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PRIMEIRA EDIÇÃO DE 25-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 25 DE SETEMBRO DE 2016
Petistas agora são acusados de fraudar até a campanha “Stand With Lula”, em Nova York, supostamente promovida por “entidades internacionais” em defesa do ex-presidente que é réu por corrupção. O suposto “movimento internacional”, lançado simultaneamente à abertura da assembleia geral da ONU, é bem brasileiro, chefiado por um João Felício, sindicalista fundador do PT e ex-presidente da CUT.
A central sindical petista CUT, que ganhou orçamento milionário nos governos do PT, é patrocinadora do “movimento internacional”.
No Brasil, o evento foi divulgado como iniciativa de líderes estrangeiros solidários a Lula, mas eram apenas dois advogados do ex-presidente.
A iniciativa, ordenada pelo PT, tenta minimizar os danos à imagem de Lula no exterior, hoje vinculada a notícias de roubo do dinheiro público.
O tal “movimento” foi lançado no Rockfeller Center, ícone da pátria do capitalismo localizado na 5ª Avenida, região tomada por grifes de luxo.
O Risco Brasil, índice que mede o grau de confiança do mercado sobre a economia e serve de base para investimentos estrangeiros no Brasil, caiu 22,6% após o impeachment de Dilma Rousseff e a confirmação de Michel Temer na Presidência da República. Entre a votação na Câmara e o afastamento pelo Senado, o índice caiu de 394 para 376, mas despencou para 309 no dia do afastamento definitivo, em 31 de agosto.
Com Dilma na Presidência, desde quando o processo de impeachment foi aberto, o Risco Brasil chegou a 569 pontos.
Do primeiro dia de Dilma na Presidência até sua destituição, o Risco Brasil passou de 181 para 376, num crescimento de 107%.
Às vésperas da eleição de Lula, em 2002, o Risco Brasil foi a 2.436 pontos, o maior na série histórica divulgada pelo IPEA desde 1994.
Enquanto o trabalhador se vira para passar o mês com o salário mínimo de R$ 880, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que ganha R$ 33,7 mil mensais, cobrou reembolso de R$690 de uma diária de hotel.
Aliados do presidente Michel Temer acham que o governo está no caminho certo, mas o País ainda vive “crise enorme, tanto na política quanto na economia” diz o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).
Com mais de 10 mil funcionários do governo federal filiados ao PT, Brasília passa por uma debandada de famílias que perderam suas boquinhas. Estima-se que 50 mil pessoas vão se mudar.
O PT tem 1,76 milhão de filiados, mas as manifestações “Fora, Temer”, somadas às greves de professores e de outras carreiras, nem sequer colocaram 130 mil nas ruas, segundo os próprios organizadores.
O projeto de reforma política em discussão no Senado, que prevê a redução do número de partidos e o fim das coligações proporcionais nas eleições, não tem votos suficientes para ser aprovado na Câmara. A avaliação é do próprio Palácio do Planalto, que monitora o caso.
Apesar da “briga” de Renan Calheiros e Rodrigo Maia, presidentes do Senado e da Câmara, ambos concordam que deve haver mudanças na Lei de Repatriação de recursos. Políticos podem se beneficiar.
Segundo a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, 47% dos empresários brasileiros apontam os EUA como mercado prioritário, seguido por China (28%). Para 4% é a Europa. Optam pela África 2%.
O avanço de 0,3% do setor industrial no segundo trimestre deste ano, segundo dados da Contas Nacionais do IBGE, interrompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas e reflete a melhora no cenário da indústria ao longo de 2016, segundo a Carta de Conjuntura do Ipea.
É mais desumano prender o ministro acusado de corrupção cuja mulher está doente ou roubar o dinheiro destinado à saúde pública?

NO DIÁRIO DO PODER
TSE considera hipótese de poupar Michel Temer
Josias de Souza
Domingo, 25/09/2016 03:08
A equipe técnica do Tribunal Superior Eleitoral julga ter reunido provas suficientes para sustentar que o financiamento da campanha à reeleição de Dilma Rousseff e Michel Temer incluiu verbas desviadas do esquema criminoso da Petrobras. São evidências documentais e testemunhais suficientes para justificar a cassação da chapa que prevaleceu em 2014. Como Dilma já foi deposta, o mandato que está em jogo é o de Temer. E já começam a soar no TSE avaliações sobre a conveniência de poupar o substituto constitucional de Dilma.
O blog ouviu dois dos sete ministros que compõem o plenário do TSE. Um deles disse que o tribunal não pode ficar alheio à conjuntura. Acrescentou que, ao julgar o processo, os ministros “talvez tenham que fazer um juízo atenuatório, levando em conta as consequências” de uma interrupção da Presidência de Temer. O outro ministro declarou que “a eventual preservação do mandato do presidente substituto não seria nenhuma aberração jurídica.”
Aberta a partir de representações feitas pelo PSDB, a investigação da campanha de Dilma submete o TSE a um quadro inédito. O Tribunal jamais chegara tão longe na análise de uma prestação de contas presidencial. A depender da vontade do seu presidente, o ministro Gilmar Mendes, a Corte eleitoral transformará o processo num inventário implacável das ilegalidades cometidas em 2014. Algo a ser amplamente divulgado, como uma resposta à altura da tentativa do PT de converter a Justiça Eleitoral em lavanderia de verbas sujas.
Se a chapa Dilma-Temer fosse cassada pelo TSE até o final do ano, o brasileiro teria a oportunidade de escolher um novo presidente da República em eleição direta. É o que determina a Constituição. Entretanto, são grandes as chances de o julgamento ser empurrado para 2017. Nessa hipótese, caberia ao Congresso Nacional, apinhado de parlamentares sob investigação no Petrolão, apontar o nome do próximo presidente. A eleição indireta é um dos fatores que levam ministros do TSE a afastar a corda do pescoço de Temer.
Confirmando-se as tendências atuais, o TSE terá trabalho para justificar um paradoxo: depois de transformar a auditoria nas contas de Dilma num marco, o Tribunal servirá um refresco a Temer, mantendo sua tradição de cassar apenas vereadores, prefeitos e governadores de Estados nordestinos.

NO O ANTAGONISTA
De novo, Renan?
Brasil 25.09.16 09:00
Michel Temer e Rodrigo Maia disseram que a anistia do caixa dois seria engavetada, mas Renan Calheiros continua defendendo abertamente a proposta.
Marisa não é inocente
Brasil 25.09.16 08:49
Marisa Letícia foi às ruas de São Bernardo para pedir votos à reeleição do filho Marcos, que ninguém sabe exatamente o que fez como vereador. Lula tem bancado a campanha.
Um Congresso de barnabés
Brasil 25.09.16 08:45
A Folha fez um levantamento da estrutura de comunicação da Câmara e do Senado. São 1.212 funcionários, entre jornalistas, produtores, editores, cinegrafistas, fotógrafos, auxiliares, técnicos de TV e rádio etc.
O custo supera os R$ 103 milhões, "excluídos os gastos com a folha de concursados e comissionados", cujos salários variam de R$ 14,3 mil a R$ 27,4 mil, que consomem pelo menos o dobro disso.
Quase um duplex
Brasil 25.09.16 08:38
Lauro Jardim diz que, empilhados, os anexos das delações da Odebrecht somam até agora 4,5 metros.
"Dá o equivalente a um andar e meio de delação."
O DNA da propina
Brasil 25.09.16 07:59
Lembram que o MPF prendeu a mãe e o cunhado do deputado Hugo Motta, e ainda conduziu coercitivamente a avó do peemedebista que presidiu a CPI da Petrobras?
Pois, agora, um empresário local delatou o pai de Motta por cobrar 10% de propina em obras no município de Patos, controlado pela família. Na delação, sobrou para o próprio Hugo Motta.
A corrupção, pelo visto, está no DNA dessa gente.
O mais lido
Sociedade 25.09.16 06:31
A Folha de S. Paulo anuncia que, seis meses atrás, seu site teve 475 milhões de acessos.
O Antagonista teve 210 milhões. Sem tratar de esporte, de crime ou de telenovela.
O Antagonista é o site de política mais lido do Brasil.
A Operação Obstrução vem aí
Brasil 24.09.16 19:20
O MPF tem motivos de sobra para investigar a fundo a internação da mulher de Guido Mantega e, mais ainda, o eventual vazamento da Operação Arquivo-X.
Fecha-se aos poucos o cerco em torno de uma nova frente de investigação, sobre reiteradas tentativas de obstrução da Lava Jato, algo tão importante quanto a própria Lava Jato.
Nesse sentido, a libertação de Mantega foi providencial.

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