PRIMEIRA EDIÇÃO DE 20-11-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 20 DE NOVEMBRO DE 2016
Uma das mais antigas “leis não escritas” da política prevê que nada melhor que a expectativa de poder, assim como nada é pior que mandatos em vias de expirar, cujos titulares já não conseguem nem mesmo tomar cafezinho quente. Certamente por isso, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), virtual presidente do Senado a partir de 1º de fevereiro, transformou-se no mais requisitado interlocutor do Planalto nas articulações para aprovar PEC 55, que limita os gastos públicos.
O Planalto mantém interlocução com Eunício Oliveira porque caberá a ele, já no início da sua presidência, liderar a reforma da Previdência.
Eunício está afinado com o presidente Michel Temer e concorda com todas as premissas do governo para aprovar medidas saneadoras.
Político na iminência de poder, como Eunício, têm só uma dificuldade: conseguir pôr a mão em maçanetas para que as portas se abram.
Os amigos de Eunício Oliveira contam os dias que faltam para sua eventual eleição como presidente do Senado.
A defesa de Dilma Rousseff comemorou o “recall” do depoimento de Otavio Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, afirmando que sua doação foi “espontânea” e não propina. Os advogados petistas exultaram, afirmando que “caíram por terra” todas as suspeitas de dinheiro sujo na campanha presidencial do PT. Menos, rapazes, menos. Há denúncias com o mesmo teor de outros delatores.
Chefe do cartel de empreiteiras, Ricardo Pessoa (UTC) contou ao MPF que dinheiro roubado da Petrobras abasteceu a reeleição de Dilma.
Em depoimento, Pessoa contou haver ordenado depositar R$5 milhões para a campanha de Dilma, e avisou: “O problema é bem maior”.
As delações da Odebrecht também reafirmam “doações” à campanha de Dilma de dinheiro obtido em contratos com o governo federal.
O presidente Michel Temer foi muito cumprimentado pela escolha do pernambucano Roberto Freire, deputado pelo PPS-SP – admirado por sua cultura, experiência e lealdade – como ministro da Cultura.,
Cresce a suspeita de que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ajudou ou conheceria a intenção do grupo que depredou a Câmara e invadiu o plenário, pedindo “intervenção militar”. Ele estava fora de Brasília e não fez declarações em defesa da própria instituição.
Aliados estão achando Rodrigo Maia “muito arrogante”, para quem pretende mudar as regras e ser reconduzido à presidência da Câmara, em 2017. Alguns já afirmam que não o apoiarão mais.
O deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) afirma que não há conversa possível com o governador Paulo Câmara, que brigou com os tucanos durante as eleições do Recife. “Deveremos ficar independentes”, diz.
A Câmara do DF está longe de ser o maior legislativo estadual do País, mas seu orçamento anual supera até a Assembleia de São Paulo (Alesp). No DF, cada 24 deputados custa quase R$10 milhões por ano.
A Câmara gastou, em outubro, R$ 698 mil com o auxílio moradia a 93 deputados federais. Os outros moram em luxuosos apartamentos em áreas nobres de Brasília – cada unidade custa R$ 2,5 milhões.

NO DIÁRIO DO PODER
PROPINODUTO URUGUAIO
MUJICA SERÁ INVESTIGADO POR SUPOSTO ESQUEMA COM LULA NO URUGUAI
LULA É SUSPEITO DE SER ELO DE ESQUEMA DA OAS COM GAS SAYAGO
Publicado: sábado,19 de novembro de 2016 às 18:55
Redação
Enquanto resiste ao cerco do juiz Sérgio Moro e da Operação Lava Jato no Brasil, o ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva (PT) pode ser alvo de mais uma devassa sobre suas relações políticas, desta vez, com o guerrilheiro tupamaro e ex-presidente uruguaio, José Mujica. O Congresso do Uruguai decidiu na última quinta-feira (17) abrir investigação contra Mujica por suspeita de corrupção relacionada à aprovação de uma planta de extração de gás da empreiteira brasileira OAS.
O ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva (PT) é suspeito de intermediar para Mujica o esquema com uma das empresas mais envolvidas na rede de corrupção investigada pela Operação Lava Jato. As informações são do líder do Instituto Liberal de São Paulo (Ilisp), Marcelo Faria.
De acordo com Faria, a investigação focará na contratação da OAS, feita em março de 2013 pela paraestatal Gas Sayago, para implantar uma planta regaseificadora no país. Lula é suspeito de intermediar a negociação para contratar a empresa brasileira – que não tinha nem a melhor proposta técnica e nem a melhor proposta financeira da licitação – e permitir o desvio de recursos.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), na época ministro do Desenvolvimento de Dilma Rousseff, chegou a se reunir com um alto funcionário do governo uruguaio para obter o contrato para a OAS.
As obras da planta estão paradas desde fevereiro de 2015 e já geraram prejuízos de 65 milhões de dólares ao estado uruguaio. O presidente da OAS, José Pinheiro, foi condenado em 2015 a 16 anos de prisão por corrupção por subornar burocratas e políticos brasileiros a fim de obter projetos para a empresa junto à Petrobras.
A investigação foi aberta pelo Congresso por um voto de diferença (50 a 49), após Gonzalo Mujica – que não é parente do presidente – votar contra a orientação do governo e trair a coalizão governista de esquerda, a Frente Amplio.
Em resposta à abertura da investigação, a Frente Amplio levará o deputado dissidente a um julgamento interno por sua conduta política. Mujica foi presidente do Uruguai de 2010 a 2015.

NO O ANTAGONISTA
O PT vai pregar no deserto
Brasil Domingo, 20.11.16 09:22
O Estadão informa que o PT vai perder sua única grande conquista no sertão pernambucano.
Luciano Duque, reeleito prefeito em Serra Talhada, segundo maior colégio eleitoral do sertão, vai se transferir para o PSB.
Sem o sertão, restará o deserto aos petistas.
Aumentem a dose
Brasil 20.11.16 09:05
O "consultor de crises" Mario Rosa diz em seu livro que Renan Calheiros precisou de remédios, em 2006, para lidar com o escândalo Mônica Veloso -- a amante sustentada com dinheiro da Mendes Junior.
A informação é da Coluna do Estadão.
Se os brasileiros tiverem sorte, Renan vai retomar o "tratamento".
​Mensalão é pai da Lava Jato
Brasil 20.11.16 08:22
Cooperação entre MP e PF, transmissão ao vivo de julgamentos do STF, pressão popular e cobertura intensa da imprensa explicam o desfecho bem-sucedido do Mensalão, abrindo caminho para a Lava Jato.
A conclusão é dos cientistas políticos Carlos Pereira e Gregory Michener, da Fundação Getúlio Vargas do Rio, em artigo publicado em revista da Universidade Cambridge.
"Os avanços legais do Mensalão forçam os cidadãos brasileiros a questionar a presunção frequente de que investigações sobre corrupção 'acabam em pizza', com ricos e poderosos sempre dando um 'jeitinho' de contornar a lei", afirma trecho do artigo reproduzido pela Folha.
E querem calar tudo isso?
Ameaça às 10 Medidas é real. E brutal
Brasil 20.11.16 07:56
Onyx Lorenzoni falou à Folha sobre as pressões dos colegas parlamentares por trás das críticas ao projeto das 10 Medidas contra a corrupção, que ele relata: 
Esse movimento pela anistia (ao Caixa 2) é uma ameaça ao pacote?
Com sinceridade, acho. Acho que é um risco. Inclusive acredito que a questão da responsabilização que chegamos a propor para juízes e procuradores é apenas a desculpa [parlamentares ameaçam derrubar o relatório sob o argumento de que Onyx retirou essa medida]. O mote é derrotar o relatório, que é derrotar as "dez medidas".
O sr. acha que a crítica à retirada da punição mais dura a juízes e Ministério Público é um pretexto para aprovar a anistia ao Caixa Dois?
Sim, o Caixa Dois é uma desculpa, é um biombo para passar a boiada do ilícito. Sou médico veterinário e não vou permitir a passagem da boiada do ilícito.
Cabral cinematográfico
Brasil 20.11.16 06:45
As histórias em torno da Trans-Expert, a transportadora de dinheiro que formava o braço financeiro do esquema de Sérgio Cabral, são dignas dos filmes de gângsters.
A PF investiga, por exemplo, o desaparecimento de R$ 35 milhões recolhidos de agências do Banco do Brasil, além de um misterioso incêndio nos cofres da transportadora, que fez evaporarem mais R$ 28 milhões da Caixa.
A informação é de O Globo.
Destino Uruguai
Brasil 20.11.16 06:32
Lula não é o único a sonhar com o Uruguai.
Interceptações telefônicas feitas com autorização da Justiça revelaram que o ex-assessor de Sérgio Cabral, Wagner Jordão Garcia, preso na Operação Calicute, pretendia fugir para lá, informa Lauro Jardim.
A história mostrou também que a turma de Cabral sabia que seria presa.






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