PRIMEIRA EDIÇÃO DE 16-6-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
16 DE JUNHO DE 2016
A tentativa do procurador-geral Rodrigo Janot de obter a prisão de Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney, pela revolta que provocou no PMDB, pode ter consolidado a destituição de Dilma Rousseff. A cúpula do PMDB está convencida de que Janot, a serviço do PT, adota a estratégia de desmoralizar senadores e ministros do partido, ligados ao governo Temer, para fragilizar o impeachment.
Renan mudou de atitude: chamou Temer de presidente e Dilma de “ex”. E que terá com Temer relação idêntica à de Dilma. Ou seja, de aliado.
Em conversas reservadas, o PMDB lembra que em dezembro de 2015, com o impeachment iminente, Eduardo Cunha virou alvo de Janot.
Os mandados contra o presidente da Câmara frearam a campanha, sob a alegação de impeachment era “coisa do Cunha, um corrupto”.
O PMDB está tentado a avançar no impeachment de Janot, alegando dois pesos e duas medias no tratamento a políticos do PT e do PMDB.
Ex-presidente da Comissão de Relações Exteriores e líder da bancada anti Dilma na Comissão do Impeachment, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ficou perplexo com a indicação do ex-chanceler Antonio Patriota à embaixada do Brasil em Roma. “É um tapa na cara da sociedade”, reagiu, confessando-se tomado por “profunda decepção” e decidido a fazer chegar sua indignação ao governo. Patriota é um dos diplomatas mais ligados ao PT e conhecido pela sabujice a Dilma.
Na era Patriota, Ferraço acompanhou de perto a sórdida perseguição a Eduardo Saboia, diplomata que desafiou o bolivarianismo de Dilma.
Eduardo Saboia foi perseguido por salvar o ex-senador Roger Molina, que, caçado na Bolívia, asilou-se na embaixada do Brasil em La Paz.
A última de Patriota foi barrar o acesso de deputados de oposição à ONU, quando Dilma foi lá para contar lorotas sobre “golpe” no Brasil.
Circulando nesta quarta (15) no Palácio do Planalto, tentando repercutir a situação do deputado Eduardo Cunha, jornalista recebeu o seguinte aviso: “O presidente Temer quer distância. Cunha é assunto tóxico”.
Oposicionista detalhava o discurso que prepara contra Michel Temer, reclamando que o ministério “não tem mulheres, não tem negros, nem homossexuais”, quando parou para flertar com a homofobia: “Acho que dizer que não tem homossexuais não é verdade...”. E deu uma risada.
Apesar das mudanças tão aguardadas no setor, aeronautas dizem ter obtido do governo algo que pode afugentar as empresas internacionais: no “intercâmbio de aeronaves”, no Brasil, a tripulação seria nacional.
Com a cúpula enrolada na Lava Jato, o PT decidiu se vingar votando contra a autonomia da Polícia Federal. A PEC foi retirada da pauta após manobra, mas deve ser votada nos próximos dias.
O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, bem que tentou ser recebido por Michel Temer. O presidente correu do encontro para evitar tensão com a Venezuela, onde desembarca nos próximos dias.
O advogado Vandebergue Machado diz que não há ilícito na conversa com Renan Calheiros. O ministro Teori Zavascki, diz ele, não encontrou ilegalidade no diálogo gravado por Sérgio Machado.
Do sempre brilhante jornalista Carlos Brickmann: “É maldade comparar Dunga com a presidente afastada Dilma Rousseff. Nenhum dos dois deu certo, mas Dunga saiu mais depressa.”
A Câmara tratou de arrumar uma van que leva funcionários para almoçar em clubes de Brasília, uma beleza. É que acabou o contrato dos restaurantes na Casa, e o expediente do comércio foi reduzido.
Com tanta gente querendo acordo de delação – Odebrecht, Cunha, Vaccari, Genu… – quem afinal ficará preso por roubar o País?

NO DIÁRIO DO PODER
INDIGNADO COM JANOT
RENAN ACUSA MPF DE ABUSO DE PODER E DE TOMAR DECISÕES "ESDRÚXULAS E RIDÍCULAS"
ACUSA PROCURADORES REJEITADOS NO SENADO INVESTIGANDO SENADORES
Publicado: 15 de junho de 2016 às 18:53 - Atualizado às 20:20
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusou hoje (15) membros do Ministério Público Federal (MPF) de agirem com “abuso de poder” na força-tarefa da Operação Lava Jato no que se refere a investigações de senadores. Em discurso no plenário da Casa, Renan classificou de “esdrúxula” e “ridícula” a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de pedir, semana passada, sua prisão e de outros membros da cúpula do PMDB.
Renan começou o discurso afirmando que já arquivou quatro pedidos de impeachment do procurador-geral e que vai analisar “com isenção” o novo pedido de impedimento apresentado ontem (14). Disse ainda que vai se declarar “impedido” de determinar sobre o pedido se constatar que ele faz referências a seu nome.
“Se os pedidos forem ineptos, e os analisarei, irei arquivá-los. Se, do ponto de vista pessoal, fizerem alguma citação a mim, não posso vincular a instituição ao meu interesse pessoal, absolutamente. Eu me tornarei publicamente impedido”, adiantou.
Renan lembrou que três membros da força-tarefa da Lava Jato foram recentemente rejeitados pelo Senado em indicações do procurador-geral para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele cobrou que essas pessoas também sejam impedidas de investigar senadores “pelo constrangimento que significaram as rejeições” pelo Senado.
“Talvez o bom senso não recomendasse que essas pessoas continuassem investigando o Senado Federal como instituição, investigando senadores, abusando de poder, fazendo condução coercitiva sem fato que a justifique, busca e apreensão na casa de senador, prisão em flagrante claramente orientada, gravações de senadores de forma ilegal com pessoas colocadas na convivência de senadores”, acrescentou.
Renan lembrou que o ex-senador Delcídio do Amaral, cassado pela unanimidade do plenário do Senado, teria acertado um acordo para que sua delação só fosse publicizada após seis meses, quando ele teria tempo para circular na Casa, gravando conversas com senadores – o que Renan chamou de “delação predatada”.
“Ou seja, o senador Delcídio, que chegou ao cúmulo de gravar o então ministro [da Educação] Aloízio Mercadante por meio do seu gabinete, da sua assessoria, ficaria durante seis meses aqui no Senado gravando os senadores para que essas gravações servissem de materialidade a acusações sem provas”, afirmou.
Em referência direta ao pedido de sua prisão e também do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do senador Romero Jucá (PMDB-RR), o presidente do Senado disse que “o que pareceu na esdrúxula decisão da semana passada é que eles [Ministério Público] já haviam perdido seus limites constitucionais. Com aquele pedido, perderam o limite do bom senso e o limite do ridículo”.
Após o discurso, alguns senadores pediram a Renan “extrema cautela” ao tratar do assunto, em especial ao analisar o pedido de impeachment do procurador-geral. “O senhor tem a obrigação de zelar pelas prerrogativas, mas também pela imagem do Senado”, destacou o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).
“Mesmo com todo o rigor, mesmo com toda a prerrogativa, se passar a imagem de que estamos tentando impedir a Lava Jato de ir adiante será um desastre de proporções inimagináveis para todos nós”, completou Buarque.
O senador João Capiberibe também pediu cautela e lembrou que o país passa por um momento delicado na vida política.
“Isso pode transparecer uma atitude individual de vossa excelência, porque esse momento é delicado da vida política brasileira. As instituições estão funcionando muito bem. Estamos diante de uma crise política terrível, mas eu solicitaria que continue nessa conduta que vossa excelência tem tomado em relação a todos os demais casos”, concluiu Capiberibe.

A JUSTIÇA, INALCANÇÁVEL COMO FIM
Carlos Chagas
Tem sido assim através dos tempos: Cícero condena, Catilina é condenado. Rodrigo Janot pede a prisão, Teori Zavaski absolve Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney. Do lado de fora, patrícios e plebeus não entendem porque Eduardo Cunha recebeu cinco dias para provar sua inocência, depois de considerado culpado por seus julgadores.
A Justiça oscila entre os fundamentos do crime. A sociedade se divide diante deles tanto quanto os encarregados de julgá-los. Em cada cabeça uma sentença. Inocentes e culpados nivelam-se de acordo com a opinião dos que interpretam suas ações.
Haveria alternativa para substituir a dicotomia? Para aplicar os mesmos princípios em todos os julgamentos?
Enquanto não for encontrada uma solução equânime e uniforme, mas impossível e inviável porque todos os crimes diferem entre si em ações e motivações, haverá que conviver entre Cícero e Catilina, apesar das múltiplas razões de Rodrigo Janot e Teori Zavaski.
Em suma, emerge uma evidência: a Justiça é inalcançável como fim. Mas haverá alternativa?
DIVISÃO IMPOSSÍVEL
Enquanto o governo Michel Temer continuar respirando sua interinidade, nada de concreto será produzido, apesar da boa vontade de alguns e da ilusão de outros. Dos conciliábulos do palácio do Planalto tem surgido propostas as mais inverossímeis, como a de que para marcar sua presença na História, a atual administração deveria promover ampla redivisão territorial. Parecem proibidos de desenvolver-se Estados de tamanho descomunal, assim como pequenas unidades inviabilizadas pela ínfima dimensão. Seria uma questão a ponderar, mas jamais agora, seja pelas imensas despesas a exigir, seja pela reação despertada em suas populações. No futuro, quem sabe...

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
15/06/2016 ÀS 18:41

15/06/2016 ÀS 17:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
16/6/2016 ÀS 6:29

16/6/2016 ÀS 6:27

16/6/2016 ÀS 5:35

16/6/2016 ÀS 4:35

15/06/2016 ÀS 23:20

15/06/2016 ÀS 19:58


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza
16/06/2016 06:19
A pretexto de discutir a pauta de votações, Renan Calheiros chamou ao seu gabinete os líderes partidários. Surpreendeu-os com um comunicado tóxico: cogita a sério a hipótese de aceitar um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República Rodrigo Janot.
O senador Cristovam Buarque pulou da cadeira. Disse que a providência seria desastrosa. Reforçaria a tese do PT segundo a qual o impeachment de Dilma Rousseff foi tramado com o propósito de interromper a Lava Jato.
Alvo da investigação, Renan não se deu por achado. Respondeu que, sob Janot, a Procuradoria comete excessos. Disse que não hesitará em exercer as prerrogativas de presidente do Senado. Fará o que achar que é certo, sem receio das reações.
Ouviu-se na sala um silêncio sepulcral, rompido por Fernando Collor. Também crivado de suspeição, já denunciado no STF como beneficiário de propinas provenientes da Petrobras, Collor insuflou Renan, estimulando-o a marchar contra Janot.
Terminada a reunião, o tucano Aloísio Nunes Ferreira, líder de Michel Temer no Senado, disse estar preocupado com a pretensão do presidente do Senado. Mais tarde, Renan repetiria a cantilena anti-Janot no plenário.
Cristovam, de novo, correu ao microfone para contestá-lo: “Se passar a imagem de que estamos tentando impedir a Lava Jato de ir adiante, será um desastre de proporções inimagináveis para todos nós.” Em conversa com o blog, Cristovam acrescentou: “Será um desastre também para o Michel Temer.”
Subscrito por duas advogadas, o pedido de impeachment contra o procurador-geral caiu do céu sobre a mesa de Renan. O senador enxergou na peça uma oportunidade para se vingar de Janot, que pedira a sua prisão, junto com outros pajés do PMDB.
Renan tornou-se um fio desencapado depois que o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, indeferiu os pedidos de prisão. Eletrificou-se com a divulgação do teor da delação premiada de Sérgio Machado, que o acusa de ter mordido R$ 32 milhões em propinas provenientes da Transpetro, subsidiária da Petrobras.
A decisão de Renan sobre Janot foi prometida para a próxima semana. Se o senador cumprir sua ameaça, entrará em curto-circuito num instante em que o Planalto trabalha para reduzir a voltagem do ambiente, apressando a votação do impeachment e a apreciação da emenda constitucional que cria um teto para as despesas da União.

‘A madame mais honesta dos cabarés do Brasil’
Josias de Souza
16/06/2016 04:26
O delator Sérgio Machado prestou 13 depoimentos à força-tarefa brasiliense da Lava Jato. Transcritas, suas revelações encheram 400 páginas. Cobrem de Temer a Aécio. Certos trechos só deveriam ser exibidos na tevê depois da meia-noite. E vendidos em jornais envoltos em sacos plásticos. A política, como se sabe, é a segunda profissão mais antiga do mundo. Mas o ex-presidente da Transpetro demonstrou que, no Brasil, ela se parece muito com a primeira.
A certa altura, Machado referiu-se à Petrobras como “a madame mais honesta dos cabarés do Brasil''. Os inquiridores estranharam. E o depoente: “Era um organismo estatal bastante regulamentado e disciplinado''. A perver$ão é maior noutros órgãos, onde vigoram “práticas menos ortodoxas''. Machado empilhou exemplos: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Docas, Banco do Nordeste, Fundação Nacional de Saúde, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas…
Lendo-se os depoimentos de Machado, percebe-se que a suruba estatal dos dias atuais é muito parecida com a de antigamente. A diferença é que o PT, ao deixar a História para cair na vida, esforçou-se demais para demonstrar que não estava imune às tentações alheias. Entregou-se com tal volúpia aos prazeres do poder despudorado, que expandiu demais a orgia e esqueceu de fechar a janela. Adorou as alianças esdrúxulas. E percebeu que a volta às origens, além de indesejada, era impossível. Castidade, como a virgindade, não dá segunda safra.
Noves fora a diferença de escala, o ex-tucano Sérgio Machado disse que desde 1946 havia um padrão segundo o qual os empresários incorporavam em seus orçamentos certo “custo político” — eufemismo para o ‘por fora’, o ‘quanto eu levo nisso?’. Variava conforme o ente da federação: 3% do valor dos contratos firmados com o governo federal, 5% a 10% nos negócios fechados com governos estaduais e 30% nas transações municipais.
Nos bordéis do Estado, pratica-se a suruba às avessas. A Viúva paga para ser violada. Se a Petrobras é “a madame mais honesta”, imagine-se o que sucede nos outros cabarés. Machado disse ter repassado propinas a 23 políticos de seis partidos. Apenas para os pajés do PMDB, sua tribo, entregou mais de R$ 100 milhões durante os 12 anos em que presidiu o balcão da Transpetro.
Sob Machado, “madame” era especialmente dadivosa com seus padrinhos do PMDB do Senado: Renan (R$ 32 milhões), Lobão (R$ 24 milhões), Jucá (R$ 21 milhões), Sarney (R$ 18 milhões), Jáder (R$ 4,2 milhões)… No cabaré gerido por Machado, Renan tinha tratamento diferenciado. Chegou a morder uma mesada de R$ 300 mil. Em anos eleitorais, a cifra engordava.
Dilma não respeita delatores. Lula abomina vazamentos. Mas o petismo adorou a veiculação dos depoimentos de Sérgio Machado. Gostou especialmente do trecho em que ele contou que Michel Temer lhe pediu R$ 1,5 milhão em verbas de má origem, para a campanha paulistana de Gabriel Chalita, em 2012. “É a reversão do impeachment”, celebrou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), como se nada tivesse sido descoberto sobre o partido dele.
Se a Lava Jato ensinou alguma coisa foi o seguinte: quem tem telhado de vidro não deve criticar a permissividade do cabaré do lado. Vem daí o silêncio da banda muda do Congresso, que convive com Cunhas, Renans, Jucás, Jáderes e dezenas de etcéteras que privaram do prazer grupal propiciado pela “madame mais honesta dos cabarés do Brasil.” A política brasileira sobrevive porque não presta atenção às suas impossibilidades. Nesse meio, a desonestidade deixou de ser exceção. Tornou-se um estilo de vida.
– Ilustração via Miran Cartum

Dizer que tem apreço à Lava Jato já não basta
Josias de Souza
15/06/2016 19:32
Supondo-se que o Senado mandará Dilma Rousseff para Porto Alegre em agosto, a presidência-tampão de Michel Temer terá de se erguer sobre duas pernas até 2018: a perna do ajuste econômico e a perna da restauração moral. Nesta quarta-feira (15), enquanto Temer mostrava aos líderes partidários que sua proposta de teto para os gastos públicos pode conduzir ao céu econômico, Sérgio Machado, um delator antropófago a caminho do inferno, mordeu-lhe o calcanhar ético.
Vieram à luz depoimentos em que o ex-presidente da Transpetro revela-se um provedor multipartidário de propinas. Ele arrasta Temer para o epicentro da encrenca ao dizer que, em 2012, forneceu ao atual presidente interino da República uma propina de R$ 1,5 milhão. Dinheiro sujo destinado à campanha de Gabriel Chalita, então candidato de Temer à prefeitura de São Paulo.
Temer nega que tenha pedido o dinheiro. Machado oferece detalhes: a) encontrou-se com Temer na Base Aérea de Brasília, provavelmente em setembro de 2012; b) estava em carro alugado; c) identificou-se na entrada; d) acertou o valor com Temer; e) “o contexto da conversa deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro na forma de doação oficial para a campanha de Chalita.”; f) a verba saiu da caixa registradora da construtora Queiroz Galvão.
A investigação dirá de que lado está a verdade. Mas, desde logo, é preciso reconhecer: diferentemente do déficit fiscal, estimado em R$ 170,5 bilhões para o ano de 2016, o déficit estético do governo Temer é incalculável. Já não basta ao presidente interino dizer que tem apreço pela Operação Lava Jato. Temer precisaria gritar ao mundo que tem desapreço pelo pedaço do PMDB que é cúmplice do PT no assalto às arcas do Estado brasileiro. Algo que ele parece não ter condições de fazer.
O descompasso entre o discurso e a prática de Temer cresce na proporção direta do avanço da Lava Jato sobre os porões do PMDB. Ironicamente, Temer vai ficando em situação análoga à de Lula e Dilma Rousseff. Preside o PMDB federal há 15 anos. Não é razoável supor que não soubesse que sua legenda converteu-se em parte de uma organização criminosa. Ou sabe disso ou é um tolo.
Temer faria um bem extraordinário à sua administração se tomasse distância da banda vadia do PMDB. Sob pena de ser visto como um presidente incapaz de saciar a fome de limpeza que está no ar.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 15 de junho de 2016
2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
(clique no titulo para ler a matéria completa)


NO O ANTAGONISTA
Brasil 16.06.16 06:23
Se os investigadores demonstrarem que Michel Temer pediu propina a Sérgio Machado, ele está acabado.
Mas é claro que Dilma Rousseff não pode voltar.
As denúncias contra ela são muito mais graves do que as denúncias contra ele...
Brasil 16.06.16 06:57
Michel Temer, segundo a Folha de S. Paulo, disse à sua equipe “que não fez nenhum pedido de doação diretamente a Sérgio Machado, lembrando que ele era ligado ao PMDB do Senado”.
Esse é o ponto mais suspeito do relato do delator...
Brasil 16.06.16 06:51
Assessores de Michel Temer disseram à Folha de S. Paulo que ele “não se recorda ter tido algum encontro com Sérgio Machado na Base Aérea de Brasília”...
Brasil 16.06.16 06:22
A Folha de S. Paulo concorda que o estrago provocado pela denúncia de Sérgio Machado é relativo:
“Para Michel Temer, a acusação feita por Sérgio Machado é obviamente péssima, mas não é neste momento o maior dos problemas que a delação do ex-presidente da Transpetro lhe causa...
Brasil 16.06.16 06:18
O Valor diz que a denúncia de Sérgio Machado contra Michel Temer “tem baixo potencial ofensivo”.
Por esse motivo, a Bolsa de Valores, ontem, depois de cair bruscamente, conseguiu se recuperar...
Brasil 16.06.16 06:09
Michel Temer sangra. Mas continua vivo.
É a opinião de quase todos os comentaristas sobre a denúncia de Sérgio Machado...
Economia 16.06.16 01:29
A consultoria do economista Nouriel Roubini (Roubini Global Economics) elevou a estimativa de crescimento do PIB do Brasil de 0,6% para 1,1% em 2017. Segundo os economistas Ariel Rajnerman, Paulina Argudin e Rachel Ziemba, as apostas sobre as necessárias reformas estruturais e fiscais aumentaram com a mudança no governo. “O avanço fiscal e a desaceleração da inflação em andamento vão permitir ao Banco Central cortar os juros no segundo trimestre. Contudo, a incerteza política continua alta”, diz. A RGE estima a inflação a 5,4% e a Selic a 11% no ano que vem.
Brasil 15.06.16 22:33
Giles Azevedo está em quarentena desde segunda-feira (13). Nessa condição, ele está proibido de assessorar formal ou informalmente Dilma Rousseff...
Brasil 15.06.16 21:10
Enquanto questões burocráticas adiam o envio a Curitiba das investigações contra Lula, a defesa do petista tenta ganhar tempo. Hoje, os advogados protocolaram recurso alegando que ele não pode ser investigado em duas instâncias diferentes...
Brasil 15.06.16 20:50
Teori Zavascki retirou o sigilo da delação de Sérgio Machado a pedido de Rodrigo Janot, após petição protocolada no último dia 9. O PGR criticou o vazamento das gravações, o que tornou o sigilo "nocivo à efetividade das investigações"...
Brasil 15.06.16 20:27
Sérgio Firmeza Machado, como já citado por aqui, era até pouco tempo diretor do Credit Suisse. Nas delações, o pai Sérgio Machado e os irmãos Expedito Neto e Daniel Firmeza procuram afastá-lo de qualquer envolvimento no esquema da Transpetro...
Brasil 15.06.16 20:07
As entidades de classe do Ministério Público declararam apoio a Rodrigo Janot. Em nota conjunta, disseram que "é natural a reação adversa dos chamados a se explicar" quando "um membro do Ministério Público move o sistema de Justiça para responsabilizar faltosos"...
Brasil 15.06.16 19:55
A JBS enviou uma nota sobre a delação de Sérgio Machado. A empresa nega a citada reunião do delator com seu diretor de relações institucionais sobre doação de R$ 40 milhões a senadores do PMDB...
Brasil 15.06.16 19:43
Expedito Neto declarou manter no exterior um total de R$ 76,2 milhões em propina desviada pelo pai Sérgio Machado, ao longo de mais de uma década à frente da Transpetro...

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