PRIMEIRA EDIÇÃO DE 16-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
16 DE ABRIL DE 2016
Líderes de oposição estão apreensivos com manobras do governo, com ajuda do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para “melar” a votação do impeachment. “Esse governo é capaz de tudo”, advertiu um senador, procurando confirmar se Lewandowski estaria em Brasília domingo. “Se ele estiver na cidade, é mau sinal”, disse. Teme uma liminar-surpresa impedindo a votação.
O temor da oposição decorre das relações de amizade e simpatia que unem o ministro Lewandowski e o ex-presidente Lula, que o nomeou.
Fora de Brasília no domingo, Lewandowski, não poderá decidir nada oficialmente, e sim a vice-presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.
Nos julgamentos de quinta (14), Lewandowski poderia não votar, como presidente, mas fez questão de registrar voto favorável ao governo.
Lewandowski “plantou” pulga atrás da orelha da oposição ao dizer, no final do julgamento, que caberia recurso do impeachment ao STF.
Assessores mais próximos desconfiavam que presidente Dilma anda fora da casinha, mas esta semana tiveram a certeza. Só a muito custo eles conseguiram fazê-la desistir da ideia de jerico de encher o Palácio do Planalto de cubanos, nesta sexta-feira (15), em mais um “comício”, tipo provocação, para vociferar contra o “golpe” blablablá. Exigia a solidariedade pública do pessoal do programa “Mais Médicos”.
O Ministério da Saúde recebeu ordens para arrumar 500 pessoas, a maioria cubanos, para o “comício” pretendido por Dilma no Planalto.
Dilma desistiu da “manifestação espontânea” do Mais Médicos ao ser informada não ser possível “laçar” tanta gente em poucas horas.
Comício do “Mais Médicos”, no Planalto, não surpreenderia cubanos, habituados a eventos bajuladores da ditadura dos irmãos Castro.
Foi a própria Dilma quem insistiu no evento com os “mortadelas” do MST, na manhã deste sábado. Toda aquela gente é paga para formar a claque, ela não corre riscos, mas sua segurança a desaconselhou.
O deputado Abel Galinha (DEM-RR), também conhecido por Abel Mesquita Jr., será o primeiro a declarar o voto, neste domingo, na Câmara. Será o primeiro voto pelo impeachment de Dilma.
Três dias depois de ganhar mais um patrocínio de R$ 30 milhões da Caixa, o Corinthians mobilizou um grupo de torcedores para protestar contra o impeachment de Dilma. Os mais caros “mortadelas” do País.
O governo Dilma está em estado de catatonia. Sem nomear ministros interinos importantes como da Saúde, deixou os órgãos acéfalos, com secretários-executivos sem autorização de assinar coisa alguma.
As facções tucanas que apoiam os presidenciáveis Geraldo Alckmin e Aécio Neves não veem com bons olhos o nome de José Serra em eventual governo Temer. Temem que Serra ganhe competitividade.
O ex-presidente Lula passou toda a sexta-feira negociando cargos e apoio para tentar salvar Dilma. Até ficou rouco. O movimento no seu hotel só perdia para o movimento na casa do vice Michel Temer.
Dilma deve anunciar nesta segunda-feira (18) novas medidas econômicas com ares de “pacotão do acordão”. Na lista, mais facilidades no BNDES. Não quer nem saber o tamanho da conta.
A ministra belga dos Transportes se demitiu nesta sexta (15) por ter sido colocada sob suspeita de mentir. No Brasil, se a moda pega, certamente não sobrariam muitos no governo e no parlamento.
...Dilma pode ser a primeira presidente triatleta: corre, pedala e... nada.

NO DIÁRIO DO PODER
A LUTA SEM FIM
Carlos Chagas
Tanto quanto Dilma Rousseff, Michel Temer se transfigurou nos últimos dois dias. Madame dá a impressão de ser a Rainha de Sabá, enquanto o vice-presidente, só para não sair perdendo, parece o Rei Salomão. Ambos em desacordo com suas imagens conhecidas. Ela, feito um lutador antes caraterizado pela agressividade e, de repente, mesmo sem evitar golpes fulminantes, procurando bater no adversário abaixo da linha da cintura. Ele dançando frente à adversária, tentando confundi-la com jogo pernas em vez de punhos.
Traduzindo: Dilma procura desmoralizar Michel com a acusação de que seu governo vai acabar com as iniciativas sociais. Michel denuncia de mentirinha que seu governo se voltará para os pobres, mas na realidade cuidará da classe média para cima. Em suma, a luta que fatalmente definirá os rumos do país neste ano e nos próximos dois, será iniciada domingo, 17, ainda que não se possa concluir quantos dias irá demorar. E nem quem será o seu vencedor. A pergunta que se faz é sobre qual dos dois candidatos conquistará a maioria dos votos deputados, e, depois, dos senadores.
Aqui para nós, tanto faz, pois nada mais igual do que o Seis senão o Meia Duzia. Dilma e Temer podem prometer tudo o que quiserem, em matéria de novos planos, programas, roteiros e tudo o mais. Nada mais igual a um do que outro, porque nenhum fez o mínimo do que podia, até hoje. A informação é de que a Praça dos Três Poderes está desde ontem dividida em duas. De um lado, a turma da Dilma, do PT e do Lula, entre outros, prometendo a recuperação nacional, a volta ao pleno emprego, a felicidade geral e muito mais coisa. Apoiando Michel Temer, quer dizer, o PMDB, estão muitos outros grupos, o empresariado e a maior parte do Congresso. Hoje, é claro, amanhã será diferente. Domingo será diferente. A população hesita entre o muro que divide os dois grupos, mas não se nega a sustentar esta ou aquela posição. A chamada do-s deputados será feira por critérios geográficos e alfabéticos.
Mas se Dilma perder por pelo menos 342 votos, cederá para a entrada na Câmara da maioria dos deputados, para começar as decisões. Só que Michel não ocupará o Senado. Em suma, Dilma ficará morando no palácio da Alvorada. Michel, no palácio do Planalto, até que se esgote o tempo para que o Congresso decida. Numa palavra, o país continua dividido numa das mais ridículas situações dos últimos tempos.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
15/04/2016 às 14:42 \ Opinião
Publicado na versão impressa de VEJA
Com a velha lorota de implantar um “Projeto Social” que na realidade jamais existiu, o método do trio Lula-Dilma-PT, depois de treze anos em Brasília, só conseguiu apresentar ao país um governo que incomoda a todos, mas é especialmente esmagador para os mais pobres. O Brasil está vivendo hoje uma de suas fábulas mais fabulosas, ou, para quem prefere uma linguagem com menos cerimônia, a maior mentira de todas as que já foram contadas por aqui nos últimos 500 anos.» Clique para continuar lendo


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 16-4-2016 ÀS 6:35

GERAL 6:11

GERAL 5:38

GERAL 15/04/2016 ÀS 22:56

GERAL 15/04/2016 ÀS 22:12

GERAL 15/04/2016 ÀS 21:46

GERAL 15/04/2016 ÀS 20:45


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - sábado, 16/04/2016 05:35
Além de registrar duas baixas na lista de deputados que se declaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff —Clarissa Garotinho (PR-RJ) e Waldir Maranhão (P-MA)— o bloco de oposição passou a computar o voto do deputado Paulo Maluf (PP-SP) na coluna da “dúvida”.
Maluf era contra o impeachment. Mudou de opinião. Sob a alegação de que o Planalto metera-se “num processo de compra e venda [de votos] que é detestável”, disse que votaria a favor do impedimento de Dilma. Cumpriu a ameaça na comissão que aprovou o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO).
Esperava-se que Maluf repetisse o gesto no plenário da Câmara, neste domingo. Mas ele passou a emitir nos subterrâneos de Brasília sinais contraditórios. E os responsáveis pela contabilidade do impeachment acharam mais prudente acomodá-lo na coluna dos votos duvidosos.
Mesmo com as exclusões de Clarissa, Maranhão e Maluf, a oposição continua otimista. Computava 367 votos pró-impeachment. Na madrugada deste sábado, contabilizava 364 — 22 além do mínimo necessário. A infantaria do governo trata esses dados como fantasiosos. Alega que um arrastão feito com a ajuda de governadores aliados provocou uma reversão de expectativas. O vice-presidente Michel Temer, que voara para São Paulo, decidiu retornar a Brasília neste sábado.

Josias de Souza - sábado, 16/04/2016 04:11
“Sem apoio no Congresso Nacional não é possível assegurar um governo estável, um governo sem crises institucionais.” Pronunciada por Dilma Rousseff em setembro de 2014, essa frase compôs a artilharia da então candidata à reeleição contra a oponente Marina Silva.
Num debate eleitoral, Dilma insinuou que a “nova política” de que falava Marina conduziria o país ao desastre. O comentário foi reproduzido na propaganda da campanha petista (veja no vídeo). Nela, um locutor declarou: “Duas vezes na nossa história o Brasil elegeu salvadores da pátria, chefes do governo do eu sozinho. E a gente sabe como isso acabou.”
Ao fundo, aparecem notícias de jornal sobre a renúncia de Jânio Quadros e o impeachment de Fernando Collor. Quando comparou Marina a tais personagens, Dilma era apoiada por um conglomerado composto de 14 partidos. Uma superestrutura em que cabia de tudo — de Paulo Maluf ao próprio Collor. O tempo passou. E o feitiço virou-se contra a feiticeira.
Dilma experimenta agora uma modalidade de solidão, que é a companhia do PT e do PCdoB. Abandonaram-na: PMDB, PP, PR, PSD, PTB… Neste domingo, a presidente irá à sorte dos votos no plenário da Câmara com receio de não dispor das 172 presenças, ausências ou abstenções de que necessita para evitar que seus antagonistas alcancem o número mínimo de votos para abrir o processo de impeachment: 342.
Eis o que dizia a campanha de Dilma em 2014. “A base de apoio de Marina Silva tem, hoje, 33 deputados. Sabe de quantos ela precisaria para aprovar um simples projeto de lei? No mínimo 129. E uma emenda constitucional? 308. Como é que você acha que ela vai conseguir esse apoio sem fazer acordos? E será que ela quer? Será que ela tem jeito para negociar?”
Dilma era apresentada como personagem jeitosíssima: “…Reúne tudo o que um governante precisa: tem conhecimento dos problemas, sabe como construir as soluções, e tem força política para realizar os seus projetos porque numa democracia ninguém governa sem partidos, ninguém governo sozinho.”
Considerando-se tais critérios, Dilma seria hoje uma presidente inviável. Mesmo que sobrevivesse ao impeachment por um placar mixuruca, não disporia de uma base congressual para “assegurar um governo estável, um governo sem crises institucionais.'' E a Lava Jato impediria o PT de providenciar um novo mensalão ou um novo petrolão para comprar apoiadores.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 16.04.16 06:42
O Antagonista espera que o impeachment seja aprovado por 346 votos - 5 a mais do que o necessário.
Isso corresponde a 1 por cento do total de deputados...
Brasil 16.04.16 06:30
Golden Lula se acertou com um deputado do PP – Waldir Maranhão – e isso entusiasmou a imprensa petista, que imediatamente passou a acreditar em virada contra o impeachment...
Brasil 16.04.16 06:11
A Folha de S. Paulo está animada com o crescimento de sua bancada.
A bancada da Folha de S. Paulo, cujo lema é “nem Dilma, nem Cunha”, quer a convocação de novas eleições presidenciais, e para isso está disposta até a salvar o mandato de Dilma Rousseff...
Brasil 16.04.16 06:07
Lula acertou com Hugo Chávez um contrato para uma obra da Andrade Gutierrez na Venezuela.
Isso ocorreu em 2008, quando a empreiteira passou a fazer parte do cartel do PT...
Brasil 16.04.16 06:05
O presidente da Andrade Gutierrez disse ao juiz Marcelo Bretas, em seu depoimento de ontem:
"Em meados de 2010, Antonio Palocci me procurou e propôs que 1% do contrato de Belo Monte fosse pago ao PT e ao PMDB, meio a meio...
Brasil 16.04.16 05:56
A Andrade Gutierrez entrou para o cartel do PT em 2008.
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro, o presidente da empreiteira contou que, naquele ano, reuniu-se com a cúpula do partido, formada por Ricardo Berzoini, Paulo Ferreira e João Vaccari Neto...
Brasil 16.04.16 05:36
Lula e Dilma Rousseff passaram o dia acertando a compra de deputados para evitar o impeachment.
Enquanto isso, o presidente da Andrade Gutierrez era interrogado no Rio de Janeiro e, acertando as contas com seu passado, demolia o PT de uma vez por todas...
Brasil 16.04.16 05:07
“O que move os golpistas são nossos acertos”, disse Dilma Rousseff.
É verdade.
Em particular, os acertos com a Odebrecht...
Brasil 15.04.16 22:42
Quanto vale um voto contra o impeachment?
Brasil 15.04.16 22:29
Gilberto Kassab entregou sua carta de demissão há pouco...

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