PRIMEIRA EDIÇÃO DE 04-11-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 04 DE NOVEMBRO DE 2016
O descumprimento da Lei Complementar 121/2007 gerou a explosão do crime de furto de carros, apontada no Anuário Brasileiro de Segurança Pública: em 2015, um veículo foi furtado a cada minuto no Brasil. O lobby da indústria atuou fortemente contra a lei alegando que o carro ficaria “mais caro”. Lorota. É que o “mercado” não abre mão da fabricação e venda de meio milhão de carros que são furtados anualmente.
Segundo o Anuário de Segurança Pública, em 2014 foram roubados um carro a cada 3 minutos. Em 2015, um carro por minuto.
Ganham com o furto de veículos, além dos ladrões, quem vende carro (repondo no mercado) e vendedores de seguros, cada vez mais caros.
A VW chegou a incluir chip como item de série do Golf, o mais furtado, derrubando o valor do seguro, o mais caro. Desistiu um ano depois.
Lobistas da indústria alegam, inclusive a esta coluna, que o “dispositivo eletrônico de segurança”, previsto na lei 121, é “chave de ignição”.
O Palácio do Planalto trabalha para concluir no Senado, ainda neste mês de novembro, a votação da PEC 241, rebatizada de PEC 55, que cria limites aos gastos públicos. O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) pondera que não há motivo para empurrar a votação para dezembro, como ameaçou Renan Calheiros. O ministro quer superar o debate do teto para retomar com força a reforma da Previdência.
Na avaliação da equipe econômica de Michel Temer, a reforma da Previdência é “a mudança mais importante para a economia”.
O prazo inicial para conclusão era 13 de dezembro, mas Renan Calheiros se comprometeu a concluir a votação em novembro.
“É sinalização ao mercado, mas precisamos discutir a reforma da Previdência”, diz o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB).
Renan Calheiros tem motivos de sobra para pânico, após a goleada parcial de 6x0 no Supremo Tribunal Federal. Mesmo que não vire réu antes de deixar a presidência do Senado, daqui a 99 dias, deu para perceber que ele não terá vida fácil nos 11 processos naquela corte.
O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) não crê que Michel Temer e Lula possam ajudar a defesa de Eduardo Cunha. “Os arrolados não têm como testemunhar a favor de figura deletéria como o Cunha”.
O ministro Luís Barroso não participou do julgamento sobre réu em ação criminal fazer parte da linha sucessória. Não há impedimento, mas ele não participa de julgamento que envolva interesse de antigos colegas de escritório, que ajudaram a elaborar a ação da Rede.
De janeiro a outubro, Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu o reembolso de R$ 68.452,14 em passagens aéreas. Uma parte foi destinada aos assessores Dayane Hirt, Lucimar Carboni e Arilson Chiorato.
Alexandre Kalil, em Belo Horizonte, e Vitório Mediolli, em Betim, foram eleitos pelo PHS, mas os dois têm horror ao presidente estadual da legenda, Marcelo Aro, um dos mais fiéis aliados de Eduardo Cunha.
Alex de Freitas elegeu-se em Contagem pelo PSDB mas não tem nenhuma tradição com o tucanato. Ele era do PSB e, assim como prefeito eleito de BH, Alexandre Kalil, saiu da legenda por desentendimento com o atual prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda.
O juiz Sergio Moro participa nesta sexta (4) de um talk show com o ex-juiz italiano Gherardo Colombo, da Operação Mãos Limpas. O evento será no centro de convenções do Arraial d’Ajuda Eco Resort, na Bahia, e faz parte do Encontro Nacional de Juízes Estaduais (ENAJE).
O Prêmio Engenho, o mais importante do jornalismo em Brasília, será anunciado em 13 de dezembro. Esta coluna foi a vencedora duas vezes, assim como o site Diário do Poder foi o melhor de 2015.
Em dois dias, um abaixo-assinado no site Avaaz coletou mais de 23 mil assinaturas pedindo que o presidente Michel Temer vete o projeto de lei do Senado que transformou a vaquejada em patrimônio cultural.
Para 76% dos empresários, o Brasil tem ambiente de negócio hostil para investimentos em infraestrutura, estradas, energia, aeroportos, portos etc, segundo pesquisa da Câmara de Comércio Brasil-EUA.
Os invasores concordariam em deixar as escolas “ocupadas” caso acertem ao menos 50% das provas do Enem?

NO DIÁRIO DO PODER
PETROLÃO
PROCESSO CONTRA A PETROBRAS COMEÇA A SER JULGADO NOS EUA
FUNDOS ACUSAM ESTATAL DE DIVULGAR INFORMAÇÕES 'FALSAS' SOBRE O PETROLÃO
Publicado: quinta-feira, 03 de novembro de 2016 às 16:42
Redação
O Tribunal Federal de Apelações de Nova York para o Segundo Circuito não deu um prazo determinado para decidir sobre os rumos de uma bilionária ação coletiva aberta por investidores dos Estados Unidos contra a Petrobras. Ontem foi realizada a primeira audiência do caso, e a empresa brasileira argumentou que é difícil determinar o tamanho do grupo de aplicadores em papéis e bônus da companhia no mercado norte-americano.
A audiência durou 50 minutos e foi realizada em uma sala lotada, com vários presentes tendo de ser acomodados em outra sala, acompanhando por um vídeo. A Petrobras foi a última de seis audiências marcadas para a manhã de ontem na Corte. Três juízes ouviram os advogados da Petrobras, dos bancos que cuidaram da emissão de papéis da empresa no mercado internacional e do representante dos fundos que processam a empresa brasileira, acusada de divulgar informações “falsas e enganosas” sobre a corrupção na empresa investigada pela Operação Lava Jato.
Dificuldade 
Os advogados da Petrobras e dos bancos argumentaram na audiência sobre a dificuldade de se processar a empresa como uma classe, na medida em que a Petrobras é uma companhia internacional e vende papéis em várias partes do mundo, por vários meios. Assim, é complicado quantificar quem adquiriu um bônus da empresa nos Estados Unidos. Pela ação coletiva, somente quem comprou papéis no mercado americano pode fazer parte do processo.
É preciso saber com antecedência quem está dentro e quem está fora da classe, ressaltou o advogado da empresa. Segundo ele, o juiz responsável pelo caso, Jed Rakoff, conseguiu identificar apenas uns poucos investidores que claramente compraram os papéis da petroleira no mercado doméstico e, com base nisso, “especulou” que outros também teriam feito o mesmo, passando a permitir a certificação de classes.
O advogado que representa os bancos que cuidaram das emissões, e que também são réus na ação coletiva, disse que os títulos da Petrobras são vendidos em mercados de balcão, em plataformas eletrônicas e outros mecanismos. Por isso, é complicado determinar se o comprador é um “investidor doméstico” americano.
Já o advogado que representa os fundos, Jeremy Lieberman, do escritório Pomerantz, minimizou essa dificuldade, ressaltando que mais de 90% dos compradores de bônus da empresa são grandes investidores institucionais qualificados, facilmente identificáveis. “É possível identificar a classe como em qualquer outra ação de classe.” (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Eliane Cantanhêde: Amigos Hoje, Inimigos Amanhã
O PMDB pode ter vencido quantitativamente, mas o PSDB venceu qualitativamente e é hoje o partido mais forte para 2018
Por: Augusto Nunes 
Sexta-feira, 04/11/2016 às 7:09
Publicado no Estadão 
O poder, primeiro aglutina, depois corrói e a História é recheada de aliados que viraram inimigos, como PT e PSDB, unidos no combate à ditadura militar e adversários viscerais ao longo das muitas campanhas eleitorais e dos muitos governos pós-redemocratização. A pergunta que não quer calar é até quando vai o pacto de governabilidade entre o PMDB, que tem o governo federal, ramificação e ambição, e o PSDB, que foi o maior vitorioso das eleições municipais e é a única presença garantida na eleição para a Presidência em 2018. Esse pacto vai ou não durar até 2018?
O PSDB nasceu em 1988 de uma dissidência do PMDB de Orestes Quércia e nunca deixou de disputar as eleições presidenciais (1989, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014) com candidato próprio – e competitivo. O PMDB virou uma confederação estadual de partidos, sem protagonismo no Planalto e um fiel da balança entre tucanos e petistas. Ora se tornava importante para os governos do PSDB, ora para os do PT. Para onde ia o PMDB, ia o poder. Ou ao contrário: para onde ia o poder, ia o PMDB.
O Plano Real elegeu Fernando Henrique Cardoso em 1994 e garantiu ao PSDB um peso que nenhuma outra sigla teve antes, nem depois, em tempos de normalidade democrática: de 1995 a 1999, o partido acumulou a Presidência da República e os governos de São Paulo (Mário Covas), do Rio de Janeiro (Marcello Alencar) e de Minas Gerais (Eduardo Azeredo). Um verdadeiro “strike”, que nunca mais se repetiu. Enquanto o PSDB crescia “para cima”, o PMDB crescia “para os lados”, tornando-se o partido mais ramificado no País.
Por uma dessas coisas da política, o PMDB só chegou ao poder, sem intermediários, surfando na guerra entre PSDB e PT, na crise política e econômica do desastre Dilma e na implosão da imagem ética do PT, inclusive de Lula. Não há vácuo de poder. Abriu espaço, alguém entrou. E quem entrou foi o PMDB, resguardado pela Constituição e pela posição de vice de Michel Temer.
Apesar de decisivo para parir o impeachment de Fernando Collor, o PT foi o único partido que não embalou o governo Itamar Franco, mas é aquela velha história: “Quem pariu Matheus que o embale”. A alternativa do PSDB com o impeachment de Dilma foi embalar ou embalar o governo Michel Temer. Mas isso não significa um casamento perfeito, nem mesmo harmonioso. E, quanto mais próximo de 2018, mais a tensão entre tucanos e peemedebistas tende a piorar.
Há uma diferença crucial, porém, entre os dois parceiros: o PMDB não tem nenhum nome evidente para a sucessão de Temer e o PSDB tem pelo menos dois. Como se sabe, o de Geraldo Alckmin, o maior vitorioso das eleições municipais, e o de Aécio Neves, que acumula três grandes derrotas desde 2014, mas tem munição e tropa: presidente do partido, controla a máquina tucana e a maioria das bancadas no Congresso.
Nas eleições municipais, o PMDB venceu em número de prefeituras, com 1.038 em todo o País, incluindo quatro capitais, e o PSDB ganhou em 803, mas 28 estão entre as 92 com mais de 200 mil eleitores e sete delas são capitais. Vai governar 23,7% da população (um em quatro eleitores), com orçamento de R$ 158,5 bilhões. Conclusão: o PMDB pode ter vencido quantitativamente, mas o PSDB venceu qualitativamente e é hoje o partido mais forte para 2018.
O casamento é de conveniência e, com ou sem amor, nenhum dos dois tem para onde correr. O PMDB precisa do PSDB, dos seus votos no Congresso e de um certo lustre de seus quadros. E o PSDB não pode, simplesmente, bater a porta na cara do PMDB e largar Estados, empresas e desempregados na mão – ou na amargura da crise. Logo, os dois estão no mesmo barco, mas isso não é para sempre e dificilmente irá até 2018. Se Temer naufragar, o PMDB estará fora. Se navegar bem, terá candidato próprio, contra o PSDB.

Amigo da Onça (8)
Tarso Genro deixa Lula um pouco pior no retrato
Por: Augusto Nunes 
Quinta-feira, 03/11/2016 às 17:39
“Sobre as pessoas que cometeram ilegalidades em proveito do partido, o partido vai ter que dizer: essas pessoas cometeram caixa 2 para o PT, o PT é responsável por este erro. Agora, quanto às pessoas que cometeram ilegalidades em proveito próprio, o partido não é responsável. Estas têm que ser evidentemente apontadas”.(Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul e um dos fundadores do PT, sem explicar se compra de triplex no Guarujá ou sítios em Atibaia são ilegalidades cometidas em nome do partido ou em proveito próprio)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Aí não dá, Lewandowski! Falta decoro! Falta pudor!
Ministro do Supremo resolve se comportar como líder da CUT em encontro de magistrados. É o fim da picada!
Por: Reinaldo Azevedo 
Sexta-feira, 04/11/2016 às 7:10
Se alguém me perguntar o que mais me irrita na vida pública brasileira além da roubalheira, da incompetência, da desídia — essas coisas que irritam toda gente —, a minha resposta será esta: a falta de decoro. As autoridades brasileiras, com raras exceções, estão perdendo qualquer senso de solenidade — muito especialmente a solenidade do cargo que ocupam. É um dos aspectos que admiro no presidente Michel Temer: encarna o que me parece ser a correta neutralidade do Estado. “Ah, ninguém é neutro etc. e tal…” Eu sei. Mas deixemos isso para ser decodificado por analistas, cientistas sociais, críticos profissionais, jornalistas… Que a autoridade se esforce!
Infelizmente, não é o que temos visto. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, comportou-se muito mal nesta quinta-feira, 03, na abertura, em Porto Seguro, do 6º Encontro Nacional de Juízes Estaduais, que é realizado a cada três anos pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros). Ah, sim: com direito a show de Ivete Sangalo e Diogo Nogueira. Tá certo… Não faria muito sentido um encontro de magistrados, sei lá, na periferia de Salvador, de São Paulo ou do Rio, onde estão os que têm fome de Justiça, certo? Pareceu demagógico? Só estou evidenciando como é fácil fazer demagogia, outra das práticas corriqueiras no Brasil que me causam asco.
Pois bem! Lá estava o ministro do Supremo, certo? Um dos 11 varões e varoas de Plutarco da República. O único discurso que lhe cabe é o institucional. A única coisa aceitável é falar dos consensos que nos unem. Até os dissensos devem ser guardados para a Corte. A única tarefa de quem presidiu o Supremo até outro dia era falar em favor do povo brasileiro.
Mas não foi isso o que fez Lewandowski. A voz que se ouviu era a de um militante sindical, e do tipo que carrega no sotaque cutista. Disse ele, diante da categoria que compõe a elite salarial do Brasil, sobre a reivindicação dos magistrados por aumento de vencimentos: “Não há vergonha nenhuma nisso, porque os juízes, no fundo, são trabalhadores como outros quaisquer e têm seus vencimentos corroídos pela inflação (…) Condomínio aumenta, IPTU aumenta, a escola aumenta, a gasolina aumenta, o supermercado aumenta, e o salário do juiz não aumenta? E reivindicar é feio? É antissocial isso? Absolutamente, não.”
Foi aplaudido com entusiasmo. Ele tinha mais a declarar:
“Para que possamos prestar um serviço digno, é preciso que tenhamos condições de trabalho dignas e vencimentos condizentes com o valor do serviço que prestamos para a sociedade brasileira”.
Não quero parecer amargo, mas, se o brasileiro pobre fosse convidado a dizer quanto vale, na média, o serviço da Justiça, as palavras poderiam não ser as mais doces.
Notem: é claro que acho que juízes têm o direito de reivindicar reajuste de salário e que defendo que tenham vencimentos dignos. E eles têm! Mas disso devem cuidar as múltiplas associações de magistrados. As há mais no Brasil que queijos na França. É de um ridículo ímpar que um ministro do Supremo vá falar como líder de corporação.
Mais: é claro que ele sabe o peso dessas palavras num momento em que se discute a MP 241. Parece que Lewandowski está expressando uma opinião política, não? Ele sabe que também o Judiciário vai ter de lidar com algo que lhe era estranho: teto de gastos. Um ministro do Supremo tem a obrigação moral de falar para pacificar a Nação e as contendas, não para exacerbá-las. Um ministro do Supremo não pode ter grupo. Nem lado.
Que os senhores da AMB e os presentes se manifestassem nesses termos, vá lá. Que o homem que compõe a cúpula de um Poder, que ele próprio presidiu até outro dia, resolva discursar como sindicalista, bem, aí não dá.
Falta decoro.
Falta pudor.

Crianças são usadas pelas esquerdas como escudos humanos contra PEC 241
Preparem-se para ver imagens fortes de molestamento ideológico; é claro que as coisas não podem continuar assim
Por: Reinaldo Azevedo 
Sexta-feira, 04/11/2016 às 4:24
Vejam estas imagens:
O que vai acima é, a uma só tempo, uma bizarrice e um crime moral, quando menos. Crianças que mal estão alfabetizadas estão sendo mobilizadas por professores contra, acreditem!, a PEC 241, a do corte de gastos.
As imagens trazem alunos nos anos iniciais do ensino fundamental, alguns talvez nem tenham chegado à idade da alfabetização, portando cartazes contra a emenda. E há até um onde se pode ler “Fora Temer”. Os infantes também estão com o rosto pintado.
As fotos me foram enviadas por ouvintes e estão publicadas num grupo de WhatsApp do Fórum Nacional de Educação. Foram postadas por uma tal Pretinha Truká, que pertence à Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco (Copipe).
Seu nome, na verdade, é Edilene Bezerra Pajeú. E, sim, ela é membro do Fórum. Representa a “Comissão”.
Pretinha Truká também é o nome com que Edilene concorreu à Câmara de Vereadores de Cabrobó, em Pernambuco, pelo PV. Não conseguiu se eleger.
É evidente que as pessoas têm o direito de ter essa opinião ou aquela sobre a PEC 241. Mas é um espanto que crianças sejam mobilizadas para isso, levadas a servir como porta-estandartes de uma luta cujo sentido ignoram.
Estamos, na verdade, diante do uso de crianças como, deixem-me ver, verdadeiros escudos humanos de uma luta que tem caráter político, ideológico.
A tal Truká enviou as imagens. Não dá para saber se são alunos seus ou não. O que está claro, aí, sim, é que ela endossa o procedimento e que os estudantes são da rede estadual de Pernambuco.
É um procedimento asqueroso.
Aliás, a expressão “escudos humanos” vem bem a calhar para designar também as vítimas de invasores de escola Brasil afora.
Curitiba
Por falar nisso, a juíza Patrícia de Almeida Gomes Bergonse, da 5.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, determinou nesta quinta-feira, 03, a reintegração de posse de todas as 44 escolas estaduais que ainda estavam invadidas na cidade. A saída dos invasores deve se dar nesta sexta-feira.
Bem, o que se vê na página do Fórum Nacional de Educação é um emblema da honestidade intelectual dessa turma.
Acho, sim, difícil que se implemente uma lei para coibir o molestamento ideológico em sala de aula. Mas me parece evidente, igualmente, que as coisas não podem ficar como estão.
As imagens que se veem acima nada têm a ver com educação. Trata-se do mais descarado trabalho de doutrinação. E a vítima não tem como se defender da investida.

Paulo Roberto, depois de roubar muito, já pode viver as delícias da impunidade pós-delação
Aquele que viveu à tripa-forra traindo o Brasil pode agora experimentar as delícias de trair seus próprios comparsas
Por: Reinaldo Azevedo 
Quinta-feira, 03/11/2016 às 21:15
Cada um diga o que quiser, né? Eu tenho cá algumas estranhezas com as consequências das delações premiadas. Parece-me que alguns bandidos poderão juntar a vida tranquila de agora com um passado de fausto e luxo. Refiro-me aos delatores. Ao traírem o povo brasileiro, viveram à tripa-forra. Ao traírem seus próprios companheiros de crime, saíram, na prática, incólumes.
Isso quer dizer que eu sou contra a delação premiada? Não! Eu me oponho é ao excesso de liberalidade com bandido colaborador.
Como vocês já leram, o juiz Sergio Moro determinou que Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, deixasse de usar a tornozeleira eletrônica a partir desta quinta-feira, 03. Ele nem mesmo precisa voltar à sua casa à noite. Pode ir para onde quiser em território nacional.
Costa é o primeiro delator da Lava-Jato. Foi ele quem abriu a fila. Terá de passar mais três anos fazendo serviços comunitários.
Bem, dizer o quê? Não sei a quantas andam as finanças pessoais da família Costa, mas infiro que o sr Paulo Roberto não esteja na penúria, não é?
Foi preso no dia 17 de março de 2014, quando a operação foi deslanchada. Colaborador fiel, acabou solto, embora tenha sido condenado a 20 anos de prisão. Agora, desde que não se meta em confusão, pode viver tranquilamente.
É bom que, tudo indica, ele não precise trabalhar. Porque não vejo quem poderia contratar seus serviços. Certamente, como disse Drummond, restou um pouco daquilo tudo.
Roubando o que ele roubou, passou na cadeia, fechado para valer, apenas seis meses. Para um ladrão do seu calibre, convenham, é muito pouco. Ele tem todos os motivos para acreditar que, sob esse “regime” do MPF, que parece implacável com a corrupção, o crime compensa.
Paulo Roberto teve uma vida certamente muito boa quando ajudava a sangrar os cofres da Petrobras e seguirá com uma vida boa agora. É evidente por si mesmo que há algo nessa história que está mal encaixado.
“Ah, está contra a delação?” Não! Parece-me que um condenado a 20 anos que passa apenas seis meses na cadeia recebe um prêmio excessivo.
E, nesse caso, também há algo especioso: o mesmo Ministério Público Federal que defende que a corrupção seja crime hediondo faz acordos impressionantemente favoráveis aos delatores.
A propósito. Se o MP estiver certo e se o crime de corrupção for comparável ao homicídio doloso com agravantes, pergunta-se: também um homicida ardiloso poderia ser beneficiado por uma eventual delação?
Paulo Roberto assaltou o País e já pode andar livre, leve e solto por aí.

NO BLOG DO JOSIAS
PT articula atos pró-Lula e esquece seus presos
Josias de Souza
Sexta-feira, 04/11/2016 05:38
Num instante em que os investigadores da Lava Jato avaliam que Lula precisa de interrogatórios, o PT e seus aliados providenciam mais solidariedade. Lançarão na quinta-feira (10) da semana que vem uma campanha “em defesa da democracia, do estado de direito e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
O movimento ignora companheiros que eram festejados em eventos partidários como “guerreiros do povo brasileiro” e hoje estão presos em Curitiba. Entre eles os condenados José Dirceu e João Vaccari. Ou Antonio Palocci, enviado pelo juiz Sérgio Moro ao banco dos réus nesta quinta-feira, 03.
Para Lula, um manifesto com passagens assim: “Na democracia, o Brasil conheceu um período de estabilidade institucional e de avanços econômicos e sociais, tornando-se um país melhor e menos desigual. Mas essa grande conquista coletiva encontra-se ameaçada por sucessivos ataques aos direitos e garantias, sob pretexto de combater a corrupção.” Para os demais, nenhuma palavra.
A chance de os rapapés dirigidos a Lula surtirem algum efeito jurídico é nula. A hipótese de o esquecimento dos demais encrencados produzir mágoas é total. O petismo ainda não se deu conta mas o histórico de delações da Lava Jato revela que o pior tipo de solidão é a companhia dos advogados na carceragem de Curitiba.
Pós-graduado em prisão, Dirceu ainda desfruta da companhia do próprio ego. Mas Vaccari emite sinais de depressão. E Palocci é visto pelos correligionários como uma alma frágil. Receia-se que não resista a uma rotina em que o sujeito vive roendo a própria solidão como uma rapadura sem doce.

Renan diz que só é investigado por ‘ouvir dizer
Josias de Souza
Sexta-feira, 04/11/2016 04:02
O presidente do Senado, Renan Calheiros, mandou divulgar uma nota para tranquilizar os brasileiros. No texto, guiando-se por autocritério, o senador assegura que é um político probo. Por isso, não tem nada a ver com ele o julgamento inconcluso em que a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal já se manifestou a favor do banimento de réus dos cargos situados na linha de sucessão da Presidência da República.
Veiculado no site do Senado na noite desta quinta-feira (3), o documento anota que Renan “não é réu em qualquer processo judicial e, portanto, não está afetado pela manifestação dos ministros do Supremo Tribunal Federal, ainda inconclusa.”
Encontra-se sobre a mesa da ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, a denúncia da Procuradoria da República em que Renan é acusado de pagar com propinas da empreiteira Mendes Júnior as despesas de uma filha que teve fora do casamento. O caso é de 2007. Está pronto para ser julgado há três anos e oito meses. Decerto a Suprema Corte se abstém de realizar o julgamento para não desperdiçar tempo com um inocente que não tem cara de réu.
Alvo de 12 processos, oito dois quais relativos à Lava Jato, Renan reconhece na nota que “responde a inquéritos”. Mas reitera, estalando de pureza moral: “Todos são por ouvir dizer ou interpretações de delatores.”
Chama-se Sérgio Machado um dos delatores cujas futricas foram mal interpretados. Apadrinhado por Renan, passou 12 anos na presidência de uma subsidiária da Petrobras, a Transpetro. Disse em depoimentos que desviou R$ 100 milhões para pajés do PMDB. Calculou a fatia de Renan em R$ 32 milhões.
Até aqui, todos os delatores da Petrobras conduziram os investigadores a provas que fizeram da jurisdição do doutor Sérgio Moro uma histórica usina de condenações. Nada a ver, naturalmente, com Sérgio Machado, que estava na Transpetro graças ao patriotismo que levou Renan a indicá-lo a Lula.
Premonitório, o presidente do Senado realça na nota que “todos os processos serão arquivados por absoluta ausência de provas…” Até lá, Renan certamente estará pronto a desfrutar o gozo de pequenas provações e a sofrer na própria pele as insuportáveis vantagens que Brasília costuma lhe impor. Alguém precisa fazer aos brasileiros o favor de se sacrificar pelo País.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 4 de novembro de 2016
A importância da pressão contra o Foro Privilegiado
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A “vacilada” do Supremo Tribunal Federal em resolver uma questão bem simples – quem é réu, moralmente, não deveria ocupar cargo na linha sucessória – deve servir de combustível para uma campanha cidadã mais importante que aquela que levou ao impedimento de uma 'Presidanta' da República. É preciso insistir no debate para o fim do absurdo Foro Privilegiado para que políticos sejam julgados por tribunais superiores, e não pela primeira instância judiciária, como qualquer mortal cidadão comum.
Lembram da Dilma? Ela foi derrubada. No entanto, o vice que assumiu continua sub judice, já que a chapa reeleitoral de 2014 é “ré” no Tribunal Superior Eleitoral – cuja marketagem se arvora de ser “A Justiça Eleitoral”. Mais delicado que tal fato é que apenas a petelândia acabou desmoralizada. O PMDB e seus aliados oportunistas partidos aliados – onde se abrigam centenas de suspeitos de cometerem crimes de corrupção – não só continuam impunes, como têm perspectiva de conquistarem mais espaços de poder. Os peemedebistas e tucanos foram os grandes vencedores da recente eleição municipal, e se preparam para romper a relação na disputa sangrenta pelo Palácio do Planalto em 2018.
A situação político-judiciária é de ruptura. Delações premiadas bombásticas, como a dos dirigentes da Odebrecht ou de um Eduardo Cunha ou Antônio Palocci da vida, podem comprometer centenas de membros do Congresso Nacional. Os réus da politicagem vão alegar, no maior cinismo de sempre, que o Judiciário tenta promover uma interferência no Legislativo, com o apoio do Ministério Público Federal. Os magistrados, principalmente os de tribunais superiores, geralmente indicados politicamente para os cargos vitalícios, sofrerão pressões espúrias nos bastidores. Quem sobreviverá nesta guerra surda?
Depende... O plano dos políticos é emplacar a Lei de Abuso de Autoridade com único objetivo de reduzir os poderes dos magistrados e membros do Ministério Público – e não para coibir eventuais excessos que eventualmente prejudiquem qualquer cidadão comum. Na prática, o plano da bandidagem política, com foro privilegiado, é enfraquecer o Judiciário. Por que os deputados e senadores não aceleram o debate e aprovação daquelas medidas contra a corrupção? Por que não aceitam discutir o fim do injusto foro privilegiado para ocupante de cargo público eletivo que comete crime comum?
Os segmentos esclarecidos da sociedade brasileira devem focar sua pressão no fim deste foro privilegiado que é inconstitucional por princípio, pois fere o direito básico à isonomia, à igualdade de tratamento entre os cidadãos.
A politicagem, no gerenciamento da máquina do crime institucionalizado, não quer a revisão deste absurdo privilégio judiciário. Por isso, a maioria dos brasileiros precisa pressionar pela mudança.
Hoje, na judicialização da politicagem, os bandidos estão levando ampla vantagem sobre as pessoas normais e honestas que pagam impostos absurdos e juros irreais, sobrevivendo do jeito que dá...
O consolo é que políticos começam a sexta-feira sob cagaço total. A Polícia Federal bota na rua uma megaoperação contra uma quadrilha de traficantes de drogas que movimentaria mais de R$ 1 bilhão por ano...Vai ter muito financiador de campanha, pessoa de fino trato, indo para a cadeia...
(...)

NO O ANTAGONISTA
Os dois grupos do PT
Brasil Sexta-feira, 04.11.16 08:24
Lula “reunirá as bancadas do PT para tentar frear” a debandada de congressistas, diz a Folha de S. Paulo.
O encontro vai ocorrer hoje.
A reportagem acrescenta que Lula teme o “esfarelamento” do PT.
“Petistas dizem que o partido está dividido em dois grupos: os que estão preocupados com sua capacidade eleitoral e os que acreditam na refundação do PT a partir do resgate de suas bandeiras históricas”.
É verdade que o partido está dividido em dois grupos: os que estão na cadeia e os que estão fora.
Lula, em breve, vai unir os dois grupos, indo para a cadeia.
Os aliados de Renan
Brasil 04.11.16 07:59
Renan Calheiros disse a aliados que "não está preocupado" com o julgamento no STF, segundo o Estadão.
Claro que não.
Ele pode contar com Michel Temer, com Dias Toffoli, com o foro privilegiado e com o tempo de prescrição.
Não há motivo para se preocupar.
MST na cadeia
Brasil 04.11.16 07:30
O MST tem de ser desmantelado.
A Polícia Civil do Paraná, neste momento, está prendendo 14 integrantes do grupo.
Eles são acusados de furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado e lesão corporal.
Entre os criminosos, há um vereador eleito no mês passado e um dirigente nacional do movimento.
O caso é um perfeito exemplo dos métodos do MST.
Leia o que diz o G1:
“Os investigados são suspeitos de manter os empregados do local em cárcere privado sob a mira de armas de fogo por várias horas.
O dono da propriedade disse à polícia que após a invasão sumiram cerca de 1,3 mil cabeças de gado e que teve um prejuízo estimado em 5 milhões de reais no total de danos à propriedade.
Os alvos da operação também cobravam uma taxa de até 35 mil reais para autorizar que os donos da fazenda fizessem a colheita da própria plantação”.
E isso acontece todos os dias, no Brasil inteiro.
... E Renan inocentado
Brasil 04.11.16 06:51
No post anterior, contamos que a Mendes Júnior prometeu delatar Renan Calheiros no caso de Monica Veloso.
Agora apague tudo o que você leu.
O Valor informa que, “depois de nove anos tramitando no STF, os crimes da única denúncia contra Renan Calheiros podem prescrever.
Se uma eventual condenação resultar em penas inferiores a quatro anos, o Código Penal estabelece que as penas estariam prescritas desde 2015”.
O consultor de Lula
Brasil 04.11.16 06:24
Eu, Diogo, desisti da Folha de S. Paulo.
Nesta sexta-feira, o jornal entrevista John Comaroff, um antropólogo marxista de Harvard que defende o afastamento de Sergio Moro dos processos contra Lula.
A reportagem diz que Comaroff é um “especialista em lawfare, termo definido pelo uso da lei para fins políticos, que vem sendo consultado pelos advogados de Lula”.
O antropólogo marxista de Harvard é um consultor da defesa, portanto. Ele tem lado. Em teoria, pode até ser remunerado por sua tentativa de criminalizar a Lava Jato.
Isso é pressfare, termo definido pelo uso da imprensa para fins políticos.
O STF precisa afastar Pimentel o quanto antes
Brasil Quinta-feira, 03.11.16 20:54
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu, do STJ, os documentos do processo contra Fernando Pimentel, inclusive os que estão sob segredo de Justiça.
Os seus integrantes, contudo, não querem disponibilizar a papelada aos demais deputados.
Gustavo Valadares e Sargento Rodrigues apresentaram requerimento pedindo o compartilhamento dos documentos.
É um escândalo o que está ocorrendo em Minas. O STF precisa afastar Pimentel o quanto antes.
URGENTE: "ITALIANO" É RÉU
Brasil 03.11.16 17:32
Como O Antagonista antecipou ontem, Sérgio Moro aceitou a denúncia do MPF contra Antonio Palocci. Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Outras 14 pessoas foram denunciadas:
- Branislav Kontic 
- Marcelo Odebrecht 
- Fernando Migliaccio da Silva 
- Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho 
- Luiz Eduardo da Rocha 
- Olivio Rodrigues Junior 
- Marcelo Rodrigues 
- Rogério Santos de Araújo
- Monica Moura 
- João Santana 
- João Vaccari Neto 
- João Ferraz 
- Eduardo Musa 
- Renato Duque 
RENAN AGILIZOU SABATINA DE RIBEIRO DANTAS
Brasil 03.11.16 16:56
Renan Calheiros procurou os líderes da base do governo Dilma no Senado para pedir-lhes que agilizassem a sabatina de Ribeiro Dantas para o STJ.
E assim foi feito. O ministro escolhido para salvar os empreiteiros foi sabatinado em tempo recorde.


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