PRIMEIRA EDIÇÃO DE 28-01-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 28 DE JANEIRO DE 2017
As acusações do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho contra três ministros – Eliseu Padilha, Moreira Franco e Geddel Vieira Lima, já demitido – são “modestas”, comparadas às revelações dos demais 76 executivos da empreiteira. Fonte ligada às investigações se espantou: “quase todo governo” está enrolado. Isso não inclui o Presidente, que só pode responder por crime cometidos em sua própria administração.
As delações não se relacionam ao atual governo, e sim ao pagamento de propinas por obras obtidas, disfarçadas de doações eleitorais.
Romero Jucá (Planejamento), Henrique Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima (Governo), históricos do PMDB, caíram após as denúncias.
Nos primeiros meses de governo, acusações graves derrubaram seis ministros. O mais recente foi Geddel Vieira Lima, ligado ao presidente.
Michel Temer já afirmou que as delações contra seus ministros são apenas “alegações”, mas, uma vez “consolidadas”, ele promete agir.
De todos os nomes citados para ocupar a vaga aberta com o súbito falecimento do ministro Teori Zavascki, no Supremo Tribunal Federal, seis têm chances maiores. Na “pole position” está o ministro Ives Gandra Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, mas três ministros do Superior Tribunal de Justiça são igualmente muito fortes: João Otávio de Noronha, Mauro Campbell e Luís Felipe Salomão.
Os outros dois candidatos à vaga no STF são ministros de Temer: Grace Mendonça (AGU) e Alexandre de Moraes (Justiça).
Em campanha para o Supremo, Alexandre de Moraes tem feito chegar ao presidente Michel Temer todas manifestações de apoio que recebe.
Temer já fez a sua escolha e a anunciará imediatamente, tão logo o STF designe o novo relator da Lava Jato, em lugar de Teori Zavascki.
Preso, Eike Baptista fará companhia a bandidos que roubaram pessoas e deram golpes em empresas e governos, mas nenhum deles bilionário. Terá tratamento de preso comum por não ter curso superior.
Nossos leitores souberam primeiro que Eike Batista estará protegido na Alemanha, caso consiga chegar ao país. O parágrafo 2º do artigo 16 da Constituição alemã impede a extradição de nacionais da Alemanha.
O deputado Jovair Arantes (PTB-GO) disse ontem que tem o apoio de todo os deputados do seu partido, na briga pela presidência da Câmara contra Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele ainda não sabe que será traído.
Alguns candidatos à vaga de Teori Zavascki no STF apoiados pelo quase ex-presidente do Senado precisam mudar de padrinho. Renan Calheiros já não consegue nem promover os próprios assessores.
Encerra-se em outubro, no Tribunal Superior Eleitoral, o mandato do ministro Herman Benjamin, relator do processo contra a chapa Dilma-Temer. Mas ele pode ser reconduzido para um segundo biênio.
Indagados sobre possível envolvimento do governador Luiz Pezão (RJ) no esquema corrupto de Sérgio Cabral, procuradores desconversaram. Na Operação Eficiência ele não está. Mais eles não garantiram.
Luiz Fernando Pezão não seria citado na Operação Eficiência, ainda que estivesse enrolado. É que governadores têm foro privilegiado, só podem ser investigados sob autorização do STJ.
Não tem perigo de dar certo um país em que um assaltante de banco, preso no Piauí, recebe autorização da Justiça para comparecer, sob escolta, a prova de concurso público para ingresso na Polícia Militar.
O ladrão de banco autorizado a fazer concurso para PM pode atender ao chamamento do PT para se filiar ao partido?

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
ACUADO E COM TRÊS DECRETOS DE PRISÃO, CABRAL QUER FAZER ACORDO DE DELAÇÃO
EX-GOVERNADOR CONTRATA ESPECIALISTA EM ACORDO DE DELAÇÃO
Publicado: sexta-feira, 27 de janeiro de 2017 às 10:15 - Atualizado às 10:41
Redação
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), já estuda fazer delação premiada. Preso desde novembro por suspeita de recebimento de uma mesada de R$ 850 mil das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, o peemedebista já conversava com seus advogados sobre a possibilidade e havia fechado a troca do atual defensor, Ary Bergher, pelo criminalista Sérgio Riera.
De acordo com o jornal Estado de São Paulo, após deflagrada a Operação Eficiência, ontem, que apura esquema de Cabral para lavagem de dinheiro no exterior, junto com o empresário Eike Batista, sua decisão pode ter sido sacramentada. Segundo fontes, o companheiro de cela de Cabral, o ex-secretário de Obras do Rio de Janeiro Hudson Braga, é outro que já comunicou a Procuradoria e seus advogados sobre o interesse no acordo. Braga é apontado pela Polícia Federal como operador administrativo do suposto grupo criminoso ligado ao ex-governador.
O que pesou na decisão de Cabral foram as três ordens de prisão, que torna quase impossível um habeas corpus, e o ambiente hostil de Bangu 8 – onde cumpre com a mulher Adriana Anselmo regime de prisão preventiva.
A única saída viável seria firmar um acordo de delação premiada para, em troca, conseguir benefícios da Justiça, como responder às ações penais em liberdade. Benefícios que poderiam também ser estendidos à sua mulher.
A ex-mulher de Cabral Susana Neves Cabral e seu irmão Maurício de Oliveira Cabral Santos também estão na mira da Operação Lava Jato.

LAVA JATO
CÁRMEN LÚCIA DEVE HOMOLOGAR DELAÇÃO DA ODEBRECHT NO INÍCIO DA SEMANA
SE HOMOLOGAÇÃO NÃO SAIR ANTES DO DIA 1º, SÓ DEPOIS DO NOVO RELATOR
Publicado: sábado, 28 de janeiro de 2017 às 09:37
Redação
A expectativa no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Palácio do Planalto é de que as delações da Odebrecht sejam homologadas pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, entre segunda, 30, e terça-feira, 31, já que os juízes auxiliares da equipe do ministro Teori Zavascki, morto no dia 19, encerraram ontem as audiências com os 77 delatores da empreiteira. Esse é o último passo antes da confirmação dos acordos firmados por executivos e ex-executivos com o Ministério Público Federal. 
Como presidente da Corte, Cármen Lúcia é plantonista no recesso do Judiciário, que termina na quarta-feira, 1º. Nessa condição, a ministra é responsável pelas medidas urgentes no Tribunal durante o recesso e, por isso, tem legitimidade para tomar a decisão sozinha. Essa prerrogativa foi reforçada pelo pedido de urgência protocolado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Somente após essa etapa, o Ministério Público Federal pode usar o material para iniciar investigações formais contra autoridades e políticos com foro citados pelos delatores.
Integrantes do Supremo e da Procuradoria-Geral da República avaliam que a autorização dada por Cármen Lúcia para que a equipe de Teori continuasse a trabalhar mesmo após a morte do ministro já foi um forte indicativo de que a presidente do STF pretende ser breve na homologação, com três objetivos: garantir que não haja atrasos no processo da Lava Jato, sinalizar à opinião pública que não há qualquer mudança no ritmo e na disposição do tribunal quanto às investigações e, enfim, tirar a pressão para a escolha do novo relator a toque de caixa.
Se a homologação ficar para depois do dia 1.º, com o reinício dos trabalhos, teria de esperar a definição do novo relator da Lava Jato. No caso de a homologação ser assinada por Cármen Lúcia, ela teria mais tempo e ficaria à vontade para manter as conversas com outros ministros do STF a fim de “construir um caminho” – nas palavras de seus interlocutores – de definição do critério de escolha do substituto de Teori na relatoria.
Sorteio 
Pelo regimento, a probabilidade maior é a realização de sorteio entre os integrantes de todo o STF ou apenas dos membros da Segunda Turma da Corte, da qual Teori fazia parte. Também é apontada a possibilidade de o Supremo chegar a uma solução “consensual” para que um integrante da Primeira Turma migre para a Segunda Turma e assuma a cadeira de Teori – e a Lava Jato. 
Até o momento, Cármen Lúcia tem mantido reserva sobre o assunto, mas seus interlocutores indicam que a opção mais provável é o sorteio entre todo o plenário, numa demonstração de que qualquer ministro da Corte está apto a assumir a tarefa.
O Palácio do Planalto trabalha com a previsão de que a homologação das delações da Odebrecht ocorra, de fato, entre segunda e terça-feira. Cármen Lúcia e o presidente da República, Michel Temer, conversaram algumas vezes por telefone durante a semana. Na primeira ligação, a presidente do STF agradeceu o apoio dado pela Aeronáutica no desastre aéreo que matou Teori e elogiou os militares envolvidos. Depois disso, Temer ligou à noite para a presidente do STF para avisar que a gravação na cabine do avião que caiu estava audível.
O presidente disse que vai indicar o nome do substituto de Teori na Corte somente após a definição do relator da Lava Jato. Temer tem conversado sobre assuntos do Judiciário com o ministro do STF, Gilmar Mendes, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
Audiências 
Desde terça-feira passada, os juízes auxiliares de Teori foram autorizados a continuar o trabalho nos acordos da Odebrecht. Audiências para confirmar a espontaneidade das delações foram remarcadas. 
Nesses encontros, os juízes fazem ao menos três perguntas aos delatores. Primeiro, questionam se o acordo foi espontâneo. Depois, pedem que o executivo explique como entrou no processo de colaboração e, por fim, se está de acordo com as penas acertadas entre a defesa e o Ministério Público. 
Nesta sexta-feira, o herdeiro e ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, foi ouvido em Curitiba. As audiências aconteceram simultaneamente em diferentes Estados. Na quinta-feira, por exemplo, foi a vez do patriarca Emílio Odebrecht ser ouvido em Salvador (BA), um dia após seu aniversário.
Em São Paulo, o prédio da Justiça Federal foi aberto no feriado de aniversário da cidade, na quarta-feira, para colher depoimentos de dez executivos. 
A audiência prévia à homologação é um procedimento considerado protocolar, adotado pelo gabinete de Teori em todas as delações que chegaram ao Supremo na Lava Jato. O Ministério Público Federal não participa dessa etapa. (AE)

SANTO MILAGROSO
Sábado, 28-01-2017
O saudoso Maurício Fruet era prefeito de Curitiba e, certa vez, em uma recepção, esbaldou-se na comilança ao lado do amigo e ex-vereador Ademar Bertoli. A orgia gastronômica impressionou o arcebispo metropolitano, dom Pedro Fedalto, segundo relatam Hugo Sant’Ana e Sandra Pacheco no livro “Maurício Fruet, um Brasileiro Cordial”:
- Maurício, para que santo vocês rezam para fazer a digestão?
Fruet respondeu na bucha:
- São Risal, eminência...

NA VEJA.COM
As revelações de João Santana e Duda Mendonça
Os publicitários do PT contam os segredos dos anos em que comandaram as campanhas presidenciais de Lula e Dilma Rousseff
Por Thiago Bronzatto
Sábado, 28 jan 2017, 08h10-Atualizado em 28 jan 2017, 11h11
As investigações da Lava Jato uniram novamente os marqueteiros Duda Mendonça e João Santana, que atuaram em diversas campanhas petistas entre 2002 e 2014. Santana foi preso e passou a negociar um acordo de colaboração com a Procuradoria-Geral da República. Duda imaginou que poderia ter o mesmo destino do seu sucessor e procurou o MP para revelar o que sabia. Reportagem de VEJA teve acesso aos segredos que os dois pretendem contar. Santana promete entregar a prova definitiva de que Dilma tentou atrapalhar a Lava Jato. Ele e sua mulher, Mônica Moura, acusam a ex-presidente de vazar de dentro do Planalto informações sigilosas sobre o andamento da operação. Os publicitários também pretendem revelar como receberam caixa dois da Odebrecht em contas no Brasil e no exterior.
(Com reportagem de Renato Onofre)

NO BLOG DO JOSIAS
Não há mais como frear delações da Odebrecht
Josias de Souza
Sexta-feira, 27/01/2017 20:25
.
Com a confirmação dos termos do depoimento de Marcelo Odebrecht, reinquirido em Curitiba, as atenções se voltam para a ministra Cármen Lúcia. A plateia fica na expectativa para saber se a presidente do Supremo Tribunal Federal vai homologar, ela própria, esse acordo de colaboração do ex-presidente e herdeiro da Odebrecht e também os outros 76 acordos de executivos da empreiteira.
Se quiser, a ministra pode se escorar num pedido de urgência do procurador-geral da República Rodrigo Janot e liberar os acordos até terça-feira, quando termina o recesso do Judiciário. Se preferir, Cármen Lúcia pode transferir a batata quente para o próximo relator da Lava Jato, a ser escolhido na semana que vem.
A essa altura não há mais espaço para deixar de homologar as delações da Odebrecht. O que se discute é se isso vai ser feito imediatamente ou em fevereiro. O substituto de Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato será escolhido por sorteio. Seja quem for, não ousará brecar delações feitas espontaneamente, que se revelaram importantes para as investigações.
Os olhos estão voltados para o Supremo. Mas é na primeira instância que a homologação das delações é aguardada com mais ansiedade. A Lava Jato vai mudar de patamar. Como disse o procurador Deltan Dellagnol em entrevista, a operação vai dobrar de tamanho e dará à luz novos filhos ao redor do Brasil.
Houve espanto no Planalto com essa declaração. Em Brasília, há uma torcida para que a Lava Jato tenha um fim. Não acabará tão cedo. A amplitude das investigações causa um certo desespero. Mas o desespero pode ser útil. Antigamente, o brasileiro se perguntava: onde é que nós vamos parar. Hoje, autoridades e políticos é que se perguntam: quando vão nos deter?

A essa altura, delação de Cabral seria zombaria
Josias de Souza
Sexta-feira, 27/01/2017 16:27
Preso desde novembro, Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, tornou-se um freguês da Lava Jato. Ignorando seus desmentidos, os investigadores levaram à vitrine um esquema que lavou, engomou e enviou para fora do país pelo menos US$ 100 milhões desviados do erário fluminense. Um dos comparsas de Cabral, o ex-bilionário Eike Batista, é considerado foragido. Com o teto do seu bunker de fantasias a desabar-lhe sobre a cabeça, Cabral sinaliza a intenção de tornar-se um delator. Em troca, quer deixar o ambiente inóspito da hospedaria de Bangu's Inn.
A delação tem mais lógica quando o peixe miúdo entrega os tubarões. Adepto do estilo ‘propina-ostentação’, Cabral não é propriamente uma sardinha. Tratá-lo como um personagem menor, a essa altura, seria como tentar acomodar uma baleia dentro de uma banheira jacuzzi. Conceder-lhe benefícios judiciais num instante em que o governo do Rio, quebrado, reivindica socorro da União seria uma zombaria com a sociedade fluminense, com a população brasileira e com a própria lógica. Alguém tem que ser punido exemplarmente.


NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 28 de janeiro de 2017
Se o alemão Eike for parceiro, ele é brasileiro...

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Não é recomendável confundir Theresa May com Teresa May. Uma é primeira-ministra Britânica. A outra é uma famosa atriz pornô. Até a bem informada assessoria da Casa Branca confundiu. Confirmar uma agenda com um encontro oficial do Presidente com a “Teresa” serviria apenas para reforçar a imagem de mulherengo do Trump. Foi uma legítima 'trumpicada'...
Se a Theresa fosse uma política brasileira, não haveria confusão. Qualquer vagabunda teria chance de ser mais honesta que ela. Aqui em Bruzundanga controlada pelo Crime Institucionalizado, “Teresa” é o apelido de uma corda feita por lençóis amarrados que presos usam para fugir da cadeia. Em terra de enforcado, não é legal falar de corda. Mas custa nada dar corda em uma especulação: Eike Batista é mais Alemão ou mais Brasileiro.
Na gíria criminosa, “alemão” é sinônimo de “traidor”, “inimigo”. Por isso, tem “amigo” dele advertindo que ele será “alemão” se vier preso para o Brasil, e aderir à delação premiada. Mas isto só acontecerá se ele for “brasileiro” (termo que é sinônimo de “burro”). Alemão legítimo fica onde está escondido agora. De preferência – ou por falta de alternativa - bem longe das penitenciárias de Bangu – que ficam em Gericinó (que significa “morro liso e fechado”).
O juiz Marcelo Bretãs, que não é bretão, não quer saber se Eike é alemão ou se vai se transformar em “alemão”. Continua valendo a prisão preventiva expedida contra o ex-bilionário na operação “Eficiência” – que só não foi eficiente na demora entre a expedição do pedido de prisão (11 dias antes) e a deflagração da ação policial. Não importa se é brasileiro ou alemão: Eike é foragido e alvo de piadas sem fim nas redes sociais. Seus defensores prometem que ele se apresentará em breve à Polícia Federal.
Oficialmente, Eike viajou para Nova York. Especulações garantem que o X do problema de Serginho Cabral se mandou dos EUA para a Alemanha. A dupla nacionalidade germano-tupiniquim o livraria da vergonha do Xilindró de Bangu. Basta nunca mais voltar ao Brasil, com quem a Alemanha não tem tratado de extradição. Cabralzinho reza para que isto aconteça. Lula, Dilma e tantos outros também adorariam...
Eike é alemão ou “alemão”. Agora, se ele tem diploma superior, este é mais um X da questão complicada de responder. Em informes oficiais de mercado a investidores, ele sempre posou como Engenheiro. No entanto, na biografia “O X da Questão”, Eike admite que não concluiu seu curso de Engenharia na Universidade de Aachen. Sem curso superior, voltando ao Brasil, ele fica preso em qualquer cadeia superlotada, sem privilégio para a turma com faculdade.
Polêmica idêntica será levantada se for decretada a prisão do parceiro Luiz Inácio Lula da Silva – que para muitos é um legítimo “alemão” do povo brasileiro, cuja cervejinha favorita seria uma Kaiser. Eike é acusado de pagamento de propina e lavagem de dinheiro, através de transação de ativos no exterior, em benefício da turma de Serginho Cabral. Imagina se o MPF confirmar a suspeita de que ele possa ter feito o mesmo pela turma de Lula e do PT? O próprio Eike, espontaneamente, já confessou à Lava Jato que pagou R$ 5 milhões para o casal de marketeiros João Santana e Mônica Moura.
Eike é o X de um problemão para muita gente poderosa. Ninguém duvide que a vida dele corre risco como nunca. É preciso todo cuidado em um eventual retorno ao Brasil, em algum avião que não seja comercial. Na Alemanha, é preciso tomar cuidado para não sofrer acidentes naqueles autobans onde se corre na velocidade de fórmula 1, sem o risco de ser pego por algum radar da nossa indústria brasileira de multas de trânsito.
A novela Eike está apenas começando... No mercado financeiro, tem gente apavorada. Na hora em que a Lava Jato chegar a ilustres rentistas, o bicho vai pegar. O famoso Mangueirão da Lava Jato – imaginário companheiro de cela de nossos mais famosos bandidos – está louco para introduzir novos amigos nos anais penitenciários.
(...)

NO O ANTAGONISTA
Eike e os golfinhos
Brasil 28.01.17 11:33
O estaleiro da OSX, de Eike Batista, deveria ser originalmente construído na região de Biguaçu, no litoral de Santa Catarina. Em 2010, porém, o ICMBio negou a licença ambiental para o empreendimento.
A negativa ocorreu um dia depois da oferta inicial de ações da OSX, operação em que Eike levantou US$ 1,7 bilhão para erguer o estaleiro. O problema apontado pelo órgão ambiental era o risco à vida de cerca de 60 golfinhos que viviam na região. Depois disso, as ações da OSX afundaram. 
Uma 'Fecomércio' no meio do caminho para o STF
Brasil 28.01.17 10:00
Ao menos dois candidatos ao STF vão precisar explicar a atuação de parentes advogados junto à Fecomércio do Rio, a mesma que irrigou a pedido de Sérgio Cabral as contas bancárias do escritório de sua mulher, Adriana Ancelmo.
Na mira da Lava Jato no Rio, a Fecomércio pagou milhões aos escritórios de Eduardo Martins, filho de Humberto Martins, e Paulo Salomão Filho, sobrinho de Luís Felipe Salomão.
Órgão do TST contratou irmã de Ives
Brasil 28.01.17 09:17
Lauro Jardim informa que a advogada Angela Vidal Gandra da Silva Martins, irmã de Ives Gandra Filho, presidente do TST, foi contratada como instrutora da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) — que funciona na sede no Tribunal.
Não houve licitação ou concurso.
Eduardo Paes está na Alemanha?
Brasil 28.01.17 08:45
Diversas reportagens sobre Eike Batista lembram que Eduardo Paes era um personagem constante dos eventos envolvendo Sérgio Cabral e Eike Batista.
Dilma foi uma presidente golpista
Brasil 28.01.17 08:40
Na Presidência da República, Dilma Rousseff tentou obstruir a Justiça duas vezes.
Na primeira, abertamente, ao nomear Lula ministro-chefe da Casa Civil, para garantir a ele foro privilegiado.
Na segunda, à socapa, ao avisar João Santana e Mônica Moura de que eles seriam presos.
Dilma foi uma presidente golpista.
Eunício está desesperado
Brasil 28.01.17 08:40
Favorito à presidência do Senado, Eunício Oliveira distribui entrevistas neste fim de semana para tentar rebater as acusações feitas por delatores de que teria recebido mais de R$ 2 milhões em propinas da Odebrecht.
Ele diz que, nos momentos de desespero, os réus da Lava Jato "criam, inventam e até mentem". Eunício está desesperado com a iminente homologação das 77 delações e sua posterior divulgação.
PF LIGA TEMER A GRUPO PORTUÁRIO
Brasil 28.01.17 07:59
A Veja traz outra reportagem sobre relatório da Polícia Federal, anexado à ação contra a chapa Dilma-Temer no TSE, que relaciona a doação de R$ 1 milhão do Grupo Libra à campanha de Michel Temer com a defesa de interesses do grupo no governo.
As informações foram coletadas num pen-drive apreendido pela PF na residência de Eduardo Cunha.
Diz a PF no relatório:
"Acredita-se que, conforme indicação do nome Libra no próprio pen drive, alguém relacionado ao grupo tenha repassado tais dados para o conhecimento de Eduardo Cunha, sob pretexto ainda duvidoso. Segundo consta, o referido projeto precisaria de autorização da Secretaria Especial de Portos e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, o que, por si, já gera suspeitas sobre os motivos de tais documentos estarem em poder do investigado."
A mesma PF lembra que Cunha foi relator da MP dos Portos, além de autor de uma emenda que beneficiou diretamente o Grupo Libra no Porto de Santos. E com apoio de Temer, que sempre teve influência sobre a Codesp.
"Foram coletadas informações que dão conta de que o referido grupo empresarial teria doado 1 milhão de reais para a campanha do vice-presidente Michel Temer, do PMDB, o que gerou uma série de rumores e suspeitas acerca de tal doação, e que carecem de maior análise."
Em 2013, quando a MP foi provada, Cunha levou Gonçalo Torrealba, dono do Libra, a uma audiência com Temer no Palácio do Jaburu.
Duda envolve 'laranja' do terreno de Lula
Brasil 28.01.17 07:24
Em sua proposta de delação, o marqueteiro Duda Mendonça explicou que, em 2015, o PT acumulava com ele uma dívida de R$ 20 milhões por serviços prestados às campanhas de Sandoval Cardoso e Eduardo Gomes, além da atuação na Colômbia.
A Odebrecht quitou a fatura por meio de um contrato fictício de prestação de consultoria de gestão de crise e arquitetou uma transação imobiliária com a DAG Construtora num terreno no sul da Bahia.
A DAG é a mesma usada por Marcelo Odebrecht para comprar o imóvel que serviria de sede para o Instituto Lula.
DUDA CONFIRMA PROPINA EM CAMPANHA DE LINDBERGH
Brasil 28.01.17 07:23
Duda Mendonça também confirmou que a Odebrecht pagou R$ 2,5 milhões para bancar seus serviços na campanha de Lindbergh Farias ao Senado em 2010.
O dinheiro saiu do departamento de propinas da empreiteira.
Mais detalhes dos R$ 10 milhões para Skaf
Brasil 28.01.17 07:14
Duda Mendonça deu mais detalhes sobre o repasse dos R$ 10 milhões que Michel Temer pediu à Odebrecht para a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo.
Segundo o marqueteiro, houve pressão de Baleia Rossi, hoje líder do PMDB, para que contratasse a empresa Ilha Produções, de seu irmão Paulo Luciano Tenuto Rossi.
Do valor total, Duda diz que foi obrigado a repassar R$ 4 milhões à Ilha Produções e ficou com R$ 6 milhões. Paulo e Baleia são filhos de Wagner Rossi, amicíssimo de Temer.
"Não vou esquecer de você"
Brasil 28.01.17 07:09
Duda Mendonça também contou que, ao cobrar uma dívida de R$ 6 milhões da campanha de Fernando Pimentel em 2010, o hoje governador de Minas envolveu Dilma na negociação.
Disse que só teria o dinheiro se a petista vencesse a campanha presidencial e colocou Duda ao telefone com ela. Segundo o marqueteiro, Dilma disse o seguinte:
"Duda, eu ainda não tenho a caneta na mão, mas quando eu tiver não vou esquecer de você." A dívida, porém, nunca foi paga.
PALOCCI MANDOU DUDA ACERTAR CONTA COM EMÍLIO
Brasil 28.01.17 07:03
Em sua proposta de delação, Duda Mendonça contou que foi orientado por Antonio Palocci a procurar Emílio Odebrecht para quitar uma dívida de R$ 15 milhões das campanhas de Marta Suplicy, Fernando Pimentel, João Paulo e Ângelo Vanhoni, em 2004.
"Duda reuniu-se com o dono da empreiteira e passou o recado ao ministro da Fazenda. Emílio disse que toparia pagar a dívida desde que Palocci fizesse esse pedido pessoalmente", publica a Veja.
Os dois se encontraram num hangar do aeroporto de Congonhas e acertaram que a Odebrecht quitaria o débito numa conta no exterior.
O encontro secreto de Dilma e Mônica
Brasil 28.01.17 06:34
Em sua delação, João Santana contou que Mônica Moura, no ápice da Lava Jato, foi convidada por Dilma para um encontro secreto no Palácio do Planalto.
Nesse encontro, ocorrido na biblioteca, foi criado um email criptografado que seria usado por Dilma para avisar o casal de marqueteiros sobre o desenrolar da investigação em Curitiba.
"Para evitar interceptações, as mensagens não eram enviadas, ficavam arquivadas numa área restrita da caixa de emails. Para provar o que diz, o casal se comprometeu a entregar a cópia de uma dessas mensagens cifradas fazendo referência à investigação da Lava Jato e um depoimento de uma testemunha que acompanhou Mônica ao Palácio."
"Ventos frios sopram de Curitiba"
Brasil 28.01.17 06:33
Segundo a Veja, José Eduardo Cardozo, aliado e advogado de Dilma, teria participação no vazamento de operações da Lava Jato. "Ventos frios sopram de Curitiba" era a senha que ele usava para avisar de novas prisões", diz a reportagem.
Dilma avisou João Santana sobre prisão
Brasil 28.01.17 06:25
A Veja traz reportagem exclusiva sobre as propostas de delação premiada de João Santana e Duda Mendonça (sim, ele também).
Segundo a revista, Santana disse ao MPF que Dilma vazava de dentro do Palácio do Planalto informações sigilosas sobre o andamento da Lava Jato. Diz, por exemplo, que a então presidente avisou o casal da prisão em fevereiro de 2016.
"A mensagem eletrônica que informava que eles estavam prestes a ir parar atrás das grades partiu do Planalto, por intermédio da então presidente da República, Dilma Rousseff."

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