PRIMEIRA EDIÇÃO DE 26-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
26 DE ABRIL DE 2016
Em conversa com a presidente Dilma Rousseff, seus ministros mais leais passaram-lhe a avaliação de que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve acatar alegações do ministro-relator Gilmar Mendes e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para barrar a nomeação de Lula para a Casa Civil por considerar que ficou configurado o “desvio de finalidade”, com a clara intenção de dificultar a investigação.
A tendência do STF, avalia o Planalto, é considerar que a nomeação objetivou dar a Lula foro privilegiado como se fora “salvo conduto”.
O governo soube que provas obtidas pelo MPF, levando Janot a mudar de atitude, indicam que a nomeação de Lula era para obstruir a Justiça.
O adiamento do julgamento da nomeação e o parecer contrário da Procuradoria-Geral da República acionaram o alarme do Planalto.
Jaques Wagner fez prognóstico pessimista, ontem: melhor não contar com Lula na Casa Civil. O ex-presidente pode até desistir.
A proposta de antecipar eleições, defendida até por Dilma, representa no governo a admissão de derrota no Senado, no impeachment, e uma jogada para reforçar o discurso favorável a “eleições gerais” de senadores “independentes” que têm em comum o fato de serem ex-petistas, na maioria. O objetivo é manter Dilma no cargo por mais um ano, porque as regras de eleição só podem ser alteradas no ano anterior, e dar a Lula a última chance de ganhar foro privilegiado.
Alguns senadores caíram na jogada. Até o independente Lasier Martins (PDT-RS) passou a defender “eleições gerais”, como queria o Planalto.
Se a eleição ficar para 2018, como está previsto, Lula pode estar preso ou inelegível, em razão de condenações dadas como certas.
Petistas querem incluir Michel Temer no impeachment porque se ambos forem cassados nos primeiros dois anos, haverá nova eleição.
A Concremat, responsável pela construção da ciclovia Tim Maia, que desabou no Rio quinta-feira (21), já recebeu só neste ano mais de R$ 12,6 milhões do governo federal por “obras e consultorias”. Humm...
A ministra Kátia Abreu (Agricultura) se recusou a participar da maior feira de agronegócio do Brasil, a Agrishow, em São Paulo. Isolada no PMDB e na Confederação da Agricultura (CNA), ela teme ser vaiada.
Em conversa com empresários, Michel Temer tem recusado a ideia de retorno da CPMF em seu eventual governo. Faz questão de lembrar que não apoiou Dilma na decisão de tentar recriar o imposto.
Gilberto Kassab, dono do PSD, esteve com Michel Temer e avalia que a bancada do seu partido no Senado não deve destoar da votação na Câmara, quando 29 dos 37 deputados apoiaram o impeachment.
Nelson Barbosa (Fazenda) pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros, para pautar projeto que reduz a meta fiscal deste ano. Diz o ministro que, sem a folga, a máquina do governo pode parar.
O PT-RS discutiu o veto às coligações com PP e PMDB, nas eleições municipais, como se houvesse partidos dispostos a isso. Para o deputado Jerônimo Goergen (PP), o fim dessa relação “é um presente”.
Quatro senadores devem participar pela segunda vez de um processo de impeachment: Agripino Maia (DEM-RN) e Edison Lobão (MA), Raimundo Lira (PB) e Garibaldi Alves Filho (RN), todos do PMDB.
Os apoiadores do impeachment acreditam que o governo está mais articulado no Senado. Após acachapante vitória da Câmara, a avaliação é que a oposição deu uma relaxada na busca por votos.
...depois de 5 anos e meio, o Brasil terá finalmente um governo Dilma: ela promete criar "governo paralelo", se for mesmo afastada.

NO DIÁRIO DO PODER
LAMBANÇA IGUAL NUNCA SE VIU
Carlos Chagas
Parece muito difícil que o Supremo Tribunal Federal adote a convocação de eleições presidenciais para logo depois do impeachment de Dilma Rousseff, caso Michel Temer também não se livre do constrangimento de não poder assumir, denunciado que está junto à maior corte nacional de justiça. Domina a maior parte dos ministros do STF a tendência de que não devem imiscuir-se nas questões do Legislativo e do Executivo. Prevalece a norma constitucional da harmonia e independência dos poderes da União. Sendo assim, no caso da degola de Madame, seguir-se-á a natureza das coisas, ou seja, a ascensão do vice-presidente, primeiro interinamente num prazo de até 180 dias, depois em definitivo, até o término do mandato em curso.
Tudo dependerá do Senado, onde até agora não foi alcançado o quorum, nas previsões que hoje chegam a 48 ou 49 votos e não aos 51 necessários à defenestração presidencial.
Não é de graça que Temer conversa como nunca na hipotética composição de seu ministério. No domingo, 24, dialogou com Paulo Scaf, José Serra e Henrique Meirelles, como nos dias anteriores com inúmeros líderes partidários.
A sugestão de eleições presidenciais imediatas atropelaria a Constituição e romperia as instituições, aí então caracterizando o golpe. Parte do PT inclina-se por ela, imaginando a possibilidade da candidatura do Lula. Quanto a demais pretendentes, seriam os mesmos de sempre, como Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra e penduricalhos.
Sempre haverá a possibilidade de não acontecer nada, caso os adversários da presidente Dilma não consigam os votos necessários, no Senado, para o seu afastamento.
O triste nessa história é assistir o país parado, com o governo de Madame inerte, insosso e inodoro. Enquanto isso o desemprego se multiplica, o custo de vida sobe, os impostos aumentam e os salários caem. Inexistem planos e programas de recuperação nacional, pois o trabalho a que Michel Temer se dedica carece de embasamento legal, por enquanto.
Fixou-se a data de 12 de maio para o final da primeira fase de decisão dos senadores, quando a presidente poderia ser afastada pelos 180 dias, seguindo-se no seu decorrer a segunda etapa, pelo afastamento definitivo ou sua permanência até o final do mandato.
Lambança igual não se vê faz muito.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
25/04/2016 às 20:09 \ Direto ao Ponto
A cusparada como instrumento de combate a golpes constitucionais foi inaugurada pelo deputado Jean Wyllys na sessão da Câmara que aprovou o impeachment. Depois de acusar de “canalhas” os parlamentares favoráveis ao despejo de Dilma Rousseff, o belicoso BBB recorreu ao disparo de saliva para revidar um comentário ofensivo do desafeto Jair Bolsonaro. Na sexta-feira, 22, a cuspida em Brasília foi reprisada em São Paulo pelo ator José de Abreu.
Devoto do PT e coadjuvante de novelas da Globo, o canastrão que mais gargalhadas provoca quanto mais capricha em cenas dramáticas vive buscando no noticiário político-policial o espaço que jamais terá nas páginas reservadas a artistas talentosos. Ele resumiu no Twitter o que fizera: “Acabei de ser ofendido num restaurante paulista. Cuspi na cara do coxinha e da mulher dele! Não reagiu! Covarde”.
O vídeo que registra o incidente desmonta a bazófia. Depois da cusparada, Zé de Abreu usou um escudo de garçons do restaurantes para escapar do homem que enfurecera. Mas o setentão beligerante continuou a gabar-se da atitude, que considerou uma homenagem ao pioneiro Jean Wyllys. “Bravo, Zé!”, saudou a deputada federal Jandira Feghali. O entusiasmo da turma avisa que pode estar em gestação o pelotão dos lançadores de cuspe, tropa de elite do exército do Stédile. (Jandira tem tudo para adestrar os recrutas na arte do puxão de cabelo. Combina com cusparadas).
A inovação, apresentada por Abreu também no Domingão do Faustão, pode evoluir para a primeira experiência prática se prosperar a proposta feita. O também ator Alexandre Frota, depois de declarar-se ansioso com um encontro com o colega, convida o artilheiro da saliva a alvejá-lo no rosto. Embora duvide que Abreu tenha coragem para tanto, Frota reza para que o cuspidor tope o desafio.
O Brasil decente também. Seria muito animador para a plateia nacional farta de bravatas aprender com quantas palmadas se seca a boca de um poltrão fantasiado de valente.

NO DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 26-4-2016 ÀS 4:54

GERAL 3:45

GERAL 2:16

GERAL 25/04/2016 ÀS 23:15


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 26/04/2016 03:09
Mal comparando, Lula vive situação análoga à do sujeito que, desabituado de olhar-se no espelho, leva uma eternidade para perceber que a mulher casara-se com ele por dinheiro. Em sua primeira manifestação depois do Waterloo da Câmara, o sábio da tribo do PT declarou que “uma verdadeira quadrilha legislativa”, unida à imprensa e à oposição, “implantou a agenda do caos” no país. O pajé acrescentou que a quadrilha “foi comandada pelo presidente da Câmara dos Deputados, réu em dois processos por corrupção, investigado em quatro inquéritos e apanhado em flagrante ao mentir sobre suas contas escondidas no exterior.”
Lula demorou quase 14 anos para notar que os companheiros do PP, PR, PTB, PMDB e assemelhados coligaram-se com os governos do PT não por amor, mas pelos mensalões e petrolões. Só agora, depois de arrombadas todas as arcas, Lula se deu conta de que seus aliados eram traidores que ainda não tinham reparado na sensualidade do Michel Temer. Mais um pouco e o morubixaba do petismo vai acabar percebendo que o dinheiro da Petrobras só saiu pelo ladrão porque o governo permitiu que o ladrão entrasse no cofre. Sem isso, não haveria Lava Jato nem dinheiro do Eduardo Cunha na Suíça.
Pobre Lula! Sem perceber, tornou-se um típico político brasileiro. Grosso modo falando. Demorou quase 14 anos para reconhecer que “base aliada” era apenas um eufemismo para “quadrilha”. Antes, Lula dizia: “Falem-me de infidelidade que eu puxo logo o talão de cheques.” Agora, com a Lava Jato a aquecer-lhes a nuca, os quadrilheiros exclamam: “Falem-nos de lealdade que puxamos logo o coro do impeachment: 'por minha família…', 'pelos meus filhos…', 'pelo papagaio…'.'' Noutros tempos, Lula exclamava: “falem-me em rebelião que eu puxo logo um bom discurso''. Agora, os aliados exclamam: “Falem-nos em lero-lero que nós puxamos logo um ronco.”

Josias de Souza - 25/04/2016 20:22
O plenário do Senado ratificou nesta segunda-feira, 25, os nomes indicados pelos blocos partidários para compor a comissão que analisará se a Câmara acertou ou errou ao abrir um processo de impeachment contra Dilma Rousseff. No momento, apenas seis dos 21 membros titulares do colegiado apoiam a presidente. Repetindo: apenas 28,5% dos membros da comissão são contrários ao impeachment.
A lista dos membros da comissão está disponível abaixo. Os senadores pró-Dilma são, por ora, os seguintes: Lindbergh Farias (PT-RJ),
 Gleisi Hoffmann (PT-PR), 
José Pimentel (PT-CE),
 Telmário Mota (PDT-RR), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
 e Wellington Fagundes (PR-MT). A oposição ainda não perdeu as esperanças de seduzir Fagundes para a causa do impedimento. Nessa hipótese, restariam do lado de Dilma cinco senadores —a lotação de um fusca.
– PMDB – 5 vagas: Raimundo Lira (PMDB-PB),
 Rose de Freitas (PMDB-ES), 
Simone Tebet (PMDB-MS), 
Dário Berger (PMDB-SC) 
e Waldemir Moka (PMDB-MS).
– Bloco da oposição (PSDB-DEM-PV) – 4 vagas: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), 
Antonio Anastasia (PSDB-MG),
 Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e
 Ronaldo Caiado (DEM-GO).
– Bloco de apoio ao governo (PT-PDT) – 4 vagas: Gleisi Hoffmann (PT-PR), 
Lindbergh Farias (PT-RJ), 
José Pimentel (PT-CE) e 
Telmário Mota (PDT-RR).
– Bloco Socialismo e Democracia (PSB-PPS-PC DO B-REDE) – 3 vagas: Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
, Romário (PSB-RJ)
, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
– Bloco Parlamentar Democracia Progressista (PP-PSD) – 3 vagas: 
Ana Amélia (PP-RS), 
José Medeiros (PSD-MT) 
e Gladson Cameli (PP-AC).
– Bloco Moderador (PTB-PR-PSC-PRB-PTC) – 2 vagas: 
Wellington Fagundes (PR-MT) 
e Zezé Perrella (PTB-MG).

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A informação é do advogado dele, Marcelo Bessa.


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