PRIMEIRA EDIÇÃO DE 08-9-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
08 DE SETEMBRO DE 2016
A fatura dos cartões corporativos da Presidência subiu 46,3% enquanto Dilma comandou o País, em relação aos governos Lula. A média anual de gastos passou de R$ 12,7 milhões, entre 2003 e 2010, para R$ 18 milhões de 2011 até maio de 2016, quando o impeachment de Dilma foi aprovado no Senado. No total, Lula gastou R$ 102,3 milhões em 8 anos, contra R$ 95,9 milhões de Dilma em 5 anos e 5 meses.
Desde 2003, os governos Lula e Dilma gastaram mais de R$ 670 milhões com cartões corporativos. Tudo na conta do contribuinte.
Alegando garantia da “segurança da sociedade e do Estado”, cerca de 95% dos gastos da Presidência são classificados como sigilosos.
No primeiro ano de mandato, em 2003, Lula gastou R$ 8,3 milhões em compras com cartões corporativos da Presidência.
Em 2010, último ano do mandato, Lula gastou R$19 milhões. Só foi superado em 2014, por Dilma: R$21,2 milhões. Ambos anos eleitorais.
Tão logo desembarcou da viagem à China, onde participou de um seminário empresarial e da reunião dos países do G-20, o presidente Michel Temer comunicou ao círculo mais íntimo de assessores a decisão de viabilizar a retomada de um conjunto de 1.519 obras inacabadas de pequeno e médio portes. São obras que custam em média entre R$500 mil e R$10 milhões. No total, custarão R$1,9 bilhão.
Levantamento oficial indicou que as obras inacabadas são de escolas, creches, pontes etc., que fazem muita falta às suas comunidades.
Temer acha que estimular a construção civil gera empregos e renda, por isso decidiu investir na retomada de obras pequenas inacabadas.
Mesmo quando são paralisadas sob suspeita de irregularidades, ao serem retomadas as obras, frequentemente, ficam mais caras.
Muito irritado com a “dificuldade” para notificá-lo da cassação – “bastava me telefonar”, disse – Eduardo Cunha decidiu ir à sessão de segunda-feira (12). Fará a própria defesa em discurso de improviso.
A frase “temos de tirar o olho do retrovisor”, do senador tucano Aécio Neves (MG), parece ter sido ouvida de Michel Temer, que disse algo muito parecido há dias. Ou eles estão mais afinados do que se pensa.
Dias antes do impeachment, o posudo ex-ministro Aloizio Mercadante foi visto em Brasília na sala de espera de uma podóloga, na Asa Sul. Usando chinelos, cabisbaixo, mas sempre arrogante, nem respondeu ao “boa tarde” de uma cliente, que aliás o achou muito “mal arrumado”.
Tucanos foram aconselhados por um ministro do Supremo Tribunal Federal a “não implicar” com o fatiamento do impeachment. É melhor ficar sem Dilma Rousseff, mesmo com a violência à Constituição.
Desabafo de um dos mais admirados embaixadores brasileiros: “o que me impressiona (e me deprime) é ver pessoas inteligentes, e com acesso à informação, continuarem a defender essa esparrela do PT”.
Em discussão na Câmara sobre o fim do visto para americanos, como querem o deputado Carlos Cadoca (PDT-PE) e americanófilos, o embaixador Ruy Nogueira matou a pau: “Reciprocidade é igual a virgindade. Não há ‘meio-virgem’”.
O governo Dilma chamava de “investimento” R$ 370 pagos a atletas de 14 a 20 anos por meio do Bolsa Atleta. E ainda exigia que o agraciado estivesse entre os 3 melhores do País. E o pagamento não é garantido.
Líder do governo, André Moura, promove encontros semanais com autoridades. Primeiro foi Blairo Maggi (Agricultura). Mendonça Filho (Educação) e Leonardo Gadelha (INSS) serão os próximos.
...só mesmo Lula para acreditar que para anular seu processo era só pedir com jeitinho.

NO DIÁRIO DO PODER
OPERAÇÃO ALETHEIA
LAVA JATO PEDE QUE PRESIDÊNCIA AVALIE OBJETOS APREENDIDOS DE LULA
LAVA JATO INVESTIGA SUMIÇO DE BENS QUANDO LULA DEIXOU O CARGO
Publicado: quarta-feira, 07 de setembro de 2016 às 16:31 - Atualizado às 19:37
Redação
A Força-tarefa da Operação Lava Jato requereu ao juiz federal Sérgio Moro que mande intimar a Secretaria de Administração da Presidência da República para que promova uma avaliação de bens apreendidos em poder do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Aletheia – desdobramento da Lava Jato que pegou o petista.
O pedido, subscrito por treze procuradores da República, tem base em auditoria do Tribunal de Contas da União que apurou “desvio ou desaparecimento de bens pertencentes à União nos Palácios do Planalto e da Alvorada, incluindo a análise dos inventários anteriores e posteriores à última transmissão de mandato presidencial e da política, normas e procedimentos aplicáveis aos presentes do chefe do Executivo Federal”.
Em março, quando estourou Aletheia, a Polícia Federal descobriu um cofre no Banco do Brasil em São Paulo onde estavam armazenados objetos que o ex-presidente chama de ‘tralhas’ e alega ter recebido de presente quando exerceu os dois mandatos (2003/2010).
Os procuradores querem que a Administração da Presidência “avalie o material apreendido e especifique se algum desses bens constantes não pertence ao acervo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
Subsidiariamente, os procuradores pedem prazo para “diligências necessárias para a apuração dos fatos”.
Ao pedido foram incluídas informações da auditoria do TCU. O Relatório de Fiscalização 164/2016 do Processo TC nº 011.591/2016 aponta que “em virtude das fragilidades nos procedimentos de classificação desses presentes, constatou-se que dos 568 itens recebidos nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apenas nove foram incorporados ao patrimônio da União (1,58%)”.
A auditoria avançou sobre bens relativos aos dois mandatos da presidente Dilma Rousseff (2011/2016) – “somente seis itens foram incorporados (4,17%)”.
“Assim, pelos processos atuais não há como garantir que os acervos presumidamente privados de 568 bens, pertencente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o acervo de 144 bens, registrado como de propriedade da presidente Dilma Vanna Rousseff, tenham sido corretamente classificados”, assinalam os procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
Em nota, os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, que defendem o ex-presidente Lula, consideram que “a Lava Jato mais uma vez dá prova da obsessão por Lula”.(AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Valentina de Botas: Os que dizem que não é preciso falar porque o povo sabe ignoram que o povo quer saber se eles sabem ou se está sozinho
É incrível e exasperante que homens experientes e de boa-fé como Aloysio, Aécio e Temer não se apercebam disso
Por: Augusto Nunes 
Quarta-feira, 07/09/2016 às 23:07
Na boa entrevista de Aloysio Nunes Ferreira no Roda Viva da última segunda-feira, Augusto Nunes lhe perguntou por que Michel Temer não falou aos brasileiros a respeito do descalabro generalizado que constatara quando do afastamento de Dilma Rousseff. Uma paisagem aberrante das contas do Tesouro às rotinas administrativas miseravelmente ineficientes. “O povo sabe, Augusto, o novo governo prefere olhar pra frente”. Acho bom olhar para a frente, afinal é lá que o futuro nos espera. O diabo é que Cronos, pai desnaturado, continua a devorar os filhos; muitas vezes, pega-nos por trás o degenerado, enquanto estamos olhando para a frente em busca do futuro que acaba na bocarra do monstro e, antes de vivermos o tempo que nos cabe e o que nos cabe viver nele, devolve-nos ao tempo em que não existíamos.
Quando era perguntado a Aécio Neves, na campanha de 2014 à presidência, por que ele, assessores ou apoiadores não falavam dia e noite do que todos sabíamos – da roubalheira petista, das mentiras petistas, do abuso do Estado na campanha petista –, a resposta olhava para a frente, mas não enxergava a entrevista de Aloysio Nunes: “o povo sabe, vamos olhar para a frente”. Olhamos. Cronos veio e crau!, nos jogou para trás; em alguns índices socioeconômicos, o recuo foi de 30 anos; em termos de ideias e pensamento quanto à concepção de Estado, de sociedade e de modelo econômico, a coisa está ali entre o fim do século 19 e o meio do 20, com fixação patológica entre a Guerra Fria e a Ditadura Militar, temperada pelo fascismo avermelhado que se apropriou de bandeiras historicamente estranhas a ele, como a igualdade de gênero e de raça (claro que isso não vale para os judeus no antissemitismo menos ou mais protuberante nas ramificações locais do esquerdismo de senilidade repaginada), para revigorar o discurso caquético ancorado, agora, na defesa das ditas minorias e sempre desprezando a minoria mais minoritária: o indivíduo.
Esse é o ente que, em carne, osso e consciência própria, apavora essa desgraça porque pensa, enquanto rebanhos mansos ou enfurecidos denunciam a PM-do-Alckmin e silenciam quanto aos black boulos (a moça que perdeu um olho aparentemente num ato contra o governo Temer mereceu a solidariedade oportunista da ex-presidente e o jornalista Santiago Andrade, morto por um artefato lançado por black blocks que estão soltos, o silêncio oportunista dela). Por isso Marilena Chauí detesta a classe média, grupo caracterizado pela heterogeneidade ideológica – daí, de pouca permeabilidade ao doutrinamento –, pois composto de indivíduos de profissão, formação, interesses e origem diversos. O fascismo que a filósofa petista denuncia na classe média é historicamente inexistente nela, mas originário das classes operárias mais pobres e ignorantes manobradas. Fica chato falar isso num feriado, mas a história sem fraudes não vigora apenas em dias úteis. Johah Goldberg, num livro ótimo de 2010, “Fascismo de Esquerda”, retoma a história desse ideário e mostra como a esquerda copula com ele.
Claro que essa velharia odiosa não é predominante na sociedade brasileira, ela só é muito mais barulhenta. Estridentes e minoritários, embora disseminados, seus defensores, representantes e comparsas – no lulopetismo, na imprensa, na academia dentro e fora das universidades, nas artes e literatura, nos movimentos sociais, na TV, na internet, nas reuniões de condomínio – falam até exaurirem quem ouve para ter a impressão de que existem. E vão se fazendo existir no discurso, na transfiguração da realidade em narrativas que a fraudam. Quando Aécio, Temer e Aloysio dizem que não é preciso falar por que o povo sabe, eles ignoram que o povo quer saber se eles sabem ou se está sozinho nessa porcaria toda. É incrível e exasperante que homens experientes e de boa-fé não se apercebam disso.
Os vermelhos pró-fora-temer-diretas-já passaram cinco noites tocando o terror no centro de São Paulo, causando prejuízos a pequenos comerciantes e provocando a PM-do-Alckmin; quando fizeram a manifestação pacífica na Paulista, ela acabou em vandalismo. As manifestações verde-amarelas-pró-impeachment rechaçaram o assédio dos cretinos pró-intervenção-militar e os black blocks nem sequer apareceram, pois sabiam que não seriam acolhidos. Agora, os vermelhos reclamam que a PM-do-Alckmin trata as manifestações vermelhas e as verde-amarelas de modos diferentes. Acontece que uma manifestação pacífica que acaba em vandalismo e uma manifestação pacífica que acaba pacificamente são diferentes. No entanto, quem vai ser monitorada (de que forma?) pelo Ministério Público Federal é o lado da lei.
Enquanto isso, o sindicalismo que rapinou os fundos de pensão organiza uma greve pró-fora-temer-diretas-já, segundo o próprio vigarista que a lidera, num evidente abuso do direito de greve; leis e direitos, para essa gente, só servem se a favor ou usados abusivamente. Enquanto isso também, o inexplicavelmente ainda solto governador Fernando Pimentel (PT-MG) paga com dinheiro do povo mineiro um evento pró-fora-temer-diretas-já. Imagine se o Alckmin, aquele da PM-do-Alckmin, fizesse um evento pró-temer em São Paulo com dinheiro dos impostos dos paulistas! E a mulher-honrada-que-não-tem-conta-na-suíça encheu quatro caminhões de mudança com pertences da Instituição da Presidência da República, numa ação classicamente conhecida como roubo, tecnicamente definida como patrimonialista e popularmente traduzida por falta de vergonha na cara.
Tudo naturalizado na metafísica eficaz segundo a qual há o discurso vigarista do bem, o vandalismo do bem, a rapina do bem, o esbulho institucional do bem e a pilhagem do bem. Um exemplo sutil porque o fenômeno também se alimenta de sutilezas: na Veja.com, a notícia não assinada sobre um delinquente ter jogado uma bomba num carro estacionado na garagem de uma casa no Alto de Pinheiros, ao final da manifestação vermelha de domingo, 04-9-2016 informa que o ataque se deu a 50 metros da “mansão de Michel Temer”. Se fosse a 50 metros da casa ou da residência de Michel Temer, a notícia não entregaria a mensagem pretendida. Não estou entre aqueles que acham que “a Veja se vendeu ao PT” logo agora que ele não tem como pagar, mas sei ler e, apesar de Leandro Karnal afirmar que todos os leitores da revista são “tapados e fascistas, sem exceção”, os comentários, quando acessei a notícia, eram todos de autodeclarados não leitores que execravam Temer por ter uma mansão e sequer mencionavam o carro destruído num ataque criminoso: fascismo do bem definido por quem fala.
Quando um político olha para a frente na busca pelo futuro, ele tem a obrigação de contemplar na sua perspectiva o presente e adjacências imediatamente anteriores ou o Brasil continuará se transformando numa espécie de parque temático de canalhices. Poderosamente entristecedor. O espantoso é a naturalização dessa paisagem de clareza solar, clareza esta a um só tempo consoladora e intrigante; tanto que o povo sabe, continua faltando que os políticos que combatem tal paisagem mostrem que também sabem. Antes que Cronos faça a próxima refeição.

NO ESTADÃO
Inclusão e vaias a Temer marcam cerimônia de abertura da Paralimpíada
Execução do Hino Nacional pelo maestro João Carlos Martins foi um dos destaques da festa
Marcio Dolzan e Roberta Pennafort,
O Estado de S.Paulo
Quarta-feira, 07 Setembro 2016 | 22h03
Com mensagens de inclusão e demonstrações de superação dos limites do corpo humano, a cerimônia de abertura da Paralimpíada do Rio-2016, realizada no estádio do Maracanã cheio, foi mais simples do que as festas que iniciaram e encerraram a Olimpíada, no mês passado, mas rica em entusiasmo e em momentos tocantes. Ao declarar abertos os Jogos Paralímpicos, o presidente Michel Temer (PMDB) foi bastante vaiado.
Pouco antes do início da festa, parte do público já havia gritado "Fora Temer". Nenhum chefe de Estado estrangeiro compareceu no Maracanã.
Foto: Al Tielemans/AP
Assim como na abertura da Olimpíada, Temer foi bastante vaiado na festa desta quarta-feira

Na parte final da cerimônia, o público vaiou muito após Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador Rio-2016, agradecer aos governos federal, estadual e municipal. Nuzman precisou interromper seu discurso. Aos poucos, as vaias se transformaram em aplausos e o dirigente, então, retornou o discurso após cerca de um minuto.
Criada pelo trio formado por Vik Muniz (artista plástico), Marcelo Rubens Paiva (escritor) e Fred Gelli (designer), a festa começou com um vídeo. O protagonista foi Sir Philip Craven, medalhista paraolímpico britânico do basquete nos anos 1970 e hoje presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).
Craven, no vídeo, viajou com sua cadeira de rodas até Belém e em seguida para o Rio, em um breve passeio pela cultura brasileira. Foi um recurso simpático, seguido de um grande momento: a descida em alta velocidade do atleta radical e cadeirante Aaron Wheelz em uma rampa de 17 metros.
Outro ponto alto foi a execução do Hino Nacional pelo maestro e pianista João Carlos Martins, que não usa todos os dedos para tocar por causa de uma sequência de atrofias e paralisias. A Bandeira do Brasil foi formada por voluntários com adereços nas cores nacionais.
Embalado por Monarco da Portela, pastoras da escola, Maria Rita, Diogo Nogueira, Hamilton de Holanda, Pretinho da Serrinha e Xande de Pilares, com clássicos como "A voz do morro" (Zé Keti) e "O campeão" (Neguinho da Beija-Flor), o segmento dedicado à roda tratou da importância desta invenção para toda a Humanidade, não só para cadeirantes.
A praia foi retratada como espaço democrático, onde se pratica surfe, "altinha", stand-up paddle e frescobol. Projeções transformaram o palco em um grande mar azul, com a aparição, também projetada, do nadador paralímpico Daniel Dias.
Em ordem alfabética, os cerca de 4.300 atletas de 23 modalidades e 160 delegações formaram in loco uma obra interativa de Vik Muniz, um grande quebra-cabeças com seus rostos estampados nas peças que no fim formaram um grande coração.
Os organizadores esperam que o sucesso e a audiência da abertura alavanque a venda de ingressos para as competições, que vão desta quinta-feira, 08 ao próximo dia 18. Ainda resta por vender cerca de 1 milhão de entradas, de um total de 2,4 milhões de ingressos.

NO BLOG DO JOSIAS
Lewandowski passará a se ocupar de Lava Jato
Josias de Souza
Quinta-feira, 08/09/2016 06:03
Na próxima segunda-feira (12), Ricardo Lewandowski entregará à colega Cármen Lucia o trono de presidente do Supremo Tribunal Federal. Com a ascensão da ministra, abre-se na segunda turma da Corte uma vaga. Respeitado o regimento interno do tribunal, ela deve ser ocupada por Lewandowski.
É na segunda turma que correm os processos relacionados à Operação Lava Jato. Significa dizer que, depois de referendar a manobra que resultou no impeachment meia-sola de Dilma — deposição sem inabilitação — Lewandowski colocará toda a ciência do seu Direito a serviço da operação que levou à janela os glúteos da oligarquia política e empresarial do País. Vêm aí fortes emoções.

NO BLOG IMPLICANTE
Em São Paulo, o “Fora, Dilma” foi 14 vezes maior do que o “Fora, Temer”
Enquanto 1,4 milhão foram às ruas contra Dilma, organizadores alegam que 100 mil foram contra Temer
Quinta-feira, 08-9-2016
Quantas pessoas foram às ruas nesse 7 de Setembro contra o impeachment de Dilma Rousseff? Até o momento da redação desse texto, o G1, que sempre publicava um número geral sobre os atos contra a petista, preferiu focar-se em matérias isoladas e fotos de alguns manifestantes. Por que o resultado foi grandioso demais? Ou por que foi minguado? O protesto ocorrido em São Paulo pode ajudar a explicar.
A derradeira manifestação pelo impeachment ocorreu em 13 de março de 2016 na avenida Paulista. Naquela tarde, PM e organizadores concordaram que 1,4 milhão de cidadãos foram às ruas protestar. O DataFolha – sempre ele – achou por bem reduzir o número a 500 mil, o que não tirava daquele grupo a realização do maior ato político da História.
Ontem, até porque os manifestantes pediam o fim da corporação, a PM não fez qualquer estimativa. O número coube então aos organizadores, que definem a quantidade no olhômetro, sempre levando em consideração a manchete que querem gerar. E o G1 noticiou que 100 mil paulistanos marcharam pelas ruas de São Paulo.
Em outras palavras, o “Fora, Dilma” foi 14 vezes maior do que “Fora, Temer”.
Quanto ao DataFolha, até o momento da redação deste texto, segue sem se manifestar. Ok.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Rumo ao Partido dos Trancafiados, na pátria de párias?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Comemorar 194 anos da "Independência do Brasil" é um exercício de ficção masoquista. A História demonstra que a separação de Portugal foi um "jeitinho" caríssimo. O Império Brasileiro já nasceu economicamente dependente dos banqueiros ingleses que até hoje comandam a Oligarquia Financeira Transnacional. O golpe da República não alterou o quadro. Embora seja uma potência mineral e agrícola, o Brasil permanece sem soberania, como uma importante colônia de exploração das metrópoles globalitárias. Para piorar, seguimos sob domínio do crime institucionalmente organizado.
A novidade dantesca é que, na pátria de párias, o chefão Luiz Inácio Lula da Silva promete liderar a refundação do PT. Os mais filhos da pátria já batizaram a nova agremiação de "Partido dos Trancafiados". Os sacanas avaliam que chamar de "Partido dos Trambiqueiros" seria óbvio demais. No entanto, não está descartado que o ajuntamento do partido dos trabalhadores, falido moralmente, com vários movimentos radicalóides de canhota, também seja denominado "Partido da Traição". Se depender da motivação dos fundadores, a nova organização criminosa será registrada como "Partido dos Tiranos". Tenha o nome que tiver, já nasce morto um partido parido sob comando de um Lula decadente e desmoralizado. De todo modo, todo cuidado é pouco com este "Partido das Trevas"...
No 7 de Setembro de 2016, uma belíssima novidade é a Marcela Temer, de vestido branco, enfeitando o palanque das autoridades na tradicional parada militar em Brasília. O casal chegou em carro fechado - e não no habitual Rolls Royce da Presidência. Temer também não quis usar a faixa presidencial - outro hábito da cerimônia. O substituto da Dilma prefere posar de discreto porque sabe que sua popularidade ainda está muito em baixa para posar de gostoso. A Petelândia fará o diabo para desgastá-lo publicamente. No entanto, Temer tem a convicção de que só um fracasso na economia pode abreviar seus dois anos e quatro meses de mandato restantes. A conjuntura não é bela como a Marcela, porque a crise é estrutural e exige coragem para mudar. A bela e a bola estão com Temer...
Além da Macela, endeusemos outros fatos relevantes e belos. O mundo assistirá à abertura das Paralimpíadas no Rio de Janeiro - na qual atletas brasileiros prometem belíssimos e edificantes exemplos de superação, com vitórias já garantidas pelo simples esforço de ali estarem competindo. Ainda na ótica ufanista-otimista da Pátria de Chuteiras, temos de comemorar o retorno da Seleção Brasileira à prática do futebol correto, ofensivo, pegador, sob direção do técnico Tite. Mais uma vez ficou comprovado que os conceitos corretos são impositivos e têm capacidade de transformar a realidade para melhor. 
Quer mais notícia boa? A 'incompetenta' Dilma segue para o exílio em Porto Alegre, com ameaça de revezamento para umas pedaladas no Rio de Janeiro. Se não lhe tirarem os direitos - preservados no golpe da fatiagem da votação do impeachment -, Dilma pretende se eleger senadora em 2018. Pelo Rio (de Janeiro) ou (Grande do Sul), pouco importa... Dilma deve retornar ao PDT ou ingressar, como fundadora histórica, do partido que Lula está parindo... Sem foro privilegiado, Dilma terá de rezar muito para não ser chamada a acertar contas com o Judiciário, em ações muito mais graves que as pedaladas fiscais que a condenaram...
Os próximos acontecimentos no Brasil são eletrizantes. Segunda-feira que vem, 12, Carmem Lúcia toma posse como "Presidente" do Supremo Tribunal Federal, já agendando reunião com os governadores para o dia 13. O clima pode ser de festa ou velório, dependendo do que acontecer a partir das 19 horas da noite do dia 12, quando a Câmara dos Deputados tem sessão marcada para votar o destino do poderosíssimo Eduardo Cunha. Apostas altíssimas indicam que faltará quórum para cassar o mandato do Malvado Predileto - pelo menos da Cláudia Cruz que o carrega. Nas enquetes, só 231 parlamentares prometem detonar Cunha. Outros 243 nada falam, e podem nem aparecer para votar. Ainda faltam 34 votos para detonar Cunha - que só conta com três votos a favor abertamente declarados até agora...
Outro assunto que promete ir fundo em muita gente é o escândalo da roubalheira bilionária com os principais fundos de pensão - operadores máximos do corrupto Capimunismo rentista brasileiro. Se não houver uma hipermegasuperpizza, patrocinada pelo poderio da grana dos deuses canalhas do mercado financeiro, o Operação Greenfield tem tudo para superar a Lava a Jato na dimensão da roubalheira. Novamente, nada custa lembrar que o andar de cima continua impune. Os comandantes políticos da roubalheira permanecem sem punição efetiva, enquanto empresários e burocratas são apanhados como bodes expiatórios...
Novamente, é preciso ressaltar que continuamos vendo as consequências serem atacadas parcialmente, enquanto as causas originárias da corrupção sistêmica e institucionalizada continuam preservadas, para a reedição de novas ou velhas roubalheiras aprimoradas. A estrutura continua intacta para a prática de novos crimes. Os párias que pariram a pátria de ladrões seguem no comando, apenas gastando cada vez mais dinheiro roubado para pagar caríssimos advogados... Os infindáveis recursos beneficiam os infratores - prontinhos para conceber novos partidos do crime...
É por isso que não basta trancafiar. É preciso mudar a estrutura do Estado brasileiro. Do contrário, permanecem vivas e cada vez mais fortalecidas e consolidadas as pré-condições para a continuidade da desgovernança institucionalizada do crime, junto com a insistente permanência da hegemonia do discurso dito de "esquerda" - farsas populistas em promessas de um futuro socializante que nunca se concretiza.
O que mais se pode esperar em um País no qual os segmentos esclarecidos da sociedade têm imensa dificuldade em se unir para formular e debater, exaustivamente, um plano estratégico de mudanças baseadas em conceitos corretos, verdadeiros e aplicáveis à realidade?
Trancafiar a esquerda, baixar a porrada nela ou reclamar nas redes sociais não resolve... O futuro do Brasil como pátria - e não como País Pária - exige a união inteligente dos segmentos esclarecidos da sociedade para definir os rumos da Nação, sob alto risco de desintegração.
O dilema é: "Soluções ou Morte". O crime reina, cada vez mais organizado e institucionalizado... Nós é que precisamos deixar claro que não queremos ser seus súditos. E temos de implantar a efetiva Democracia - a Segurança do Direito. 
(...)

NO O ANTAGONISTA
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Michel Temer nunca foi popular. E nunca será.
Ele é um especialista em manobras de gabinete, e é exatamente nisso que ele tem de apostar...
Brasil 07.09.16 21:05
Geddel Vieira Lima, um dos ministros mais próximos de Temer, foi incluído em um relatório da Polícia Federal. Segundo a PF, ele é citado em trocas de mensagens no celular de Lúcio Funaro, que estaria sendo pressionado para acelerar uma operação de R$ 330 milhões do FI-FGTS...

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