REFLEXÃO ESPÍRITA CRISTÃ

-Herança-
O exemplo de ontem é a raiz oculta que deita as vergônteas floridas ou espinhosas na árvore da tua ex­periência de hoje.
Tens do que deste, tanto quanto recolhes compul­soriamente do que semeaste.
Nos pais irascíveis e intolerantes, recebes os parcei­ros de outras eras, com os quais te acumpliciaste na de­linqüência, a fim de que lhes reconduzas o passo à quita­ção perante a Lei.
Na esposa impertinente e enferma, surpreendes a mulher que viciaste a distância de obrigações veneráveis, para que, à custa de abnegação e carinho, lhe restaures no espírito a dignidade do próprio ser.
No companheiro insensato e infiel, tens o ânimo de­frontado pelo homem que desviaste de deveres santifi­cantes, de modo a lhe despertares na consciência, a pre­ço de sofrimento e renúncia, as verdadeiras noções da honra e da lealdade.
Nos filhos ingratos, encontras, de novo, aquelas mes­mas criaturas que atiraste ao precipício da irreflexão e da violência, a exigirem-te, em sacrifício incessante, a escada do reajuste.
Nos empeços da vida social dolorosa e difícil, re­cuperas exatamente os estorvos que armaste ao caminho alheio, para que venhas a esculpir, no santuário das próprias forças, o respeito preciso para com a tarefa dos outros.
No corpo mutilado ou desfalecente, impões a ti mes­mo a resultante dos abusos a que te dedicaste, esqueci­do de que todos os patrimônios da marcha são emprés­timos da Providência Maior e que sempre devolveremos em época prevista.
Herdamos, assim, de nós mesmos tudo aquilo que se nos afigura embaraço e miséria no cálice do destino.
Se desejas, portanto, conquistar em ti mesmo a vi­tória da luz, lembra-te, cada dia, de que o meirinho da morte chegará de improviso, reclamando-te em conta tudo aquilo que o mundo te confia à existência, sejam títulos nobres e afeições respeitáveis, sejam posses e pri­vilégios que perduram apenas no escoar de alguns dias, para que, enfim, recebas, por vera propriedade, os frutos bons ou maus de teus próprios exemplos, que impelirão tua alma à descida na treva ou à glória imortal da di­vina ascensão.

Página psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier em 13/3/1959, constante do cap. 18 do livro Religião dos Espíritos.
Da página http://www.oconsolador.com.br/ano2/61/emmanuel.html de 22-6-2008.

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