PRIMEIRA EDIÇÃO DE 23-5-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
23 DE MAIO DE 2016
A estatal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pela TV Brasil, foi transformada em cabide de boquinhas para amigos de Dilma, do antecessor Lula e do PT. Milhões de reais dos contribuintes foram desperdiçados em programas de amigos petistas. Um deles, o diretor de teatro Aderbal Freire Jr, casado com a atriz Marieta Severo, recebia R$ 91 mil por mês, cinco vezes mais que o presidente da própria EBC.
Sócia da FBL, produtora do “ABZ do Ziraldo” levava R$ 717 mil/ano, Rozane Braga assinou manifesto “anti-golpe”. Inútil: foi cancelado.
O programa “Papo de Mãe”, de Mariana Kotscho, filha de ex-assessor de Lula, custava ao contribuinte R$ 2,4 milhões/ano. Foi cancelado.
O programa “Observatório da Imprensa”, comandado por Alberto Dines, faturava R$ 233 mil por mês e R$ 2,8 milhões ao ano na estatal EBC.
O programa “Expedições”, produzido pela empresa Roberto Werneck Produções, teve o contrato de R$ 1,6 milhão cortado pela metade.
O ministro Bruno Araújo (Cidades) cancelou sem demora o programa “Minha Casa Minha Vida Entidades”, que fez o governo Dilma Rousseff distribuir mais de R$ 1,03 bilhão a “entidades” como o MTST para construir 60,1 mil casas. Isso não poderia dar certo, e não deu: apenas cerca de 7 mil foram concluídas. Não admira que sobre tanto dinheiro público para pagar cachês a “mortadelas” que defendem Dilma e o PT.
Dilma previa gastar R$ 2,3 bilhões com 60 mil casas aos movimentos. Deu R$1 bilhão, mas só entregaram 6,6 mil unidades habitacionais.
Para as 6,6 mil unidades entregues, as entidades deveriam gastar no máximo R$ 256 milhões, mas torraram quatro vezes mais.
Só o MTST iria receber mais R$ 32 milhões do MCMV para organizar a construção e entrega de 594 casas e apartamentos em São Paulo.
Rosemary Noronha sumiu do noticiário nos últimos meses do governo Dilma. Ré por formação de quadrilha, enriquecimento ilícito e tráfico de influência em segredo de Justiça mal-explicado, Rose era a chefe de gabinete de Lula em São Paulo, e “amiga íntima” do ex-presidente.
O ministério de Michel Temer tem representantes de 11 partidos, com 357 votos na Câmara e 60 no Senado. Dos 23 ministros, 19 são ou foram deputados, senadores ou presidentes de partidos.
O roteiro de prioridades que o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), recebeu de Michel Temer prevê agilizar a votação da DRU, a revisão da Meta Fiscal e as Medidas Provisórias do governo.
Estacionou no Senado o projeto de Romero Jucá, então senador pelo PMDB-RR, para dar autonomia ao Banco Central. Só deve voltar a andar se tiver a benção do ministro Henrique Meirelles (Fazenda).
Deputados tucanos prometem não seguir orientação do líder do governo, André Moura (PSC-SE). “Não reconheço a liderança de André Moura”, sentencia o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE).
Alguns petistas garantem que a tristeza de Lula pouco tem a ver com o afastamento de Dilma do cargo. Claramente abatido, o ex-presidente está deprimido com a suspeita de prisão iminente dele e de familiares.
O PT decidiu radicalizar o discurso e fazer um giro à esquerda. Enfraquecido no Congresso, o partido busca uma reaproximação com movimentos sociais, para “infernizar a vida de Michel Temer”.
O genial Chico Anysio disse certa vez que nossa elite política “sabe empregar bem os pronomes e melhor ainda os parentes”. E ele nem imaginaria o que a dupla Lula-Dilma seria capaz de fazer, criando 23 mil boquinhas às nossas custas e “assassinando” os pronomes.
Não era cultura o que faziam artistas, atores, cantores, diretores e produtores antes de 1985, quando foi criado o Ministério da Cultura?

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
22/05/2016 ÀS 20:23

22/05/2016 ÀS 16:06

22/05/2016 ÀS 12:14


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
23/5/2016 ÀS 6:11

5:26

4:47

4:20


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza
23/05/2016 06:33
Michel Temer não se deu conta. Mas, ao acomodar Romero Jucá na Esplanada, nomeou um ministro com prazo de validade vencido. Trazida à luz pelo repórter Rubens Valente, a gravação que reproduz os diálogos vadios de Jucá com o correligionário Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, faz do ministro do Planejamento uma demissão incontornável, esperando para acontecer.
— É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional, disse Sérgio Machado a Jucá, antes da votação que afastou Dilma da Presidência.
— Com o Supremo, com tudo, respondeu Jucá, dando asas ao sonho peemedebista de passar uma régua nas apurações da Lava Jato.
— Com tudo, aí parava tudo, animou-se Machado, cujas traficâncias encontram-se sob o crivo do doutor Sérgio Moro.
— É. Delimitava onde está, pronto!, concordou Jucá, em cujos calcanhares de vidro o procurador-geral Rodrigo Janot agarrou.
Em política, nada do que te dizem em público é tão importante quanto o que você escuta sem querer. Há três dias, Romero Jucá dizia aos jornalistas: “Acho que o Ministério Público tem que investigar todo mundo, confio na Lava Jato. Ao sair de tudo isso, nós vamos ter um Brasil melhor.” Uma semana antes, Temer dissera que a Lava Jato “deve ter proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la.”
A percepção de que o roubo de verbas públicas passou a dar cadeia no Brasil apavora a clientela da Lava Jato. A ideia de que um acordão pode sufocar a força-tarefa que esfrega a lei na cara da oligarquia parece inviável. Michel Temer tem duas alternativas: ou se livra de Jucá ou reforçará a tese segundo a qual em política nada se perde, nada se transforma, tudo se corrompe.

Josias de Souza
23/05/2016 04:16
Decorridos 11 dias do início do seu governo provisório, Michel Temer será submetido nesta semana ao primeiro grande teste legislativo. Vai a voto no Congresso a proposta de revisão da meta fiscal do governo para 2016. Em vez do buraco de R$ 96,7 bilhões previsto por Dilma Rousseff, o presidente interino pede aos congressistas que avalizem uma cratera de R$ 170,5 bilhões, reconhecendo que o déficit nas contas do governo é 76,3% maior do que se imaginava. Qualquer resultado que não seja uma aprovação por maioria avassaladora será um vexame para Temer na largada.
Na sua relação com os partidos, o incipiente governo Temer compôs um ministério convencional. As circunstâncias sonegaram ao substituto constitucional de Dilma a tentação do salto alto. Pisou direto na lama. Iniciou o loteamento da Esplanada dos Ministérios antes mesmo do afastamento de madame. E só por isso amanheceu presidente interino no último dia 12 de maio. Temer deu a mais não poder. Agora, precisa receber, para que a temeridade de incluir suspeitos e nulidades no primeiro escalão do seu governo se revele rentável na contagem dos votos dos parlamentares em plenário.
Em tese, a nova oposição é feita apenas de PT, PCdoB e PDT. Foi o que restou do antigo bloco governista. O resto do conglomerado, incluindo o núcleo sujo da Lava Jato, rolou suavemente da administração petista, como um novelo de lã, para dentro do governo-tampão de Temer. A coreografia da troca de comando foi completada pela adesão dos neogovernistas do PSDB, do DEM e do PPS. O pressuposto é que o balé de elefantes assegurará à nova gestão uma rotina legislativa sem sobressaltos. Algo que permita ao governo Temer ostentar uma funcionalidade que a gestão Dilma havia perdido.
Busca-se a retomada da normalidade num cenário em que vigora a mais perfeita anormalidade. Na Câmara, ocupa a cadeira de presidente um interino precário: Waldir Maranhão (PP-MA). Trata-se de um deputado-marionete, cujos fios são puxados por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente que, afastado pelo STF, governa a Câmara desde o exílio dourado da residência oficial, com toda a mordomia que o dinheiro público é capaz de pagar. No Senado e nas sessões conjuntas do Congresso, comanda o espetáculo Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo de 13 inquéritos no STF, nove dos quais relacionados à Lava Jato.
É contra esse pano de fundo que Michel Temer, correligionário de Cunha e Renan, tenta convencer o país de que o Brasil será retirado do buraco por uma caravana puxada pelo PMDB —partido que ajudou a cavar o fosso e que frequenta o noticiário como sócio do PT na pilhagem que vitimou o Estado. A proposta de revisão do tamanho do buraco chegará ao Congresso nesta segunda-feira, 23. O próprio Temer deve levá-la. Espera-se que seja votada imediatamente na Comissão de Orçamento, para que o plenário do Congresso possa referendá-la na terça-feira.

Josias de Souza
22/05/2016 18:34
As grandes hesitações estão a um milímetro da desmoralização. Tome-se o caso da lipoaspiração ministerial idealizada por Michel Temer. No princípio, a Esplanada emagreceria até caber no formato original projetado por Niemeyer. De 32 pastas, sobrariam apenas 20. Pensando bem, digamos, 22. Talvez 24. Não, não. Impossível! Para acomodar todos os partidos, 30 ministérios. Apenas o presidente do Banco Central e o advogado-geral da União perderiam o título de ministro. E não se falaria mais nisso.
Súbito, Temer acordou às vésperas do afastamento de Dilma decidido a retomar o Plano A. Que diabos, o asfalto roncara por mudanças! Não faria sentido alterar o status sem modificar o quo. A lâmina atingiria dez pastas. Ouviram-se aplausos. Em meio ao lufa-lufa da execução, podaram-se apenas nove ministérios. Entre eles o da Cultura, transformado numa secretaria nacional e pendurado no organograma da Educação. Soaram as vaias e os gritos de “golpista''. Servidores públicos foram às lanças junto com artistas e congêneres.
Joelhos dobrados, Temer mandou ao Diário Oficial uma retificação. Como prova do seu apreço às artes, injetou no nome da secretaria o vocábulo “especial”. Seria a Secretaria Especial Nacional da Cultura. O alarido não cessou. Os prédios públicos continuaram ocupados. No Rio, Caetano Veloso e Erasmo Carlos cantaram pela causa. E Temer sucumbiu.
Será recriado o Ministério da Cultura, decidiu o interino na noite de sexta-feira, 20. No total, serão agora 24 pastas. Mas cogita-se alterar a medida provisória no Congresso, devolvendo o apelido de ministro e o foro especial do STF aos titulares do Banco Central e da advocacia-geral. Seriam, então, 26 ministérios.
A turma da Cultura ainda não se deu por satisfeita. Mais do que a restituição do ministério, artistas e assemelhados querem o pescoço de Temer, que chamam de “golpista''. Para aplacar os ânimos, resta ao presidente interino prometer desfritar um ovo em rede nacional. Com trilha sonora de Caetano e Erasmo.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 23.05.16 07:30
O G1 informa que estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária.
Brasil 23.05.16 07:14
O impeachment vai deter a Lava Jato?
A resposta está sendo dada neste momento, com a PF nas ruas...
Brasil 23.05.16 06:58
Lava Jato nas ruas! 29° fase!
Brasil 23.05.16 06:45
O Antagonista descobriu que os grampos de Romero Jucá foram feitos pelo próprio Sérgio Machado.
Como dissemos anteriormente, Sérgio Machado é operador de Renan Calheiros...
Brasil 23.05.16 06:33
Os petistas se animaram com os grampos de Romero Jucá.
Eles mostram que o impeachment foi usado pelo PMDB e pelo PSDB para abafar a Lava Jato.
Mas abafar a Lava Jato sempre foi o maior desejo do próprio PT...
Brasil 23.05.16 06:23
A Folha de S. Paulo diz que os diálogos entre Romero Jucá e Sérgio Machado “foram gravados de forma oculta”...
Brasil 23.05.16 06:22
Michel Temer errou ao nomear Romero Jucá para o Planejamento.
Mas foi mais do que um simples erro: foi também uma imoralidade...
Brasil 23.05.16 06:18
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, é ligado a Romero Jucá.
Mas ele é mais ligado ainda a Renan Calheiros...
Brasil 23.05.16 06:07
Romero Jucá diz a Sérgio Machado que só a saída de Dilma Rousseff permitiria um acordo com o STF:
JUCÁ - [Em voz baixa] Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem 'ó, só tem condições de [inaudível] sem ela [Dilma]. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca'...
Brasil 23.05.16 06:04
Em sua conversa com Romero Jucá, Sérgio Machado acusa Aécio Neves:
MACHADO - É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma...
Brasil 23.05.16 05:58
A Folha de S. Paulo teve acesso a conversas gravadas entre Romero Jucá e Sérgio Machado, operador do PMDB na Transpetro.
As conversas são de dois meses e meio atrás, antes do impeachment.
Eles discutem qual é a melhor maneira de delimitar a Lava Jato...
Brasil 22.05.16 21:54
A Polícia Federal recebeu informação de que Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho de Lula que foi alvo da Operação Janus, atuou também na construção de casas populares em Angola...
Brasil 22.05.16 21:22
Eduardo Cunha terá força na Câmara enquanto Dilma Rousseff não for afastada definitivamente...

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