PRIMEIRA EDIÇÃO DE 23-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
23 DE ABRIL DE 2016
O líder do PMDB e o mais provável futuro presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), avalia que a presidente Dilma perdeu totalmente as condições políticas de governar o Brasil, e isso será fundamental na sua destituição. Eunício afirmou a esta coluna que apoia o afastamento de Dilma e que recomendará sua bancada a votar pelo impeachment. O senador não tem dúvidas de que a presidente será mesmo demitida.
Eunício vê razões suficientes para impeachment, mas para ele decisivo é o fato de o futuro do País não passar pela permanência de Dilma.
O líder do PMDB acha estável a maioria favorável ao impeachment dos membros da comissão do Senado. E prevê a votação até o dia 12.
Além de liderar o PMDB, Eunício Oliveira tem crescente influência entre os colegas e é apontado o favorito na sucessão de Renan Calheiros.
O apoio de Renan Calheiros a Dilma, no Senado, perde importância a cada dia, nestes últimos meses como presidente da Casa.
O governo espera do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), manobras protelatórias para que o Senado não consiga julgar a presidente Dilma Rousseff no prazo máximo de 180 dias, a contar da sessão em que os senadores decidirão sobre a admissibilidade do processo. Se não for julgada nesse prazo, Dilma voltaria ao cargo. E poderia reabrir seu balcão para negociar a conclusão do seu mandato.
Renan Calheiros vai parar de apitar o jogo e sairá de campo tão logo o Senado aprove a admissibilidade do processo.
Com o processo instaurado, Dilma será afastada e o presidente do Supremo assume o comando no Senado, até o julgamento.
O Senado aprovará a admissibilidade por maioria simples. Se houver o quórum mínimo de 41 senadores, 21 votos já condenarão a presidente.
Será mais significativo do que se imagina o 11 de maio, data prevista para votação da admissibilidade do impeachment: a presidente pode ser afastada no dia da Bandeira de Curitiba, terra da Lava Jato.
Na visão de alguns ministros de Dilma, com o vice Michel Temer na função de presidente, o impeachment passará com folga no Senado. Até porque “o governo vai voltar a funcionar”, diz um ex-ministro.
Tentando se manter na liderança do PMDB e se credenciar junto a Michel Temer, Leonardo Picciani (RJ) diz que cumpriu a promessa de que não passariam de sete os peemedebistas contra o impeachment.
Se Michel Temer fizesse uma consulta aos diplomatas brasileiros para escolher o futuro ministro das Relações Exteriores, o embaixador do Brasil em Lisboa, Mário Vilalva, teria chance de ganhar por aclamação.
Circulam na internet mensagens de pesar pela falência da empresa de ônibus Itapemirim, que foi a segunda maior do mundo. As mensagens atribuem o fato à própria falência do País, obra do governo Dilma.
Anthony Garotinho acertou com o mensaleiro Valdemar Costa Neto empréstimos da Caixa a Campos (RJ), seu reduto, e prometeu que a filha deputada não votaria no impeachment. Clarissa Garotinho (PR) chorou muito, segundo seus seguidores, mas fez a vontade do pai.
A estratégia do Planalto para barrar o impeachment no Senado será diferente. O governo vai partir para o “varejão”, negociando diretamente com os senadores e, ao contrário da Câmara, ignorando os caciques.
“Até o papa (Bento XVI) renunciou, por que Dilma não faria isso?”, diz o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), insistindo na ideia. Ele diz que petistas não topam isso porque querem mais 30 dias de boquinhas.
Todo mundo estranhou, nas redes sociais, que a ciclovia do Rio se chama Tim Maia e não aguenta uma ressaca.

NO DIÁRIO DO PODER
SAIU DA CASINHA?
DILMA PEDE SANÇÕES CONTRA O PRÓPRIO PAÍS E DEIXA OPOSIÇÃO HORRORIZADA
DILMA PEDE PUNIÇÃO PARA O BRASIL E PROVOCA REAÇÃO INDIGNADA
Publicado: 22 de abril de 2016 às 21:48
"Está em curso no Brasil um golpe", disse a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira, 22, a jornalistas em Nova York, ressaltando que quer que o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) avaliem o processo, a fim de adotarem "sanções" contra o Brasil. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que antes elogiou o discurso discreto na ONU, disse que a declaração dela é “extremamente delirante”.
As palavras de Dilma deixaram horrorizado o presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira. "Está achando pouco o que já fez de mal ao Brasil? Agora quer que o Brasil seja prejudicado no Mercosul? Que horror!" Siqueira observou que "mesmo com depoimentos dos ministros do Supremo atestando a constitucionalidade, vem fazer uma proposta dessas na entrevista a jornalistas estrangeiros? Está passando informações mentirosas e sem fundamento. Ela deveria ter mais responsabilidade", acusou.
"Dizer que não é golpe é tapar o sol com a peneira. Eu sou uma vítima, sou uma pessoa injustiçada", ressaltou Dilma, destacando que não se pode admitir um processo de impeachment que, na verdade, segundo ela, é uma eleição indireta. "Sou vítima de um processo absolutamente infundado", reforçou.
Dilma afirmou que vai se "esforçar muito" para convencer os senadores sobre a falta de fundamentação do processo de que é vítima no Congresso. "O ministro da Justiça, o ministro da Fazenda, todos nós vamos lá junto aos senadores debater, explicar e dar todas as informações necessárias." A presidente afirmou que não teve o respaldo necessário por segmentos da Câmara, mas disse ter certeza que será ouvida no Senado. "Depois os senadores votam como achar que devem."
Questionada sobre a proposta de novas eleições, Dilma afirmou que não acusa as pessoas que tenha essa ideia de golpistas. "Uma coisa é eleição direta, com votos e o povo brasileiro participando. Mas tem que ser me dado o direito de defender o meu mandato. Não sou uma pessoa apegada a cargos, mas estou defendendo o meu mandato", afirmou Dilma aos jornalistas.
Dilma afirmou que, desde que assumiu a Presidência da República, em 2011, desenvolveu relacionamentos pessoais com líderes mundiais e que eles têm mostrado solidariedade a ela.
Protesto
Um grupo que defende o impeachment de Dilma e outro contrário ao impedimento protestaram nesta sexta-feira, 22, na porta da residência oficial do embaixador brasileiro nas Nações Unidas (ONU), onde Dilma está hospedada. A polícia dividiu os dois grupos e os que defendem a saída de Dilma gritavam frases como "estamos na rua para derrubar o PT" e ainda provocavam os contra à saída com frases como "socialistas de iPhone em Nova York". Os manifestantes contra o impeachment distribuíram flores e pediram a defesa da democracia no Brasil.

IMPEACHMENT
COMISSÃO DO SENADO: JÁ SÃO 27 OS VOTOS FAVORÁVEIS AO IMPEACHMENT DE DILMA
PLACAR DO IMPEACHMENT NA COMISSÃO DO SENADO APAVORA O PLANALTO
Publicado: 22 de abril de 2016 às 19:05 - Atualizado às 01:48
Dois dos quatro vice-líderes do governo no Senado, Hélio José (PMDB-DF) e Wellington Fagundes (PR-MT), anunciaram nesta sexta-feira, 22, que vão votar a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff. Em manifestações feitas no plenário da Casa, os dois - que são integrantes da comissão especial que analisará o caso e constavam como indecisos no Placar do Impeachment, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo - passaram a defender o voto contra a permanência da petista.
Com essas novas manifestações, dos 42 participantes da comissão entre titulares e suplentes, 27 já se declararam favoráveis, dez contrários, um indeciso, três não quiseram responder e há ainda um voto em aberto - o senador José Maranhão (PMDB-PB) deixou a comissão e a quinta indicação do PMDB para a comissão está vaga.
"Eu já antecipo a questão da admissibilidade, porque, para mim, é inequívoco o Senado admitir uma questão que veio da instituição Câmara", disse Hélio José em pronunciamento no Senado. Ele é suplente da comissão a ser eleita na segunda-feira e que começará os trabalhos no dia seguinte.
Segundo o peemedebista, o seu compromisso é com a população do Distrito Federal, com a dona de casa, com as pessoas que precisam de um País estabilizado e que volte a crescer a e gerar empregos. "O meu compromisso não é com pessoas", ressaltou, ao defender que a admissibilidade deveria ser admitida "de forma consensual" para se depois fazer o julgamento.
Wellington Fagundes, por sua vez, disse que votará a favor do afastamento porque o País está “politicamente” maduro para isso. Titular da comissão especial, ele destacou que o voto não pode ser apenas técnico e que a manifestação dos senadores é uma retribuição do eleitorado.
"Agora cabe a nós votar; já foi votado na Câmara dos Deputados pela maioria. Aí chega o momento político. Isso eu disse à presidente da República (Dilma Rousseff) há 60 dias. Esta semana eu tive a oportunidade de mais uma audiência, em que fui discutir vários aspectos de interesse do meu Estado que vou abordar daqui a pouco. Ela me perguntou: 'E aí, Senador Wellington, como está hoje a posição do Senado?' Eu não hesitei em dizer para a Presidente da República: 'Presidente, hoje o clima no Senado é pela admissibilidade, porque todos nós aqui somos políticos e temos que ouvir a população, temos que ouvir as vozes das ruas'", avaliou. (AE)

OS ÚLTIMOS INSTANTES
Carlos Chagas
O tempo chega para todos. Só por milagre a presidente Dilma escapará da degola pelo Senado. Terá tempo de sobra para lembrar-se do que fez e do que não fez. No caso, ficou seis anos desligada da população, julgando-se acima do bem e do mal, dona de todas as verdades, prepotente e tratando até seus ministros como serviçais. Nem se fala de seu relacionamento com o Congresso, que agora recupera o tempo perdido.
Ainda que numa reviravolta inesperada Madame conseguisse escapar da condenação dos senadores, não encontraria o que fazer até 2018. Nem ânimo para dar o braço a torcer, reconhecendo haver jogado o país no abismo. Continuaria imaginando-se plenamente certa em seus desatinos econômicos, políticos e administrativos. Se alguém errou, foi o povo.
Só as dezenas de infelizes que aceitaram ser seus ministros podem dar conta de todos os episódios onde foram humilhados, ofendidos e substituídos.
Dilma colhe o que plantou, talvez pela impossibilidade de ouvir, até mesmo o Lula. Está sendo dispensada por conta de sua empáfia. Faltou-lhe humildade para imaginar o governo como um time. Mesmo o PT foi tratado a ponta-pés.
Imagina-se o que fará quando tornar-se ex-presidente, coisa que não demora. Arrependimento parece longe de seus sentimentos. Tentar retornar ao lugar que não conseguiu ocupar, pior ainda. Há quem suponha vê-la escrevendo suas memórias. Será difícil encontrar quem a ajude, pelo risco a correr: Sua Majestade não precisa da colaboração de ninguém.
O retorno de Dilma dos Estados Unidos está previsto para amanhã. Terá sido essa sua derradeira viagem ao exterior, antes de caracterizado o impeachment. De seus encontros com Barack Obama, François Hollande e outros chefes de governo sobrarão constrangidas fotografias.
Fica o exemplo para futuros presidentes, a começar por Michel Temer. Ninguém sobrevive apoiado exclusivamente em sua própria força.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
22/04/2016 às 13:10 \ Opinião
Publicado na versão impressa de VEJA
Uma das perguntas preferidas, entre tantas que são feitas em momentos de desastre, é: “Por que, no fim de todas as contas, deu nisso?”. Há pelo menos umas boas 25 opções de resposta para explicar a liquidação da presidente Dilma Rousseff e seu governo, colocados agora na reta final com a decisão da Câmara dos Deputados.


NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 22 de abril de 2016
2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A Presidanta Dilma Rousseff foi advertida que poderia terminar enquadrada em crime de responsabilidade, previsto no artigo 85 da Constituição Federal, caso cometesse o suicídio político de usar seus minutinhos de discurso na assinatura da Convenção do Clima, nas Nações Unidas, em Nova York, para denunciar um falso golpe contra seu desgoverno. O recuo forçado de Dilma foi mais um patético capítulo na articulação de adversários e inimigos para conseguir afastá-la do cargo, no máximo, até o final do mês de maio.
Apesar do recuo, a teimosa Dilma insistiu em terminar os quase oito minutos de discurso (estourou o tempo, para variar) com seu recadinho sobre a tensa conjuntura brasileira. Escaldada, Dilma fugiu das palavras golpe ou impeachment: "A despeito disso quero dizer que o Brasil é um grande país, que soube superar o autoritarismo e construiu uma pujante democracia. O nosso povo é trabalhador e com grande apreço pela liberdade, e saberá impedir quaisquer retrocessos. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade".
Se Dilma insistisse no "golpe retórico" sobre o "golpe do impeachment", contrariando posição pública manifestada por ministros do Supremo Tribunal Federal, ela ficaria enquadrável em crime de responsabilidade, por atentar contra o livre exercício do poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos poderes constitucionais das unidades da Federação. Aliás, Dilma já cometera tal crime com o golpe que deu para nomear Lula ministro da Casa Civil, apenas para lhe conceder foro privilegiado, em clara obstrução ao trabalho normal do Judiciário...
O impeachment no Senado começa a andar depressa, contra a vontade do presidente Renan Calheiros. Nesta sexta-feira, sem enforcar feriado (o que é um enorme sacrifício para os senadores), os líderes dos blocos partidários fecharam indicações dos 42 integrantes da Comissão Especial do impeachment. O plenário do Senado se reunirá na segunda-feira, dia 25, para aprovar em votação a escolha dos indicados. Em seguida, pelo regimento, o senador mais velho do colegiado, o suplente José Maranhão (PMDB-PB), terá de convocar a primeira reunião da comissão para eleger o presidente e o vice. Maior bancada, o PMDB indicou para a presidência o senador Raimundo Lira (PMDB-PB). O PSDB, que tem o segundo maior bloco partidário, quer emplacar o tucano Antonio Anastasia (MG) para relatoria. O PT fará de tudo para que isso não aconteça. O relator pode terminar sendo Ronaldo Caiado...
Contrariando a primeira lei de Tiririca, o que está ruim para o PT pode ficar pior ainda...
É brincadeira, não...
Comentário do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante palestra em Cambridge, nos Estados Unidos, em evento organizado por estudantes brasileiros da Universidade Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT) sobre o tema corrupção:
"No mensalão, houve 40 denunciados e 25 réus condenados. Se vocês fizerem a comparação do que é hoje a Lava Jato e o que foi o mensalão, o mensalão foi brincadeira".
Janot citou os números da Lava Jato: 1.177 procedimentos investigatórios instaurados em primeira instância, 574 mandados de busca e apreensão, 93 condenações e 5 prisões.
No STF, o Procurador-Geral enumerou que houve 47 inquéritos judiciais, 118 mandados de busca e apreensão – sendo que um deles atingiu o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) –, 5 prisões preventivas – incluindo a do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), então líder do governo no Senado–, e 9 denúncias contra 2 pessoas.
(...)

NO O ANTAGONISTA
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Brasil 22.04.16 19:35
Tucanos não querem participar do governo Michel Temer porque temem virar vidraça em 2018...
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"Dirigentes do PSDB podem radicalizar a decisão de impedir a participação em cargos no eventual governo de Michel Temer. Apesar da certeza do apoio institucional e congressual, existe a possibilidade de fechar questão no partido contra a ideia de integrar o governo, limitando-se a participação tucana ao senador José Serra em alguma pasta...
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Dilma Rousseff não tem a menor possibilidade de evitar o impeachment.
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