PRIMEIRA EDIÇÃO DE 22-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
22 DE ABRIL DE 2016
A certeza da queda da presidente Dilma tem provocado verdadeira corrida, nos Ministérios, para fechar contratos, antecipar licitações e precipitar despesas. No Ministério da Saúde, segundo servidores relataram a órgãos de controle, é “frenético” o ritmo de assinatura de contratos e antecipação até de gastos previstos apenas para o 2º semestre. Michel Temer poderá herdar um governo de cofres limpos.
A turma de Temer está de olho: até a Presidência da República tem comprometido contas do Governo em contratos assinados às pressas.
Não admira que o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), tenha votado contra o impeachment. Ele é o Ministro de fato da Saúde.
O Ministro é Marcelo Castro, mas todas as decisões administrativas e financeiras importantes, no Ministério da Saúde, são de Picciani.
Para manter o controle de tudo, o Deputado Picciani escolheu até o Chefe de Gabinete do Ministro da Saúde, Guilherme de Oliveira.
A aposta no Congresso é que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República deve arquivar a denúncia contra Aloizio Mercadante (Educação), gravado em conversa com um ex-assessor do Senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) tentando atrapalhar a Justiça. Na última segunda-feira (18), a comissão já arquivou um processo contra o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo. Claro.
O relator do caso, Américo Lacombe, espera informações da PGR, e Mercadante tem 20 dias para apresentar defesa. Nem precisava.
Como a Comissão de Ética Pública só se reúne no dia 16, é provável que o Governo já tenha acabado. Dilma pode ser afastada no dia 12.
As punições aplicadas pela Comissão dificilmente passam de “censura ética”. Como no caso do ex-Diretor da Petrobras, Renato Duque.
A Caixa, que foi prometida a Gilberto Occhi caso o PP apoiasse Dilma, deve ser espaço do partido em eventual Governo de Michel Temer. O banco já foi prometido ao PP. Mas a vaga já não será de Occhi.
Presidente da Câmara por três vezes, Michel Temer pretende cuidar pessoalmente das relações com os parlamentares, caso assuma a Presidência. Bem ao contrário de Dilma, que tem ojeriza a políticos.
Os governistas que sobram desdenham da decisão de Michel Temer de diminuir o Ministério. Ele promete aquilo que Dilma foi incapaz de fazer durante os dois mandatos: reduzir a máquina de moer dinheiro.
Denunciado nas investigações da Lava Jato, o petista Lindbergh Farias (RJ) acusou o Deputado Eduardo Cunha, também seu rival na política fluminense, de ser o “chefe da quadrilha na Câmara”.
Acumulou 83 mil adesões, em duas semanas, um abaixo-assinado no site Change.org que pede o fim da indicação de Ministros do Supremo Tribunal Federal pelo Presidente da República.
A iminente destituição da Presidente Dilma provocou uma reação generalizada de ocupantes de boquinhas no Governo. Estão todos muito nervosos e ainda mais agressivos.
Crítico ferrenho do Governo, o Deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) promete tomar um chimarrão com Dilma após o impeachment. “Só vou precisar de açúcar, porque vai ser bem amargo acompanhá-la”, diz.
Líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE) está convencido de que a admissibilidade do impeachment será aprovada. Ele conta que os votos favoráveis à abertura do processo já estão consolidados.
Se fosse golpe, como Dilma reassumiria o cargo após falar mal do Brasil em Nova York?
NO DIÁRIO DO PODER
MOLECAGEM
PATRIOTA PRESTA VASSALAGEM A DILMA E IMPEDE ACESSO DA OPOSIÇÃO À ONU
A MANDO DO ITAMARATY, DIZ ELE, PATRIOTA BARRA DEPUTADOS NA ONU
Publicado: 21 de abril de 2016 às 21:15 - Atualizado às 22:28
O chfe da missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Patriota, impediu o acesso dos deputados José Carlos Aleluia (DEM-SP) e Luiz Lauro Filho (PSB-SP) ao evento para o qual foram destacados como observadores da Câmara ao evento do qual participará a presidente Dilma Rousseff.
Patriota se recusou a credenciar os dois deputados brasileiros no ato de assinatura do acordo sobre mudança climática. O embaixador, conhecido pela vassalagem em relação a Dilma, que o despreza e o humilhou em diversas ocasiões, ofereceu uma credencial simples que só dá acesso ao prédio, excluindo os deputados ao plenário onde ocorrerá a solenidade de assinatura do tratado.
“O Itamaraty sempre foi um órgão do Estado Brasileiro. O embaixador Antonio Patriota está obstruindo nosso trabalho e prevaricando”, afirmou Aleluia ao Diário do Poder.
De acordo com o embaixador, a ordem para não credenciar os deputados partiu do gabinete do ministro das Relações Exteriores, Mauro Lecker Vieira. “Prefiro não acreditar que a ordem tenha saído do gabinete do ministro”, afirmou, incrédulo, o deputado.
A missão oficial da Câmara desembarcou em Nova York para acompanhar o pronunciamento de Dilma, que promete manchar a imagem do Brasil com um discurso de que enfrenta um "golpe". A postura, considerada pouco republicana recebeu várias críticas porque o impeachment está previsto na Constituição Federal e ocorre com base em crimes já apontados por órgãos de controle. Ministros do Supremo Tribunal Federal já desautorizaram a alegação de Dilma, lembrando que o impeachment ocorre de acordo com o que está previsto na Constituição.
Em agosto de 2013, Dilma demitiu o então ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores), cuja atuação ficou marcada pela mediocridade, após submetê-lo a uma sequência de humilhações, inclusive públicas, mas acabou por compensá-lo com a chefia da missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU).
O Itamaraty informou agora à noite que na ONU, em eventos multilaterais, são disponibilizadas para cada delegação apenas cinco credenciais de acesso ao plenário, e cabe à Presidência da República indicar quem as recebe. Os deputados pediram credenciais, mas a missão brasileira na ONU "fez o que podia", conseguindo apenas autorização para que eles tenham acesso ao prédio.
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
21/04/2016 às 23:01 \ Direto ao Ponto
No fim dos anos 80, o presidente José Sarney apareceu na Organização das Nações Unidas numa limusine branca, como um noivo do Michigan. Durante o discurso, interrompido duas ou três vezes por um deputado mineiro que gritava APOIADO!, apresentou ao mundo o poeta maranhense Bandeira Tribuzzi. O governo do Brasil chegara ao limite do ridículo, certo?
Errado. No começo dos anos 90, quando acompanhou o presidente Fernando Collor numa assembleia da ONU, a ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, circulou por Nova York a bordo de uma carruagem. O governo do Brasil chegara ao limite da jequice provinciana, certo?
Errado. Na primeira década deste século, o presidente Lula, que não fala sequer Português, botou na cabeça que merecia virar secretário-geral da ONU (e, antes ou depois, prêmio Nobel da Paz). O governo lulopetista alcançara a última fronteira da maluquice megalomaníaca, certo?
Errado, avisa a viagem de Dilma Rousseff a Nova York. Ela anda por lá para contar aos integrantes da organização internacional que o País do Carnaval inventou o golpe de Estado autorizado pela Constituição, regulamentado pelo Supremo Tribunal Federal, aprovado pelo Congresso e apoiado por oito em cada dez eleitores.
Como lembra o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, Nelson Rodrigues constatou há 50 anos que os idiotas estão por toda parte. Poderiam ao menos permanecer por aqui ─ e parar de envergonhar o Brasil na ONU.
21/04/2016 às 20:04 \ Feira Livre
BRANCA NUNES
Na década de 1980, ao ser “atropelado por uma onda” quando passava de carro pela Avenida Delfim Moreira, no Leblon, Raul Seixas resignou-se: “A onda está certa, o que está errado é esse negócio de aterro, botar edifício aí”.
Passados 30 anos, nesta quinta-feira, 21, pelo menos duas pessoas morreram depois que uma onda atropelou ─ e destruiu ─ parte da ciclovia construída há menos de 3 meses entre os bairros de São Conrado e Leblon, no Rio de Janeiro. A obra engoliu R$ 45 milhões.
No local do acidente, Pedro Paulo Carvalho, secretário municipal de Coordenação do Rio, avisou que é cedo para identificar causas e falhas que possam esclarecer o episódio. “É muito precipitado nós fazermos qualquer tipo de acusação sem ter ainda o laudo dos engenheiros, mas é claro que um acidente como esse é imperdoável”.
Pode ser prematuro apontar as falhas técnicas que provocaram o acidente. Mas não há como qualificar de afoito quem responsabiliza o poder público por não ter projetado uma estrutura, localizada sobre um penhasco, capaz de neutralizar os efeitos de um fenômeno que precedeu a chegada dos primeiros seres humanos às praias cariocas.
Duas obviedades merecem registro. Primeira: liberar a ciclovia para uso público em dias de ressaca é coisa de irresponsável. Segunda: em países sérios, uma obra tão recente e tão cara não cai sem mais nem menos. Tais evidências informam que não será difícil chegar aos culpados. Para que as investigações não percam tempo com uma inocente, basta lembrar a lição de Raul Seixas: “A onda está certa”.
Eduardo Paes inaugurando a ciclovia Tim Maia
NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 5:19
GERAL 4:05
GERAL 3:57
GERAL 3:23
21/04/2016 ÀS 21:25
NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 21/04/2016 20:33
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