PRIMEIRA EDIÇÃO DE 26-11-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 26 DE NOVEMBRO DE 2016
Deve ser um deputado do PMDB o substituto de Geddel Vieira Lima na articulação política de Michel Temer na Esplanada. O Palácio do Planalto descarta a nomeação do secretário Moreira Franco. Com o ex-ministro, Temer pode desagradar o grupo do Centrão e complicar a situação do Governo no Congresso. Moreira Franco é sogro do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que tenta a própria reeleição.
Nesta sexta-feira (25), deputados peemedebistas conversaram com o ministro Eliseu Padilha. Disseram que não abrem mão da indicação.
Geddel era o principal representante da bancada peemedebista na Câmara, apoiado pelo deputado Lúcio Vieira Lima (BA), seu irmão.
André Moura (PSC-SE), líder do governo na Câmara, corre por fora para ser ministro, mas enfrenta dificuldades com o “centrão”.
Um ministro conta que o presidente não escolherá um nome do centrão, uma vez que ficaria refém do grupo.
A dificuldade de Michel Temer para se livrar de Geddel Vieira Lima tem a ver, em larga medida, com dívida de gratidão e uma velha amizade de mais de trinta anos. Sem o ex-ministro, Temer não seria presidente da República. Geddel articulou sua candidatura a presidente do PMDB, no governo Lula, derrotando o grupo de Renan Calheiros. Já presidente do partido, Temer virou vice na chapa presidencial de Dilma, em 2010.
Lula também se dizia devedor de Geddel, que, ao articular a vitória de Temer no PMDB, livrou-o do jeito coronel de ser de Renan Calheiros.
Temer não fez o chefe da Casa Civil, como é praxe, demitir Geddel. Optou por longa conversa com o ex-ministro, ontem de manhã cedo.
Quando chegou o e-mail com a demissão de Geddel, uma nota oficial da Presidência já estava pronta, anunciando o desfecho do caso.
Esta semana, quando falava a seus adoradores, o ex-presidente Lula reclamou que não se falava no apartamento de Geddel Vieira Lima em Salvador como se falava “do meu tríplex no Guarujá”. Tem até vídeo.
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) saiu em defesa do irmão, Geddel Vieira Lima, o ex-ministro demitido nesta sexta. “Geddel está pagando por ter confiado e oferecido emprego a (Marcelo) Calero”, diz.
O deputado Padre João (PT-MG) foi o único parlamentar petista a assinar a lista para votação nominal do projeto que anistia o “Caixa 2”. A votação desta forma permite identificar quem foi contra ou a favor.
Mesmo com boa parte do partido defendendo a anistia ao Caixa Dois, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) garante que votará contra a regalia. “Sou contrário a qualquer tipo de anistia”, afirma o tucano.
O ministro Marx Beltrão (Turismo) continua enforcando as sextas-feiras, como quando era deputado federal pelo PMDB-AL. Já na quinta-feira (25), meio-dia, ele aguardava voo para passar o fim-de-semana em Alagoas.
O deputado Danilo Cabral (PSB-PE) apresentou emenda limitando os juros anuais do programa Cartão Reforma. O cartão, no entanto, será subsidiado pelo governo. Ou seja, não há juros.
O presidente da CPI da Lei Rouanet, Alberto Fraga (DEM), foi acusado por Érika Kokay (PT-DF) de “blindar a Globo”. Fraga sugeriu que ela fizesse requerimento pedindo essa investigação. Kokay não o fez.
As receitas do governo federal atingiram R$ 2,3 trilhões com mais de um mês para o fim do ano. Se mantiver o ritmo, deve fechar o ano em R$ 2,6 trilhões, mas mesmo assim o rombo nas contas não será tapado.
Se o impeachment de Dilma foi golpe, o pedido de cassação de Michel Temer assinado por PT, PSOL e PDT também é golpe?

NO DIÁRIO DO PODER
FIDEL CASTRO
EX-PRESIDENTE CUBANO FIDEL CASTRO MORRE AOS 90 ANOS EM HAVANA
EX-PRESIDENTE CUBANO E LÍDER DA REVOLUÇÃO MORRE AOS 90 ANOS
Publicado: sábado, 26 de novembro de 2016 às 03:38 - Atualizado às 04:03
Tiago de Vasconcelos
CASTRO E O PRESIDENTE DO VIETNÃ. FOTO DIVULGADA NO DIA 16-11-2016

O ex-presidente e líder da revolução cubana Fidel Castro morreu aos 90 anos. A informação foi confirmada pela rede cubana estatal de televisão e por diversas fontes oficiais na madrugada deste sábado. A estatal cubana Cubavisión não deu mais detalhes.
Fidel Castro assumiu o poder em Cuba após a revolução de 1959, que destituiu do ditador Fulgêncio Batista. Desde então, Castro foi primeiro-ministro e presidente de Cuba até 2008, quando deixou o cargo para o irmão mais novo Raul Castro.
A última aparição pública de Fidel foi em abril, num discurso no último dia do congresso do partido comunista cubano de 2016.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
J.R. Guzzo: A justiça negada
Uma juíza vendeu sentença a um traficante. Outra manteve presa ilegalmente uma menina de 15 anos, que foi brutalmente torturada pelos demais presos. Que punição receberam?
Por: Victor Irajá 
Sábado, 26/11/2016 às 9:21
Publicado na edição impressa de VEJA
O caso da juíza Olga Regina de Souza Santiago, do Tribunal de Justiça da Bahia, é de dar medo em qualquer brasileiro que imagina estar sob a proteção da lei. A juíza é a personagem central de uma história de negação absoluta da Justiça — não se trata de injustiça, exatamente, mas de recusa do Estado em submeter um de seus agentes às leis que valem para o resto da população, prática que costuma ser encontrada apenas nos países mais totalitários do mundo. O que houve? Houve que a doutora Olga, em pleno exercício de sua função, recebeu dinheiro de um traficante de drogas colombiano como pagamento de propina para deixá-lo fora da cadeia — mas não foi, nem será, punida por isso. A juíza vinha sendo investigada desde o distante 2007; agora, após quase dez anos de “processo disciplinar” e com base em todas as provas possíveis, de gravações de conversas a comprovantes de transferência bancária, o Conselho Nacional de Justiça declarou, enfim, que ela é culpada de corrupção passiva e outros crimes — e como única punição para isso deve se aposentar, com vencimentos integrais. O apavorante é que não houve nenhum favor especial para a doutora Olga, longe disso; apenas se aplicou o que a Justiça brasileira, desde 2005, considera ser a lei. É ou não para assustar?
Vamos falar as coisas como elas são: uma criança de 7 anos, ao ouvir uma história como essa, sabe que o final está errado. Como a Justiça pode decidir que alguém cometeu um crime e, exatamente ao mesmo tempo, não mandar para a cadeia quem praticou o crime? Por mais respeito que se tenha pelos argumentos que tentam explicar tecnicamente a situação, sobretudo quando apresentados pelos maiores cérebros jurídicos do País, está acima da moral comum entender que possa haver algo correto na recusa de aplicar as leis criminais a um cidadão pelo simples fato de que ele é um juiz de Direito. Pois foi precisamente isso que aconteceu. Qualquer outra pessoa, tendo feito o que a juíza Olga fez, seria condenada a até doze anos de prisão, pena agravada de um terço, pelo artigo 317 do Código Penal brasileiro; mas o máximo de castigo que se aplica a ela é que, sendo criminosa, deixe de ser juíza ao mesmo tempo. E mais: continuará recebendo o salário inteiro, pelo resto da vida (no seu caso, não se sabe exatamente qual será o custo disso para o contribuinte, que não cometeu crime algum, mas pouco não vai ser; já podem ir contando com uns 40 000 reais por mês, pelo menos). O pior de tudo é que não se trata de uma exceção; essa é a regra, e, se a regra é essa, está claro que o aparelho da Justiça brasileira parou de funcionar como um sistema lógico. Não pode existir lógica quando o CNJ, o órgão de controle mais elevado do Poder Judiciário, aceita tomar decisões dementes. O resto, para 99% dos seres humanos normais, é pura tapeação — de novo, com todo o respeito.
Quantos magistrados brasileiros estariam dispostos a admitir que existe alguma coisa insuportavelmente errada num sistema em que acontecem fatos como esse? O que temos aqui é uma tragédia permanente. Quase um mês antes da decisão sobre Olga Santiago, o mesmo CNJ resolveu que outra juíza, Clarice Maria de Andrade, do Pará, deve ficar dois anos afastada das funções por ter se recusado a atender, também em 2007, a um pedido para retirar de uma cela do interior do estado, onde estava presa ilegalmente, uma adolescente com 15 anos de idade. Durante mais de vinte dias, a menina foi brutalmente torturada pelos demais presos, até, enfim, ser retirada dali — e, por causa disso, a juíza Clarice recebeu a aposentadoria compulsória em 2010. Achou que era uma injustiça. Recorreu da decisão, foi desculpada pelo Supremo Tribunal Federal e agora recebe do CNJ a determinação de ficar afastada por dois anos — ou seja, nem aposentada ela acabou sendo. Mas ainda assim não está bom: a doutora Clarice vai recorrer da decisão, pois não aceita nem mesmo esse curto afastamento do cargo. A Associação dos Magistrados Brasileiros manifestou-se publicamente a seu favor. É essa a realidade. Simplesmente não há, para os juízes, sentença contrária, pois mesmo quando são condenados a decisão, na prática, é a favor — e ainda assim eles recorrem. O balanço final é um horror. De 2005 para cá, o CNJ examinou 100 casos de magistrados e todo tipo de acusação: corrupção, principalmente, sob a forma de venda de sentenças, mas também homicídio qualificado, extorsão, peculato, abuso sexual, e por aí afora. Cerca de 30% dos casos acabaram em absolvição; nos restantes, a punição mais grave foi a aposentadoria compulsória ou, então, a aplicação de penas como “disponibilidade do cargo”, “censura”, ou “advertência”. Há um ou outro caso, raríssimo, de prisão, quando o processo corre fora do nível administrativo — e isso é tudo. O contribuinte gasta dezenas de milhões com essas aposentadorias. Não há um cálculo exato de quanto, mas é caro — em nenhum estado brasileiro a média salarial dos magistrados é inferior a 30 000 reais por mês, e nos estados que pagam mais ela passa dos 50 000 mensais. É só fazer as contas.
É aí, nos ganhos dos juízes — além de procuradores e promotores de Justiça —, que está outra aberração em estado integral. A Justiça brasileira gasta cerca de 80 bilhões de reais por ano, 90% dos quais vão direto para a folha de pagamento, que, pelas últimas contas oficiais, sustenta mais de 450 000 funcionários. A qualidade do serviço que presta é bem conhecida por todos. O gasto, porém, é um dos maiores do Planeta. Cada um dos 17 500 juízes brasileiros custa em média 46 000 reais por mês, ou mais de meio milhão por ano — em que outra atividade o custo médio do trabalho chega a alturas parecidas? Para os desembargadores à frente de tribunais de Justiça, essa média passa dos 60 000 por mês, e ainda assim estamos longe do pior. É comum, nas Justiças estaduais e na federal, salários mensais de 100 000, ou mais — o senador Renan Calheiros, que quer examinar melhor o assunto, cita muito o valor de 170 000, e há casos comprovados de 200 000 ou mais. Como pode dar certo uma coisa dessas? Nossos juízes, que se dizem cada vez mais preocupados com a justiça social, parecem não perceber que estão sendo beneficiados por uma das situações de concentração de renda mais espetaculares do mundo — resultado da distribuição pura, simples e direta de dinheiro público a uma categoria de funcionários do Estado. Faz sentido, numa sociedade como a do Brasil?
Não faz, mas é proibido tocar no assunto. Quando se lembram casos como os das juízas Olga ou Clarice, a reação imediata dos defensores do sistema é perguntar: “Mas por que tocar nessas histórias justo agora? O que há por trás disso? A quem interessa o assunto?”. Da mesma maneira, criticar as “dez medidas anticorrupção” tor­nou-se uma blasfêmia. Espalha-se a ideia de que ações como a de Renan em relação aos salários, e as de outros políticos que pensam numa lei de responsabilidades com sanções mais severas para o abuso de autoridade, não valem nada, porque são feitas com más intenções; o que eles propõem pode até ser correto, mas seus objetivos finais são suspeitos. É tudo uma conspiração para “abafar a Lava-Jato”. É culpa de Lula e da esquerda. É culpa do governo e da direita, e por aí se vai. Mas o fato é que dois mais dois são quatro — e, se o senador diz que são quatro, paciência; a conta não passa a ser cinco só porque é ele quem está dizendo que são quatro. Não é essa a realidade que os militantes do Judiciário intocável aceitam; querem tudo exatamente como está. O resultado é, e continuará sendo, a situação aqui descrita.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Morre Fidel Castro. Havendo um inferno, está indo pra lá. Ou: O mistificador da História
A mais estúpida de todas as leituras é aquela que poderia ser assim sintetizada: “Fidel liderou uma ditadura, mas melhorou os índices sociais”. Isso que parece ingênuo, de uma objetividade crua e descarnada de qualquer ideologia, é, de fato, uma impostura formidável
Por: Reinaldo Azevedo 
Sábado, 26/11/2016 às 8:38
Aos 90 anos, morre Fidel Castro. Viveu 57 desses 90 como ditador de Cuba, ditadura esta que, desde fevereiro de 2008, tem Raúl, o irmão, como executivo. As considerações que seguem são quase as mesmas que fiz naquele ano, quando o facínora se afastou do dia a dia do governo.
Tenho um pouco de vergonha de muitos da minha profissão. Com as exceções de sempre e de praxe, afirmo de modo categórico: está tomada por pusilânimes, por idiotas, por cretinos incapazes de escolher entre o bem e o mal, entre a democracia e a ditadura, entre a vida e a morte. Já li nesta manhã muita coisa que a imprensa relevante publicou, no Brasil e no mundo, a respeito da morte do ditador. Não fiz a contabilidade, mas creio que 90% dos textos apelam a uma covardia formidável: seu legado seria ambíguo; Fidel nem é o herói de que falam as esquerdas nem o facínora apontado pela direita. Até parece que ele é apenas um objeto ideológico sujeito a interpretações. Não por acaso, esquece-se de abordar, então, o seu legado segundo o ponto de vista da democracia.
A mais estúpida de todas as leituras é aquela que poderia ser assim sintetizada: “Fidel liderou uma ditadura, mas melhorou os índices sociais”. Isso que parece ingênuo, de uma objetividade crua e descarnada de qualquer ideologia, é, de fato, uma impostura formidável; aí está a fonte justificadora do mais assassino de todos os regimes políticos jamais inventados pela Humanidade. A ditadura comunista viria, assim, embalada pelo mito da reparação social: “Não se tem liberdade, mas, ao menos, há saúde e educação para todos”.
Pergunto: uma ditadura de direita, então, se justificaria segundo esses mesmos termos?
Mas atenção! Não se trata apenas de criticar esse postulado indecente que aceita trocar liberdade por conquistas sociais. O milagre social da revolução cubana foi criado em cima de mentiras objetivas. Em 1952, Cuba tinha o terceiro PIB per capita da América Latina. Em 1982, estava em 15º lugar, à frente apenas de Nicarágua, El Salvador, Bolívia e Haiti. A fonte? La Lune et le Caudillo, de Jeannine Verdes-Leroux. O livro, de 1989, tem o sugestivo subtítulo de “O sonho dos intelectuais e o regime cubano”. Estuda como se implantou e se consolidou o regime comunista no país entre 1957 (a revolução é de 1959) e 1971. Não foi só essa mentira. Ao chegar ao poder, Fidel afirmou que 50% da população da ilha era analfabeta. Mentira! Em 1958, a taxa era de 22%, contra 44% da população mundial.
Um ano depois da revolução, já não havia no governo nenhum dos liberais e democratas que também haviam combatido a ditadura de Fulgêncio Batista. Tinham renunciado ao poder, estavam exilados ou mortos. Logo nos primeiros dias da revolução, antes mesmo que se explicitasse a opção pelo comunismo, Fidel e sua turma executaram nada menos de 600 pessoas. Em 1960, pelo menos 50 mil pessoas oriundas da classe média, que haviam apoiado a revolução, já haviam deixado Cuba. Três anos depois, 250 mil. A Confederação dos Trabalhadores Cubanos, peça-chave na deposição do regime anterior, foi tomada pelos comunistas. Em 1962, imaginem, a CTC cobra de Fidel a “supressão do direito de greve”!!! O principal líder operário anti-Batista, que ajudou a fazer a revolução, David Salvador, foi encarcerado naquele ano.
Só nos anos 1960, o regime de Fidel fuzilou entre 7 mil e 10 mil pessoas. Caracterizá-lo como um assassino não é uma questão de gosto, mas de fato; não se trata de tomar essa característica como parte de seu legado supostamente ambíguo. Não há nada de ambíguo em fuzilar 10 mil. É coisa de facínora. Como é incontroverso que ele e seu amiguinho, o Porco Fedorento, Che Guevara, criaram campos de concentração na ilha, os da UMAP (Unidade Militar de Apoio à Produção), formados por prisioneiros políticos, que chegaram a 30 mil!!! Ali estavam religiosos, prostitutas, homossexuais, opositores do regime, criminosos comuns…
Os movimentos gays, que costumam ser simpáticos à esquerda, deveriam saber que a Universidade Havana passou por uma depuração anti-homossexual. Isso mesmo. Em sessões públicas, os gays eram obrigados a reconhecer seus “vícios” e a renunciar a eles. As alternativas eram demissão e cana (em sentido literal e metafórico). Segundo O Livro Negro do Comunismo, desde 1959, estima-se em 100 mil o número de pessoas que passaram pela cadeia ou pelos “campos” de reeducação no país. Os fuzilamentos são estimados entre 15 mil e 17 mil pessoas.
Quando Fidel fez 80 anos, escrevi neste blog o seguinte:
“Em 1961, estima-se que Cuba tivesse 6,5 milhões de habitantes. Nada menos de 50 mil já tinham fugido da ditadura para o exílio. Ou seja: 0,77% da população. Isso não impediu, é claro, que José Dirceu fosse buscar abrigo na ilha quando veio o golpe militar. Ali ganhou uma nova cara e consta que treinou guerrilha — há quem diga que nunca deu um tiro. Em 1964, o Brasil tinha 80 milhões. Se os militares tivessem feito aqui o que o ditador cubano fez lá, nada menos de 616 mil brasileiros teriam ido embora. Cuba tem hoje 11 milhões de habitantes. Desde 1959, foram executadas na ilha 17 mil pessoas — não se sabe quantas morreram nas masmorras. Só os reconhecidamente executados são 0,154% da população. Postos os números em termos brasileiros, dada uma população atual de 180 milhões, os mortos seriam 277.200. Só nos primeiros cinco meses da revolução, foram sumariamente executadas 600 pessoas (0,0092% da população). É pouco? No Brasil de 1964, isso significaria 7.360 mortes logo de cara.
Os 21 anos de ditadura militar brasileira mataram, em números superestimados, 424 pessoas, incluindo os guerrilheiros do Araguaia. Desse total, por razões comprovadamente políticas, foram 293 pessoas. Os números sobre o Brasil estão no livro “Dos Filhos Deste Solo”, do petista e ex-ministro de Lula, Nilmário Miranda. Em Cuba, de 1959 para cá, passaram por prisões políticas 100 mil pessoas (0,9% da população atual). Em Banânia, isso representaria 1.620.000 pessoas. Essa é a democracia que um grupo de petistas estava — ou está — se preparando para saudar no próximo dia 13 de agosto, quando Fidel faz (ou faria) 80 anos, 47 dos quais à frente de uma das ditaduras mais fechadas e sanguinárias no Planeta. Mais detalhes no texto “A América Latina e a Experiência Comunista”, de Pascal Fontaine, que integra “O Livro Negro do Comunismo – Crimes, Terror e Repressão” (Editora Bertrand Brasil), recebido com um silêncio covarde e cúmplice por aqui. E também em “Loué Soient nos Seigneurs”, de Régis Debray (Editora Gallimard), que conheceu de perto, em Che Guevara, parceiro de Fidel, “o ódio que faz do homem uma eficaz, violenta, seletiva e fria máquina de matar”.
Nota: ainda hoje, as prisões cubanas são um exemplo acabado da degradação humana. A totalidade dos presos de Fidel preferiria, sem sombra de dúvidas, dividir celas com os terroristas de Guantánamo. Mas o mundo, claro, acha Bush um bandido e para quando discursa o ditador de opereta.”
Então…
Viram só? Por que os nossos ditadores, que não passam de soldadinhos de chumbo perto da máquina de matar que foi Fidel Castro, também não têm reconhecida a sua herança ambígua, não é mesmo? Já imaginaram. “Há quem diga que o general Emílio Médici foi um ditador, mas, para alguns, foi um verdadeiro herói…” Não! Isso os nossos jornalistas isentos jamais dirão.
Mas cobram isenção diante de um dos maiores assassinos da História.
Não saúdo a morte de ninguém. Mas vai que o inferno exista… Existindo, Fidel foi pra lá.

Ainda que se aprovasse anistia, o que não acontecerá, Temer avisa: ele vetaria
Passamos alguns dias sob a égide da Loura do Banheiro, que sequestra criancinhas, ou do Homem do Saco, que rouba os infantes para fazer sabão
Por: Reinaldo Azevedo 
Sábado, 26/11/2016 às 7:06
A anistia ao Caixa Dois ou a quaisquer outros crimes a este relacionados, como sabemos, não passa de uma invenção de alguns tolos na qual alguns espertalhões fingem acreditar. Como já deixou claro o ministro Gilmar Mendes, do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, se e quando Caixa Dois passar a ser crime, a lei não poderá retroagir para punir. Assim quer a Constituição. E eventuais outros crimes serão punidos na forma da lei.
O fato de a armação ser impossível, como aqui se disse desde o começo, não impede que alguns políticos tentem nela se aventurar. Vamos supor que alguns malucos insistissem nessa estupidez e apresentassem uma emenda com esse conteúdo. Digamos que uma bobagem assim fosse aprovada. Para que se transformasse em lei, teria de passar pelo crivo do presidente Michel Temer. A ele caberia sancionar ou vetar a proposta.
E o presidente já avisou a mais de um interlocutor: se uma maluquice como essa prosperar, ele vetará.
Pronto! Nem seria preciso esperar que o Supremo se encarregasse de liquidar a dita “anistia”, como certamente o faria. O próprio presidente abortaria a inciativa. E fez questão de deixar isso claro.
É assim que se faz.
De um lado da peleja, o dos parlamentares, há, sim, um misto de má-fé e ingenuidade. A má-fé está em acreditar que se possa usar de alguma mão de gato jurídica para escapar da lei. Entre os ingênuos, há quem advogue a independência do Parlamento, que não poderia ficar sob a tutela do Ministério Público Federal.
Do outro lado da linha, estão os espertos do MPF. Perceberam que contam com o apoio de amplos setores da população, que veem neles os instrumentos para punir corruptos, para hipertrofiar o seu poder e para desmoralizar o Parlamento. Daí a verdadeira campanha que movem um dos Poderes da República.
Que fique claro: os procuradores queriam aprovar um pacote de medidas contra a corrupção que, na sua forma original, macularia gravemente o Estado de Direito. Houve uma justa reação negativa no Congresso. E o relatório do deputado Onyx Lorenzoni é fruto dessa reação. O conteúdo fascistoide das propostas foi rejeitado, mas os senhores procuradores nunca se conformaram com isso.
Foi no seio do MP que começou a grita contra uma suposta “anistia”, embora Rodrigo Janot e seus bravos soubessem, desde o princípio, que algo assim não teria chance de prosperar. E por que fingiram acreditar, concederam entrevistas, fizeram o diabo?
Como revelou o procurador Carlos Fernando, eles estavam apenas vestindo as luvas de boxe para lutar contra o Congresso. O objetivo era desmoralizar o Poder para, então, passar adiante o que lhes desse na telha.
Bem, agora a brincadeira acabou. O MPF vai ter de procurar outro motivo para achincalhar o Congresso. A síntese é a seguinte:
a: não deve haver emenda nenhuma de anistia;
b: se houver, deve ser recusada;
c: se não for recusada, será vetada pelo presidente;
d: ainda que não fosse, o Supremo a liquidaria.
Vale dizer: isso tudo é uma rematada estupidez.
Passamos alguns dias sob a égide da Loura do Banheiro, que sequestra criancinhas, ou do Homem do Saco, que rouba os infantes para fazer sabão.

NO BLOG DO JOSIAS
Temer despertou a oposição extraparlamentar
Josias de Souza
Sábado, 26/11/2016 05:42
Na próxima segunda-feira, 28, o PSOL protocolará na Câmara um pedido de impeachment contra Michel Temer. Em nota, o partido informou que “a peça terá como base as denúncias do ex-ministro Marcelo Calero, nas quais ele afirma que o presidente da República interveio em favor dos interesses do ministro Geddel Vieira Lima, para liberar uma obra em Salvador”. A iniciativa do PSOL é natimorta. A principal dificuldade do governo não está no Congresso. O que ameaça Temer é o mesmo fenômeno que fez dele presidente da República: a oposição extraparlamentar.
Destinatário do pedido do PSOL, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, avisa que não tem vocação para Eduardo Cunha. Mas ainda que Maia quisesse tocar fogo no circo dirigido por Temer, o impedimento do substituto constitucional de Dilma Rousseff seria sufocado pela maioria parlamentar que acaba de aprovar na Câmara a emenda constitucional do teto dos gastos. Dilma cutucava o Legislativo com o pé para ver se os congressistas mordiam. Temer se jacta de tocar um governo semiparlamentarista.
Em setembro de 2015, quando começou a se insinuar como candidato ao trono, o então “vice-presidente decorativo” Michel Temer declarou que ''ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo'' de 7% de aprovação. Antes, ele já havia afirmado que o Brasil precisava de alguém que tivesse “a capacidade de reunificar a todos''. Dilma, de fato, não sobreviveu à revolta provocada pela junção de duas crises: a ética e a econômica. Hoje, Temer é um presidente impopular. Mas dá de ombros: “Não estou preocupado com popularidade.”
Temer resume assim o seu sonho de ex-presidente: “O povo olhar pra mim e dizer: ‘Esse sujeito aí colocou o Brasil nos trilhos. Não transformou na segunda economia do mundo, mas colocou nos trilhos’.” Para atingir o sonho, Temer oferece aos brasileiros um pesadelo. Decidido a restabelecer a racionalidade econômica, afirma que o Brasil não sairá da “recessão profunda” em que se afundou com a adoção de “medidas doces”.
O presidente tem razão. Mas a tese da socialização dos sacrifícios perde o nexo no instante em que as principais autoridades da República, entre elas o próprio Temer, transformam a vista milionária de um apartamento de luxo de um ministro palaciano em prioridade do governo. De resto, a aceitação de remédios amargos fica mais difícil quando a plateia percebe que o pedaço político do gabinete de Temer vai virando farelo na usina de processamento de desvios éticos da Lava Jato.
Temer compôs um ministério paradoxal. Na área econômica, técnicos respeitados. Na seara política, amigos e aliados contestados. O tapete da administração peemedebista revela-se tão grande quanto o da gestão petista. O problema com as coisas varridas para baixo do tapete é que os presidentes continuam governando em cima do tapete. E os acobertados cheiram mal e se mexem muito. Descobertos, desmoralizam a presunção dos governantes de que comandam uma nação de idiotas.
O brasileiro nunca se importou com a imbecilidade. Mas já não admite ser tratado como imbecil. Sob Dilma, reaprendeu o caminho da rua. Esbaldou-se. Sob Temer, as ruas voltaram para casa. Mas começam a entrar em ebulição. Agendam para o dia 4 de dezembro um ronco contra a corrupção. Hoje, qualquer cidadão com um computador pode fazer chegar a sua raiva aos destinatários. Um ministro de Temer contou ao blog que sente diariamente o hálito quente da internet.
Na trincheira virtual, relatou o ministro, o combate é implacável e desleal. Escondidos atrás de pseudônimos, os descontentes lançam mão de toda a retórica capaz de insultar o interlocutor. O ministro é frequentemente mandado para lugares desagradáveis. Mandam-no, por exemplo, à presença da pessoa que, tendo exercido a profissão de prostituta, lhe deu à luz.
A oposição extraparlamentar não é ideológica. Para esse opositor que grita rente ao meio-fio ou xinga atrás da tela do computador, o problema não é de esquerda ou de direita. O problema é a sensação de que, seja quem for o presidente, haverá sempre meia dúzia por cima, prescrevendo remédios amargos, e milhões por baixo, tendo que engolir o purgante na marra.
Ou Michel Temer enxerga esse novo ator da política ou sua impopularidade será tão intensa que logo começarão a surgir os traidores no Congresso. Se quiser, o presidente pode emitir um sinal de que acordou ao nomear o substituto de Geddel Vieira Lima. Basta que examine bem as circunstâncias, para não confundir um certo homem com um homem certo.

NO O ANTAGONISTA
CERVEJA, CONCRETO E PROPINA
Brasil Sábado, 26.11.16 11:29
A Polícia Federal elaborou um relatório específico sobre as palestras de Lula para o Grupo Petrópolis, de Walter Faria. O ex-presidente foi contratado, por exemplo, para inaugurar a fábrica da Cervejaria Itaipava em Alagoinhas, na Bahia.
Quem banca o deslocamento de Lula é a Odebrecht, responsável pela obra física da fábrica da Itaipava. A Lava Jato desconfia da parceria entre os dois grupos, que eram sócios num banco no Caribe usado para repasses de propina.
Emílio e Marcelo Odebrecht estavam previstos no evento.
O Aprendiz Lulinha
Brasil 26.11.16 11:09
Duas empresas de Roberto Justus, o Donald Trump brasileiro, repassaram 8,5 milhões de reais à Gamecorp, de Lulinha.
A primeira, Y E R Propaganda, deu metade do dinheiro. A segunda, Y&R, deu a outra metade.
Um dos principais clientes da Y&R, curiosamente, é a Cervejaria Petrópolis.
GAMECORP, DE LULINHA, FATUROU 317 MILHÕES
Brasil 26.11.16 09:31
A Lava Jato chegou ao núcleo empresarial da família Lula da Silva. Laudo técnico da Polícia Federal, obtido por O Antagonista, revela que a Gamecorp, de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, embolsou mais de R$ 317 milhões entre 2005 e 2016.
O dinheiro circulou por 12 diferentes contas bancárias.
MAIS 20 MILHÕES
Brasil 26.11.16 10:19
A quebra do sigilo bancário da G4 Entretenimento mostra que essa outra empresa de Lulinha faturou mais R$ 19,7 milhões, elevando a quase R$ 350 milhões o total de recursos embolsados pelo primogênito de Lula.
O Laudo da PF mostra que a maior parte desse valor teve origem no Grupo Gol, de Jonas Suassuna e no próprio Instituto Lula.
O destino do dinheiro de Lulinha
Brasil 26.11.16 10:08
Dentre as principais empresas destinatárias de recursos da Gamecorp, estão empresas do mesmo Lulinha e produtoras.
Chama a atenção dos investigadores, o pagamento de R$ 1,5 milhão à Caso Sistemas de Segurança, de Freud Godoy, segurança de Lula.
No laudo, os investigadores registram o valor de R$ 5 milhões em créditos não identificados e de R$ 43,4 milhões em débitos não identificados.
Quanto às demais empresas, a PF ressalta não possuírem empregados registrados.
A origem do dinheiro de Lulinha
Brasil 26.11.16 09:57
No laudo da Polícia Federal, há uma tabela com os principais rementes de recursos para as contas da Gamecorp. Destaque para Oi/Telemar e Cervejaria Petrópolis.
Na principal conta bancária da Gamecorp, no Safra, há registros de depósitos também da Qualicorp e da Caoa.
O verão de Lulinha será quente
Brasil 26.11.16 09:16
A PF investiga os pagamentos do grupo Petrópolis à Gamecorp, de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Laudo técnico mostra que a Cervejaria Petrópolis depositou cerca de R$ 7 milhões nas contas da Gamecorp, entre 2005 e 2016.
O Antagonista avisou em janeiro:
Assista com moderação
Brasil 12.01.16 19:34
Todo mundo sabe que Fábio Luís Lula da Silva é dono do canal PlayTV, controlado pela Gamecorp.
O que pouca gente sabe é que a Cervejaria Itaipava, do Grupo Petrópolis, é praticamente a única anunciante do canal.
O outro anunciante da PlayTV é o energético TNT, do mesmo grupo Petrópolis de Walter Faria.
É dando que se recebe (2)
Brasil 26.11.16 08:56
Falando em jóias, a Polícia Federal encontrou indícios de que Sérgio Cabral torrou R$ 4 milhões em duas lojas da joalheria Antonio Bernardo, também beneficiada por isenções fiscais.
Para não deixar rastros, Cabral comprava tudo em nome de seu motorista.
É dando que se recebe
Brasil 26.11.16 08:49
A juíza Fernanda Rosado de Souza, da 3ª Vara da Fazenda Pública do TJ-RJ, mandou intimar Luiz Fernando Pezão para que explique, em 48 horas, por que deu benefício fiscal retroativo a 2013 para a joalheria Sara Jóias.
A joalheria é uma das investigadas na Operação Calicute, que prendeu Sérgio Cabral.
Sem palavras
Brasil 26.11.16 08:47
Nenhuma manifestação pública de Lula ou Dilma sobre a morte de Fidel? Seus mal-agradecidos.
O varejo da Odebrecht
Brasil 26.11.16 07:38
A delação da Odebrecht, segundo o Radar, vai mostrar como a empreiteira comprou os partidos que apoiaram Dilma Rousseff na campanha de 2014, como PDT, PRB, PR e Pros.
Lula no sal
Brasil 26.11.16 07:30
A reportagem de Veja sobre as malas suspeitas diz que o jatinho usado por Lula pertence ao bilionário Michael Klein e faria escala na Ilha do Sal, em Cabo Verde.
As malas suspeitas de Lula
Brasil 26.11.16 07:19
A Veja revela que Lula, em 3 de junho, embarcou para Roma com 12 malas - mas apenas cinco passaram pelo raio x. A Receita Federal tentou vistoriar a aeronave, mas a operação foi abortada pelo delegado da PF que estava de plantão, Luis Pardi.
O agente que denunciou o caso ao MPF diz que Pardi "estranhamente aparentava querer retardar a ação". Pardi impediu que a bagagem de Lula fosse revistada.
No relato do agente, "o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparentava estar bastante nervoso, tendo ingressado e se mantido trancado por um tempo na cabine de comando".
Repasses vultosos a Aécio
Brasil 26.11.16 07:16
A Veja diz ainda que Aécio Neves recebeu "repasses vultosos" por meio de uma agência de publicidade registrada em nome de Paulo Vasconcelos, um de seus marqueteiros.
Segundo um dos investigadores, citado pela reportagem, "está tudo muito bem documentado".
5% do Santo
Brasil 26.11.16 07:10
A Veja confirmou que Geraldo Alckmin é o "santo" nas planilhas da propina de Odebrecht, conforme antecipou O Antagonista. Segundo a revista, nenhum dos delatores disse ter discutido repasses diretamente com o governador de São Paulo.
O codinome está associado ao pagamento de um percentual de 5% sobre obras da rodovia Mogi-Dutra, em 2002, num total de aproximadamente R$ 3,4 milhões.
Há referência também ao pagamento de R$ 500 mil em propinas na Linha 4 do Metrô.
Os R$ 23 milhões de Serra
Brasil 26.11.16 07:07
O esquema de propina, segundo a Veja, começou a funcionar em 2009, quando ele começou a se movimentar dentro do PSDB para concorrer à Presidência da República.
Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB, já morto, foi quem sugeriu usar as contas de Ronaldo Cezar Coelho para camuflar a propina da Odebrecht. Os pagamentos obedeciam a um cronograma.
Cerca de R$ 6,5 milhões foram usados para cobrir gastos da campanha de 2010. A revista diz ainda que Coelho aderiu ao programa de repatriação de recursos.
Sem anistia, Vaccari delata
Brasil 26.11.16 07:07
João Vaccari Neto vai delatar?
De acordo com a coluna Radar, da Veja, sim.
Se a anistia não passar, ele já decidiu entregar os companheiros.
A emenda apresentada por deputados lulistas, como mostrou Miguel Reale Jr, foi feita sob medida para anistiar os crimes cometidos por João Vaccari Neto, em particular a lavagem de dinheiro por meio do Caixa 1.
A trilha suíça da propina de Serra
Brasil 26.11.16 07:02
Segundo a Veja, a propina para José Serra era paga pela Odebrecht numa "triangulação que passava pela Suíça".
O dinheiro saía do departamento de propinas da empreiteira e ia para contas pessoais de Ronaldo Cezar Coelho, banqueiro, ex-deputado federal e amigo de longa data do tucano.
Coelho, então, pagava dentro do Brasil os custos com transporte, hospedagem e pesquisas internas da campanha de Serra e eram registrados como doações.
Odebrecht delata Serra, Alckmin e Aécio
Brasil 26.11.16 06:57
Só a anistia pode salvar os tucanos.
A Odebrecht, segundo a Veja, detalhou os pagamentos de propina eleitoral a José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves.
O PSDB tem de se dissolver.
Ministro amigão
Brasil 26.11.16 06:50
A IstoÉ acusa Ricardo Lewandowski de proteger Marco Maia, acusado de receber vantagens indevidas do colaborador Alexandre Romano, dentre elas um apartamento em Miami.
"Rodrigo Janot solicitou abertura de um inquérito (...) O processo caiu nas mãos de Lewandowski. O ministro até autorizou a abertura do inquérito, mas barrou as duas principais diligências solicitadas por Janot para avançar as investigações: acesso ao conteúdo dos celulares de Marco Maia e cooperação internacional com autoridades dos EUA para obter documentos do imóvel."
A lei do silêncio
Brasil 26.11.16 06:34
A IstoÉ faz um compilado de casos de colaboradores e até advogados de colaboradores da Lava Jato que sofreram, ao longo do processo, ameaças de gente envolvida no Petrolão.
Cita Lúcio Funaro, que ameaçou tocar fogo na casa de Fábio Cleto, delator do esquema no FI-FGTS. O mesmo Funaro, segundo a revista, teria ameaçado com uma pistola a advogada Beatriz Catta-Preta.
Também foram pressionados o empresário Hermes Magnus, responsável pela denúncia seminal da Lava Jato e que se viu obrigado a deixar o País, e o lobista Fernando Moura, que até mudou a versão de sua delação após se sentir pressionado. Por mentir, acabou perdendo o benefício.



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