PRIMEIRA EDIÇÃO DE 21-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
21 DE SETEMBRO DE 2016
Agora réu, o ex-presidente Lula deverá ser sentenciado pelo juiz Sérgio Moro apenas no ano que vem. A previsão é baseada no tempo médio que ele leva, desde o recebimento da denúncia. Moro consumiu 7 meses e meio para condenar executivos da Odebrecht, por exemplo, e 1 ano para sentenciar dirigentes da Engevix. Ele absolveu, até agora, apenas cerca de 15% dos denunciados pelo Ministério Público Federal.
Por medo da mão pesada do juiz Sérgio Moro, Lula tentou várias vezes escolher o Supremo Tribunal Federal para ser julgado. Foi inútil.
Lula ofendeu a Justiça e o MPF incluindo-os entre os “adversários” que os denunciava. Ao acreditar na própria lorota, descuidou da sua defesa.
Lula tem motivos de sobra para temer Sérgio Moro, cuja qualidade das decisões dificultam e até inviabilizam recursos dos advogados.
Especialista no combate aos chamados “crimes do colarinho branco”, Sérgio Moro é reconhecido pelo trabalho de juiz cerebral e meticuloso.
O ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou outra vez, nesta terça-feira (20), que pretenda fazer acordo de delação premiada na Lava Jato. Ele acha que isso não passa de invenção de jornalistas. O Ministério Público Federal estaria investigando pistas sobre práticas do governo Dilma Rousseff, no submundo da política, ainda mais graves que no Mensalão, para aprovar Medidas Provisórias.
O MPF teria interesse em eventual acordo com Eduardo Cunha para conhecer detalhes de suposta compra de apoio para aprovar MPs.
O ex-presidente da Câmara tem dito que delação premiada é coisa de bandido e que ele não se considera como tal.
Cunha não se importa muito com eventual rebordosa na Lava Jato. Ele se preocupa mais em proteger a mulher e a filha, também acusadas.
O senador Renan Calheiros, que é investigado na Lava Jato, deveria pensar duas vezes antes de ir na onda de quem o aconselhou a desqualificar o trabalho dos procuradores, classificando-o de “exibicionismo”. Lula adotou a mesma estratégia e se deu muito mal.
Se continuar acertando como na escolha do jornalista Eduardo Oinegue para a função de porta-voz, o governo Michel Temer periga dar certo. É um dos mais admirados profissionais da sua geração.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, teve a maturidade e até a humildade de reconhecer o erro, cuja paternidade ninguém aceita, da tentativa de anistiar o Caixa 2, quando o País tenta criminalizá-lo.
Líderes partidários atribuem a Carlos Sampaio (PSDB-SP) e a Rodrigo Maia (DEM-RJ) o conchavo para votar a anistia ao Caixa 2. Mas eles teriam subestimado a repercussão negativa.
Assessores da presidência da Câmara afirmam, como em um jogral, que Rodrigo Maia não sabia da presepada da anistia do Caixa 2. Mas ninguém acreditou na versão oficial.
A Ajufe, Associação dos Juízes Federais, defende que o réu vá preso após condenação em segunda instância, antes mesmo da definitiva. O presidente da entidade, Roberto Veloso, alerta que os poderosos se utilizem dos recursos para procrastinar o trânsito em julgado.
Apesar dos cortes, ainda sobraram no governo federal 24 mil cargos comissionados, do tipo DAS, que custam mais de R$ 1 bilhão por ano ao País. Abaixo dos chefões, os salários podem chegar R$ 21,3 mil.
Na Câmara, a ordem é apagar lembranças de Eduardo Cunha. Trocaram painel onde deputados concedem entrevista por ser a “cara do Cunha”. As conversas com a imprensa são agora no lado oposto.
Réu no segundo processo na Lava Jato, Lula já começou a arruma a mala para ir a pé para Curitiba?

NO DIÁRIO DO PODER
GOVERNO QUER BRASILEIROS
MAIS MÉDICOS RENOVA CONTRATOS, MAS QUER REDUZIR Nº DE CUBANOS
PROGRAMA CONTINUA, MAS SEM A EXPLORAÇÃO DA DITADURA CUBANA
Publicado: quarta-feira, 21 de setembro de 2016 às 09:03 - Atualizado às 09:47
O Ministério da Saúde anunciou na terça-feira, 20, a renovação do contrato firmado com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) que permite o recrutamento de profissionais cubanos para participar do programa Mais Médicos. A renovação inclui um reajuste do valor pago para os profissionais, mas determina que, na maioria dos casos, médicos que já tenham cumprido o período de três anos regressem ao país de origem e deem lugar a outros profissionais, em treinamento em Cuba.
Desde o início do programa foi denunciado que o governo de então, de Dilma Rousseff, destinava à ditadura cubana 90% do salário de cada médico vindo daquele país, revelando que a intenção do programa não era exatamente garantir médicos onde eles faltavam, mas ajudar a financiar o regime do ditador Raúl Castro.
O salário dos médicos do programa passará para R$ 11.520, reajuste de 9%. Ao apresentar a renovação do contrato, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que a intenção do governo é reduzir de forma gradual o número de profissionais cubanos e trocá-los por brasileiros. Para ampliar o ritmo da mudança, o governo decidiu permitir que brasileiros formados na Bolívia e no Paraguai participem do Mais Médicos, sem a necessidade de revalidar diploma.
Prevista na portaria ministerial 1.369/2013, a restrição não contava da lei original do Mais Médicos, de 2013. Essa barreira havia sido imposta como uma resposta às associações médicas, que alertavam para o risco de haver uma onda de médicos formados em instituições desses dois países que, na avaliação das entidades, apresentavam uma qualidade de ensino médico duvidoso.
Questionado, o ministro disse não temer reação de entidades médicas a essa mudança ou a uma redução na qualidade da assistência. Ele argumentou que profissionais passam por um treinamento antes de serem enviados ao trabalho e, até agora, nunca houve problemas com profissionais vindos desses países. Atualmente, há alguns médicos brasileiros formados na Bolívia e no Paraguai que, graças a ações judiciais, garantiram ingresso no programa.
Com a entrada maior de brasileiros, a estimativa é de que, já em 2017, o número de cubanos no Mais Médicos sofra uma redução. “Fiz um agradecimento formal à colaboração da Opas e de Cuba, mas a intenção é que a prioridade do programa seja dada a brasileiros”, disse o ministro. A expectativa é de que até o fim do ano 4 mil cubanos que trabalham no País retornem à ilha.
Segundo o representante da Opas no Brasil, Joaquim Molina, cerca de mil profissionais estão sendo treinados para substituir médicos que estão no Brasil. Atualmente, trabalham no País 11.400 cubanos. O Mais Médicos reúne 18.240 profissionais, dos quais 5.274 são brasileiros formados no País. Outros 1.537 obtiveram diploma no exterior.

FUNDOS DE PREVIDÊNCIA
STF QUEBRA O SIGILO BANCÁRIO DA MULHER DE WALDIR MARANHÃO
WALDIR MARANHÃO É INVESTIGADO EM INQUÉRITO QUE APURA RECEBIMENTO PROPINA
Publicado: quarta-feira, 21 de setembro de 2016 às 08:56 - Atualizado às 09:24
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu nesta terça-feira (20) recurso apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF) para quebrar o sigilo bancário da mulher do deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA). Em julho, o ministro Marco Aurélio havia determinado a quebra do sigilo bancário do parlamentar, mas negado o pedido envolvendo as contas da mulher de Maranhão.
Waldir Maranhão é investigado em inquérito que apura suposto recebimento de vantagens indevidas devido a irregularidades em fundos de previdência de servidores públicos municipais.
“Entendo que, em homenagem à investigação que se faz e ao fato de que pode resultar infrutífera a investigação se não houver esse procedimento também em relação à esposa do investigado, eu acolho o agravo (agravo regimental contra decisão do relator do inquérito)”, ressaltou o ministro Edson Fachin durante o julgamento. (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Lula fez o diabo para escapar do encontro que Moro acaba de marcar
Se tentar esconder a verdade com as maluquices que anda dizendo, o réu da Lava Jato encurtará a distância entre São Bernardo e a República de Curitiba
Por: Augusto Nunes 
Terça-feira,  20/09/2016 às 21:45
“Não há no Planeta Terra ninguém mais indignado do que eu”, disse Lula ao receber a notícia de que fora transformado em réu da Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro. A frase superlativa não surpreendeu o magistrado que comanda a devassa do maior esquema corrupto da História. Ele soube desde sempre com quem estaria lidando, confirma a ressalva incluída no texto que formalizou a aceitação da denúncia do Ministério Público Federal: “… entre os acusados, encontra-se ex-Presidente da República, com o que a propositura da denúncia e o seu recebimento podem dar azo a celeumas de toda a espécie”.
Celeuma é pouco para definir o que Lula anda dizendo desde que a distância entre São Bernardo do Campo e a República de Curitiba encurtou dramaticamente. Graças sobretudo à discurseira em resposta aos procuradores federais, ficou claro que há notáveis diferenças entre as reações verbais provocados pelo medo de cadeia ─ cujo sintoma inaugural é a perda da noção do ridículo ─ e as produzidas pelo medo da morte política, escancarado pela perda do que resta do sentimento da vergonha.
Para sobreviver ao escândalo descoberto em 2004, por exemplo, Lula primeiro afirmou que fora traído por amigos jamais identificados, depois jurou que o Mensalão nunca existiu. Sem acreditar numa só palavra do que dizia, avisou que, tão logo deixasse a Presidência, trataria de desvendar pessoalmente a conspiração da elite golpista que tentou derrubar, com a fabricação de roubalheiras imaginárias, o governo que só pensava no povo. Haja sem-vergonhice.
Essa retórica do cinismo deu lugar ao discurso de quem cruzou a fronteira do ridículo, avisa o palavrório despejado pelo palanque ambulante um dia depois da denúncia dos procuradores da Lava Jato. Mais grave ainda, Lula agora acredita no besteirol que improvisa sob salvas de palmas das plateias amestradas. “Acho que só ganha de mim aqui no Brasil Jesus Cristo”, disse o Mestre a seus discípulos no Sermão do Segundo Calvário. Ele ainda enxerga no espelho o campeão de popularidade aposentado pela vaia no Maracanã na abertura do Pan-2007 .
Lula ultrapassou de novo a fronteira do ridículo ao explicar que “a profissão mais honesta é a do político, porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir pra rua e pedir voto”. Para o comandante do Petrolão, portanto, a mais honesta das profissões é exercida por ladrões tão insolentes que pedem votos às vítimas do assalto. Garantida a camisa-de-força, a alma viva mais pura do mundo consolidou a candidatura a orador das turma do hospício com a sopa de letras concebida para provar que só diz a verdade.
“A gente pode mentir pra vocês, a gente pode mentir pra mulher da gente, a gente pode mentir pro presidente do partido, a gente pode mentir pra um companheiro, mas a gente não pode mentir nem pra Deus e nem pra gente mesmo”. Resumo da ópera do desvario: só Deus e Lula sabem a verdade que o mitômano sem cura esconde do resto do mundo. No dia do depoimento à Lava Jato, fará o possível para ocultá-la de Sérgio Moro.
Caso tente escapar da Lava Jato pela trilha desmatada por frases sem pé nem cabeça como as reproduzidas acima, poderá antecipar o acerto de contas com a Justiça. E cumprir mais cedo a promessa de percorrer a pé o caminho da cadeia.

O prontuário ambulante que preside o Senado capricha na pose de Supremo Juiz da Operação Lava Jato
Renan Calheiros ainda acredita que, no Brasil, é o bandido que persegue o xerife
Por: Augusto Nunes 
Terça-feira, 20/09/2016 às 20:25
Renan Calheiros acabou de ampliar seu prontuário ─ um dos mais alentados e repulsivos do Congresso ─ com a tentativa de anistiar os colegas enfiados até o pescoço no pântano do Caixa Dois. O delinquente alagoano deveria estar na gaiola há muito tempo. Em vez disso, está na presidência do Senado e, pelo jeito, em campanha para assumir o posto de Supremo Juiz da Operação Lava Jato.
Nesta terça-feira, à caça de justificativas para a manobra obscena abortada na 25ª hora, Renan condenou os procuradores federais engajados na força-tarefa: “A Lava Jato precisa acabar com esse exibicionismo, como vimos agora no episódio do ex-presidente Lula e em outros”, ensinou o pecador sem cura nem perdão. “Isso, ao invés de dar prestígio, retira prestígio do Ministério Público e obriga o Congresso Nacional a pensar numa legislação que proteja garantias individuais e coletivas”.
Haja cinismo. Segundo o fundador da bancada do cangaço, os meliantes especializados no golpe do Caixa Dois não legislam em causa própria quando tentam livrar-se do castigo pelos incontáveis crimes que praticaram. Querem apenas impedir que milhões de inocentes sejam perseguidos pelos cruéis procuradores de Justiça e impiedosos agentes da Polícia Federal liderados pelo malvado Sérgio Moro.
Veterano canastrão do faroeste à brasileira, Renan ainda acredita que, nestes trêfegos trópicos, é o bandido que persegue o xerife. Vai descobrir que as coisas mudaram quando acordar numa cela de cadeia.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
Mais do que ser inelegível, Lula pode é estar preso em 2018. Veja por quê
Se o ex-presidente for condenado em segunda instância no processo em questão e se o STF mudar jurisprudência, é grande a possibilidade do regime fechado
Por: Reinaldo Azevedo 
Quarta-feira, 21/09/2016 às 5:05
Segundo levantamento já feito pela Folha, Sergio Moro tem demorado, em média, seis meses para tomar uma decisão. Caso condene Lula, é certo que a defesa vai recorrer ao Tribunal Regional Federal. Nesse caso, as sentenças têm demorado coisa de um ano.
Digamos que tais prazos sejam cumpridos e que uma eventual condenação do petista seja confirmada pelo colegiado, em segunda instância. Chegar-se-ia a essa etapa em março de 2018.
Segundo a Lei da Ficha Limpa, o condenado por um colegiado está impedido de se candidatar. Lula, assim, não poderia disputar a eleição presidencial de 2018. Em seus delírios conspiratórios, o PT sustenta ser essa a verdadeira motivação dos procuradores. É claro que se trata de uma bobagem.
Mas não é só a inelegibilidade que está no horizonte do companheiro. Há muito mais.
O Supremo Tribunal Federal vai decidir em breve sobre a aplicação ou não da pena de prisão já a partir de uma condenação em segunda instância. Aí será uma decisão de natureza constitucional mesmo. Por enquanto, a questão só foi debatida no âmbito de um habeas corpus (HC).
Se a maioria do tribunal referendar a posição adotada no caso do HC, a pena de prisão poderá, sim, ser aplicada já a partir da condenação pelo TRF.
Penas acima de oito anos têm de ser cumpridas em regime fechado. Lula é acusado, nesse caso do tríplex, de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O segundo crime prevê pena de prisão de 3 a 10 anos; o outro, de 2 a 12 anos.
Notem: é grande a chance de o STF mudar a jurisprudência, permitindo a prisão já a partir da condenação em segunda instância. Se condenado pelos dois crimes, mesmo que as respectivas penas sejam relativamente brandas, a chance de que somem mais de oito anos não é pequena.
Assim, os petistas não devem temer apenas a eventual inelegibilidade de Lula. O que surge no horizonte é a efetiva possibilidade de ele ser preso.
Ademais, sabe-se, no terreno legal, esses estão longe de ser os únicos problemas do petista.
Na Justiça Federal de Brasília, ele é acusado de obstrução da investigação ou da Justiça — que não tem lei específica — em razão da suposta atuação para promover a fuga de Nestor Cerveró. A questão está prevista no Parágrafo 1º do Artigo 2º da Lei 12.850, que é justamente a que pune a organização criminosa.
Também no Supremo Lula é investigado como membro de organização criminosa, acusação, aliás, que lhe fizeram os procuradores da força-tarefa, que só não o denunciaram por isso porque o inquérito está na corte superior.
E há ainda os inquéritos que apuram se houve irregularidades envolvendo o sítio de Atibaia, a doação de empreiteiras para o Instituto Lula e o pagamento de propina, maquiada na forma de palestras, para a empresa LILS, da qual Paulo Okamotto é sócio.
A vida de Lula não anda nada fácil…
Mas Moro condena?
Mas será que Sergio Moro pode condenar Lula? Bem, creio que vai depender das provas, mas, tudo indica, eis um receio que o juiz não tem. Mais: suas decisões têm sido, no mais das vezes, referendadas por tribunais superiores.
O receio dos petistas de que Lula esteja a caminho da prisão é, assim, bastante razoável.

NO BLOG DO JOSIAS
Lula leva PT junto com ele para banco dos réus
Josias de Souza
Terça-feira, 20/09/2016 19:07
O Plano A era bombardear a gestão do PMDB, transformar a herança nefasta de Dilma Rousseff num fracasso de Michel Temer e conduzir a nova candidatura presidencial de Lula em triunfo até 2018. O Plano B é, é…
O PT não dispõe de um plano alternativo. Líder messiânico e único, Lula arrasta o partido e seus devotos junto com ele para o banco dos réus. Faz isso sem levar em conta que ajuda a afundar a legenda que fundou.
Os estrategistas do petismo não tiveram nem a possibilidade de analisar um plano de contingência. Já intuíam que Sérgio Moro converteria em ação penal a denúncia em que a força-tarefa de Curitiba acusou Lula de receber R$ 3,7 milhões em benefícios ilegais da OAS. Mas faltava-lhes material humano para esboçar uma tática alternativa.
Rendido às conveniências de Lula, o PT vê-se compelido a improvisar um Plano B, que consiste basicamente em levar o Plano A às suas últimas (in)consequências: desqualificar a gestão Temer e acusar as autoridades da Lava Jato de conspiração para arrancar Lula da urna eletrônica de 2018.
Como que antevendo o veneno, Sérgio Moro já inoculou o antídoto no despacho em que fez de Lula um réu. Disse não ignorar que, “entre os acusados, encontra-se ex-presidente da República, com o que a propositura da denúncia e o seu recebimento podem dar azo a celeumas de toda a espécie.''
Moro acrescentou: ''Tais celeumas, porém, ocorrem fora do processo. Dentro, o que se espera é observância estrita do devido processo legal, independentemente do cargo outrora ocupado pelo acusado.''
O que o juiz da Lava Jato escreveu, com outras palavras, foi o seguinte: ''Nos autos da Lava Jato, Lula é um cidadão comum. A pose de vítima não tem serventia jurídica. O réu e seus advogados terão de providenciar explicações convincentes, capazes de refutar as acusações da Procuradoria.'' Do contrário, o morubixaba do PT será condenado. Se a condenação for confirmada em segunda instância, Lula será candidato ao xadrez, não ao Planalto.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quarta-feira, setembro 21, 2016
PEDRO CORRÊA, O DELATOR QUE ABRIU O BICO, É INTERNADO EM HOSPITAL DE CURITIBA
O ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, de 68 anos, passou mal na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, na noite desta terça-feira (20), e foi levado ao hospital Santa Cruz, segundo o advogado dele, Adriano Bretas.
De acordo com a defesa, o ex-deputado teve febre, tremores e um princípio de desmaio. Ele foi socorrido pelo doleiro Alberto Youssef na cela.
O político chegou andando ao hospital, onde foi internado com suspeita de infecção urinária - ele já teve outros problemas parecidos.
Ainda conforme o advogado, o quadro de saúde do ex-deputado é estável, mas ele segue no hospital para fazer exames, sem perspectiva de alta médica nesta terça-feira.
Corrêa é delator na Lava Jato e está preso desde abril de 2015 na capital paranaense. Na operação, ele foi condenado a 20 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção. Antes, já cumpria pena pela participação no caso do mensalão do PT.
Ele foi o segundo político a decidir entregar o que sabe em troca de possível redução de pena. O primeiro foi o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que firmou acordo com a Procuradoria Geral da República.
Os depoimentos de Corrêa já foram prestados, mas a delação ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). São mais de 70 anexos de colaboração. Se o acordo for aceito, Corrêa pagará multa e poderá passar a cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Entre outros, o ex-deputado já citou Lula, Aécio, Aldo Rebelo como políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. Todos eles negam. Do site G1

NO O ANTAGONISTA
O PT nunca consegue ser nobre
Brasil 21.09.16 10:21
A Época informa que os senadores do PT querem apresentar um projeto que transforma o Bolsa Família e assemelhados em programas permanentes de Estado.
Não há nada de nobre na ideia, é claro: os petistas só querem constranger o governo, que, recusando a proposta, será acusado de desmontar as políticas sociais.
Os pecados da OAS
Brasil 21.09.16 10:11
A Justiça Federal homologou acordo entre a OAS e o MPF, no âmbito da Operação Greenfield, determinando que a empreiteira deposite em juízo R$ 240 milhões, segundo O Globo.
Caso a empresa seja condenada ao fim do processo, o dinheiro será usado para reduzir o rombo no fundo de pensão da Caixa, o Funcef.
Lula ao redor do mundo
Internet 21.09.16 10:08
Lula retorna às manchetes internacionais, como réu.
Abaixo, as manchetes da BBC, da CNN, do The Guardian, do The Wall Street Journal e do Yahoo Finance:



A rejeição a Jandira é dos outros
Brasil 21.09.16 09:37
Para Jandira Feghali, o inferno, é claro, são os outros. Ela explica a rejeição à sua candidatura à prefeitura do Rio na base da repulsa popular aos políticos e do machismo. Nada a ver com ela.
O GLOBO: Ainda de acordo com o instituto (Ibope), a sua taxa de rejeição é de 35%, menor apenas que a do Pedro Paulo, que tem 36%. Como pretende fazer para vencer este obstáculo?
JANDIRA: Existe um número que se refere à rejeição de toda a política, uma base de 20%, que é contrária a qualquer um. E, como eu sou uma mulher que me posiciono, e polarizo opiniões, ter 35% de rejeição é absolutamente esperado. No primeiro turno, isso não tem importância. O que vale é no segundo turno.
Plano de fuga
Brasil 21.09.16 07:59
A Coluna do Estadão informa: 
"Após a polêmica do projeto que anistia o Caixa Dois, a Câmara dos Deputados entra em recesso branco. As votações no plenário voltam em outubro, com análise do projeto que acaba com a exclusividade da Petrobrás de explorar o pré-sal".
O plano da ORCRIM era anistiar o Caixa 2 e fugir de Brasília.
Primo de Jobim indiciado pela PF
Brasil 21.09.16 07:39
A PF indiciou o primo de Nelson Jobim.
O advogado Atan de Azevedo Barbosa, segundo o Estadão, foi acusado pela Lava Jato de ser operador de propinas em favor da IESA Óleo e Gás.
Indiciado por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa, ele já havia sido preso em flagrante pela Lava Jato.
Amnésia tucana
Brasil 21.09.16 07:32
A Advogada-Geral da União, Grace Maria Fernandes, é tucana desde 30 de abril de 1997.
Ela disse à Época, porém, “não se lembrar de ter se filiado” ao PSDB, e que vai pedir seu desligamento da legenda.
Inominável!
Brasil 21.09.16 07:15
Léo Pinheiro disse à PGR que descontou o valor do apartamento de Lula da propina que a OAS devia ao PT.
Ele disse também que Lula aprovou a manobra.
Agora, o empreiteiro está tentando retomar o acordo com a PGR, depois que seus depoimentos foram rasgados por Rodrigo Janot.
Desesperado, o advogado de Lula, José Roberto Batocchio, está tentando desqualificar a delação.
Ele disse ao Estadão:
“Não quero nem posso acreditar que seja sequer verossímil a utilização do aparato estatal para tal e inominável prática. A fabricação de prova incriminatória não-verdadeira seria inominável!”
Lula se danou.
O maior temor do advogado de Lula
Brasil 21.09.16 06:32
O advogado de Lula, José Roberto Batocchio, antecipou os argumentos da defesa a Fausto Macedo, do Estadão.
Sua estratégia – que será demolida pela Lava Jato - consiste em dizer que o triplex no Guarujá jamais pertenceu a Lula.
Seu maior temor, neste momento, é a provável delação de Léo Pinheiro, que ele tratou de desqualificar.
ESTADÃO: Os procuradores afirmam que Lula lavou dinheiro ilícito ao ocultar a propriedade do triplex.
JOSÉ ROBERTO BATOCHIO: Como dito, o apartamento ‘tríplex’ não foi, não é e nunca será do ex-Presidente ou de qualquer de seus familiares. Para os devotos de São Tomé, sugere-se que compareçam ao Cartório do Registro de Imóveis da comarca do Guarujá e vejam – com seus próprios olhos – a matrícula atinente a essa unidade autônoma: pertence à já nominada pessoa jurídica, a Construtora, e não a qualquer membro da família de Lula. Aliás, seus nomes jamais apareceram em tais registros e averbações. Cansativo insistir em demonstrar o óbvio. Agora, se alguém tem, não prova ou indício, mas “convicção” de que dito imóvel tem de ser, porque tem de ser, da família do ex-Presidente, isso lá é outra fenomenologia conectada com fatores endógenos ou de crença pessoal. Cada um de nós pode estar convicto de que esse apartamento pertence a quem quer que escolhamos na nossa psique, mas isto é assunto para ciências que exploram o psiquismo, não as provas. Aliás, lavar o quê, se o apartamento não lhe pertence nem nunca lhe pertenceu.
Atenção, porém: fontes abertas trazem informações aos políticos, partidários e advogados – informações nas quais não creio, aliás – de que a ‘re-prisão’ do diretor da OAS Léo Pinheiro teria por finalidade exatamente obter dele a incriminação relativa ao ‘tríplex’, como última chance de se produzir algo comprometedor contra Lula, seria a ‘bala de prata' da Acusação. Não creio. Não quero nem posso acreditar que seja sequer verossímil a utilização do aparato estatal para tal e inominável prática. A fabricação de prova incriminatória não-verdadeira seria inominável! Aliás, para crimes de imputação caluniosa, os vetustos romanos aplicavam a mais grave e simbólica de todas as punições. Porque se tratava de delito praticado em nome do e contra o Estado, o falso incriminador era atado, posto dentro de um saco, juntamente com uma serpente, um galo e um macaco, e lançado à morte do alto da rocha Tarpéia (Dejectio Rupe Tarpeia). Seria a maior de todas as ignomínias a fabricação de provas, por isso não creio”.
O novo golpe de Renan
Brasil 21.09.16 06:07
Renan Calheiros prepara um novo golpe para acorrentar a Lava Jato.
Josias de Souza explica:
“Frustrado o plano da oligarquia parlamentar de aprovar uma anistia ampla, geral e irrestrita para o crime de Caixa Dois, o presidente do Senado, Renan Calheiros, reativou a articulação para tentar aprovar projeto que atualiza a lei 4.898, de 1965, que pune o chamado ‘abuso de autoridade’.
Engavetada desde 2009, a proposta original é do deputado Raul Jungmann, hoje ministro da Defesa. O texto não parece conter nenhuma ameaça à Lava Jato. Mas parlamentares próximos a Renan farejam o interesse dele em ajustar o projeto, de modo a interferir nas investigações, tolhendo os movimentos de procuradores e juízes”.

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