completou: ''Sendo esse o quadro em cujo âmbito se delineia a postulação mandamental deduzida pela agremiação partidária ora impetrante, entendo, por razões de prudência, e apenas para efeito de apreciação do pedido cautelar, que se impõe ouvir, previamente, o Senhor Presidente da República, para que se manifeste, especificamente, na condição de autoridade apontada como coatora, sobre a pretendida concessão de medida liminar''.

No Congresso, Lava Jato é crime que compensa
Josias de Souza
Quinta-feira, 09/02/2017 20:20
Vai começar tudo de novo. Num instante em que Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, aguarda na fila por sua primeira condenação na Lava Jato, Rodrigo Maia, que acaba de ser reeleito presidente da Câmara, foi formalmente acomodado pela Polícia Federal no rol dos suspeitos. Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal, a PF diz ter reunido indícios de que Rodrigo Maia recebeu propinas da construtora OAS. Coisa de R$ 1 milhão. O deputado nega que se trate de propina.
Rodrigo Maia logo será alvejado por um pedido de abertura de inquérito, a ser enviado ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República. Terá a oportunidade de se defender. Mas é curioso notar o seguinte: há na Câmara 513 deputados federais. E esse colegiado enorme decidiu manter na poltrona de presidente um deputado que todos sabiam que se tornaria protagonista de processos judiciais.
Prolifera no Congresso um fenômeno curioso. Além de Rodrigo Maia, são delatados, indiciados ou investigados na Lava Jato: o novo presidente do Senado, Eunício Oliveira; o novo líder do PMDB, Renan Calheiros; a nova líder do PT, Gleisi Hoffmann; o novo líder do governo no Congresso, Romero Jucá; e o novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Edison Lobão.
No Brasil real, se o sujeito deixa de pagar um crediário, fica com o nome sujo na praça. E não consegue emprego nem de porteiro no serviço público. Mas no Congresso, quanto mais encrencado for o personagem, maior o seu prestígio. Dizem que o crime não compensa. Bobagem. O problema é que quando ele compensa, muda de nome. Chama-se influência política.

NO O ANTAGONISTA
O professor e o operário da Odebrecht
Brasil 10.02.17 08:15
É natural que FHC defenda Lula.
Leia o que O Antagonista publicou em 6 de novembro de 2015:
A análise da contabilidade da Odebrecht revela também repasses ao Instituto Fernando Henrique Cardoso, num total de R$ 975 mil, entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012.
A planilha revela pagamentos mensais no valor de R$ 75 mil.
Antes disso, em 13 de agosto de 2015:
Alguns dias atrás, a Folha de S. Paulo disse que Emilio Odebrecht se reuniu com Lula e com Fernando Henrique Cardoso para tratar da “imagem” da empresa no "pós-Lava Jato".
Hoje o jornal revela o verdadeiro motivo daqueles encontros:
“Na reunião com Michel Temer e ministros do PMDB, Lula defendeu que o governo acelere os acordos de leniência com as empresas investigadas na Lava Jato. O esforço para que as empreiteiras não quebrem foi tratado também em conversas entre o ex-presidente e empresários como Emilio Odebrecht. Aos peemedebistas, Lula sustentou que a CGU e a AGU selem os termos de ajuste de conduta das construtoras sem esperar pelo aval do Ministério Público”.
Está explicada a viagem de Lula a Brasília.
A mando de Emilio Odebrecht, ele está costurando uma anistia às empreiteiras que exclua das negociações os procuradores da Lava Jato.
Antes disso, em 30 de maio de 2015:
João Doria Júnior, ontem à noite, ofereceu um jantar a Fernando Henrique Cardoso.
Ao lado do ex-presidente, sentou-se Marcelo Odebrecht, dono de uma das empreiteiras do cartel da Petrobras.
Em seu discurso, Fernando Henrique Cardoso defendeu Dilma Rousseff:
"Vivemos um momento de desesperança no Brasil e isso não pode ocorrer. Não podemos conviver com falta de esperança e tristeza. Tecnicamente, sabemos o que é preciso fazer, e está sendo feito".
Tecnicamente, sabemos que Fernando Henrique Cardoso protege Marcelo Odebrecht.
"O mestre da dissimulação"
Brasil 10.02.17 08:03
Michel Temer tem de camuflar suas manobras contra a Lava Jato.
É o que sugere Helio Gurovitz, do G1:
“É difícil, a esta altura, que Moreira Franco, alcunhado Angorá nas delações da Odebrecht, tome posse como ministro. Temer não pode pagar, perante a opinião pública, o preço da defesa do nome dele, num momento em que pretende chamar a atenção para a agenda de reformas e recuperação econômica. Angorá ficará desprotegido, ao alcance de Moro.
Os juízes, procuradores e delegados da Lava Jato têm munição para atingir quem quiserem no governo – o alvo de ontem foi o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Para garantir a sobrevivência de seu grupo político, a estratégia de Temer precisa ser mais sofisticada.
Mestre da dissimulação, ele sempre soube se desviar dos projéteis que lhe foram dirigidos. Na Presidência, ficou mais difícil. Cada vez que seu intuito implícito ficar claro para a opinião pública, como nos casos de Moreira Franco e Moraes, ele perderá um pedaço de seu capital político. E capital político, como o próprio Temer sabe bem, não é um recurso inesgotável”.
Temer superestimou Temer
Brasil 10.02.17 07:44
Celso de Mello tem de cassar o foro privilegiado de Moreira Franco.
Ninguém vai aceitar esse abuso.
Eliane Cantanhêde, no Estadão, tratou da estupidez de Michel Temer:
"Quando tudo parecia melhorar, com as presidências da Câmara e do Senado na mão, inflação e juros caindo, arrecadação subindo, o PMDB e Temer se animaram, superestimaram a própria força e passaram a agir como se não devessem satisfações a ninguém, nem à opinião pública".
O inimigo do PT
Brasil 10.02.17 07:39
O maior temor do PT é ser excluído das manobras para engavetar a Lava Jato.
A escolha de Alexandre de Moraes para o STF aumentou esse risco.
Os petistas sabem que ele vai tentar preservar peemedebistas e tucanos com foro privilegiado, mas sabem também que ele jamais preservaria Lula, Antonio Palocci, Guido Mantega e outros réus em Curitiba.
A primeira página do site do PT é ilustrativa desse temor. Há mais posts contra Alexandre de Moraes do que contra Sérgio Moro.
Veja aqui:

Cafuné no Angorá
Brasil 10.02.17 07:22
O site do PT ataca Alexandre de Moraes e festeja Fernando Henrique Cardoso, testemunha de defesa de Lula.
Moreira Franco nem é mencionado.
O PT protege os delatados de Michel Temer porque espera receber o mesmo tratamento do governo.
Em particular, o PT quer que o genro de Moreira Franco, Rodrigo Maia, aprove uma nova anistia para tirar o resto da ORCRIM da cadeia.
Jato particular com dinheiro público
Brasil 10.02.17 07:05
Um jato particular que transportava Aécio Neves fez um pouso de emergência em Guarulhos.
Sua assessoria disse à TV Globo:
“O senador Aécio Neves embarcou para São Paulo na noite desta quinta-feira para uma reunião com o ex-presidente FHC. A aeronave de táxi aéreo alugado pelo PSDB precisou fazer pouso de emergência no Aeroporto de Cumbica. Os pilotos e o senador estão bem”.
A nota não explica por que Aécio Neves teve de alugar um jato particular, com recursos do fundo partidário, para voar de Brasília para São Paulo.

"Vai ter que condenar todo mundo"
Brasil 10.02.17 06:57
Deputados de todos os partidos defenderam Rodrigo Maia, acusado de ter recebido repasses clandestinos da OAS e da Odebrecht.
Eles disseram ao Estadão, “reservadamente, que a atuação de deputados a favor de empresas ou setores em troca de doações eleitorais era o ‘modus operandi’ do sistema de doação empresarial”.
E mais:
“Para um influente parlamentar da base, se for condenar Maia, ‘vai ter que condenar todo mundo’”.
É exatamente isso que tem de ser feito: condenar todo mundo.
A NOVA ANISTIA
Brasil 10.02.17 06:47
Os deputados preparam uma nova anistia do Caixa Dois.
Segundo o Estadão, porém, Rodrigo Maia “não pretende autorizar a votação do projeto de anistia rapidamente. Quer evitar que as propostas pareçam uma retaliação direta ao Judiciário e ao Ministério Público”.
Temer perde tudo
Brasil 10.02.17 06:15
Michel Temer deu um pontapé na sociedade ao garantir foro privilegiado ao Angorá.
E ele vai pagar por isso.
Leia um trecho do editorial do Estadão:
“Além de ignorar a opinião pública, a nomeação de Moreira Franco desestabiliza o governo. A estabilidade – esse bem tão necessário ao País, do qual o presidente é o primeiro garantidor – não depende só dele. Seus auxiliares diretos podem pôr a perder esse bem tão precioso”.
E também:
“Na Presidência, Michel Temer tem obrigações maiores que as da camaradagem, do convívio de longos anos. Seu dever, agora, é com cada um dos brasileiros que governa. Não pode mais manter seu destino ligado a pessoas que, no mínimo, têm muito a esclarecer à Justiça e à sociedade”.
A ORCRIM está unida
Brasil 10.02.17 06:00
Rodrigo Maia está blindado.
Pelo Palácio do Planalto, pelo PMDB, pelo PSDB.
E também pelo PT, é claro.
O líder do partido, Carlos Zarattini, disse para o Estadão:
“Acusar sem provas não concordamos, seja político do PT ou de qualquer lugar”.
Alice Portugal, do PCdoB, completou:
“É como se diz: citação está chovendo por aí. Outra coisa é ser réu”.
A ORCRIM está unida novamente.
Temer tem medo
Brasil Quinta-feira, 09.02.17 23:29
A Folha diz que Michel Temer restringiu a circulação de jornalistas no Palácio do Planalto após a nomeação de Moreira Franco. Não é bem assim. Na verdade, o bloqueio está valendo desde o início do ano.
Semanas atrás, eu (Claudio) fui 'convidado' a deixar a sala de espera do gabinete de um assessor palaciano, no terceiro andar, porque não tinha hora marcada. 
Alguns seguranças conhecidos, visivelmente constrangidos com a nova norma, também me retiraram do quarto andar. Temer só quer jornalistas no térreo, de preferência do lado de fora.
Temer tem medo.
GAROTINHO VAI FALAR
Brasil 09.02.17 22:38
O Antagonista soube que Garotinho vai amanhã à força-tarefa da Lava Jato no Rio prestar depoimento sobre uma série de denúncias que fez do esquema de corrupção montado por Sérgio Cabral - muito antes que o ex-governador fosse preso.
Garotinho tem munição para derrubar muita gente que ainda está por aí.
Trump perde outra vez
Mundo 09.02.17 21:39
Um tribunal de apelação decidiu contra a lei anti-imigração decretada por Donald Trump.
Trump tuitou "see you in court".
Maia, o solidário
Brasil 09.02.17 21:16
As mensagens trocadas entre Rodrigo Maia e Léo Pinheiro mostram que o atual presidente da Câmara chegou a procurar o empreiteiro para prestar solidariedade, quando seu nome começou a aparecer na Lava Jato.
A informação é do Jornal Nacional.
"A doação de 250 vai entrar?"
Brasil 09.02.17 20:54
Entre as mensagens trocadas com Léo Pinheiro, Rodrigo Maia enviou uma altamente comprometedora.
De acordo com o Jornal Nacional, o atual presidente da Câmara pergunta: "a doação de 250 vai entrar?".
A mensagem foi enviada em 17 de setembro de 2014.
No dia seguinte, a OAS fez doações que somam R$ 250 mil à campanha de César Maia, pai de Rodrigo Maia, que disputava vaga no Senado.
Muito além da relação institucional
Brasil 09.02.17 20:54
Depois de analisar as mensagens trocadas entre Rodrigo Maia e Léo Pinheiro, da OAS, a Polícia Federal concluiu que a relação dos dois ultrapassava o ambiente político, noticiou o Jornal Nacional.
Para os investigadores, Maia atuava como lobista da OAS na Câmara.
O atual presidente da Câmara, que presidiu a Comissão de Aviação e Transportes, é suspeito de ter atuado em favor da OAS, propondo regras que permitissem que a empresa participasse de leilões de concessão de aeroportos.
A contrapartida ao empenho do deputado, acreditam os investigadores, foi dada na forma de doações que somaram R$ 1 milhão para a campanha de de César Maia ao Senado, em 2014. César Maia é pai de Rodrigo.




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