PRIMEIRA EDIÇÃO DE 15-10-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 15 DE OUTUBRO DE 2016
Está longe de ser consensual ou mesmo prioritário, para merecer tanta pressa, o projeto do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) que pretende “punir abuso de autoridade” de policiais e procuradores. Ainda licenciado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) acha o projeto “inoportuno sob todos os aspectos”. Com apoio do PT e políticos investigados, é vista como tentativa de intimidar a ação da Lava Jato.
Indicado por Renan como relator, Romero Jucá (PMDB-RR) quer votar logo a projeto. “Quem abusa desautoriza as demais autoridades”, diz.
“Não há nenhuma prioridade para o tema”, disse Cássio Cunha Lima sobre o projeto de Renan, “que tende a irritar ainda mais a sociedade.”
A senadora Simone Tebet (PMDB-MT), uma das mais atuantes, acha o projeto de Renan “inoportuno, intempestivo, inadequado”, disse ela.
Renan Calheiros, autor do projeto, responde a 8 inquéritos da Lava Jato, no STF, e a outros três: casos Mendes Jr., Zelotes e Belo Monte.
Tomada por petistas na gestão Dilma, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), dona da ‘TV Brasil’, que registra audiência “traço” (não é nem zero) pagou, em 2015, R$ 272 milhões em salários e benefícios para os 2.600 funcionários concursados e comissionados. Sob o comando de Michel Temer, a empresa quer “fazer uma faxina ética”. Desde que Laerte Rimoli assumiu a EBC foram cerca de 40 demissões.
Em um único mês, os servidores da EBC custaram ao contribuinte R$ 24,8 milhões em 2015. As 40 demissões poupam R$ 2,8 milhões/ano.
Auditoria apontou cerca de 300 funcionários fantasmas deixados pela administração Dilma na EBC. Custavam mais de R$ 4,2 milhões/mês.
Os cerca de 300 funcionários fantasmas da EBC de Dilma (apelidados de funcionários-caviar) recebiam média de R$ 16 mil por mês.
O senador Romário (PSB-RJ) precisa de um craque administrando suas coisas. Ele sofreu novo revés na Justiça: teve dois apartamentos penhorados, no Rio, em ação movida por uma empreiteira.
Neste Dia do Professor, não há muito a comemorar desde a instituição da “Pátria enganadora”, no governo Dilma. Prioridade para Educação continua sendo apenas promessa vã de período eleitoral.
Irmão do ministro Geddel Vieira (Secretaria de Governo), o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) presidirá uma comissão especial para discutir a reforma política, pauta paralisada no Congresso há décadas.
Em evento com Blairo Maggi (Agricultura) e o governador Beto Richa em Guarapuava (PR), um padre dava benção aos presentes, e concluiu: dou graças a Deus porque “as urnas livraram o Brasil do PT”.
O deputado Celso Russomano (PRB) negou que foi retirado de avião após supostamente se recusar a passar pelo raios-X no aeroporto, em Brasília. Segundo ele, passou pela segurança. Estava só “apressado”.
O filme Olhar de Nise, de Jorge Oliveira e Pedro Zoca, está entre os 13 filmes selecionados para o 31º Festival del Cinema Latino Americano de Trieste, na Itália, de 20 a 30 deste mês. Nise é dos documentários brasileiros mais premiados e um dos mais exibidos no exterior.
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia desistiu de colocar em votação projeto que muda a Lei de Repatriação. Ele diz que o governo não o apoiou, mas sequer acertou a votação com o governo. Fica para o vice.
A polícia alagoana prendeu e exibiu à imprensa dois irmãos, acusados de matar um professor. Cinco dias depois, “ops, era engano”. O governo sequer pediu desculpas às vítimas da violência do Estado.
...o ex-presidente Lula deve ter formação mesmo é em artes cênicas.

NO DIÁRIO DO PODER
LUIZ SÉRGIO
PETISTA RELATOR DA CPI DA PETROBRAS RECEBEU PROPINA, DIZ ZWI SKORNICKI
LOBISTA DIZ QUE PAGOU AO DEPUTADO LUIZ SÉRGIO POR PROTEÇÃO NA CPI
Publicado: sexta-feira,14 de outubro de 2016 às 12:39 - Atualizado às 15:10
Redação
Segundo delação premiada do lobista e distribuidor de propinas Zwi Skornicki, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) recebeu dinheiro para atuar contra convocação de Zwi na CPI da Petrobras de 2015. O petista era relator da comissão. À Procuradoria-Geral da República, o lobista disse que a propina, combinada com o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Netto, foi pega pela empresa Keppel.
“Com relação à participação de autoridades com prerrogativa de foro, o colaborador, em seus termos 11 e 13, afirmou que a empresa Keppel pagou parte da propina ajustada com João Vaccari (ex-tesoureiro do PT) em nome do Partido dos Trabalhadores para o deputado Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira. Este mesmo parlamentar teria intercedido para a não convocação do colaborador à CPI da Petrobrás”, afirma a Procuradoria.
A delação de Zwi Skornicki foi homologada pelo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavaski, no dia 8 de outubro.
Na decisão que homologou o acordo de delação de Zwi, Teori transcreveu trecho de requerimento do Ministério Público Federal.
“Embora o referido parlamentar não consta ainda no rol de investigados da Lava Jato, os fatos trazidos pelo colaborador impactam diretamente (pelo menos e por ora) a investigação em curso”, aponta o documento.
A CPI da Petrobras aprovou há um ano o relatório final apresentado pelo deputado Luiz Sérgio, que isentou de responsabilidade em irregularidades na Petrobras o ex-presidente Lula, a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli.

SUSPEITA DE PROPINA
MP DE PORTUGAL DETERMINA QUEBRA DE SIGILO DE EMPRESA DE SOBRINHO DE LULA
OPERAÇÃO MARQUÊS SUSPEITA DE PROPINA DE R$ 40 MILHÕES AO PETISTA
Publicado: sexta-feira,14 de outubro de 2016 às 19:15 - Atualizado às 19:27
Redação
A Procuradoria-Geral de Portugal determinou a quebra do sigilo bancário da empresa Exergia, que tem como um dos sócios o sobrinho do ex-presidente Lula, Taiguara Rodrigues dos Santos. Os dois são réus na Operação Lava Jato por suposto envolvimento em fraudes envolvendo contratos do BNDES e a Odebrecht.
A investigação portuguesa faz parte da Operação Marquês, que, assim como a Lava Jato, também investiga políticos locais, inclusive o amigo de Lula, José Sócrates – ex-primeiro ministro de Portugal, preso em 2009 em decorrência da operação.
Em Portugal, o Ministério Público detectou pagamentos realizados pelo Grupo Lena à Exergia. Taiguara teria recebido 11 milhões de euros, cerca de R$ 40 milhões. Investigadores suspeitam de propina ao ex-presidente Lula.
Segundo as autoridades tributarias de Portugal, esta foi a segunda maior obra contratada pelo grupo Lena, 230 milhões de euros.

FORTE VALORIZAÇÃO
AÇÕES DA PETROBRAS SOBEM APÓS ANÚNCIO DE REDUÇÃO DE PREÇOS DE COMBUSTÍVEIS
OS PAPÉIS ORDINÁRIOS FECHARAM ESTA SEXTA-FEIRA COM ALTA DE 2,29%
Publicado: sexta-feira, 14 de outubro de 2016 às 18:38 - Atualizado às 18:39
No dia em que a Petrobras anunciou redução nos preços dos combustíveis, as ações da companhia registraram forte valorização. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) fecharam esta sexta-feira (14) com alta de 2,29%. As ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) subiram 3,17%.
O desempenho da estatal ajudou o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, a encerrar o dia com alta de 1,06%, aos 61.767 pontos. O indicador acumula alta de 5,83% em outubro e de 42,49% no ano.
As ações da Petrobras são as mais negociadas na bolsa. Hoje, a companhia anunciou redução média de 3,2% no preço da gasolina e de 2,7% no preço do óleo diesel nas refinarias. O impacto nas bombas dependerá das distribuidoras e dos postos.
Os novos preços entrarão em vigor amanhã (15). De acordo com a estatal, a queda ocorreu porque, como os preços dos combustíveis produzidos pela Petrobras estavam mais altos que a média internacional, várias distribuidoras estavam preferindo importar combustível, fazendo a participação da petroleira no mercado cair. A queda do dólar também contribuiu para a decisão. Os preços, destacou a Petrobras, passarão a ser revisados mensalmente.
Dólar
O mercado de câmbio não acompanhou o desempenho positivo da bolsa de valores. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 3,204, com alta de R$ 0,023 (0,72%). O Banco Central comprou US$ 250 milhões no mercado futuro, por meio de operações de swap cambial reverso.(ABr)

CASO BANCOOP
JUSTIÇA DE SÃO PAULO ABRE AÇÃO CONTRA LÉO PINHEIRO, VACCARI E MAIS DEZ
DENUNCIA ENVOLVIA LULA, MARISA E O TRIPLEX, MAS CASO FOI PARA MORO
Publicado: sexta-feira, 14 de outubro de 2016 às 16:25
A juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo contra o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, o ex-tesoureiro do PT e ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), João Vaccari Neto, e mais 10 investigados nesta sexta-feira, 14. A acusação envolve irregularidades nos empreendimentos Casa Verde, Liberty Boulevard, Mar Cantábrico (atual Solaris), Ilhas D’Itália, A’Bsoluto, Colina Park e Altos do Butantã, todos da Bancoop, entre 2009 e janeiro de 2015.
Léo Pinheiro é acusado de associação criminosa e estelionato. A Promotoria de São Paulo imputa a João Vaccari associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato e violação à Lei do Condomínio. Ambos já foram condenados na Operação Lava Jato e estão presos no Paraná.
A Bancoop, cooperativa fundada nos anos 1990 por um núcleo do PT, em dificuldade financeira, repassou para a OAS empreendimentos inacabados. A transferência provocou a revolta de milhares de cooperados, que protestam na Justiça que a empreiteira cobrou valores muito acima do previsto contratualmente.
A denúncia recebida hoje pela juíza Maria Priscilla Ernandes também envolvia inicialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o filho do casal Fábio Luis Lula da Silva e o triplex 164-A no Solaris, no Guarujá (SP). Em março, a magistrada mandou a acusação e o pedido de prisão de Lula, feito pelos promotores paulistas, para o juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato na 1ª Instância.
A Lava Jato denunciou Lula no caso triplex e acusa o ex-presidente de ter recebido R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. O petista é acusado  de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de cartel e propinas na Petrobrás.
Em 20 de setembro de 2016, Moro aceitou a denúncia da Procuradoria da República, no Paraná, e determinou a devolução, à Justiça de São Paulo, dos autos enviados pela juíza Maria Priscilla Ernandes. O juiz ordenou na ocasião a ‘supressão porém de todas as imputações relacionadas ao ex-presidente da República e seus familiares e igualmente em relação a qualquer fato envolvendo o apartamento 164-A do Condomínio Solaris’.
Ao mandar abrir ação penal contra Léo Pinheiro, João Vaccari e mais 10 investigados hoje, a juíza determinou: “Excluídas deste processo as acusações contra Marisa Letícia Lula da Silva, Luiz Inácio Lula da Silva e Fábio Luiz Lula da Silva, ante a decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba”. (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Lula só esqueceu de combinar com o destino
A morte e a cadeia liquidaram o bando formado em 2011 para reeleger Hugo Chávez
Por: Augusto Nunes 
Sábado, 15/10/2016 às 7:01
Quatro meses depois de transformar Dilma Rousseff em sucessora, cinco semanas depois de transferir o gabinete no Planalto para o poste que fabricou, Lula resolveu começar com mais de um ano de antecedência a campanha presidencial na Venezuela. Em 24 de fevereiro de 2011, como revelou nesta sexta-feira, 14, o site de VEJA, o palanque ambulante comunicou ao embaixador Maximilien Arveláiz, representante da república bolivariana no Brasil, que só a certeza de que Hugo Chávez conseguiria outro mandato no ano seguinte poderia livrá-lo da insônia perpétua.
“Eu durmo tranquilo porque sei que ele está na presidência, mas também perco o sono pensando que Chávez pode perder as eleições de outubro de 2012”, disse Lula durante a reunião sigilosa num hotel de São Paulo com o embaixador venezuelano. “Uma derrota de Chávez seria igual ou pior que a queda do muro de Berlim”. (Se encarasse o tema numa prova do Enem, o estadista de araque não conseguiria rabiscar nem dez linhas, todas ininteligíveis, sobre o episódio que precipitou a dissolução do império soviético. Juntara-se à Irmandade dos Órfãos do Muro certamente por ouvir as lamúrias de Fidel Castro sobre aquela tremenda safadeza do imperialismo ianque).
Antes que o diplomata lhe perguntasse, o ex-presidente contou que já planejara o que fazer para que o amigo venezuelano permanecesse no poder ao menos até 2017. Em parceria com José Dirceu, ele cuidaria da montagem e da coordenação de um “comando de apoio à reeleição” sediado em território brasileiro. A primeira missão do grupo seria acelerar a entrada da Venezuela no Mercosul, um triunfo político que ampliaria o campo de manobra de Chávez no subcontinente. “Isso é fundamental”, sublinhou Lula.
Tão fundamental quanto o desembarque na campanha chavista de um especialista em fazer o diabo para ganhar eleição, foi em frente o cabo eleitoral. Para encorpar a votação do amigo venezuelano com uma propaganda eleitoreira exemplarmente enganosa, Lula tinha o homem certo: João Santana, naturalmente. No telegrama que resumiu a conversa no hotel, endereçado ao chanceler Nicolás Maduro, o embaixador Arveláiz rebatizou o marqueteiro do reino lulopetista de “Joel” Santana. O conhecido treinador de futebol está fora dessa.
Em maio, outro telegrama avisou a Maduro que Lula pousaria na Venezuela em 2 de junho, depois de uma escala em Cuba, e pretendia aproveitar a oportunidade para acertar com Hugo Chávez, em conversas a dois, os detalhes do projeto eleitoral. Oficialmente, ressalvou o embaixador, o visitante baixaria por lá para participar de um encontro com empresários organizado por Emilio Odebrecht. É uma informação preciosa: já estava em ação, disfarçado de palestrante, o camelô de empreiteira que seria aposentado pelas descobertas da Operação Lava Jato.
Só faltou combinar com o destino, sabe-se hoje. Surpreendido durante a campanha pelo câncer, Chávez morreu em março de 2013 sem assumir o mandato conquistado cinco meses antes. A partir de 2 de agosto de 2012, José Dirceu afastou-se do grupo de cúmplices para dedicar-se em tempo integral a escapar de punições pelo envolvimento com a quadrilha do Mensalão. Condenado por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal, foi preso em 12 de novembro de 2012. Depois de alguns meses em liberdade condicional, foi atropelado pelas investigações da Lava Jato e continua engaiolado em Curitiba.
João Santana, que ajudou Chávez a ganhar a eleição, também afundou na roubalheira do Petrolão de mãos dadas com a mulher, Mônica Moura. Depois de algum tempo engaiolado em Curitiba, o casal tenta driblar o caminho de volta à cadeia pelo atalho da delação premiada. Enredado em distintas maracutaias, réu em três processos, Lula há muito tempo deixou de ser convidado para comícios e palestras no Brasil e no Exterior. Hoje, só juízes federais se interessam pelo que tem a dizer o chefão encurralado.

Brasil em perigo
Dilma adverte: se Lula for preso, o País pode ser invadido pela Tríplice Aliança
Por: Augusto Nunes 
Sexta-feira, 14/10/2016 às 11:11
“A prisão será vista como corolário do golpe pelo mundo”. (Dilma Rousseff, em entrevista à Rádio Guaíba, do Rio Grande do Sul, explicando que a prisão do ex-presidente Lula pode resultar na invasão do Brasil pelos exércitos da poderosa Tríplice Aliança formada por Venezuela, Bolívia e Equador)

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
REFORMA POLÍTICA: Cuidado! Voto em lista é golpe no eleitor! Sem essa, Rodrigo Maia!
Partidos agora dão de uma de joão sem braço e falam em lista fechada em razão de dificuldades financeiras. Uma ova!
Por: Reinaldo Azevedo 
Sexta-feira, 14/10/2016 às 22:09
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), postou nesta quinta-feira, 13, uma mensagem no Facebook que me parece infeliz sob vários pontos de vista. Eis a imagem abaixo, com a transcrição:
Está lá, literalmente, com todos os infinitivos flexionados:
“Na próxima semana o Congresso voltará a debater uma nova reforma política. Ao meu ver, o nosso sistema entrará em colapso em 2018 se nada for feito. Estive hoje com o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes para discutirmos pontos que devem ser analisados pelo Parlamento. Com o fim do financiamento privado, eu tenho defendido a adoção da lista fechada. Uma opção que traria menor custo para as próximas eleições. O modelo vigente no País não representa mais a sociedade, uma prova disso é que mais de 40% da população não foi às urnas. É preciso encontrarmos um sistema que possibilite a legitimação da política e também o seu financiamento.”
Retomo
Uma das pedras de toque da reforma política que o PT queria fazer quando era o todo-poderoso do País previa o voto em lista.
Para lembrar como é a coisa: o eleitor é convidado a votar, nas eleições proporcionais (deputados federais e estaduais e vereadores no caso de grandes cidades), num partido.
Apurados os votos que obtiveram as legendas, vê-se qual é o número de cadeiras que cabe a cada legenda. E os eleitos são aqueles que compõem a lista fechada do partido, a começar do primeiro rumo ao último.
O voto em lista é o único sistema, fora uma ditadura, em que uma pessoa sem voto pode ser “representante do povo”. Basta que ela pertença a um partido com uma máquina poderosa e que esteja entre os primeiros da lista.
Suposta virtude, mas que é conversa mole: o voto fortalece os partidos. A verdade: esse mecanismo só robustece burocracias partidárias.
Por que queria?
Por que o PT queria esse sistema? Porque era o partido mais forte e também liderava a preferência dos brasileiros quando estes eram indagados a respeito.
Eu era contra. Só porque fortalecia o PT??? Não! Fosse assim, hoje eu seria a favor, quando o partido está na lona. Mas eu continuo contra.
Reforma?
Quero uma reforma política que aproxime o eleito do eleitor, não o contrário. E isso se dá com o voto distrital puro. Cada partido indica o seu representante para uma área restrita. Pode-se pensar no distrital misto, que combina esse modelo, que aprovo, com a lista? Não é a minha escolha, mas dá para debater. O voto em lista, como queria o PT e agora diz querer Maia, é inaceitável. Trata-se de um golpe no eleitor.
Desculpa esfarrapada
Pior: Maia trata do assunto na esteira das dificuldades geradas pela proibição da doação de empresas a campanhas eleitorais.
Acontece que essa proibição esdrúxula tem é de cair, em vez de gerar novos frutos teratológicos.
Sou quase capaz de apostar que o PT, que antes defendia o voto em lista, agora já não vê a coisa com simpatia, fazendo trajetória inversa à de Maia.
Os senhores políticos precisam pensar uma reforma política que sirva ao País, não a seus interesses oportunistas.
Comissão
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), presidirá a Comissão Especial que vai debater a reforma política. O relator será o petista Vicente Cândido (PT-SP).
Espero que essa estupidez de voto em lista seja arquivada de pronto e que se tente trilhar o caminho contrário.
De resto, voto distrital, voto distrital misto e mesmo voto em lista são alternativas que só fazem sentido num regime parlamentarista.
E este, sim, deveria ser o debate. A partir de 2018, certamente é impossível. Que se pense, então, na possibilidade a partir de 2022.
A única grande nação em que o presidencialismo dava certo ERAM os Estados Unidos. Nem isso mais. Donald Trump levou o modelo à falência.
Os EUA elegerão Hillary Clinton presidente, a candidata democrata mais fraca em muito tempo, porque boa parte dos americanos votará CONTRA o falastrão.
O debate da reforma começou pelo avesso.

NO BLOG DO JOSIAS
Delator diz que pagou propina a Moreira Franco
Josias de Souza
Sábado, 15/10/2016 03:51
Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, disse à força-tarefa da Lava Jato que pagou propina de R$ 3 milhões a Wellington Moreira Franco, em 2014, quando era ministro da Aviação Civil do governo Dilma Rousseff. Hoje, Melo Filho negocia um acordo de delação premiada. E Moreira Franco, um dos principais conselheiros de Michel Temer, comanda o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), responsável pelas concessões e privatizações na área de infraestrutura.
Deve-se a revelação da novidade ao repórter Daniel Pereira. Ele teve acesso a parte do teor da delação de Melo Filho, um dos 50 executivos da Odebrecht que suam o dedo em busca de atenuação de penas. Relatou o que viu em notícia veiculada na edição mais recente da revista Veja. O delator esclareceu que o dinheiro repassado a Moreira não era contribuição eleitoral. Ele não disputou eleições em 2014. Na sua versão, tratava-se mesmo de propina. Que Moreira nega ter solicitado.
O ex-executivo da Odebrecht não detalhou as razões que o levaram a repassar R$ 3 milhões ao então titular da pasta da Aviação Civil. Se a delação for homologada, ele terá de provar o que diz. Sob pena de perder os benefícios judiciais que pleiteia. Os advogados da Odebrecht se equipam para prover a explicação aos investigadores da Lava Jato. O dinheiro teria sido desembolsado para que Moreira cancelasse o projeto de um aeroporto que concorreria com negócios da construtora.
Um consórcio liderado pela Odebrecht arrematara a concessão do aeroporto do Galeão, no Rio, que fora levado ao martelo em novembro de 2013. A transação envolvia o compromisso de desembolso de R$ 19 bilhões. No ano seguinte, Moreira intensificou as tratativas para que a Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez construíssem um terceiro aeroporto na grande São Paulo. Ficaria no município de Caueiras.
Esse novo aeroporto concorreria com o de Viracopos, em Campinas, e o de Cumbica, em Guarulhos. Afetaria também o movimento do Galeão. Na época, Marcelo Odebrecht pegou em lanças pelo Galeão. Léo Pinheiro, que presidia a OAS, estrilou por Cumbica. Os dois alegaram que um terceiro aeroporto em São Paulo significaria uma quebra de contrato, já que a construção não estava no horizonte quando suas construtoras arremataram Galeão e Cumbica.
Os advogados da Odebrecht levarão à delação de Melo Filho a informação de que a propina de R$ 3 milhões destinava-se a comprar o cancelamento da obra do terceiro aeroporto de São Paulo. E o projeto, de fato, não decolou do papel. Segundo o delator, o pedido de propina foi feito numa conversa em que estava a sós com Moreira Franco.
Em nota, Moreira Franco negou as acusações de Melo Filho. Disse que jamais pediu ajuda financeira a executivos da Odebrecht. Explicou que o projeto do terceiro aeroporto de São Paulo 'micou' por razões técnicas. “A posição contrária ao projeto foi de natureza técnica”, declarou ele. “Não houve nenhum pedido de contribuição.”
Homem da Odebrecht em Brasília, Melo Filho transitava entre ministros e congressistas. Se homologado, seu acordo de delação implicará muitos parlamentares. Gente de vários partidos. Um deles é o senador Romero Jucá, ex-ministro de Temer e atual presidente do PMDB federal. O delator diz que, entre doações legais e propinas, Jucá recebeu R$ 10 milhões da Odebrecht. Uma recompensa por zelar pelos interesses da construtora em medidas provisórias e projetos de lei que tramitaram pelo Congresso. A exemplo de Moreira Franco, Romero Jucá, que já é personagem de quatro inquéritos na Lava Jato, nega o recebimento de verbas ilegais.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, outubro 14, 2016
LULA ESTÁ ENCURRALADO
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada

A revista IstoÉ que chega às bancas neste sábado, 15 faz um inventário das ocorrências que cercam Lula por todos os lados. O ex-todo-poderoso-presidente vê ruir por completo a estratégia de atribuir suas desventuras na Justiça ao Juiz Sérgio Moro. Na última semana, o petista virou réu pela terceira vez, de novo por decisão de um juiz do Distrito Federal, enquanto que no Supremo Tribunal Federal (STF), Lula ele foi incluído no “quadrilhão”. Os causídicos que o defendem estão mais perdidos do que cachorro em tiroteio. Leiam:
Às vésperas de completar 71 anos, amargando o ostracismo e derrotas políticas humilhantes, o ex-presidente Lula está sufocado por um infindável número de ações na Justiça, que poderá torná-lo ficha suja até as eleições de 2018, tirando-o do páreo. Na última semana, foi escrito mais um capítulo de sua derrocada. Atendendo a uma denúncia do Ministério Público Federal, desta vez sob acusação de tráfico de influência para liberar recursos do BNDES a obras da empreiteira Odebrecht em Angola em troca da contratação da empresa de seu sobrinho, Taiguara Rodrigues, por R$ 20 milhões, o juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, transformou Lula em réu pela terceira vez na quinta-feira 13. “O órgão acusatório reitera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria recebido milhões de reais pagos pela Odebrecht para realizar viagens e palestras em Cuba, República Dominicana e Angola, o que seria na verdade pagamento em contrapartida por possível tráfico de influência, dentro de uma organização criminosa de que faziam parte os réus indicados”.
Com a sentença desfavorável ao petista, a segunda da lavra do magistrado do DF, mais uma das narrativas do ex-presidente cai por terra. Lula passou os últimos meses dizendo-se vítima de uma implacável perseguição do juiz de Curitiba, Sérgio Moro. Como se vê, agora, não é apenas o magistrado integrante da “República de Curitiba” que vê indícios de ocorrência de práticas criminosas pelo ex-presidente. O petista é alvo de ações em várias frentes e a percepção geral é de que as investigações vão ser aceleradas. Na Justiça do DF e no Supremo Tribunal Federal. Na mais alta corte do País, o relator do Petrolão, Teori Zavascki, fatiou o inquérito que apura a formação de quadrilha no Petrolão – chamado pelos investigadores de “quadrilhão”. Com a decisão, Lula passou a ser alvo da investigação. O juiz do Distrito Federal, Vallisney de Oliveira, também é responsável pela primeira ação penal contra o petista, que o acusa de comandar a compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, obstruindo a Lava Jato. Na semana passada, a audiência do petista foi marcada para o dia 17 de fevereiro de 2017. Será a primeira vez que Lula se sentará no banco dos réus.
DEFESA PERDIDA
Os procuradores, também do DF, se dedicam a outras investigações sobre possível tráfico de influência do petista para obras de empreiteiras em países da América Latina. Entre eles, Equador, Panamá e Venezuela. A suspeita é que houve pagamento de propina por meio da contratação de Lula também para palestras. De 2011 a 2014, ele recebeu R$ 30 milhões pelos supostos serviços. Os procuradores acham que os recebimentos foram para “dissimular vantagens indevidas”, como no caso de Angola. Mais perdida que cego em tiroteio, a defesa do petista insiste na tese de que Lula nada tinha a ver com o BNDES, algo no mínimo risível.
Em Curitiba, Lula já é réu no caso do tríplex do Guarujá e deve voltar a enfrentar problemas em breve. A força-tarefa da Lava Jato agora se dedica ao caso do sítio de Atibaia, sob suspeita de que reformas pagas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht foram propinas em troca de benefícios dados pelo petista enquanto era presidente. É pior do que inferno astral. Do site da revista IstoÉ


NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Petrobras baixa combustível para facilitar venda da BR
2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Perdão aos leitores e leitoras mais sensíveis pela reprodução da manchete politicamente incorreta de um jornal popular carioca. Mas a situação do povo brasileiro e dos investidores da Petrobras é a mesma do ceguinho da tragédia. Só não ver quem não quer que, ao cometer a demagogia de reduzir o preço dos combustíveis (ajudando a segurar a inflação e viabilizando o teatrinho para o Banco Central dar uma abaixadinha na taxa Selic), a diretoria da Petrobras, na verdade, está preparando a venda da BR Distribuidora. Por isso, a bolsa sobe e o dólar cai, para delírio de alguns rentistas, e prejuízos de outros.
Pela primeira vez, desde 2009, a Petrobras resolveu baixar o preço da gasolina e do diesel. Ambos ficam menos caros a partir de sábado, 15. Mas a mudança na política de preços da companhia, anunciada cedinho, com toda pompa e circunstância, é apenas o sinalzinho que faltava para avisar ao mercado que a venda de uma das jóias da coroa, a BR Distribuidora, está muito próxima. Não se sabe ainda se ocorrerá uma abertura de capital, ou uma privataria completa. A subsidiária é estratégica, porque foi dela que se apossou o regime petista para promover todas as grandes falcatruas na Petrobras.
Um profundo analista da área de combustíveis já pontuou para seus investidores: “Nos últimos seis meses, a Petro perdeu 14% de marketshare no diesel e 4% de share em gasolina! A Petro descarta a utilização de fórmula paramétrica, que permitiria ao mercado prever os preços praticados pela companhia!!! Francamente o mercado não entende de Petro. Medida necessária para viabilizar venda da BR Distribuidora”. Como os brasileiros não vão pagar três centavos de real pelo litro da gasolina, como fazem os venezuelanos na bancarrota, pouca coisa muda por aqui...
A bolsa também ficou ouriçada nesta sexta-feira porque o Conselho Administrativo de Defesa Econômica considerou apenas “complexa” a fusão entre a BM&F/Bovespa e a Cetip. O Departamento de estudos econômicos do CADE fará “uma análise das eficiências decorrentes da operação apresentadas pelas companhias”. O CADE também pediu informações adicionais sobre as condições de entrada nos mercados analisados e as regras de governança da companhia resultante, avaliada em R$ 40 bilhões (a merreca que o governo acaba de faturar, até agora, com o programa de repatriação de recursos ilegalmente mandados ao exterior).
A previsão geral é que o CADE não vai atrapalhar o negócio que juntará os mercados de renda fixa e variável no Brasil Capimunista, rentista e corrupto, dominado por cartórios e cartéis. 
O Comunicado
Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informa que sua Diretoria Executiva aprovou, ontem, a implantação de uma nova política de preços de gasolina e diesel comercializados em suas refinarias.
Essa política, a ser praticada pela Companhia, terá como princípios:
1. O preço de paridade internacional (PPI), que já inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias;
2. Uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação, tais como, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobreestadias em portos e lucro, além de tributos;
3. Nível de participação no mercado;
4. Preços nunca abaixo da paridade internacional.
A política que será posta em prática prevê avaliações para revisão de preços pelo menos uma vez por mês. É importante ressaltar que, como o valor desses combustíveis acompanhará a tendência do mercado internacional, poderá haver manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias.
A aprovação da política de preços e estruturas básicas de preço dos produtos da Petrobras é competência da Diretoria Executiva, segundo o artigo 34 do Estatuto Social da Companhia. Conforme aprovado pela Diretoria Executiva, a avaliação sobre as necessidades de ajustes nos valores dos combustíveis nas refinarias será tomada por um comitê, denominado Grupo Executivo de Mercado e Preços, composto pelo presidente da empresa, pelo diretor de Refino e Gás Natural e pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.
Para permitir maior flexibilidade na gestão comercial de derivados e estimular o aumento de vendas, a Petrobras também avaliará conceder descontos pontuais para o diesel e a gasolina em mercados específicos. Em hipótese alguma, esses descontos implicarão em preços abaixo dos custos da empresa.
Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de petróleo e derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis.
O Grupo Executivo de Mercado e Preços, em sua primeira reunião, decidiu reduzir o preço do diesel em 2,7% (média Brasil) e da gasolina em 3,2% (média Brasil) na refinaria. Esses preços entrarão em vigor a partir da zero hora de sábado, dia 15/10.
A decisão do grupo gestor levou em conta o crescente volume de importações, o que reduz a participação de mercado da Petrobras, e também a sazonalidade do mercado mundial de petróleo e derivados.
Futuros ajustes de preços de combustíveis serão comunicados via nota à imprensa e canais internos de comunicação aos clientes.
Releia a primeira edição desta sexta-feira: Mercado goza com a farra dos bilhões repatriados
(...)

NO O ANTAGONISTA
O lotação da delação
Brasil 15.10.16 08:08
A Odebrecht deve incluir mais 30 funcionários no acordo de delação premiada que negocia com o Ministério Público Federal, segundo a Folha. Se isso acontecer, a empresa pode ter ao todo mais de 80 delatores na Operação Lava Jato - considerado os 53 que atualmente participam das negociações.
"No decorrer das conversas, eles trouxeram informações que incluíram outros funcionários do grupo. Os procuradores sugeriram, então, que esses citados relatassem os fatos dos quais participaram. Se forem contemplados no acordo, parte deles entrará na categoria de lenientes, ou seja, sem sanções penais ou multas."
Nesse ritmo, o acordo com a Odebrecht só será concluído em 2017.
ISTOÉ: RECEITA FAZ DEVASSA EM PATRIMÔNIO DE POLÍTICOS
Brasil 15.10.16 08:01
A ISTOÉ revela que a Receita Federal está investigando o patrimônio incompatível de 44 políticos e já autuou dez, todos envolvidos na Lava Jato. A apuração começou com André Vargas, que terá de pagar R$ 4,2 milhões ao Leão.
Os outros são Eduardo Cunha, José Dirceu, Aníbal Gomes, Arthur Lira, Dilceu Sperafico, José Otávio Germano, Lázaro Botelho, Mário Negromonte e Roberto Britto.
2
ÉPOCA: ENGEVIX ENTREGA SERRA E ALCKMIN
Brasil 15.10.16 07:50
A Época traz reportagem sobre as negociações da Engevix com AGU e Ministério da Transparência para um acordo de leniência. O empreiteiro José Antunes Sobrinho prometeu contar sobre o pagamento de propinas na CDHU e na Dersa nos governos de José Serra e Geraldo Alckmin.
Antunes também falou sobre propinas em contratos da Valec e do DNIT. Os valores de propina ultrapassam R$ 20 milhões.
O 'HOMEM DA MALA' DA ODEBRECHT EM BRASÍLIA
Brasil 15.10.16 07:34
Quem acompanha O Antagonista sabe de tudo antes. Em maio, revelamos que Claudio Melo Filho era o "homem da mala" da Odebrecht em Brasília. Como ex-VP de Relações Institucionais, seu papel era travar contatos diários com o Legislativo, o Executivo e o Judiciário na capital federal.
Melo Filho é um arquivo vivo do relacionamento promíscuo que se estabeleceu entre a Odebrecht e integrantes dos Três Poderes - sim, ele também conversava com ministros do STF e do STJ.
Melo Filho caiu na Operação Vitória de Pirro, a mesma em que Gim Argello acaba de ser condenado a 19 anos de prisão. Em sua delação, o ex-VP também contou dos contatos com Vital do Rêgo, hoje ministro do TCU, e Marco Maia, para blindar a empreiteira na CPI da Petrobras.
Melo Filho também é investigado na Operação Acrônimo, que tem como alvo principal o governador Fernando Pimentel. Se o seu acordo de colaboração for homologado, o ex-VP poderá concluir a construção de sua mansão às margens do Lago Paranoá, em Brasília.
Releiam aqui o que publicamos em maio de 2016 sobre o dito cujo:
Exclusivo: A mansão do lobista da Odebrecht
Brasil 08.05.16 14:04
Claudio Melo Filho, VP de relações institucionais da Odebrecht em Brasília, foi denunciado na sexta-feira pelo MPF em Curitiba no inquérito da Operação Vitória de Pirro.
Melo é personagem conhecido dos bastidores da capital federal por defender os interesses da empreiteira junto aos parlamentares.
Ele é acusado pelo MPF de oferecer a Gim Argello propina de R$ 5 milhões para que o ex-senador blindasse os executivos da Odebrecht na CPI da Petrobras.
Melo também foi citado na Operação Xepa, que descobriu que a Odebrecht criou um setor exclusivo para o pagamento de propinas, e entrou na mira da Operação Acrônimo.
Ele mora numa mansão no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, e está construindo outra à beira do lago, com custo avaliado em R$ 12 milhões - incluído o terreno.
Desde que o executivo foi atingido pela Lava Jato, os pagamentos aos fornecedores da obra escassearam. A Lava Jato agora quer saber se o dinheiro para erguer a nova mansão tem origem lícita.


O 'homem da mala' da Odebrecht em Brasília
Brasil 08.05.16 20:26
O Antagonista mostrou mais cedo a mansão que Claudio Melo Filho, executivo da Odebrecht, está construindo na beira do Lago Paranoá, em Brasília.
Oficialmente, Melo é responsável pelo "relacionamento político-institucional" da empreiteira. Para a Lava Jato, Melo é o homem de mala da Odebrecht na capital federal.
Na denúncia oferecida na Operação Vitória de Pirro, o MPF identificou "vários contatos telefônicos" entre Melo e Gim entre abril e setembro de 2014, período de funcionamento da CPI da Petrobras.
Os dois combinaram, com aval de Marcelo Odebrecht, o pagamento de propina para Gim (vice-presidente da CPI), além de Vital do Rêgo (presidente) e Marco Maia (relator) - que são investigados pelo STF.
Melo também é citado nas mensagens de MO como peça fundamental na estratégia frustrada para sua libertação junto ao STJ e nas planilhas do chamado "departamento de operações estruturadas", usado para o pagamento de propina a políticos.

Operador da Odebrecht caiu na Acrônimo
Brasil 08.05.16 20:37
Claudio Melo Filho, homem de MO para o pagamento de propinas a políticos em Brasília, também é investigado na Operação Acrônimo...
Na quinta-feira, o STJ expediu três mandados de busca e apreensão, um deles no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que foi chefiado por Fernando Pimentel.
O Antagonista foi informado de que os outros dois mandados, mantidos em sigilo, tiveram como alvos o escritório da Odebrecht na capital federal e a casa de Claudio Melo, no Lago Sul.
EX-VP DA ODEBRECHT PROMETE IMPLODIR GOVERNO
Brasil 15.10.16 07:22
O Antagonista revelou no início do mês que o delator Claudio Melo Filho, ex-VP de Relações Institucionais da Odebrecht, entregou à PGR cerca de 30 nomes de políticos, a maioria do PMDB.
Do núcleo duro de Michel Temer, já sabemos que Melo Filho delatou até agora Moreira Franco, Romero Jucá e Geddel Vieira Lima - além de Renan Calheiros. Outros virão.
Releiam o que já publicamos sobre a delação de Claudio Melo Filho:
GEDDEL NA DELAÇÃO DA ODEBRECHT
Brasil 05.10.16 16:35
Claudio Melo, ex-VP de relações institucionais da Odebrecht, confessou ter repassado propina ao ministro Geddel Vieira Lima.
Já são três os ministros de Michel Temer identificados por delatores na planilha da empreiteira. Geddel tem mantido a versão de que só pediu às empreiteiras doações oficiais.
EXCLUSIVO: RENAN, CODINOME 'JUSTIÇA'
Brasil 04.10.16 20:52
Claudio Melo, o ex-VP de relações institucionais da Odebrecht, apontou repasses de propina para Renan Calheiros, que recebeu o codinome "justiça" nas planilhas do Setor de Operações Estruturadas.
Justiça seja feita: Renan foi ministro da Justiça de FHC.
EXCLUSIVO: BRUNO ARAÚJO NA DELAÇÃO DA ODEBRECHT
Brasil 04.10.16 20:18
Claudio Melo, ex-VP de Relações Institucionais da Odebrecht, também entregou o deputado tucano Bruno Araújo, ministro das Cidades.
Bruno já aparecia nas planilhas do departamento da propina da empreiteira. Melo confirmou os repasses.
DEZ MILHÕES DA ODEBRECHT PARA CAJU
Brasil 15.10.16 07:04
Na mesma reportagem sobre a delação de Claudio Melo Filho, a Veja diz que Romero Jucá recebeu R$ 10 milhões da Odebrecht, "divididos em doações legais e ilegais, como pagamento por contemplar interesses da Odebrecht em medidas provisórias e projetos que tramitaram no Congresso".
No início do mês, o Antagonista revelou que Jucá é o "Caju" na planilha da Odebrecht.
EXCLUSIVO: VP DA ODEBRECHT ENTREGA JUCÁ
Brasil 04.10.16 19:39
O Antagonista apurou que Claudio Melo Filho, ex-VP de Relações Institucionais da Odebrecht, confirmou à Lava Jato o pagamento de propina ao senador Romero Jucá.
Segundo Melo Filho, o ex-ministro do Planejamento de Temer era identificado nas planilhas da propina pelos codinomes "Cacique" e "Caju".
O apelido "Caju", inicialmente associado a José Eduardo Dutra, surge na planilha "SOLICITAÇÕES ESPECIAIS", com pagamentos ilícitos efetuados entre agosto e outubro de 2010.
O codinome "Caju" aparece ainda associado a repasses em mais uma dezena de planilhas.
Mais um mimimi
Brasil Sexta-feira,14.10.16 20:10
A Folha diz que a CUT e o MST preparam movimentos de "resistência" à eventual prisão de Lula. "Em caso de prisão, deflagraremos uma marcha até Curitiba. Não vamos permitir esse clima de fato consumado", diz João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do MST.
Mimimi.

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