SEGUNDA EDIÇÃO DE 22-11-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
Renan só pensa naquilo
Brasil Terça-feira, 22.11.16 11:25
De Onyx Lorenzoni, sobre Renan Calheiros, no Roda Viva:
"O Renan, a biografia dele explica. Quem tem um grau de comprometimento fica pensando 24 horas por dia como ele, ataca quem hoje está tentando passar o Brasil a limpo".
Irretocável.
MP desafia ordem de "desocupar" UnB
Brasil 22.11.16 11:14
O Ministério Público em Brasília avisou que vai recorrer da decisão de "desocupar" a UnB.
Alega que foi movido pelo "espírito de colaboração e pretensão de mediar uma solução pacífica". E acrescenta que o caso "envolve a discussão profunda do direito à manifestação do pensamento por meio dos atos de ocupação".
O MP vai ajudar na vaquinha da UNE também?
Petista vai "negociar" baderna na UnB
Brasil 22.11.16 11:00
Como antecipamos ontem, o juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal, ordenou que os baderneiros saíssem da UnB em até 48 horas -- caso contrário, a Reitoria poderia usar a "força policial".
O reitor interino, Luís Afonso Bermúdez, chegou a expedir ofício informando aos invasores da decisão da Justiça.
Mas... a nova reitora petista Márcia Abrahão -- eleita com total apoio do partido de Lula e Janete -- foi nomeada: é ela quem conduzirá a "desocupação".
A campanha era uma só
Brasil 22.11.16 10:28
Giles Azevedo, o assessor de Dilma Rousseff que negociou os repasses da Andrade Gutierrez, complicou a defesa de Michel Temer no julgamento do TSE.
Ele disse:
"A estrutura de campanha era uma só. Então, a estrutura de quem estava trabalhando na campanha do vice-presidente, eram todos contratados pela campanha da presidenta Dilma, porque a campanha era uma só. É a campanha da chapa majoritária - legalmente não existe essa divisão. O vice-presidente até tem uma conta, mas efetivamente, as despesas... as grandes despesas da campanha, elas são unificadas".
Os deputados captaram a mensagem?
Internet 22.11.16 10:25
O apoio às "10 Medidas" rendeu em poucas horas quase 80.000 citações no Twitter, colocando o assunto entre os mais comentados da rede em todo o mundo, ontem.
Os deputados captaram a mensagem?
​Risco de baixa na Lava Jato
Brasil 22.11.16 10:11
Acerca do projeto de lei que trata do abuso de autoridade, patrocinado por Renan Calheiros, Deltan Dallagnol alerta, na Rádio Estadão:
"Se for aprovado, o procurador (Carlos Fernando dos) Santos Lima diz que sairá da Operação Lava Jato".
É o que gente como Renan quer.
O stent da liberdade
Brasil 22.11.16 09:57
Anthony Garotinho teve alta do Hospital Quinta D'Or, onde estava internado, e já foi para sua casa, no bairro do Flamengo, onde ficará em prisão domiciliar.
O PT se regenera
Brasil 22.11.16 09:55
O PT já pode comemorar.
Depois de correr o risco de desaparecer, o partido está se regenerando.
Segundo a Época, Waldir Maranhão decidiu sair do PP e migrar para o PT. Sua passagem para o partido "já teve as bênçãos do ex-presidente Lula e o apoio do governador do Maranhão, Flávio Dino".
Com um quadro dessa qualidade, o PT tem tudo para se recuperar.
​Carminha não quer farra
Brasil 22.11.16 09:51
Segundo o Radar, Cármen Lúcia ouviu dos presidentes das três maiores associações de juízes do Brasil pedidos de apoio ao aumento dos salários dos magistrados.
Um deles saiu do encontro dizendo que a presidente do STF e do CNJ está “desanimada”.
“Desanimada”, nesse contexto, significa: "ela não vai apoiar o aumento".
Sérgio Cabral e o PT
Brasil 22.11.16 09:31
A Petrobras comunicou à CVM que está apurando a denúncia de que Sérgio Cabral recebeu 2,7 milhões reais em propinas da Andrade Gutierrez pelas obras do Comperj.
Mas o PT também recebeu.
Segundo a planilha de Pedro Barusco, a Andrade Gutierrez e suas parceiras repassaram ao PT mais de 8 milhões de reais em propinas pela terraplanagem do Comperj e mais de 9 milhões de reais pelo coque do Comperj.
Direitos humanos do PCC
Brasil 22.11.16 09:14
O vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos de São Paulo foi preso hoje de manhã, acusado de envolvimento com o PCC.
Seu nome é Luiz Carlos dos Santos.
De acordo com o Bom Dia Brasil, ele é suspeito de movimentar dinheiro do crime organizado em suas contas bancárias e de "ajudar a criar uma espécie de cadastro com os nomes e endereços de agentes penitenciários e de seus parentes, para serem mortos quando a facção julgar necessário".
CALAMIDADE FINANCEIRA
Brasil 22.11.16 08:55
O governador José Ivo Sartori decretou o estado de calamidade financeira no Rio Grande do Sul.
A partir de hoje, estão autorizadas todas as "medidas excepcionais necessárias" para cortar gastos.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Gestão do caso Geddel foi desastrosa, e Planalto ampliou o problema
Comportamento do ministro será examinado pelo Comitê de Ética Pública da Presidência; Temer tem de exigir que seu ministro se desculpe
Por: Reinaldo Azevedo 
Terça-feira, 22/11/2016 às 8:07
Das respostas possíveis ao óbvio e admitido comportamento impróprio de Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, o Planalto escolheu a pior, que foi tentar varrer a questão para baixo do tapete sob o pretexto de que se trata de algo menor. Moreira Franco (Programa de Parcerias de Investimento) chegou a dizer que, dadas as urgências no Congresso, não seria conveniente a substituição do ministro. A gestão Dilma não diria nada melhor. Ou pior. Mais: ficou claro, ao longo do dia, que o presidente Michel Temer sabia das pressões de Geddel sobre o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, desde quarta-feira. Tentou contornar. Não foi possível. Como está, também não pode ficar. Vamos ver.
A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu por unanimidade que a atuação de Geddel tem de ser investigada. O placar estava cinco a zero quando a votação foi suspensa por um pedido de vista do conselheiro José Saraiva, que é próximo da turma de Geddel na Bahia. A mãozinha dada por Saraiva saiu pior do que o soneto. A comissão só voltaria a se reunir em dezembro. A questão se arrastaria até lá. Como a maioria já estava formada, que se decidisse a coisa logo. O próprio Geddel pediu pressa. E Saraiva foi solícito mais uma vez: pôs fim ao pedido de vista logo depois de solicitá-lo e votou a favor da investigação, sendo seguido pelo sétimo elemento. E pronto! Haverá a apuração. Por sete a zero.
Para lembrar: Geddel comprou um apartamento num projeto imobiliário que foi vetado pelo Iphan, o órgão federal que cuida do patrimônio histórico e que é subordinado à Cultura. Mantém relação de amizade com o empreiteiro. Tentou usar a sua influência para liberar a construção. Aliás, ele teve de admitir tal comportamento.
O que o governo deveria ter feito logo no sábado (19), quando veio à luz a entrevista em que Calero relata a pressão, depois de pedir demissão? Deveria ter admitido o comportamento inadequado de Geddel, dado um jeito de demonstrar publicamente a sua contrariedade e cobrado um pedido público de desculpas. Em vez disso, preferiu tornar pública a versão de que se tratava de algo pequeno.
Pois é… O argumento da coisa pequena é um tiro no pé. PERGUNTA ÓBVIA: QUEM FAZ ISSO NUM CASO PEQUENO É CAPAZ DE FAZER, NUM CASO GRANDE, O QUÊ? Ou será que Geddel é do tipo que só se ocupa de miudezas até R$ 3 milhões? Acho que não.
Irritação de Temer
Temer ficou irritado com Calero. Compreende-se. Acha que o ex-ministro fez tempestade num copo d’água, especialmente porque a opinião do Iphan foi a que triunfou, e o projeto não sairá na forma original, como queria Geddel. Mas isso não justifica o comportamento displicente do Planalto, até porque todos conhecem — e também o presidente — o estilo e o temperamento do ministro da Secretaria de Governo. Ele é, digamos, um político espaçoso, para dizer pouco.
Sim, o governo já deixou claro que Geddel continua. Mas precisa arrumar um bom argumento. Ou, como virou moda dizer hoje em dia, uma narrativa. Qual mesmo? A de que o assunto é irrelevante não vale. Aliás, esta segunda foi um dia em que um outro apartamento estava na berlinda, um certo tríplex no Guarujá… Já tratado do assunto em outro post. Pau que bate em Chico bate em Francisco. Dar de ombros para o comportamento de Geddel significa endossar-lhe os métodos.
O Comitê de Ética Pública não tem nenhuma função executiva ou judicial. É apenas um órgão de consulta da Presidência. Suas recomendações podem ir do arquivamento do caso à sugestão de que o servidor seja demitido, passando por uma censura pública. Arquivado, com certeza, o caso não será — ou estaríamos diante de uma vergonha. Quando menos, haverá a censura pública. Até porque Geddel transgrediu vários itens do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que está aqui.
Não acho que seja uma questão pequena, de somenos. Mas, ainda que fosse, a inabilidade do Planalto fez com que ela ficasse grande. Ou o governo exige um pedido formal de desculpas de Geddel ou o que se tem é a admissão de um método.
Compreendo que o presidente Temer esteja irritado com o fato de Calero ter dado a entrevista à Folha. Mas quem pode contaminar o seu governo não é o comportamento do ex-ministro da Cultura, e sim o de Geddel. Calero, diga-se, apenas negou um assédio que, mais do que evidente, foi admitido pelo ainda ministro.

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