PRIMEIRA EDIÇÃO DE 10-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 10 DE SETEMBRO DE 2016
A pergunta não se calava em Brasília desde a partida da ex-presidente Dilma Rousseff para Porto Alegre: “Cadê ‘Nego’?” Era referência ao cão da raça labrador que ela ganhou do ex-ministro José Dirceu ao assumir a Casa Civil no governo Lula. Nesta sexta (9), a assessoria de Dilma confirmou: “Nego” foi morto (ou “sacrificado”), por opção da ex-presidente cassada, sob a alegação que estava “muito velho e doente”.
O clima dos funcionários do Palácio Alvorada é de consternação e revolta, com a morte de “Nego” com cinco injeções.
Afeiçoados ao dócil labrador, funcionários do Alvorada afirmam que “Nego” tinha condições de sobrevida digna, até sua morte natural.
Esperava-se no Alvorada que Dilma levasse “Nego” com ela para Porto Alegre, mas isso teria sido desaconselhado pelo veterinário.
Ao ordenar o “sacrifício” de “Nego”, Dilma só fez piorar a sua imagem já muito negativa junto aos funcionários do Alvorada.
No Planalto e no Congresso são frequentes insinuações sobre o juízo do ex-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Fábio Osório Medina. Após ser demitido pelo presidente Michel Temer, ele acusou o governo de tentar “abafar a Lava Jato”, afirmando que perdeu o cargo por pretender investigar a participação de membros do atual governo no roubo à Petrobras. Só há um detalhe: a AGU não é órgão investigativo.
O ex-AGU Fábio Medina foi acusado de protagonizar maluquices como “carteirada” para usar jatinho e tomar iniciativas sem consultar Temer.
Além da acusação de se indispor com subordinados, Medina também não teria conseguido manter boas relações com ministros do STF.
Fábio Medina descompensou quando recebeu pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) o recado de Michel Temer decidira demiti-lo.
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), relator da proposta do limite de gastos públicos, destaca a importância do ajuste fiscal do governo. “Ou é o ajuste fiscal ou o dia do juízo fiscal”, avalia.
O deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) compara Eduardo Cunha ao ex-presidente Lula. “Ambos agridem a Justiça, tentam desqualificar as investigações e subestimam a inteligência dos brasileiros”.
Mais de uma década depois, o Supremo Tribunal Federal empossará uma mulher, ministra Cármen Lúcia, na sua presidência, segunda (12). Em 2006, Ellen Gracie foi a primeira da História a ocupar o cargo.
A Caixa fechou patrocínio com o Botafogo. Agora, no Rio, só falta o Fluminense, entre os quatro grandes. O Botafogo terá R$ 12 milhões por ano. Corinthians, R$ 30 milhões e Flamengo R$ 25 milhões.
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) não acredita que a cassação de Eduardo Cunha esteja resolvida. “Só vou ter a convicção (da cassação) quando tiver a apuração do resultado”, afirma.
Os candidatos às presidências do Senado e da Câmara aproveitam os holofotes voltados para a cassação de Eduardo Cunha. Ideia é costurar as alianças enquanto o foco das denúncias é o peemedebista.
Com linguagem simples e didática, o Manual Esquemático das Eleições 2016, do mestre em Direito Constitucional e doutor em Direito do Estado, Erick Wilson Pereira, é item obrigatório de consultas sobre as novas regras eleitorais, aliás, muito peculiares.
Candidato a presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) procurou agradar as duas forças do PMDB. Absteve-se no fatiamento do impeachment, afagando Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR).
...a vinte dias das eleições, o principal tema na política brasileira é... a cassação de Eduardo Cunha.

NO DIÁRIO DO PODER
OPERAÇÃO KM LIVRE
PF APREENDE R$ 6 MILHÕES EM ESPÉCIE NA EMPRESA DE DEPUTADO CEARENSE
ACHADOS MILHÕES EM ESPÉCIE EM EMPRESA LIGADA A DEPUTADO DO PP
Publicado: sexta-feira, 09 de setembro de 2016 às 20:02 - Atualizado às 21:34
Redação
A QUANTIA ESTAVA DIVIDIDA EM PACOTES COM CÉDULAS DE 100 REAIS FOTO: ALEX FERREIRA / CÂMARA DOS DEPUTADOS

A Polícia Federal apreendeu R$ 6 milhões em dinheiro vivo no cofre de uma empresa ligada ao deputado José Adail Carneiro (PP/CE), localizada em Fortaleza. A busca na Locadora de Autos Ceará (Lauce) ocorreu nesta sexta-feira, 9, por ordem da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ministra acolheu pedido da PF e da Procuradoria da República no inquérito da Operação Km Livre.
Os advogados de Adail informaram que ele se desligou da empresa 'há pelo menos seis anos', desde que foi eleito deputado estadual no Ceará, em 2010 - em 2014, ele elegeu-se para seu primeiro mandato na Câmara. "Desde que eleito deputado estadual (Adail) ele afastou-se da empresa", atesta a advogada Leliana Rolim, que faz parte da defesa do parlamentar e da locadora.
A empresa alvo da PF atua no ramo de locação de veículos. Os advogados informaram que vão pedir a devolução dos R$ 6 milhões sob alegação de que são recursos 'contabilmente comprovados'.
Para a defesa do parlamentar "a apreensão é precipitada". A defesa destacou que a locadora "é uma empresa da família" do parlamentar. Segundo os advogados de Adail ele "não tem mais participação, não está mais à frente dos negócios por impedimento legal". A defesa informou que foi "surpreendida" com as buscas e reiterou que o afastamento do deputado dos negócios "é um ponto absolutamente comprovado, inclusive com documentos da Junta Comercial".
Sobre o volume de recursos encontrados no cofre da locadora, a defesa esclareceu. "A empresa possui uma frota numerosa, por isso os recebimentos naturalmente são frequentes pelo aluguel de veículos." Leliana informou que a defesa vai tomar medidas judiciais para obter a devolução do dinheiro. A defesa assinalou que os "recursos são do caixa da empresa, tudo contabilizado, com declaração da origem".
Leliana Rolim destaca que o Código Civil "admite a moeda circulante, o livre trânsito do dinheiro em espécie".

CONTRA ANULAÇÃO
SENADO DEFENDE NO STF VOTAÇÃO FATIADA DO IMPEACHMENT DE DILMA
APÓS O JULGAMENTO, PARTIDOS E SENADORES RECORRERAM AO STF CONTRA FATIAMENTO
Publicado: sexta-feira, 09 de setembro de 2016 às 19:34 - Atualizado às 20:35
Redação
O Senado defendeu hoje (9), no Supremo Tribunal Federal (STF), a validade da votação fatiada do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. A manifestação foi enviada nas ações em que partidos pediram que a Corte anule a votação que garantiu à ex-presidenta manter a habilitação para exercer cargos públicos.
De acordo com a manifestação da Advocacia do Senado, o precedente utilizado no julgamento do impedimento do ex-presidente Collor garante a legalidade das duas etapas da votação, uma para decidir sobre o impeachment e outra sobre a habilitação.
“Como visto, há expressa previsão legal de duas votações: uma quanto à ocorrência do crime e à pena de perda de cargo; e outra em relação à inabilitação; o que também corroborava o pedido de destaque e inviabilizava o seu indeferimento pelo Presidente do processo de impeachment”, sustenta o Senado.
Após o julgamento do impeachment, PSDB, DEM, PPS e PMDB e Solidariedade, além dos senadores Álvaro Dias (PV-PR) e José Medeiros (PSD-MT) recorreram ao STF. As ações são relatadas pela ministra Rosa Weber e não têm data para julgamento.
Entenda o caso
A inabilitação de Dilma para exercer cargo público seria uma pena acessória à da perda do mandato, aplicada de forma automática. No entanto, após questionamento da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, que conduziu o processo de impeachment, entendeu que a perda do mandato e a inabilitação deveriam ser votadas de forma separada.
Com a decisão, o placar pelo afastamento definitivo de Dilma da Presidência da República foi de 61 votos a favor e 20 contra. Na segunda votação, por 42 votos a 36, a maioria dos senadores decidiu que Dilma também estaria inabilitada para exercer cargos públicos, não sendo alcançado o quorum de 54 votos necessários para a aplicação dessa pena acessória. Assim, ela poderá se candidatar nas próximas eleições, ser nomeada cargo de governo ou para dar aulas em universidades públicas, por exemplo.
Recurso de Dilma
Ontem (8), o ministro Teori Zavascki negou liminar para anular a sessão do Senado em que foi aprovada a cassação do mandato presidencial de Dilma Rousseff. O pedido foi protocolado por José Eduardo Cardozo, advogado da petista, na manhã de 1° de setembro, horas após os senadores encerrarem a votação.(ABr)

NO ESTADÃO
Rosa Weber nega 4 liminares para suspender Dilma de exercício de funções públicas
A ministra do STF negou os mandados de segurança que pediam suspensão da habitação da ex-presidente
Rafael Moraes Moura,
O Estado de S.Paulo
Sábado,10 Setembro 2016 | 06h25
Brasília - Em mais um capítulo da novela do impeachment, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, negou nesta sexta-feira (9) quatro pedidos de medida liminar que queriam suspender a habilitação da ex-presidente Dilma Rousseff para o exercício de funções públicas. Os pedidos haviam sido feitos em mandados de segurança ingressados pelo PMDB, PSDB, DEM, PPS e Solidariedade, pelos senadores José Medeiros (PSD-MT) e Álvaro Dias (PV-PR) e pelo PSL.
Os partidos alegam que a votação fatiada ocorrida no plenário do Senado, que livrou Dilma Rousseff da inabilitação para assumir cargos públicos por oito anos, contraria o texto expresso na Constituição. A realização de duas votações criou um racha na base aliada do presidente Michel Temer, apesar da participação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na costura da estratégia que suavizou a pena de Dilma.
PMDB, PSDB, DEM, PPS e Solidariedade alegam que foi inconstitucional a segunda votação do impeachment realizada como destaque, tendo em vista que, a partir do momento em que o resultado da primeira votação – pela cassação de Dilma – reconhece a existência de crime de responsabilidade, a pena de inabilitação para o exercício de funções públicas “é vinculada e não pode ser afastada”. As siglas ressaltam que não pretendem “rever, anular ou suspender o julgamento concluído pelo Senado, mas de garantir que a aplicação da pena incida de forma vinculada a partir do julgamento que concluiu que a então presidente cometeu crimes de responsabilidade”.
A votação fatiada provocou a reação de ministros da Suprema Corte, sendo considerada algo “no mínimo, bizarro” pelo ministro Gilmar Mendes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Antes de indeferir os pedidos de medida liminar, a ministra Rosa Weber já havia decidido negar a continuidade de mandados de segurança propostos por cidadãos comuns e associações.
Manifestação 
A votação fatiada do processo de impeachment que resultou na cassação de Dilma Rousseff foi defendida pela Advocacia do Senado Federal, em manifestação enviada ao STF.
“O plenário foi exaustivamente instruído quanto às normas regimentais e constitucionais pertinentes e, ao final, tomou uma decisão soberana", sustenta o parecer da Advocacia do Senado Federal.
De acordo com a Advocacia do Senado Federal, não se pode agora questionar a votação fatiada "por mera insatisfação com o resultado do julgamento".
“Diversamente do que defendem as impetrações, o destaque para votação em separado não foi um expediente astucioso, engendrado para fraudar a aplicação da pena de inabilitação. Os senadores que entendiam impossível cindir as duas penas não tiveram seu direito de se manifestar em sentido contrário violado, pois puderam votar livremente pela aplicação de ambas as penas”, conclui o parecer. 

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Se Nêgo falasse, Dilma teria levado para o exílio em Porto Alegre o cachorro que viu coisas de que até Deus duvida
Abandonado em Brasília, o simpático labrador se transformaria não num tristonho cão sem dono, mas na mais assediada testemunha ocular da História recente do Brasil
Por: Augusto Nunes 
Sábado, 10/09/2016 às 8:11
Se os bichos falassem, Nêgo teria perdido o sossego no dia da partida de Dilma Rousseff. Para deixar em Brasília o simpático cachorro que ganhou de José Dirceu em 2005, a ex-presidente alegou que um veterinário desaconselhara a viagem aérea entre a Capital Federal e Porto Alegre de um labrador idoso e com saúde frágil. Abandonado pela segunda vez, o simpático Nêgo se transformaria imediatamente não num tristonho cão sem dono, mas na mais assediada testemunha ocular da História recente do Brasil.
Ele chegou ao coração do poder com a vitória do PT em 2002 e ali permaneceu por mais de 13 anos. Espectador privilegiado do que fizeram (longe dos olhos do povo) dois chefes da Casa Civil e de uma presidente da República, viu e ouviu coisas de que até Deus duvida. Caso abrisse o baú de segredos e acolhesse todos as solicitações, provavelmente morreria sem ter completado a maratona de compromissos assumidos com historiadores, jornalistas, policiais, procuradores, juízes, apresentadores de programas de rádio e TV e investigadores alojados na República de Curitiba. Fora o resto.
Se contasse tudo o que sabe sobre a dupla que conheceu intimamente, Nêgo acrescentaria um punhado de anos à temporada na cadeia imposta a Dirceu e forçaria Dilma a desfazer a pose de mulher honrada. As revelações também engrossariam o prontuário do bando de pecadores que agiram em parceria com os donos de Nêgo, mas pela primeira vez todos poderiam contestar as verdades reveladas com um argumento respeitável: bastam alguns dias de convívio ininterrupto com uma dupla dessas para que qualquer ser se transforme em mentiroso compulsivo. Até um cachorro.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, setembro 09, 2016
REPORTAGEM-BOMBA DE "ISTOÉ" REVELA QUE A PRÓXIMA SEMANA PODERÁ SER FATAL PARA LULA. UMA PENCA DE DELAÇÕES SURGE COMO UM DEVASTADOR TSUNAMI. ATÉ MARCOS VALÉRIO VAI ABRIR O BICO
A revista IstoÉ que chega às bancas neste sábado, 10, traz mais uma reportagem-bomba, desta feita fazendo um inventário das acusações que pesam contra Lula e revelando o que está por acontecer a partir da próxima semana quando mega empresários nauseados com o cheiro de jaula parecem dispostos abrir o bico em novas 'delações premiadas' em Curitiba, cidade da qual o outrora 'poderoso' ex-presidente sente calafrios ao ouvir falar. Faz sentindo. Afinal, um tsunami de acusações se levanta ameaçador.
Por tudo isso vale a pena ler a reportagem-bomba de IstoÉ. Segue parte do texto com link ao final para leitura completa. Não percam:
Nos próximos dias, o ex-presidente Lula terá de enfrentar uma tempestade perfeita – expressão inglesa usada para designar uma combinação desfavorável de fatores que se agravam até constituir o pior cenário possível. Vão prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro o publicitário Marcos Valério, na segunda-feira 12, o ex-sócio da OAS, Léo Pinheiro, na terça-feira 13, e Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que leva seu nome, na quinta-feira 15 de setembro. Todos têm potencial explosivo para detonar o petista. Léo Pinheiro cuidou da reforma do tríplex de Lula e é conhecedor dos segredos mais recônditos do ex-presidente. Marcos Valério operou a compra de parlamentares no esquema conhecido como Mensalão e já se dispôs a detalhar a chamada Operação Portugal Telecom, um acordo endossado por Lula, em encontro no Palácio do Planalto, que teria rendido a ele, a José Dirceu e o ex-tesoureiro Delúbio Soares a soma de R$ 7 milhões. E a empresa de Marcelo Odebrecht não só fez reformas no sítio frequentado por Lula, como pode desnudar as nebulosas negociações envolvendo a construção do estádio do Itaquerão, em São Paulo – que atingiria Lula em cheio, podendo levá-lo à prisão.
PROVAS SE ACUMULAM
As provas contra o ex-presidente petista se acumulam e o cerco se fecha a cada átimo de tempo. Lula já é réu na Justiça Federal do DF sob acusação de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que negociava um acordo de delação premiada e poderia revelar a relação do petista com o Petrolão. Este será o primeiro processo em que Lula vai se sentar no banco dos réus. O julgamento final não deve passar de novembro. Em despacho obtido por ISTOÉ, o juiz da 10º Vara do DF, Vallisney de Souza Oliveira, marcou para o dia 8 de novembro, às 9h30 da manhã, a primeira audiência de instrução e julgamento do processo contra o ex-presidente da República. Em geral, os réus costumam comparecer pessoalmente às audiências. Além de Lula, também são réus nesta ação seu amigo pecuarista José Carlos Bumlai, o filho dele, Maurício Bumlai, o ex-controlador do banco BTG Pactual, André Esteves, o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e seu ex-assessor Diogo Ferreira. Neste dia, Lula ficará frente a frente com integrantes do Ministério Público Federal e com o juiz Vallisney. Depois dessa etapa, a ação penal entra na reta final e Lula pode receber sua primeira condenação.
OS ACUSADORES
Lista dos que envolvem Lula em flagrantes casos de corrupção e desrespeito à Justiça cada vez aumenta mais.
A ação tem como base a delação premiada de Delcídio. O ex-senador contou que participou da compra do silêncio de Cerveró a pedido de Lula. Foi por causa disso que o ex-líder do governo no Senado acabou preso, flagrado em um áudio no qual oferecia ajuda financeira à família do ex-diretor e até articulava um plano de fuga dele. Após abrir a boca, Delcídio deixou a prisão e delatou seus antigos companheiros de partido. O procurador Ivan Cláudio Marx, ao ratificar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, atribuiu ao petista o papel de “chefe da organização criminosa” para obstruir os trabalhos da Justiça. “Não se pode desconsiderar que, em uma organização criminosa, o chefe sempre restará na penumbra, protegido”. O próprio Lula confirmou em depoimento que se encontrou com Delcídio no seu instituto, em São Paulo, e que discutiram sobre a Lava Jato, embora negue que nunca conversaram sobre a compra do silêncio de Cerveró. A versão é completamente inverossímil, no entendimento dos procuradores. Ouvido na quinta-feira 1 em Curitiba, Delcídio reforçou que Lula tinha participação direta no esquema de loteamento político na Petrobras.
Não apenas os procuradores da República estão convencidos da atuação direta de Lula no sentido de atrapalhar o trabalho do Judiciário. Na última quinta-feira 8, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou ter pedido a fleuma ao se referir a Lula. Normalmente técnico e circunspecto, o ministro fez uma de suas manifestações mais contundentes. Acusou Lula de agir para “embaraçar” as investigações da Operação Lava Jato por ingressar com vários pedidos de transferência de competência dos processos hoje nas mãos de Moro. Como se nota pela sucessão de eventos capazes de encrencá-lo de vez, o medo do petista se justifica.
Às 9h do último dia 16, um oficial de Justiça bateu à porta do apartamento de Lula em São Bernardo para comunicá-lo oficialmente de que havia se tornado réu e lhe dando prazo de 20 dias para apresentar sua defesa. A defesa foi apresentada na última terça-feira, 06. Nela, Lula alegou ausência de “demonstração da conduta individualizada” do ex-presidente nos fatos criminosos e pedindo a nulidade da ação. As justificativas do petista não são factíveis. A acusação contra Lula de obstruir a Justiça prevê pena de prisão de três a oito anos, além de multa. Mesmo assim, o petista flana a fazer política por aí como se intocável fosse.
O HOMEM-BOMBA.
A ação tem como base a delação premiada de Delcídio. O ex-senador contou que participou da compra do silêncio de Cerveró a pedido de Lula. Foi por causa disso que o ex-líder do governo no Senado acabou preso, flagrado em um áudio no qual oferecia ajuda financeira à família do ex-diretor e até articulava um plano de fuga dele. Após abrir a boca, Delcídio deixou a prisão e delatou seus antigos companheiros de partido. O procurador Ivan Cláudio Marx, ao ratificar denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, atribuiu ao petista o papel de “chefe da organização criminosa” para obstruir os trabalhos da Justiça. “Não se pode desconsiderar que, em uma organização criminosa, o chefe sempre restará na penumbra, protegido”. O próprio Lula confirmou em depoimento que se encontrou com Delcídio no seu instituto, em São Paulo, e que discutiram sobre a Lava Jato, embora negue que nunca conversaram sobre a compra do silêncio de Cerveró. A versão é completamente inverossímil, no entendimento dos procuradores. Ouvido na quinta-feira 1 em Curitiba, Delcídio reforçou que Lula tinha participação direta no esquema de loteamento político na Petrobras.
Não apenas os procuradores da República estão convencidos da atuação direta de Lula no sentido de atrapalhar o trabalho do Judiciário. Na última quinta-feira 8, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou ter perdido a fleuma ao se referir a Lula. Normalmente técnico e circunspecto, o ministro fez uma de suas manifestações mais contundentes. Acusou Lula de agir para “embaraçar” as investigações da Operação Lava Jato por ingressar com vários pedidos de transferência de competência dos processos hoje nas mãos de Moro. Como se nota pela sucessão de eventos capazes de encrencá-lo de vez, o medo do petista se justifica. Clique AQUI para ler a reportagem completa


NO O ANTAGONISTA
Brasil 10.09.16 10:24
Lula disse ontem à noite:
"A Marta, o Doria e o Russomanno representam exatamente aquela maioria no Senado que votou pelo impeachment da companheira Dilma"...
Brasil 10.09.16 08:30
O museu do Lula, em São Bernardo do Campo, será desmantelado.
Os dois principais candidatos à prefeitura da cidade, segundo a Folha de S. Paulo, prometeram “suspender a construção do Museu do Trabalhador, com acervo sobre as greves da década de 1970 e sobre a trajetória do ex-presidente Lula”...
Brasil 10.09.16 08:11
Lula está fazendo de tudo para mandar sua mulher para a cadeia.
Ele disse ontem à noite:
"Imagina o povo que foi induzido pela imprensa a não gostar de mim porque a minha mulher comprou um cisne para o meu filho...
Brasil 10.09.16 07:52
O dinheiro roubado dos aposentados foi usado para comprar até o videogame do filho de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo.
Documentos obtidos pela IstoÉ mostram que a contabilidade secreta do operador do esquema da Consist, que pagava as despesas pessoais dos petistas, serviu para presentear um videogame Nintendo para um dos filhos do casal...
Brasil 10.09.16 07:50
O assalto aos Fundos de Pensão vai mandar ainda mais petistas para a cadeia.
De acordo com a Época, “um dos alvos da operação Greenfield, detido em São Paulo, sinalizou, já no primeiro depoimento, que pretende colaborar com as investigações e fazer acordo de delação premiada”...
Brasil 10.09.16 07:08
Michel Temer está com medo dos protestos do PT.
Mas o PT acabou.
As pesquisas do Datafolha divulgadas ontem mostram que os candidatos petistas devem tomar uma sova nas principais capitais do País...
Brasil 10.09.16 06:47
“O governo quer abafar a Lava Jato”, disse Fábio Medina Osório.
Claro que quer.
Mas se o Advogado-Geral da União pudesse abafar a Lava Jato, isso já teria sido feito por seus predecessores petistas...
Brasil 10.09.16 06:44
Fábio Medina Osório perdeu completamente o rumo.
Ele usou a Lava Jato para se cacifar na AGU. E continuou a usá-la depois de ser demitido...
Brasil 10.09.16 06:35
Um ministro de Michel Temer disse a Lauro Jardim que Fábio Medina Osório tentou usar a Lava Jato para se tornar ministro do STF:
“Ele queria ficar acima do Rodrigo Janot, do Sergio Moro, do Leandro Daiello, do Teori Zavascki”...
Brasil 09.09.16 21:28
Como O Antagonista antecipou, Eduardo Cunha ingressou no STF com mandado de segurança em que pede 'isonomia' no tratamento dado à ex-presidente Dilma Rousseff no fatiamento do impeachment...
Brasil 09.09.16 19:10
O Radar informa que a Justiça de São Paulo decidiu retomar o caso do assassinato de Celso Daniel, que até hoje assombra Lula e outros próceres petistas...

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