PRIMEIRA EDIÇÃO DE 18-12-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 18 DE DEZEMBRO DE 2016
Indiciado pela Polícia Federal, denunciado pelo Ministério Público Federal ou já transformado em réu de um total de cinco casos graves de corrupção, o ex-Presidente Lula está sujeito a sentenças condenatórias entre 31 e 124 anos de cadeia. Há outras investigações em curso e Lula se queixa de “perseguição”, mas tudo resulta de três operações, de forças-tarefas distintas e três juízes federais diferentes.
Lula é acusado de corrupção passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, e obstrução da Justiça etc.
Em julho, com base na delação de Delcídio Amaral, Lula foi denunciado por obstruir a Justiça, oferecendo vantagens para calar Nestor Cerveró.
Somadas, as eventuais penas de Lula ultrapassariam mais de um século de cadeia, e o Código Penal ainda prevê agravantes. E multas.
Apesar da gravidade das acusações, Lula e seus advogados preferem desqualificar a Lava Jato e a Justiça, em vez de se defender nos autos.
Os partidos políticos compõem o único setor a não perceber que há uma crise econômica no Brasil: sem cerimônia, tomaram este ano R$738 milhões do Tesouro Nacional, por meio do “Fundo Partidário”. O Orçamento da União, aprovado no ano passado, previa R$819 milhões para o Fundo, mas havia multas a serem pagas e o Tribunal Superior Eleitoral acabou por fazer a retenção da quantia de R$81 milhões.
Os partidos já garantiram no Congresso a ampliação do Fundo Partidário para R$1 bilhão para 2017, um ano não-eleitoral.
Somente o PT, partido de Lula e Dilma, recebeu R$97,86 milhões do Fundo Partidário em 2016, além do “dízimo” dos filiados.
Partido de Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, o PSDB faturou R$80,82 milhões em 2016. O PMDB nos tomou R$78,86 milhões.
São frequentes as queixas ao Presidente Michel Temer sobre diplomatas que serviram aos Governos do PT e utilizaram seus cargos inclusive para perseguir não-petistas. Que continuam preteridos.
Os três últimos chanceleres de Dilma chefiam alguns dos postos mais estratégicos da diplomacia no governo Michel Temer: Antonio Patriota (Roma), Luiz Alberto Figueiredo (Lisboa) e Mauro Vieira (ONU).
O Governo foi à forra em 2015: teve receitas de R$ 2,748 trilhões. O valor é o maior registrado em toda a História, mas mesmo assim Dilma (PT) fez o País andar para trás produzindo o maior rombo da História.
No Senado, todos querem aprovar o projeto de abuso de autoridade. Mas sem o “estilo trator” de Renan Calheiros. “Não há clima para votar a proposta neste momento”, diz Raimundo Lira (PMDB-PB).
Lideranças do “centrão” citam dados de supostos tropeços do Governo e ainda alegam que Michel Temer “se cerca de políticos ruins”. Mas o que querem mesmo é “capturar” o Governo. E muito mais cargos.
Há mais de sete meses afastada do cargo e há quase quatro cassada, Dilma ainda faz pose de “Presidenta”, ao menos no Twitter. Na foto, ela ainda exibe a faixa presidencial.
Além dos R$ 5,5 milhões reembolsados aos senadores por passagens emitidas com grana da cota parlamentar, o Senado torrou mais R$ 684,7 mil com bilhetes emitidos pela Casa para suas excelências.
Proposta da Senadora Ana Amélia (PP-RS) reduz em uma semana o horário gratuito no segundo turno. Além de poupar o eleitor das lorotas dos candidatos, ainda ajudará a baratear o custo das campanhas.
...no próximo indiciamento, Lula pode pedir duas músicas de uma vez no “Fantástico”.

NO DIÁRIO DO PODER
MAIS UM NA RODA
JUÍZA SUSPENDE DIREITOS POLÍTICOS POR USO DA MÁQUINA EM ELEIÇÃO
ELE É ACUSADO DE ABUSAR DE AUTOPROMOÇÃO QUANDO FOI PREFEITO
Publicado: sábado,17 de dezembro de 2016 às 21:10 - Atualizado às 23:13
Redação
Integrante da bancada do holofote, o estridente Senador Lindbergh Farias (PT-RJ) está com os direitos políticos suspenso por quatro anos, por decisão da Justiça do Rio de Janeiro, em razão do uso promocional de sua imagem, entre 2007 e 2008, quando era Prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e se candidatava à reeleição. Esse comportamento é ilegal e pode resultar em acusação de abuso de poder político e econômico.
A decisão é da Juíza Nathalia Calil Miguel Magluta, titular da 5ª Vara Cível da Comarca de Nova Iguaçu e Mesquita, na Baixada Fluminense. Ela também multou Lindbergh em R$480 mil.
A Justiça apurou que Lindbergh distribuiu caixas de leite e cadernetas de controle de distribuição com o logotipo de seu governo. “O réu usou seu cargo e o poder a ele inerente para beneficiar-se em sua campanha à reeleição. O réu causou dano ao gastar verba pública na criação do símbolo, sua inserção em campanhas e sua propagação, associada a seu nome, em situações em que não era necessário. Faltou à conduta do réu impessoalidade, economicidade e moralidade”, disse a Juíza na sentença.
Lindbergh informou que irá recorrer da sentença.

LAVA JATO
ZAVASCKI RECEBE SEGUNDA-FEIRA TODOS AS 800 DELAÇÕES DA ODEBRECHT
FORAM CONCLUÍDAS AS DELAÇÕES DE 77 EX-EXECUTIVOS DA ODEBRECHT
Publicado: sábado,17 de dezembro de 2016 às 21:22 - Atualizado às 22:46
Redação
Já estão concluídos os cerca de 800 depoimentos de 77 ex-executivos da Odebrecht que firmaram acordo de delação premiada com a Justiça. Todo o material será levado a uma sala, no terceiro andar do prédio principal do Supremo Tribunal Federal, à qual somente terá acesso, além do ministro Teori Zavaski, relator da Lava Jato, assessores e juízes da equipe.
O trabalho do Ministério Público Federal foi concluído na madrugada deste sábado, e tudo está gravado em vídeo.
Juízes auxiliares serão acionados para analisar todo o material – que será entregue ao STF nesta segunda-feira (19) – durante o mês de janeiro e ouçam todos os ex-executivos da Odebrechet sem a participação dos procuradores, para que eles confirmem se falaram por livre e espontânea vontade.
O material será encaminhado ao Supremo na segunda-feira (19), o último dia de trabalho antes do recesso no Judiciário. Ou seja, um tempo absolutamente curto para que tudo seja analisado antes do recesso, o que é considerado atípico.
Mesmo assim, o ministro Teori tentará o possível para que, ainda na segunda-feira (19), viabilize um esquema que permita a ele ter condições de analisar tudo na volta do recesso, em fevereiro, para que possa decidir nos primeiros dias se homologa ou não os acordos.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
J. R. Guzzo: Cara para bater
É a preocupação suprema: faça qualquer coisa, submeta-se a qualquer papel, mas não se arrisque, jamais, a ser vaiado num lugar público
Sábado,17 dez 2016, 19h08 - Atualizado em 17 dez 2016, 20h49
Publicado na edição impressa de VEJA
Está ficando cada vez mais raro na vida pública brasileira, nos dias que correm, encontrar quem esteja disposto a fazer a coisa certa apenas porque é a coisa certa – mesmo quando a moral, os bons costumes e a lógica deixam claro que é a única coisa a ser feita. O que importa acima de tudo, hoje em dia, é fazer a coisa que dá certo; não é necessariamente um pecado, mas é diferente. Nem é tão importante assim, na verdade, fazer o que dá certo. Mais que tudo, o que vale é não fazer nada que possa dar errado. Trata-se da teoria e da prática do “risco zero”. Os grandes princípios, nessa maneira de encarar as responsabilidades públicas, se concentram em umas poucas definições. Por exemplo: não se pode “dar a cara para bater”. Ou: a maior virtude de um político é ser “profissional”; seu pior defeito é ser “ingênuo”. Atos de coragem pessoal, por essa cartilha, são estritamente desaconselhados; quando expõem o autor à “impopularidade”, então, passam a ser vistos como pura e irreparável estupidez. É indispensável, diante de qualquer problema a ser resolvido, dizer que “o povo não pode pagar a conta”. Nunca é o “momento adequado” para tomar uma providência, por mais necessária que seja, se ela significar algum sacrifício. É muito mais perigoso não prometer do que não cumprir. Um político eficaz deve acreditar, talvez como a regra primordial de todas, que dá mais certo tratar a população segundo os seus interesses do que segundo os seus direitos.
Nada mais natural, num país em que os políticos vivem à beira do xadrez, na mira da polícia e na dependência de sentenças judiciais para manter o cargo, que o pavor da vaia tenha assumido tanta importância. É a preocupação suprema: faça qualquer coisa, submeta-se a qualquer papel, mas não se arrisque, jamais, a ser vaiado num lugar público. Só mesmo no Brasil de hoje se entende, para ficar num exemplo recente, que tenha sido levada a sério pelo governo, como parece que foi, a possibilidade de que o presidente da República não comparecesse às cerimônias fúnebres que se seguiram ao desastre aéreo com a equipe da Associação Chapecoense de Futebol. Poucos fatos, nos últimos anos, mexeram tanto com as emoções do público brasileiro quanto essa tragédia. Mas até pouco antes dos funerais a informação oficial era que o Presidente Michel Temer não iria – ou iria praticamente escondido, como a ex-Presidente Dilma Rousseff na final da Copa do Mundo de Futebol de 2014, no Maracanã. Felizmente, inclusive para si próprio, ele foi. Mas é uma completa aberração que os maiores nomes do mundo político brasileiro (quer dizer: maiores pelo tamanho dos cargos) estivessem tão longe da cerimônia quanto o diabo da cruz. Pior: não poderia mesmo ser diferente. Imagine-se, por exemplo, se seria possível a presença do Senador Renan Calheiros e do Deputado Rodrigo Maia no palanque das autoridades em Chapecó; se algum assessor, por acaso, lhes tivesse dado a ideia de comparecer, ambos teriam passado mal só de ouvir. Temos, então, o seguinte: o Presidente do Senado Federal (cargo hoje em tumulto) e o da Câmara dos Deputados não andam livremente no próprio País. Pode?
E o ex-Presidente Lula, que é descrito por tanta gente, a começar por ele mesmo, como o maior líder popular que o Brasil jamais teve em toda a sua História? Esse, então, estava em Cuba, junto com a sucessora. Foi a um outro enterro; não ocorreu a ele, e talvez menos ainda a ela, correr o risco de estar junto do povo brasileiro naquela hora. O ex-Presidente, aliás, é um dos pioneiros nesse tipo de sabedoria política – conseguiu não ir a uma única partida da mesma Copa do Mundo de 2014, que colocava entre as maiores realizações do seu Governo e da sua vida. Lula, há anos, só aparece em eventos em que a plateia é controlada por seguranças do seu partido ou dos “movimentos sociais”. De novo, é a anomalia: o soberano das massas populares brasileiras não pode sair às ruas neste País. Ele e quantos mais? Quase todos. Na verdade, quantos políticos teriam coragem de ir a uma manifestação de rua como as que têm acontecido de 2015 para cá? Quantos se sentem realmente seguros para ir a um restaurante ou atravessar um saguão de aeroporto? Só o anonimato dá segurança; do jeito que as coisas vão, daqui a pouco nossos representantes começarão a ir para as sessões do Congresso Nacional com aquelas máscaras pretas que a polícia costuma usar em operações secretas. Chegamos a um ponto em que a regra principal para o exercício da vida pública no Brasil é não aparecer em público.

NO BLOG DO JOSIAS
Petistas já questionam tática da defesa de Lula
Josias de Souza
Sábado,17/12/2016 21:09
A precariedade da situação jurídica de Lula começa a preocupar integrantes da cúpula do PT. Os petistas costumavam trazer na coleira suas opiniões sobre a estratégia adotada pelos advogados do ex-Presidente. Isso começou a mudar. Em privado, correligionários de Lula criticam a tática adotada pela defesa. Avalia-se que a reação é mais política do que técnica. E tem se revelado ineficaz.
Hoje, Lula é réu em quatro ações penais, foi denunciado uma quinta vez e é investigado em quatro inquéritos. As investidas contra Sergio Moro, cuja isenção foi questionada em foros nacionais e até na ONU, resultaram infrutíferas. O juiz Vallisney de Souza Oliveira, de Brasília, revelou-se tão draconiano com Lula quanto o colega de Curitiba. Algo que desafia a tese do complô da força-tarefa curitibana.
Os petistas que enxergam a defesa de Lula de esguelha acreditam que a direção do partido deveria discutir o tema com o líder máximo do PT. Teme-se que a delação coletiva da Odebrecht complique a situação penal de Lula, potencializando o risco de condenação da única alternativa presidencial do partido.

NO O ANTAGONISTA
Dilapidando os cofres públicos
Brasil 18.12.16 08:45
No levantamento das MPs da Odebrecht, o Uol destaca a MP 563 editada por Dilma Rousseff que oficializava descontos em impostos e vantagens para empresas exportadoras na segunda fase do Plano Brasil Maior. Só com essa MP, o governo abriu mão de R$ 41,2 bilhões.
A Odebrecht acionou Romero Jucá para garantir a aprovação de uma emenda favorável, segundo Claudio Melo Filho.
"Solicitei ao Senador Romero Jucá, como sempre, seu empenho na defesa desse pleito, incorporando a emenda como uma das inovações do texto, sustentando e garantindo a sua aprovação pelo Congresso Nacional. É certo que o empenho do Senador Romero Jucá sustentava-se no fato de que receberia pagamento a título de suposta contribuição de campanha durante o período eleitoral."
A Fada Sininho do lulismo tenta apavorar "as elites"
Brasil 18.12.16 08:34
Elio Gaspari diz que Lula deve ser condenado e preso pela Lava Jato.
E que isso lhe dará a possibilidade de desempenhar o papel de “coitadinho perseguido pelas elites”, elegendo Joaquim Barbosa.
A Fada Sininho do lulismo está enlouquecida.
1 - Ninguém associa a Lava Jato às “elites”. Ao contrário: ela mandou as “elites” para a cadeia.
2 - Quando a PF apresentar todas as provas contra Lula, ele se tornará um Sérgio Cabral ou um Eduardo Cunha.
3 - Quando forem divulgados os depoimentos dos delatores da Odebrecht, o eleitorado saberá que Lula nunca foi um “coitadinho perseguido pelas elites”, e sim um “empregadinho pago pelas elites”.
Elio Gaspari sabe disso.
Mas ele quer apavorar “as elites” dizendo que, se Lula for preso, o próximo Presidente da República será Joaquim Barbosa.
Cabral é festa!
Brasil Sábado,17.12.16 18:45
A Veja.com registra que Sérgio Cabral foi recebido com festa no retorno a Bangu: "Grupo de bombeiros militares, usando toucas de Papai Noel, estourou fogos e brindou com espumante o retorno do ex-Governador".
Os temores de Janot
Brasil 17.12.16 15:20
O Estadão diz que, "em conversa reservada no Palácio do Planalto, Rodrigo Janot demonstrou a Michel Temer preocupação com as manifestações. Há receio de que a população se volte contra o Judiciário".
É uma notícia bizarra.
A população apoia em massa o Judiciário.
Rodrigo Janot só pode se referir a duas coisas: ou ele tem medo de protestos contra o STF, ou ele quer prevenir o Governo para os atos de vandalismo dos milicianos petistas em caso de prisão de Lula. 
Tanto num caso quanto no outro, a população vai defender a Lava Jato.
Os bajuladores
Brasil 17.12.16 14:55
Mesmo quando não pedem "reforço policial" para embarcar ou desembarcar em Brasília, Ministros dos Tribunais Superiores têm direito a serem acompanhados até a porta da aeronave por dois assessores credenciados.
Entenda-se por "assessores" aqueles bajuladores que se acham igualmente togados por carregarem pastas de um lado para o outro.
Deputados e Senadores garantem escolta especial
Brasil 17.12.16 11:15
O Antagonista confirmou que a Polícia Federal autorizou o acesso livre de pelo menos dez policiais legislativos para acompanhar o embarque e o desembarque de parlamentares no aeroporto de Brasília.
Os "soldados" do Pedrão -- amigão do Renanzão e do Sarneyzão -- , além de operarem maletas e vasculharem escutas na casa e no gabinete de investigados, terão a função de escoltar deputados e senadores no trajeto entre seus carros oficiais e a porta das aeronaves.
A solicitação partiu dos próprios políticos, após ficarem com medo de enfrentar situações como esta a de Weverton Rocha, do PDT do Maranhão, levou uma 'tomatada' -- o Deputado Federal é um dos articuladores do golpe da madrugada no projeto das Dez Medidas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA