SEGUNDA EDIÇÃO DE 14-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO DIÁRIO DO NORDESTE
Vereador denuncia 'lista' de compra de votos na Capital
00:00 · Quarta-feira,14.09.2016
Destacando o acontecimento de "coisas estranhas" na campanha eleitoral em curso há um mês, o vereador Robert Burns (PTC) subiu à tribuna da Câmara Municipal, ontem, para denunciar casos de supostas irregularidades registrados em comunidades e bairros da Capital. Segundo ele, candidatos a vereador estariam se preparando para comprar votos dos eleitores para a eleição de outubro próximo.
O parlamentar iniciou a fala repercutindo a apreensão feita pela Polícia Federal (PF) de R$ 6 milhões em espécie no cofre de uma empresa ligada ao deputado federal Adail Carneiro (PP-CE), na Aldeota, na última sexta-feira (9). Segundo a PF, o dinheiro estava dividido em pacotes com cédulas de R$ 100. "Coisas estranhas começaram a acontecer na campanha. Pegaram seis milhões e não sabem para quem é o dinheiro", afirmou.
Burns fez um alerta à Polícia Federal e ao Ministério Público sobre a existência de candidatos "na rua" que irão dar R$ 50 para boca de urna. Segundo ele, é preciso que as autoridades responsáveis investiguem este tipo de caso registrado em bairros e comunidades da cidade. "Dizem que estão fazendo isso para o povo fazer boca de urna e votar neles. No meu ponto de vista isso é compra de votos", disparou.
Lista
Ele disse que estaria "correndo lista" com nomes de eleitores que receberiam dinheiro. "É o fim da moralidade. Estamos nesse processo da Lava-Jato provando que campanhas eram feitas com dinheiro roubado", refletiu.
Para o parlamentar, há indícios claros nas ruas e o Ministério Público, o Tribunal Regional Eleitoral e a Polícia Federal devem investigar as ações de alguns postulantes na tentativa de corromper a população. "Têm que andar nas comunidades, porque já estão presentes em várias, fazendo lista com o nome do povo, corrompendo para comprar voto", relatou.
Robert Burns afirmou, porém, que o cidadão que se vende é tão corrupto quanto os políticos que compram voto e que a corrupção é a responsável pela piora da Saúde e pela falta de emprego. "Isso controla a eleição, atrapalha o pensamento do nosso povo e só faz engrandecer a corrupção e a mentira. Por não trabalharem com o povo ficam tentando comprar o povo".

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Renan e Lula são os próximos alvos?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Governistas e a "oposição" - que tiveram pressa na queda de Eduardo Cunha - agora não desejam que o deputado cassado acabe condenado por algum órgão colegiado na mesma velocidade relâmpago. A maioria dos corruptos no poder não deseja que Cunha acabe preso, tornando-se o mais perigoso "colaborador premiado" da Lava Jato. A aposta, quase uma convicção entre seus inimigos, é que Cunha parta para uma violenta retaliação, caso acabe punido com a execução provisória em regime fechado, antes mesmo da condenação definitiva (o famoso trânsito em julgado previsto na Constituição).
Quem tem o maior interesse em desviar o foco é Renan Calheiros. O presidente do Senado tem certeza de que é uma das bolas da vez. A outra é Luiz Inácio Lula da Silva. As broncas contra Renan e Lula podem perder o imediatismo se a trégua for conveniente ao governo Michel Temer. O dono da caneta que nomeia, exonera, contrata e desfaz tem o poder de acelerar ou frear, nos bastidores, as ações contra qualquer um. Eduardo Cunha foi abandonado pelo governo e pelo PMDB em nome desta conveniência imediata. A prioridade, agora, é fechar negócios. O resto não tem pressa...
Nos bastidores da Força Tarefa da Lava Jato ainda persiste uma dúvida concreta. Será que o ainda poderoso Eduardo Cunha realmente tem fatos novos, com provas relevantes ou meios de comprovação, que ainda sejam completamente desconhecidos dos investigadores? Os procuradores federais se mostram céticos sobre a capacidade real de Eduardo Cunha revelar novidades. A certeza deles é que existem provas robustas e suficientes para condenar o ex-presidente da Câmara, agora sem foro privilegiado em alguns processos a que responde.
O mais comprometedor seria o caso em que Cunha é acusado de receber US$ 5 milhões em propina na negociata do aluguel de um navio sonda da Petrobras. O outro caso é o que trata da suposta grana, desviada em falcatruas contratuais com a petrolífera, que foi escondida em "contas secretas na Suíça" - cuja mentirinha lhe rendeu a perda do mandato. Este processo será remetido do Supremo Tribunal Federal para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Cunha responde por lavagem de dinheiro junto com a mulher, Claudia Cruz, e a filha Daniele.
Cunha se fragiliza emocionalmente, até chora com sinceridade, toda vez que imagina que as duas possam ser condenadas e presas. A moeda valiosa para Cunha seria um possível alívio judicial para ambas, em troca de confissão de crimes e provas concretas novas. Se vai haver transação penal ou não? Eis a questão...
(...)


NO BLOG IMPLICANTE
Memória: em pelo menos duas ocasiões, Dilma e Lula tentaram acordo anti-impeachment com Cunha
Terça-feira, 13-9-2016
Os petistas contam hoje uma história diferente, mas a verdade é outra

Como já explicamos, Cunha não caiu por conta de corrupção nem nada do tipo. Foram quatro etapas e quase todas elas atreladas à política. Desse modo, é importante fazer um resgate: tanto Dilma Rousseff quanto Lula tentaram fazer acordos com Cunha JÁ ENQUANTO A CASA ESTAVA CAINDO.
Porque, é claro, não era só uma laje ali rachada. Na época das tentativas, ainda havia a chance de evitar-se o impeachment de Dilma. Então, primeiro ela, depois Lula, ambos arriscaram seus lances. Deram com os burros n’água.
Enfim, rememoremos.
DILMA E O PASTOR EVANGÉLICO
A primeira tentativa explícita de Dilma foi por meio de um pastor. Afinal, Cunha foi um velho aliado das campanhas petistas em tempos idos, justamente perante o povo evangélico do Rio de Janeiro. Mas, como se pode imaginar a esta altura, ela deu com os burros n’água.
LULA E O PACTO FURADO
O ex-presidente e líder máximo do petismo tentou uma saída mais diplomática. Recorreu à sua própria base, tentando aliviar a barra de Eduardo Cunha. Sim, isso mesmo: ele intercedeu EM FAVOR de Cunha. Mas até mesmo a base petista tem seus limites e não topou. Já dava para perceber por aí, também, uma queda no poder de Lula.
Enfim, é isso. Tudo documentado. Não percamos de memória a verdade dos fatos, sob pena de fazer passar as narrativas petistas. Cunha era um aliado, sempre foi, e o desentendimento recente aconteceu APESAR das tentativas do governo Dilma de atraí-lo novamente à base.
É isso.

Cassação de Cunha implode a narrativa petista do impeachment de Dilma ser um “golpe”
Terça-feira, 13-9-2016
A base da historinha deles era a de que o afastamento da então presidente seria uma manobra para manter o parlamentar. Deu no que deu

Não, não houve golpe. Nem no impeachment de Dilma Rousseff, nem na cassação de Eduardo Cunha. Aliás, como já demonstramos aqui, todos os motivos alegados pela petista também poderiam ser usados pelo ex-presidente da Câmara. O problema é que são desculpas esfarrapadas.
Mas o principal aí, para além dessa obviedade, é o fato de que a queda definitiva de Cunha serviu para ENTERRAR TAMBÉM DE FORMA DEFINITIVA a historinha furada de que a saída de Dilma seria um movimento “golpista”.
Isso porque, na base de tudo, de toda essa narrativa, estava a alegação de que o movimento tinha por objetivo “salvar Cunha”. Sim, isso mesmo. Era o discurso oficial do petismo, divulgado amplamente pela imprensa e endossado também de forma oficial por vários dirigentes do partido.
Em entrevista, Dilma Rousseff chegou a dizer que Cunha estaria mesmo acima de Temer.
Fora, claro, as piadocas da militância do PT na internet, dizendo que o peemedebista jamais cairia, que era balela aquilo de “tirar Dilma para depois tirar Cunha”. E também dizendo que a Lava Jato acabaria (e continua cada vez mais forte).
Deu no que deu. A narrativa-mestra foi p'ro chão. Não que alguém ainda acreditasse em “golpe” a esta altura, mas a coisa ficou ainda pior.
Quer dizer: ficou melhor. Em nome da verdade.

Quem são os jornalistas e blogueiros que assassinam reputações sob ordem do PT?
Terça-feira, 13-9-2016
O depoimento de Marcos Valério a Sérgio Moro, na Operação Lava Jato, é uma bomba atômica. Não há exagero nisso. Nos dias atuais, muita coisa é chamada de “bombástica”, mas na verdade é bem meia-boca. Mas esse não é o caso do teor das revelações feitas pelo “operador do Mensalão”.
Ele ligou Lula ao Caso Celso Daniel e ainda mencionou a história de forma assustada.
Desse modo, há coisas GRAVÍSSIMAS que precisam ser apuradas, claro. Mas há outros momentos que também precisam de apuração. O trecho a seguir não perde sua importância mesmo diante da urgência do tópico antes mencionado. Vejam só o que ele disse:
“Eles têm uma máquina muito grande de desmoralização das pessoas via redes sociais (os blogueiros), via também algumas – não é toda imprensa, não – pessoas situadas na imprensa“
Também citou o MP, mas foquemos nos jornalistas e blogueiros. Da forma como ele diz, especialmente dizendo que não se trata de toda a mídia, fica a ideia de que o PT conta com alguns parceiros nos veículos, pessoas ali infiltradas para ajudar o partido atacando adversários. Além, claro, dos blogs ligados ao partido.
É fundamental que essa denúncia seja investigada a fundo. O assassinato de reputações é algo infelizmente comum no País, tanto que até mesmo Romeu Tuma Jr. lançou um livro baseado nisso.
Chegou a hora, enfim.

NO O ANTAGONISTA
Triplex da propina
Brasil 14.09.16 10:09
Léo Pinheiro disse à PGR que o triplex de Lula no Guarujá foi descontado da propina do PT:
"Ficou acertado que esse apartamento seria abatido dos créditos que o PT tinha a receber por conta de propinas em obras da OAS na Petrobras".
De acordo com o depoimento do empreiteiro, publicado pela Veja, o acerto foi feito com João Vaccari Neto:
"Nesse contato, perguntei para Vaccari se o ex-presidente Lula tinha conhecimento do fato, e ele respondeu positivamente".
A PGR rasgou os depoimentos de Léo Pinheiro. A Lava Jato tem de colá-los.
Quanto vale uma foto com Lula?
Brasil 14.09.16 09:08
O Antagonista desconfia - só desconfia - que ao posar para uma foto ao lado de Lula e publicá-la nas redes sociais, o caçula de Sepúlveda Pertence queria mesmo era transparecer uma intimidade com o ex-presidente a ponto de "vender" o acesso ao escritório dele e do pai aos clientes que querem entrada com ministros como Ricardo Lewandowski, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli.
Brasília funciona assim.
Os últimos arremates da denúncia contra Lula
Brasil 14.09.16 09:30
A coluna do Estadão, da ótima Andreza Matais, acabou de publicar que a Lava Jato "faz os últimos arremates para denunciar Lula por ter tido despesas de um depósito de móveis pagas pela construtora OAS e por ter tido um tríplex no Guarujá reformado pela mesma construtora.
A determinação na Força-Tarefa é apresentar a denúncia contra o ex-presidente ainda hoje".
Lula derruba Dilma mais uma vez
Brasil 14.09.16 07:57
Lula queria tirar Dilma Rousseff da presidência.
O Antagonista sempre soube isso.
Agora descobrimos que Lula não quer que Dilma Rousseff ocupe nem mesmo a presidência da Fundação Perseu Abramo.
De acordo com o Estadão, “a possibilidade de Dilma Rousseff presidir a entidade ligada ao PT foi criticada durante reunião entre Luiz Inácio Lula da Silva e as bancadas do partido na Câmara e no Senado.
Lula disse, segundo relato dos presentes, que Dilma precisa entender que a fundação é um colegiado e lá ela terá de ouvir opiniões, não podendo mandar sozinha”.
O anexo do anexo
Brasil 14.09.16 07:29
Rodrigo Janot rasgou a delação de Léo Pinheiro depois que a Veja publicou um falso anexo sobre Dias Toffoli.
A notícia de que a mulher do ministro recebeu 300 mil reais de empreiteiras denunciadas na Lava Jato demonstra que o anexo talvez não seja tão falso assim.
300 mil reais para a mulher de Dias Toffoli
Brasil 14.09.16 07:28
A mulher do ministro Dias Toffoli recebeu 300 mil reais de um consórcio formado por Queiroz Galvão e IESA.
Segundo a Folha de S. Paulo, os pagamentos foram feitos em 2008 e 2011, no mesmo período em que as empreiteiras receberam 1 bilhão de reais da Petrobras por um contrato fraudulento denunciado na Lava Jato.
Como disse a reportagem, Pedro Barusco confessou ter embolsado suborno por esse contrato, que "resultou em propina de 2% sobre seu valor inicial, de R$ 627 milhões".
O escritório Rangel Advocacia, de Roberta Rangel, mulher de Dias Toffoli, teve o ministro do STF como sócio até 2007.

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