SEGUNDA EDIÇÃO DE 08-7-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NA COLUNA DE MERVAL PEREIRA NO O GLOBO
Merval Pereira
Sexta-feira, 08-7-2016
É um despautério do advogado da presidente afastada afirmar que a renúncia de Eduardo Cunha ajuda sua cliente, embora seja compreensível que José Eduardo Cardozo tente de tudo para criar um ambiente favorável a Dilma.
Nem mesmo se a renúncia ficar caracterizada como um acordo espúrio para salvar o mandato de Cunha, a presidente afastada será beneficiada. Se acordo houver, e acobertado pelo presidente interino, Michel Temer, a Câmara aprofundará sua desmoralização diante da opinião pública, e Temer confirmará que está mais para um político oportunista do que para um estadista com a exata noção dos desafios que tem pela frente.
Mas isso não trará de volta a presidente Dilma, pois ela não representa, embora finja, a nova política deslocada do poder pela velha. Ela simplesmente tentou fazer a velha política com hegemonia do PT, deixando de lado os demais partidos da base aliada, como se eles se satisfizessem apenas com o dinheiro desviado das estatais e órgãos públicos.
Não, eles queriam também repartir o poder político, coisa que o PT nunca deixou, e Temer faz com prazer. Confirmado o chamado “acordão”, teremos a confirmação também de que a velha política continua mandando, mas isso não absolve Dilma dos crimes que cometeu. Passaremos então a ter as mesmas preocupações, agora com o governo Temer, que não estará à altura do momento.
Mas, se ao contrário, se tivermos a prova de que o presidente interino agiu no interesse do País, ao recomendar que Cunha renunciasse, podemos estar diante de um momento inaugural em que os representantes da velha política do PMDB retomam o papel de defensores da Democracia, entendendo que o momento é de colocar os interesses do País acima dos pessoais.
Parece improvável, mas a situação em que estamos metidos também o é. O resultado da eleição para a presidência da Câmara será uma boa medida de como vão as coisas. A vitória de um candidato ligado a Cunha aprofundará a crise. Ganhando um nome desligado do centrão, o governo Temer pode ter nova configuração.
Somente a cassação do mandato de Eduardo Cunha, para que seja julgado por seus crimes sem a proteção do foro privilegiado, será resposta apropriada da Câmara aos anseios da sociedade.
E o governo Temer poderá então começar, aproveitando a chance que recebeu, sob uma nova perspectiva histórica.
NO OLHAR DIGITAL
Irmão de Pablo Escobar exige US$ 1 bilhão de Netflix por 'Narcos'
JULIANA AMÉRICO
07/07/2016 16H26 NETFLIXWEBSÉRIE
O irmão do narcotraficante Pablo Escobar, Roberto Escobar, está exigindo da Netflix US$ 1 bilhão pelos direitos de imagem e uso de nome da família. Roberto ainda escreveu uma carta ao serviço de Streaming pedindo para ter acesso à segunda temporada da série “Narcos” para garantir que ela seja um retrato fiel de sua família.
Ele cita "erros, mentiras e imprecisões da história real" na primeira temporada como a razão para seu pedido. "Está me mostrando, minha vida, minha família e meu irmão", Escobar diz na carta. "Eu acho que ninguém mais no mundo está vivo para determinar a validade dos materiais além de mim."
Escobar afirma que se o Netflix não acatar as suas exigências, a segunda temporada da série, programada para ser lançada em setembro, não irá para o ar. "Eu não acho que haverá mais nenhum ‘Narcos’ se não falar comigo [...] se eles diminuem a minha oferta temos advogados prontos para executar as ações necessárias”, afirmou e completa “Você tem que pagar para jogar, e eles estão jogando sem pagar. Eu não sou um macaco em um circo, eu não trabalho por tostões”.
Roberto é irmão mais velho de Pablo e agia como contador do Cartel de Medellín. Em 2015, ele registrou os direitos de uso do nome de sua família na Califórnia através de uma empresa chamada Escobar Inc.
Entre as principais reclamações de Roberto em relação a primeira temporada é com a história ter sido alterada e ele ter sido representado como um contador que foi demitido do Cartel e ainda era um informante disfarçado da CIA.
Via Business Insider
NO O ANTAGONISTA
Brasil 08.07.16 10:26
O moribundo Waldir Maranhão aproveitou os minutos que lhe restam para demitir o secretário-geral da mesa diretora da Câmara, nomeado por Eduardo Cunha.
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Em mais um furo de reportagem eu, Agamenon Mendes Pedreira, o único jornalista investigativo heterossexual e impotente da América Latina, tive acesso exclusivo (e inclusivo) a verdadeira carta que a quase ex-presidenta em exercício, Zica Roskoff, enviou ao Senado Federal. Disfarçado de lagosta ao Thermidor consigo circular tranquilamente pelo Palácio da Alvorada sem ser incomodado...
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Rodrigo Janot, em parecer protocolado no STF, defendeu as buscas da PF no apartamento de Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann...
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Michel Temer decidiu começar a governar.
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Ilimar Franco, de O Globo, disse que o PSDB se juntou ao PT, à Rede e ao PSOL para impedir a vitória de Rogério Rosso à Presidência da Câmara.
Esse é o futuro?
Brasil 08.07.16 07:48
Eliseu Padilha disse a Gerson Camarotti que o governo “vai ficar longe” da disputa a presidente da Câmara:
“Se o governo entrar, não tem forma de ganhar. Haverá sequelas. O importante é a base estar unida. Sendo um aliado, não interessa quem vai ganhar”...
Brasil 08.07.16 07:10
Ricardo Lewandowski passou por cima de Teori Zavaski e intimou Sergio Moro a se explicar novamente sobre os grampos a Lula.
A primeira impressão é que se trata de uma manobra para proteger Lula...
NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 8 de julho de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Ficou manjada demais a manobra governista para eleger o novo presidente da Câmara Federal em operação casada com a providencial salvação do mandado de Eduardo Cunha - réu na Lava Jato. Por isso, ficou mais complicado o milagre para poupar o estrategista Cunha, a fim de que ele não caia nas garras do Judiciário. Do 'Presidento' Interino Michel Temer ao mais otário dos parlamentares, é altíssimo o risco de Cunha se transformar no mais perigoso de todos os delatores premiados, uma vez que sabe de tudo sobre praticamente todos os políticos. Os mais de 300 picaretas do Congresso vivem um pesadelo infinito, naquilo que o renunciante Cunha definiu como uma "instabilidade sem fim".
Um dos políticos mais tensos é o próprio Michel Temer. O 'Presidento' Interino já sente que perde rapidamente as condições de governabilidade, tal qual aconteceu com sua antecessora (como é mesmo o nome dela?...). A diferença é que Temer exerce melhor a capacidade de conchavo, pela via do diálogo, e ainda tem chances de costurar um frágil acordo no Congresso, para tentar sobreviver até o fim do mandato que herda com a saída forçada da 'Presidenta' 'Incompetenta'. A missão não chega a ser impossível, porém é complicada pela gravidade do momento de guerra de todos contra todos os Poderes, com a Lava Jato no encalço de tanto ladrão da coisa pública.
Exatamente por isso, a salvação de Cunha - que ajudou a derrubar a inimiga Dilma Rousseff - torna-se estrategicamente prioritária para a sustentabilidade do Governo. A armação inicial, que pode ser derrubada a qualquer momento, é que o processo sobre a cassação de Cunha retorne ao Conselho de Ética. A jogada seria a moeda de troca pela tardia renúncia da Presidência da Câmara. É crucial a escolha de um aliado de confiança para Temer e Cunha, na eleição prevista para ocorrer na terça-feira da semana que vem. Já começou uma guerra de foice no escuro na base aliada.
O cronograma, superapertado, foi fechado pela pressão direta de 280 parlamentares, atropelando Waldir Maranhão, que desejava empurrar a escolha para quarta ou quinta-feira. O prazo de inscrição de candidatos vai até o meio-dia do dia 12. Só na base aliada de Michel Temer já se contabilizam pelo menos 10 candidatos. A turma governista vai rachada para a disputa. Pelo que ficou desesperadamente acertado ontem, a eleição começará a partir das 13h59min. Engraçado é ouvir que o 'Palhasso' do Planalto jura que não vai se meter na confusão. O líder governista André Moura faz coro: "Não haverá intervenção do Governo nem no processo de sucessão na Câmara e nem no processo de cassação de Eduardo Cunha".
A Velhinha de Taubaté acredita... No entanto, sabe muito bem que o plano mágico é que o momento da escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados coincida o destino do processo contra Eduardo Cunha na Comissão de Constituição e Justiça. O circo de horrores e conchavos está armado para que o caso Cunha só seja apreciado depois de definido quem vai comandar o espetáculo no Plenário. A maioria, também apavorada com a Lava Jato e outras broncas, tende a salvar Cunha. O problema será como o marido da Cláudia Cruz continuará com foro privilegiado de julgamento pelo STF, enquanto a esposa e a filha Daniele ficam aos cuidados do juiz Sérgio Moro.
Independentemente do futuro de Cunha e da crise, quem sobrevive no mundo real da economia se vira como pode. Os 60 milhões de endividados tentam negociar seus débitos como podem. Empresários também se viram para fechar as contas do mês e não quebrar. Estes segmentos produtivos, cansados de sustentar o Estado ineficiente, perdulário e corrupto, vão ampliar a pressão e os protestos, nas redes sociais e nas ruas. A Revolução Brasileira segue, do jeito que pode e dá, rumo à Intervenção Cívica Constitucional.
Se a gente não imitar a Islândia na melhora no futebol e na intervenção direta do cidadão para mudar a estrutura estatal, vamos continuar tomando no cunha...
Só tem um problemaço para Temer. Tão ou mais complicado do que salvar Cunha é tentar transmitir credibiliadde ao mercado na solução da mais grave estagflação dos últimos tempos. Amigão do decadente Luiz Inácio Lula da Silva, e certamente a ponte segura entre o ex-'Presidentro' e o atual 'Presidento', o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, faz o maior malabarismo para fingir que não aumentará impostos, a fim de compensar o megarombo minimamente previsto de R$ 170,5 bilhões nas contas públicas, neste ano da desgraça de 2016 e mais R$ 139 bilhões para 2017. Meirelles não conseguiu convencer ninguém que terá de apelar a um aumentinho da já altíssima e suicida carga tributária, a fim de cumprir o objetivo de conseguir receitas extras de R$ 55 bilhões.
Situação mais incômoda que a de Temer e Meirelles só a do Presidente da famosa Federação das Indústria do Estado de São Paulo. Defensor da queda dos impostos, com aquela campanha do patinho, Paulo Skaf, peemedebista com ambições de ser governador de São Paulo, não aceita "pagar o pato" com o eventual fracasso de Temer. A equipe econômica deseja criar mais que os 92 impostos, taxas e contribuições já em vigor no Brasil Capimunista. Em abril, Temer só faltou jurar que não recriaria a CPMF. Meirelles, ontem, ainda deixava no ar a dúvida sobre criar ou não mais impostos. A queda de braço não será fácil...
(...)
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