SEGUNDA EDIÇÃO DE 19-7-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO BLOG DO FAUSTO MACEDO 
PF abre Ali Babá e mira empréstimos fraudulentos da Caixa na Bahia
Cerca de 140 Policiais Federais cumprem 25 mandados de prisão – sendo 10 preventivas e 15 temporárias –, 28 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Presidente Tancredo Neves e Remanso, todas na Bahia
Fausto Macedo e Julia Affonso
Estadão |19 Julho 2016 | 07h37
Caixa. Foto: Estadão
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 19, a Operação Ali Babá contra grupo que teria aplicado golpes na Caixa Econômica Federal e em outras instituições financeiras no Estado da Bahia. Cerca de 140 Policiais Federais cumprem 25 mandados de prisão – sendo 10 preventivas e 15 temporárias –, 28 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Presidente Tancredo Neves e Remanso, todas na Bahia.
Até o momento, de acordo com a PF, foram identificadas 19 empresas envolvidas no esquema, mas suspeita-se que esse número seja muito maior. Só no ano de 2013, foram constatados prejuízos superiores a R$ 10 milhões.
Segundo a Federal, o grupo operava desde 2006 e agia por meio de ’empresas inidôneas, em nome de “laranjas”, com as quais eram obtidos empréstimos vultosos junto a diversas agências bancárias, de vários bancos’.
“Após recebidos, os créditos jamais eram restituídos. O esquema também contava com pessoas especializadas no fornecimento de documentos falsos, que viabilizavam a constituição das empresas e a obtenção dos empréstimos fraudulentos”, aponta a PF.
Todos os envolvidos deverão responder por organização criminosa e estelionato, previstos, respectivamente, nos artigos 2º da Lei 12.850/2013 e 171 do Código Penal.
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PF aponta R$ 2,5 mi de empreiteira para escritório de Erenice
Laudo financeiro identifica pagamento da Engevix, em 2013, para ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma
Fabio Serapião, de Brasília
Estadão | 19 Julho 2016 | 05h00
Laudo da Polícia Federal sobre as movimentações financeiras da Engevix, envolvida no esquema de cartel e corrupção na Petrobrás e em outras estatais revelado pela Operação Lava Jato, revela que a empreiteira pagou, em 2013, R$ 2,5 milhões ao escritório de advocacia da ex-ministra da Casa Civil no governo Dilma, Erenice Guerra.
O documento de nove páginas subscrito pelo perito Ricardo Andres Reveco Hurtado mapeia os principais órgãos do poder público e estatais que tiveram contratos com a empreiteira em 2008 e 2013, os repasses da empresa para políticos e partidos e os contratos com empresas de consultoria e prestação de serviços nos mesmo anos, nos quais aparece a empresa de Erenice.
O documento aponta que é necessário cruzar os pagamentos com outros dados da investigação. As informações batem com o depoimento que o empreiteiro sócio da Engevix, José Antunes Sobrinho teria dado em seu acordo de delação. O executivo disse aos investigadores que teria contratado o escritório de Erenice em 2013, após o Tribunal de Contas da União recomendar que a Eletronorte executasse uma garantia de R$ 10 milhões da Engevix por obras na usina de Tucuruí.
O contrato com Erenice, relatou, seria para resolver a pendência com a Corte de Contas. Ele admitiu ter pago R$ 2 milhões a ex-ministra. No final daquele ano, O TCU reverteu a decisão envolvendo a empreiteira.
Não é a primeira vez que o nome da ex-ministra surge nas investigações da Lava Jato. Ela já foi apontada em delações de executivos da Andrade Gutierrez como uma das responsáveis por acertar a propina de 1% nas obras da usina de Belo Monte que teria sido dividida entre PT e PMDB.
O leilão da usina durou sete minutos e foi vencido com deságio de 6,02% sobre o preço inicial de R$ 83 por MWh, no dia 20 de abril de 2010.
Erenice ficou à frente da Casa Civil entre abril e setembro de 2010, quando deixou o cargo em meio a denúncias de que estaria fazendo lobby para empresas no ministério. Antes de assumir a Casa Civil, Erenice era a número 2 da Pasta. Ela foi nomeada para a secretaria-executiva em 2005, quando Dilma Rousseff deixou o Ministério de Minas e Energia para substituir José Dirceu no Planalto.
Os executivos da Engevix negociam um acordo de delação premiada e estão colaborando com as investigações. Além de acusados de envolvimento no esquema da Petrobrás, eles também são réus na Justiça Federal no Rio por suspeita de participar do esquema de corrupção nas obras da usina de Angra 3, no Rio.
COM A PALAVRA, O ESCRITÓRIO DE ERENICE GUERRA:
“Com relação a um suposto pagamento da empresa Engevix ao escritório de advocacia Guerra&Advogados Associados, a WCMS Assessoria tem a esclarecer que toda e qualquer relação comercial da Guerra & Advogados Associados com a empresa Engevix foram estabelecidas legalmente, através de contrato, com todas as comprovações de serviços prestados.”
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NO DIÁRIO DO NORDESTE
Unimed N/NE e Camed são alvo de ação judicial
Ministérios Públicos querem cumprimento de acordo de 100 mil clientes transferidos de um plano a outro
00:00 · 19.07.2016 por Murilo Viana - Repórter
Usuários da Camed Vida foram transferidos para a Unimed Norte/Nordeste, e o atendimento aos beneficiários piorou, segundo MPF-CE e MPCE ( Foto: Neysla Rocha )
As operadoras de saúde Unimed Norte/Nordeste e Camed e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) são alvos de uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) e pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon-CE). Os órgãos questionam a qualidade dos serviços oferecidos aos cerca de 100 mil clientes cearenses transferidos da Camed para a Unimed no ano de 2014.
A transição foi decorrente da venda do plano Camed Vida à outra operadora por R$ 35 milhões. Na ocasião, ficou garantido, com aval da ANS, que as condições do plano anterior seriam mantidas. Na prática, entretanto, isso não aconteceu, segundo a procuradora da República, Nilce Cunha, que divide a autoria da ação com promotora de Justiça, Ann Celly. "Houve essa absorção do plano anterior e em tese era para as pessoas continuarem recebendo o mesmo atendimento. Mas não houve estrutura e capacidade para cumprir o contrato. Essa situação tem gerado um prejuízo muito grande para os usuários", diz a procuradora.
Multa
Embora não se possa estimar um prazo para que se tenha uma resposta da Justiça quanto à questão, a ação pede a concessão de uma tutela de urgência - ou seja, um parecer antes do julgamento final - para o cumprimento imediato das condições estabelecidas na transferências dos usuários, sob pena de uma multa diária de R$ 50 mil à Unimed Norte/Nordeste. Também é pedida a instalação de uma unidade de atendimento presencial da operadora no Ceará.
O documento, ajuizado no último dia 28 de junho e em trâmite na 7ª Vara da Justiça Federal, salienta que os usuários comparecem diariamente ao Decon-CE para relatar a "dificuldade em conseguir atendimento, consultas, exames, cirurgias, dentre outros procedimentos anteriormente disponibilizados pela Camed", aos quais, hoje, não conseguem ter acesso. Segundo a ação, os consumidores do plano anterior possuíam benefícios como o transporte aéreo em caso de urgência e emergência que não estão acobertados pela Unimed Norte/Nordeste.
Com relação à ANS, os órgãos pedem a apresentação da quantidade de reclamações formalizadas pelos contratantes transferidos e a fiscalização das duas operadoras para o cumprimento do acordo de transferência.
Respostas
A Unimed Norte/Nordeste disse em nota que "vem adotando medidas administrativas voltadas a corrigir problemas existentes desde muito antes do processo de alienação, ainda quando os beneficiários pertenciam ao antigo plano" e defende que "a maioria absoluta dos problemas elencados pelos referidos órgãos fiscalizadores" se referem ao início da transferência dos clientes de um plano para outro, de "adaptação à sistemática de atendimento da nova operadora".
A ANS disse que ainda não foi notificada sobre a ação, acrescentando que na época da venda do plano Camed Vida à Unimed "foram tomadas todas as medidas para assegurar a manutenção do atendimento hospitalar".
A reportagem conseguiu contatar a Camed apenas pela Central de Atendimento, após diversas tentativas, e obteve como resposta que a empresa só se pronunciaria em horário comercial.

NO O GLOBO
Cunha organizou encontro entre Temer e ex-presidente da Andrade
Planalto diz que, na reunião, Otávio Azevedo anunciou doação para o PMDB
POR THIAGO HERDY
19/07/2016 4:30
SÃO PAULO — Entre 2012 e 2014, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) organizou pelo menos três encontros do então presidente do grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, com o então vice-presidente Michel Temer. Os encontros não constaram da agenda oficial do vice. As mensagens em que Cunha e Azevedo combinam as reuniões foram registradas em anexos do relatório sobre a perícia que a Polícia Federal fez em um celular do executivo, e incluídas em inquérito público da Operação Lava-Jato.
A assessoria do presidente interino, Michel Temer, confirmou um dos encontros, realizado em 2014, a três meses das eleições, e alegou “razões técnicas” para não inclusão do ato na agenda oficial do então vice-presidente.
De acordo com as mensagens, a reunião ocorreu no gabinete da Vice-Presidência, no anexo do Palácio do Planalto, em Brasília. Pelos textos, não é possível saber o tema tratado. A assessoria de Temer afirma que Azevedo informou, no encontro, que faria uma doação eleitoral ao PMDB. Em 2014, a Andrade Gutierrez doou R$ 11,4 milhões ao PMDB.
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Em 30 de julho de 2014, Cunha escreveu: “Tenho que lhe falar”. O executivo respondeu: “Falo com certeza”.
Logo depois de discutir o melhor local e horário para o encontro, Cunha anotou: “Você pode sair e ir ao Jaburu me encontrar e ao michel se quiser”.
“Que horas no michel?”, perguntou Azevedo. “Michel eu vou às 12 e fico até 14h30”, replicou Cunha. O executivo finalizou: “Chego às 14h, ok?”
“Ok”, respondeu Cunha. Meia hora depois, o deputado corrigiu:
“Não será mais Jaburu e sim gabte da vice”. A resposta de Azevedo foi “Ok”.
O conjunto de mensagens mostra que Azevedo tinha intimidade com Cunha. Em dezenas de conversas entre 2011 e 2014, eles acertaram mudanças “em segredo” de textos legislativos, encontros e até pagamentos a serem realizados em contas do PMDB e de empresa de Cunha. Além do WhatsApp, os dois também usavam aplicativos que destroem as mensagens.
Em 4 de abril de 2012, há registro de outro encontro que Cunha tentou intermediar com Temer em São Paulo. Nesse dia, Temer teve audiências oficiais, registradas na agenda. Às 15h49m, Cunha escreveu a Azevedo: “O michel cansou de te esperar e foi embora. fiquei só eu”.
O executivo respondeu: “Você é que me interessa. O Michel é um grande líder e eu não poderia incomodá-lo. Mas na verdade não sabia que ele estaria aguardando com você. Estou chegando mas tem alguma merda acontecendo na cidade. abs”. Cunha deu risadas: “Rsrsrsrs abs”.
Quatro meses depois, há registro de marcação de um novo encontro de Temer com Azevedo, na residência oficial do vice. Em 7 de agosto de 2012, Cunha escreveu para Azevedo: “Tá confirmado 20h30 Jaburu”. No relatório não há registro de resposta do executivo.
Ao ser perguntado sobre os temas tratados nos encontros, Cunha respondeu: “Não me recordo desses diálogos, não me recordo se teve esse encontro, logo não posso também me lembrar dos motivos das risadas, se é que existiram”.
A assessoria de Temer informou que ele e Azevedo tinham “relacionamento institucional e não precisavam de intermediários para marcar encontros”. Temer disse não se recordar de encontros em 2012. “Em 2014, (Temer) conversou com Azevedo, quando este comunicou que faria contribuição de campanha, voluntária e oficial, para campanhas do PMDB, tudo devidamente declarado posteriormente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”, afirmou a assessoria.

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